Jun 28, 2013

Discordo que o Brasil tenha vários jovens que se tornarão craque, diz Tostão.

TOSTÃO NA COPA

Tudo indefinido

Enfim, teremos o jogo tão esperado, entre Espanha e Brasil. Itália e Espanha fizeram um jogo equilibrado, lento, por causa do calor (30 graus de temperatura). As equipes estavam exaustas.

A Espanha mostrou, mais uma vez, que não tem bons atacantes. Fernando Torres e Pedro não jogariam na seleção brasileira. Com a prorrogação, a Espanha estará mais cansada na final de domingo.

Na coluna anterior, escrevi que o Brasil está com pinta de campeão. É apenas um palpite. Pode dizer também que é sorte de campeão. Obviamente, não disse isso porque a equipe está uma maravilha.

Acho que está com pinta de campeão pelo calor, por jogar em casa e saber aproveitar essa vantagem, pela vibração e seriedade da equipe e porque tudo tem dado certo.

Pelos mesmos motivos, o Brasil é forte candidato ao título mundial, mesmo sem ter uma grande equipe. Na Copa, será muito mais difícil, pelo número maior de rivais fortes.

Discordo que o Brasil vá evoluir muito até a Copa. Quase todos os titulares eram também de Mano Menezes. Não haverá nada novo.

O Brasil já está definido, na qualidade e na maneira de atuar. A única novidade, que poderia mudar a equipe para melhor, seria Ronaldinho ou Kaká (ou os dois, se estiverem em forma).

Noto que muitos comentaristas valorizam demais o tempo, como se muitos treinos e jogos fossem motivo para formar sempre um ótimo conjunto. Isso pode acontecer, mas é mais comum em clubes, que treinam todos os dias e jogam toda semana.

Além disso, é frequente uma equipe atingir o máximo que pode jogar, em pouco tempo, e cair, rapidamente. As grandes seleções surgiram de repente, sem avisar.

Discordo que o Brasil tenha vários jovens que se tornarão craques. Neymar é exceção. Ele já é um fora de série, embora precise brilhar por mais tempo, contra fortes rivais.

Os outros são bons, mas não são nem parece que se tornarão excepcionais. Os grandes atletas, mesmo os que demoraram a ser reconhecidos, já mostravam, desde o início, grandes talentos.

Um dos fascínios do futebol é não saber o que vai ocorrer na frente, em um instante ou daqui um ano. Um lance pode mudar toda a história.

Assim é também na vida. “Um instante-já é um pirilampo que acende e apaga, acende e apaga. O presente é o instante em que a roda do automóvel em alta velocidade toca minimamente no chão. E a parte da roda que ainda não tocou, tocará num imediato que absorve o instante presente e torna-o passado” (Clarice Lispector).

 Blog do Citadini- Está certo o craque Tostão. Nossa mídia vive criando craques por todo lado. O técnico Filipão terá o mesmo problema que teve Dunga. É uma geração fraca.  Certamente a mais fraca dos últimos 50 anos.Com muitos jogadores famosos mas pouco, pouquíssimo, jogador  ” fora de série”.  A fama, os altos salários não substitui o craque que desequilibra o jogo. E desses temos pouco por aqui. A sorte é que em outras seleções também não temos nada  de novo.

www.folha.com

 

4 Comments

  • Mas por falar em jovens promessas, leio no UOL que o Barcelona está querendo pagar 80 milhões pelo Marquinhos, ex-corinthians… duro heim… quando atleta é 100% do clube, deixamos de ganhar dinheiro. Quando é fatiado entre empresários e investidores, o valor da venda é alto.

  • Haja visto que a seleção tem Neymar, Oscar, Lucas, Bernard, mas no final quem acaba sempre resolvendo é o “maloqueiro” do Paulinho!!!

    Sem dúvida será um perda inestimável para o Coringão, e peça dificílima de repor!!!

  • Todos nós que jogamos bola, quando estávamos na adolescência, notávamos que quase sempre tinha alguém que se destacava. Alguém fora de série, que jogava muito mais do que qualquer um de nós. Nisso está o talento. Nos campos improvisados neste Brasil, há uma quantidade enorme de pessoas que jogam muito e que provavelmente uma ínfima parte deles terá sequer a oportunidade de participar de uma peneira. Não é que os meninos desaprenderam a jogar bola. Os talentos estão ali. O que mudou foi o modo como um atleta entra em um clube agora. Recordem mais uma vez de alguém que jogava bem na sua adolescência e veja se ele não joga mais bola do que muitos que vestem camisas de clubes grandes. Não sou muito fã do Leão como treinador, mas quando ele afirma que muitos clubes são reféns ou abaixam a cabeça ou mesmo tem interesse em comum com empresários, começo a entender o motivo de tão fraca a performance de muitos jogadores. Não só técnica mas até mesmo intelectual. Joga aquele que mais interessa ao bolso de alguns dirigentes. O clube… Ah! este fica para outro plano…

  • Mas lembre-se Citadini, tivemos o grande, craquissimo, inigualavel GIL, que segundo sua pessoa, é melhor que o Kaka. hauhauhauhauhauhauhuahuahauhau

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