Jan 2, 2017
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Torcedores.com: ROQUE CITADINI DESCARTA NR DA ARENA CORINTHIANS: “NEM PENSE NISSO”

Foto: Reprodução/Gazeta

O ex-vice presidente do Timão e possível candidato a presidência na próxima eleição, Dr. Roque Citadini, concedeu entrevista exclusiva ao Torcedores.com, e falou sobre os atuais problemas do clube, como por exemplo o imbróglio da Arena Corinthians e o enfraquecimento do atual grupo de dirigentes que estão no comando do Corinthians.

Citadini falou com clareza sobre a atual situação política do clube, que para ele enfrenta diversos problemas, incluindo a situação da Arena e passando até pela categoria de base.

“O Corinthians tem vários problemas que vão se juntando todos numa mesma situação. Nós temos um problema no estádio, de dificílima solução, não tem nada a ver que o Corinthians vai perder o estádio, isso não existe, a dificuldade é acertar o preço, o que falta fazer e arrumar o que foi errado, mas essa equação entra o fundo, a caixa, a Odebrecht e o Corinthians, quem disser que tem solução fácil, esta mentindo, qualquer um que for presidente nos próximos 5,10,15 anos terá grande dificuldade em achar uma solução.”, afirmou Roque.

O possível candidato falou ainda sobre o futebol, para ele, o atual momento passa pela grande dependência criada em cima de Tite, que deixou o comando do Timão para assumir a seleção Brasileira, ainda no inicio do campeonato Brasileiro de 2016.

“Nós temos também uma crise no futebol porque o clube se acostumou mau com o Tite, e a hora que perdeu o Tite, que resolvia milhares de problemas, foi visto que estava com um elenco frágil e o clube de uma certa forma, sem condições de disputar a ponta que é uma certa preocupação para o Corinthians.” analisou o ex-diretor do Timão.

Citadini ainda fez dura criticas ao modelo de gestão das categorias de base, que para ele, é feita de forma desastrosa. O mesmo ainda afirma que o prejuízo será ainda maior, tendo em vista, que os jogadores da base de hoje, seriam criados para revelar daqui 3 ou 4 anos, dessa forma, na visão do entrevistado, o problema estaria sendo criado para o futuro.

“Nós temos outro problema no futebol, essa desastrosa política da categoria de base, que dizimou o Corinthians nos últimos 10 anos, nós não revelamos jogador, quando revelamos o dinheiro era para os empresários, essas parcerias na categoria de base, foi o que de pior o clube podia fazer. Num momento desse o Corinthians sempre se socorria dos jogadores que estavam nascendo do clube e nós não temos, e isso foi uma tragédia criada por uma política determinada dentro do Corinthians, que achou por bem fazer parcerias com empresários e hoje deu no que deu.”, criticou Citadini.

Mas para ele, o problema maior passa pelos que hoje comandam o Timão, Citadini por diversas vezes durante a entrevista, deixou claro que em sua forma de ver, os atuais dirigentes, não tem mais forças para melhorar a situação do clube, o mesmo usou a expressão “Esgotou” para analisar a situação dos atuais mandatários.

“Para completar tudo isso, na minha avaliação pessoal, o atual grupo dirigente não tem condições de dar uma resposta a isso. Fica muito claro, sem querer dar nome de A,B ou C, mas o atual grupo dirigente, ele não consegue enfrentar esses problemas, por vários motivos, primeiro que foi ele que causou vários deles, o negócio da categoria de base, o negócio do futebol, segundo, porque eles são um grupo ultra-dividido, várias facções pra lá, pra cá, de tal forma que perante um problema, o Corinthians nunca tenha solução. É fato que estamos com problemas no futebol e tudo ai, mas o fato principal é que o grupo dirigente esgotou, esgotou sua capacidade de encontrar soluções para os problemas.” relatou.

Roque deixa claro que não esta falando nem bem, nem mau, porém para esse grupo já deu, hoje não conseguem mais dar resposta aos problemas. O Corinthians tem um ano até a eleição, segundo Citadini, o clube precisa se preparar para esse 2017, partindo da premissa de que o atual grupo dirigente não terá solução para os problemas, o ex-diretor do Timão acredita que a salvação do próximo ano, esbarra na ausência de iniciativa do atual grupo que esta no comando do Timão.
Voltamos a falar sobre a Arena Corinthians, questionei-o sobre o tão sonhado Naming Right, esse já veiculado muitas vezes já estar fechado com empresa X, ou que está próximo de ser sacramentado, Citadini foi claro: “Nem pense nisso, falar em NR é uma loucura, já era dificil antes, depois com a crise do pais no pós copa, aumentou a dificuldade, com a Odebrecht, aumentou ainda mais. Falar em NR é falar em uma irrealidade. O pior seria conseguir o NR agora, porque seria capaz de conseguir por qualquer preço, de qualquer jeito, com qualquer um. Por exemplo, nos últimos tempos o Corinthians tem feito contrato com empresas que não pagam, que sumiram, você vê que são assim, aventureiros.”
Ainda sobre a Arena Corinthians, Citadini criticou a atual gestão do estádio Corinthiano, para o ex- diretor, a gestão não avançou em nada nos últimos tempos. O modelo de venda de ingressos foi alvo das criticas, para o ex-mandatário, as vendas devem seguir o padrão europeu e ser vendido totalmente via internet, desta forma, sendo mais segura e saudável ao torcedor. O mesmo ainda citou exemplo de utilizar tickets no celular para entrada, desta forma, descartando as catracas.
Sobre Rosemberg assumir a gestão da Arena Corinthians, Citadini, afirma que seria excelente, pela sua grande capacidade, porém, para ele, o mesmo não tem condições de voltar neste momento, por conta dos atritos com o atual grupo de dirigentes e outro fator seria o clube não ter um exato rumo a seguir. O ex-diretor do Timão acredita que com Luis Paulo Rosemberg, seria possível encontrar uma gestão profissional para o estádio do Timão.
Roque Citadini confidenciou ainda, que a pouco tempo recebeu email de torcedores que desejavam voltar a jogar no Pacaembu, sobre o pedido, sua resposta foi clara: “Não tem sentido, o Pacaembu é um estádio horroroso para as finanças do Corinthians”. Ainda sobre o pedido, Citadini confirma que a Arena é muito melhor para o futebol e é muito melhor para o time do Corinthians, e afirma ser essa uma das maiores vantagens.
Segundo colocado nas últimas eleições do clube, Roque Citadini é um dos mais fortes opositores da atual gestão Corinthians, espera-se que o mesmo seja candidato em 2018, e desta vez, enxerga-se muito mais chances de vitória, mas, ele afirma não querer se eleger apenas pela péssima administração dos atuais comandantes.
“Esse negócio de ser candidato, tem duas coisas, primeiro você precisa querer e segundo as pessoas precisam querer. É lógico que eu tenho condições de ser candidato, porque tive 43% dos votos na última eleição, em um situação que eles vendiam o clube como se estivesse tudo resolvido, mas eu não quero me eleger presidente só pela desgraça do atual grupo dirigente”, revelou.
Citadini voltou a dizer que os atuais mandatários não tem condições de resolver os problemas do clube e afirma que será uma tragédia todo o tempo que os mesmos estiverem no comando. Mas o ex- diretor acredita que o ponto para as próximas eleições será encontrar uma diretoria que enfrentam os problemas citados por ele, no caso, o imbróglio da Arena Corinthians, as parcerias na categoria de base, resolver os problemas do futebol.

6 Comments

  • Saudações. Este internauta defende que a criação da Agência Nacional do Esporte, para a homologação e fiscalização de títulos a serem emitidos em Bolsa de Valores (mercado de capotais) por entidades do desporto, ligas profissionais, atletas, redes de mídia, federações, confederações, outros, não conflita com o disposto no artigo 217 da CF, na medida em que se tutela e fiscaliza a criação, operação e liquidação de tais títulos ligados ao desporto. O grande problema da falta de investimentos privados na formação de atletas de alto rendimento, no Brasil, é a falta de fiscalização na operação de títulos em Bolsa de Valores. A Agência Nacional do Esporte justamente preencheria esta lacuna, absorvendo a maioria das entidades públicas análogas, extinguindo-as , economizando, inclusive, recursos públicos. Seria uma espécie de órgão fiscalizador, tutelando o investimento privado no desporto brasileiro. Pela criação da ANE. Feliz 2017 a todos.

  • Saudações. Justamente na criação (formatação), homologação , fiscalização e operação de um título do desporto, demandará a existência de órgão público específico, a Agência Nacional do Esporte. A crescente gestão de mídia digital, principalmente das redes de mídia, demandarão tal formatação. Quem emitir títulos em Bolsa de Valores (mercado de capitais) , simplesmente terá que admitir administração profissional e transparente, pela elementar lei de mercado : a liquidez do título. A profissionalização neste ambiente de alto investimento privado nacional e internacional no setor do desporto brasileiro, será pré-requisito, por imposição do mercado.

  • Saudações. Justamente a profissionalização e despolitização das agências reguladoras poderá ser fundamental para a atração de investimentos internacionais ao país. O setor do desporto não poderia ser diferente. Cabe ao eleitor , eleitora, cidadão e cidadã exigir a despolitização de tais agências. Pela criação da Agência Nacional do Esporte.

  • Saudações. Enquanto isto, em tempos natalinos e de crescente domínio da gestão digital de redes de mídia … A nova lei de telecomunicações, quase conclui sua tramitação expressa, sem amplo debate com a população. A questão, do ponto de vista do esporte de alto rendimento, em tempos atuais de mídia digital, é muito mais importante que questionáveis investimentos de mobilidade para eventos esportivos globais. A principal fonte da indústria de entretenimento esportivo é justamente a receita de mídias. Um maior debate sobre a nova lei das telecomunicações, poderá induzir uma melhor formatação de ativos de mídia digital, auxiliando os clubes na melhor formatação de seus ativos e de suas receitas.

  • Saudações. Pela previsão em lei da menção de “naming rights” de estádios, arenas, assemelhados, durante a transmissão de mídia digital televisiva de eventos esportivos. A questão do alto rendimento esportivo não se resolve apenas com aplicação de recursos públicos. Torna-se urgente um órgão público regulador e fiscalizador de títulos de investimentos a serem lançados no mercado de capitais. Falta estruturação de investimentos privados no setor esportivo do país. O investimento de centros de treinamento do alto rendimento esportivo podem ser viabilizado por convênios entre prefeituras e universidades , facilitando bolsas de estudo no ensino superior pra atletas que se profissionalizam, além de ajuda de custos para a prática do esporte. Agência Nacional do Esporte é crucial criação.

  • Bom dia Citadini.
    Desculpe a minha sinceridade, mas você precisa postar mais textos aqui no blog.
    Percebo que do pessoal das antigas, quase ninguém mais faz comentários por aqui.
    Eu passo aqui quase todo dia e nada… vamos lá, vamos postar mais.
    Abraço.
    João Ricardo

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