Nov 11, 2012

É 100

Corinthians faz 5 a 1 no Coxa e ultrapassa marca de 100 gols no ano

Tossiro NetoSão Paulo (SP)
Uma chuva de gols caiu no Pacaembu na noite deste sábado. Com o gramado molhado pela água derramada antes da partida, o Corinthiansgoleou o Coritiba por 5 a 1 e chegou a 101 tentos na temporada, incluindo dois anotados em amistoso. Chicão, Fábio Santos, Paulinho (duas vezes) e Guerrero balançaram a rede. Pelo adversário, quem descontou foi Deivid.

Apenas em preparação para a disputa do Mundial de Clubes, a equipe comandada pelotécnico Tite chega a 53 pontos e já se vê na sexta colocação do Campeonato Brasileiro. O Coritiba, apesar da derrota expressiva, segue com 45 e também não sofre mais com a ameaça do rebaixamento.

A próxima rodada leva o Corinthians a Porto Alegre, no sábado, para enfrentar o Internacional, no Beira Rio. Um dia antes, o Coritiba joga no Couto Pereira, contra o Vasco.

O time paulista tinha novidade neste sábado. Ainda sem Emerson, contundido, o destaque foi o retorno do peruano Guerrero após suspensão, enquanto o argentino Martínez, que recentemente cobrou chance como titular, ganhou a vaga de Romarinho. Danilo, mesmo recuperado de corte no tornozelo, começou no banco de reservas.

No Coritiba, a única ausência para o técnico Marquinhos Santos foi a do volante Gil, que recebeu o terceiro cartão amarelo, cumpriu suspensão automática e, em vez de Júnior Urso ou Chico, como se imaginava, quem assumiu a posição foi Vinícius. A alteração colocou a equipe um pouco mais à frente do que de costume.

Fernando Dantas/Gazeta Press

Chicão abriu a contagem ao marcar, em cobrança de pênalti, o primeiro gol do Corinthians na partida

Choveu muito no Pacaembu nas horas que antecederam o jogo, mas a quantidade de água foi diminuindo na medida em que se aproximava o começo da partida. Apesar da trégua, o gramado ficou escorregadio, como se viu no trabalho de aquecimento dos goleiros e também em algumas quedas dos jogadores no começo da partida. 

Com o campo molhado, a bola ganhou velocidade. E o placar foi rapidamente inaugurado. Aos três minutos, Guerrero invadiu a área e caiu após cerco de Denis. O árbitro assinalou pênalti com algum atraso e foi rodeado pelos jogadores do Coritiba, mas prevaleceu a marcação. Chicão foi para a batida e acertou o canto direito baixo do goleiro Vanderlei, que se esticou, mas não evitou o gol.

Apesar do golpe, o Coritiba não se desestabilizou e partiu para cima em busca do empate. Só que o Corinthians, bem postado atrás, chegou ao segundo gol primeiramente. Aos 18 minutos, Fábio Santos pegou sobra de escanteio e experimentou arremate de fora da área. A bola desviou em Escudero e saiu do alcance de Vanderlei.

Mortal, a equipe da casa fez o terceiro gol dois minutos depois. Em troca de passes envolvente, a bola chegou até Paulinho, no bico direito da área. O volante tentou o cruzamento para o meio da área e contou com desvio de Escudero – novamente ele – para enganar o goleiro do Coritiba e acompanhar lentamente a rede ser balançada.

Com a boa vantagem, os mandantes diminuíram um pouco o ritmo e, mais encolhidos, permitiram a equipe rival se manter no ataque novamente. O castigo veio aos 31 minutos, quando Deivid, livre de marcação, aproveitou cruzamento rasteiro vindo da direita e apenas tocou para o fundo do gol, sem chance de reação para o goleiro Cássio.

Dez minutos depois, o Coritiba chegou com perigo em outra bola alçada à área, quando Denis cobrou falta pelo alto, mas o assistente apontou impedimento. O Corinthians, por sua vez, desceu para o vestiário lamentando bola de Martínez na trave direita, após escanteio cobrado por Douglas.

No retorno do intervalo, o técnico do Coritiba sacou Denis e Vinícius e colocou Pereira e o peruano Ruidiaz na tentativa de deixar a capital paulista com empate. Mas, ao contrário, sua equipe voltaria para a capital paraense goleada. O quarto saiu aos 19 minutos. Após rápida troca de passes, Danilo, que havia acabado de entrar, levantou bola na cabeça de Guerrero, que não perdoou.

Quatro minutos depois, Douglas bateu escanteio com perfeição pelo lado direito, e Paulinho subiu sozinho para anotar o quinto gol corintiano. A partir daí, os mais de 22 mil pagantes presentes passaram a gritar “olé” a cada passe da equipe alvinegra. A torcida coxa-branca, por sua vez, deixou as dependências do Pacaembu bem mais cedo, muito antes do apito final do árbitro, sem ver ainda a expulsão do zagueiro Pereira, que facilitou mais o controle de jogo corintiano.

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Nov 11, 2012

Programação da Rádio Ópera – domingo (11/11/12)

Maria Callas interpreta a Cavatina de Lady Macbeth, “Nel di della vittoria”, de
Macbeth (Verdi)



LA SERVA PADRONA (Paisiello) Horário: 07:30
Cremona, 15/5/1991.  Maestro: Paolo Vaglieri.
Elenco: Anne Victoria Banks, Gian Luca Ricci.
LULU (Berg) Horário: 08:30
Londres, agosto-setembro/1996. Maestro: Ulf Schirmer.
Elenco: Constance Hauman, Julia Juon, Theo Adam, Peter Straka, Monte Jaffe, Michael Myers, Gert Henning-Jensen, Sten Byriel, Helen Gjerris, Ulrik Cold, Susanne Elmark.
I PURITANI (Bellini) Horário: 11:20
Cidade do México, 29/05/1952. Maestro: Guido Picco.
Elenco: Maria Callas, Giuseppe di Stefano, Piero Campolonghi, Roberto Silva, Rosa Rimoch, Tanis Lugo, Ignacio Ruffino.
RIGOLETTO (Verdi) Horário: 13:40
Milão, 13-21/05/1994. Maestro: Riccardo Muti.
Elenco: Roberto Alagna, Renato Bruson, Andrea Rost, Dimitri Kavrakos, Mariana Pentcheva, Antonella Trevisan, Giorgio Giuseppini, Silvestro Sammaritano, Ernesto Gavazzi, Antonio de Gobbi, Nicoletta Zanini, Ernesto Panariello.
LAKMÉ (Delibes) Horário: 15:40
Monte Carlo, outubro/1967. Maestro: Richard Bonynge.
Elenco: Joan Sutherland, Gabriel Bacquier, Alain Vanzo, Jane Berbié, Emile Belcourt, Gwenyth Annear, Claud Calès, Josephie Clément, Monica Sinclair.
MACBETH (Bloch) Horário: 18:00
Dortmund, 2001. Maestro: Alexander Rumpf.
Elenco: Hannu Niemela, Sonja Borowski-Tudor, Karl-Heinz Lehner, Jill-Maria Marsden, Thomas de Vries, Norbert Schmittberg, Fredric Hellgren, Sven Ehrke, Thomas Mehnert.
ANDREA CHÉNIER (Giordano) Horário: 20:00
Nova Iorque, 9/10/1970. Maestro: Fausto Cleva.
Elenco: Renata Tebaldi, Carlo Bergonzi, Anselmo Colzani, Judith Forst, Jean Kraft, Lili Chookasian, Gabor Carelli, Gene Boucher, Andrea Velis, Clifford Harvout, Paul Plishka.
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Nov 10, 2012

Mãe é Mãe

MÃE DE ZIZAO VIRA ‘GANDULA’ E ROUBA A CENA EM TREINO DO CORINTHIANS

Crédito da imagem: Eduardo Viana

Crédito da imagem: Eduardo Viana

Se o chinês Zizao não deve ter mais chances de entrar em campo pelo Corinthians nesta reta final de Brasileiro, a mãe do jogador tem sido a grande atração no CT Joaquim Grava.

Como o visto do pai do corintiano expirou, foi a vez da mãe conseguir a liberação para passar um período no Brasil. A irmã de Zizao, com compromissos de trabalho na China, não deve visitá-lo por enquanto.

Durante o treino desta quinta-feira, a mãe de Zizaoatacou até de gandula. No meio do aquecimento, ela chutou para dentro do campo três bolas que foram em direção dela, que assistia à movimentação do filho numa das áreas cobertas atrás do gramado mais próximo aos vestiários do CT.

Ela também costuma fazer alongamentos e exercícios de Tai Chi Chuan. Zizao, de 24 anos, tem apenas um jogo com a camisa do Corinthians, quando entrou no segundo tempo da derrota para o Cruzeiro.

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Nov 10, 2012

Grande Audálio!

Audálio Dantas foca na mobilização política ao narrar história de Herzog.

ELEONORA DE LUCENADE SÃO PAULOA família Herzog fugia do nazismo e buscava abrigo na Itália, escondendo suas origens. Era o ano de 1943. Vlado tinha pouco mais de seis anos quando foi interpelado por um homem de olhar raivoso que queria saber o seu nome. “Aldo”, respondeu.

O homem retrucou: “Como você se chama Aldo se usa sempre essa malha com a letra “V” bordada”?

Vlado não titubeou: “Ganhei esta malha do meu primo Vittorio”.

Audálio Dantas parte dessa história de infância turbulenta para narrar “As Duas Guerras de Vlado Herzog”. A primeira, travada com a família na escapada contra a ira de Hitler, resultou na perda de parentes e na migração para o Brasil em 1946.

A segunda, contra a ditadura militar instaurada em 1964, levou sua vida depois da tortura sofrida no DOI-Codi na rua Tomás Carvalhal, em São Paulo. No sábado, 25 de outubro de 1975, Herzog, então diretor de jornalismo da TV Cultura, foi assassinado nas dependências do 2º Exército.

Só agora, há pouco mais de um mês, a Justiça determinou que a certidão de óbito fosse alterada: Herzog não cometeu suicídio; foi torturado até a morte.

A última sessão da barbárie iniciou com o torturador pedindo o envio da máquina de choque elétrico. “Tragam a pimentinha!”, berrou.

Com depoimentos, Audálio reconstitui a trajetória de Herzog: o tumulto da infância, os estudos no Brasil, o casamento com Clarice, a chegada dos filhos, o trabalho na BBC de Londres, o interesse por cinema, a aproximação com o Partido Comunista.

Mas o forte do livro está no relato das semanas que antecederam a morte e nas discussões que levaram à realização do ato ecumênico em memória de Herzog -então a maior manifestação contra a ditadura desde o AI-5.

Audálio era então presidente do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo e esteve no centro dos acontecimentos. Viu a onda de terror desencadeada pelo general Ednardo Mello no comando do 2º Exército e os seus embates com o governador paulista Paulo Egydio.

Os personagens mais duros do regime buscavam mais espaço no poder e alegavam enxergar comunistas por todo o lado: na Polícia Militar e nos jornais; em figuras como o empresário José Mindlin, então secretário da Cultura, e o cardeal Paulo Evaristo Arns. É nesse contexto que Audálio descreve a onda de prisões daquelas semanas.

Foram 63 policiais presos -o tenente Ferreira de Almeida morreu no DOI-Codi. Entre os jornalistas, foram presos 12 -incluindo Vlado, que se apresentou voluntariamente no quartel onde seria morto.

“As pessoas sumiam de uma hora para a outra”, lembra o autor, relatando sequestros, depoimentos de torturados e fugas. O sindicato protestava e receava a intervenção dos militares. Poderia fazer mais?

No seu último encontro com Vlado, Audálio recorda que a discussão foi sobre esse ponto. Vlado pedia um maior envolvimento dos jornalistas nos protestos e saiu da conversa com “uma visível expressão de desalento”, conta o autor.

A notícia da morte de Vlado foi um choque. No enterro apressado, Ruth Escobar rompeu o silêncio: “Até quando vamos continuar suportando tanta violência?”. Na saída do cemitério, alguém gritou: “Vamos para o sindicato!”.

A partir daí, o sindicato passou a realizar assembleias e concentrou o debate contra a ditadura. Audálio relata as pressões dos militares para conter manifestações e dos que queriam uma ação mais forte da entidade. Do cardeal Arns ouviu a indagação: “Não sei se não é hora de um protesto mais forte. Quem sabe, sair pela rua?”.

Audálio, 80, defende que a linha ponderada do sindicato foi correta e o transformou “numa importante trincheira, espaço para uma reação organizada contra a repressão”.

O autor também analisa a cobertura da imprensa no período. “Jornais que haviam se calado durante anos diante dos crimes da ditadura abriam espaço para o noticiário em páginas inteiras e alguns chegavam a ousar comentários, em artigos assinados, sobre os ‘excessos’ dos órgãos de repressão política e o desrespeito aos direitos humanos”.

Segundo Audálio, “a maioria [dos donos dos grandes jornais] havia apoiado o golpe de 1964 e convivera bem com o regime. Engoliram a censura até perceber que a mercadoria que entregavam aos leitores -a informação- começava a correr perigo de não ser aceita, por falta de credibilidade”.

E anota: “Depois do assassinato de Herzog, já não era possível limitar a notícia da morte de presos políticos aos termos dos comunicados oficiais. As versões de suicídio ou de morte ’em confrontos’ com as forças de segurança já não eram aceitas sem discussão”, escreve.

MULTIRRELIGIOSO

Audálio narra os detalhes da preparação do culto multirreligioso que lotou a Sé: a operação militar para impedir a presença de manifestantes, os agentes infiltrados, as pressões sobre os religiosos.

Um diálogo do autor com dom Helder Câmara, que não quis falar no evento, resume a história. “O senhor não quis falar?”, perguntou Audálio. Resposta do arcebispo: “Há momentos, meu filho, em que o silêncio diz tudo. A ditadura começou a cair hoje”.

Dois meses e meio depois, o operário Manoel Fiel Filho morreu no DOI-Codi. Não houve manifestações de protesto. Só então o general Ednardo foi demitido do comando do 2º Exército. A ditadura duraria até 1985.

AS DUAS GUERRAS DE VLADO HERZOG
AUTOR Audálio Dantas
EDITORA Civilização Brasileira
QUANTO R$ 39,90 (406 págs.)
AVALIAÇÃO bom

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Nov 10, 2012

Bolsa familia? Só com ouro.

Dois terços dos indígenas recebem do Bolsa Família

Datafolha mostra que 94% plantam e 85% caçam; para 57%, falta terra

Maioria sabe ler, e 65%, escrever em português; 30% exercem trabalho remunerado, mas só 7% com carteira assinada

DE BRASÍLIAA pesquisa sobre o perfil indígena feita pelo Datafolha, encomendada pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), revela que 64% dos índios são beneficiários do Programa Bolsa Família, recebendo em média R$ 153 por mês.

A região Nordeste é a campeã do benefício: 76% dos índios recebem o programa social do governo. O Sul aparece em segundo com 71%; seguido do Centro-Oeste (63%), Norte (56%) e Sudeste (52%).

Mesmo com os benefícios, 36% afirmam ser insuficiente a quantidade de comida que consomem. A maioria dos índios (76%) bebe água que não é filtrada nem fervida. As doenças infectocontagiosas atingem 68% e os problemas estomacais, como diarreia e vômito, 45%.

Os índios também afirmam que luz elétrica, água encanada, rede de esgoto e casa de alvenaria são muito importantes para eles.

Mais de 70% dos índios ouvidos atribuem muita relevância à atuação da Funai (Fundação Nacional do Índio) na sua aldeia. No entanto, 39% reprovam o desempenho do órgão, avaliando-o como ruim ou péssimo.

CESTA BÁSICA

Quase metade dos entrevistados (46%) relatou receber cesta básica da Funai ou da Funasa (Fundação Nacional da Saúde). Os índios da região Nordeste são os que mais recebem o benefício: 79%. Na região Norte apenas 7% ganham a cesta básica.

O acesso ao atendimento médico é considerado difícil por 63% dos índios; 69% deles foram atendidos em postos de saúde dentro da aldeia e 12% dentro de casa. Eles ainda usam mais os remédios naturais (66%) do que os farmacêuticos (34%).

A maioria dos índios (66%) sabe ler, e 65% sabem escrever na língua portuguesa. Segundo a pesquisa, 30% exercem trabalho remunerado, mas somente 7% têm carteira assinada.

A agricultura é exercida por 94%, e 85% praticam a caça; 57% deles consideram que o tamanho das terras onde vivem é menor do que o necessário.

O índios também citaram algumas medidas governamentais que poderiam melhorar a vida dos indígenas no país: intervenções na área da saúde (25%), demarcação de terras (17%), reconhecimento dos direitos indígenas (16%), investimentos públicos (15%) e educação (15%).

Procurada anteontem, a Funai afirmou, pela assessoria de imprensa, que tinha muitas demandas e que não poderia responder às questões da reportagem até o encerramento desta edição.

“A presidente [Marta Azevedo] está em viagem, sem disponibilidade de agenda. Ela seria a pessoa mais indicada para comentar a pesquisa”, afirmou, por e-mail.

CRITÉRIOS

O sorteio das aldeias a serem pesquisadas levou em conta a região em que se localizam e o tamanho da população indígena residente. Os dados são representativos dos índios brasileiros.

Foi entrevistada somente a população indígena brasileira que fala português e todos os pesquisadores foram vacinados contra tétano e febre amarela para não expor os seus habitantes a riscos.

Os entrevistadores também provaram que não tinham tétano, febre amarela, febre tifoide, sarampo, catapora, hepatite ou malária, como determina o regulamento da Funai.

Os pesquisadores viajaram de ônibus, carro, avião ou barco para os locais sorteados, como Tarauacá (AC) e Borba (AM), em dupla.

O objetivo de enviar um homem e uma mulher foi evitar o risco de constrangimento caso os entrevistados não aceitassem ser abordados por pessoas do sexo oposto.

A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos.

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Nov 10, 2012

Índios protestam na… Avenida Paulista. Certíssimo. O negócio deles é garimpo ilegal de ouro.

Índios estão integrados ao modo de vida urbano, afirma pesquisa

Datafolha mostra que DVD, celular, geladeira e fogão a gás estão no cotidiano de aldeias do país

Indígenas desejam obter diploma de uma universidade; maior problema é o difícil acesso à saúde

DE BRASÍLIAOs índios brasileiros estão integrados ao modo de vida urbano. Televisão, DVD, geladeira, fogão a gás e celulares são bens de consumo que já foram incorporados à rotina de muitas aldeias. A formação universitária é um sonho da maioria deles.

Pesquisa inédita do Datafolha, encomendada pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), revela esse perfil. Entre os dias 7 de junho e 11 de julho, foram realizadas 1.222 entrevistas, em 32 aldeias com cem habitantes ou mais, em todas as regiões do país.

Segundo a pesquisa, 63% dos índios têm televisão, 37% têm aparelho de DVD e 51%, geladeira, 66% usam o próprio fogão a gás e 36% já ligam do próprio celular.

Só 11% dos índios, no entanto, têm acesso à internet e apenas 6% são donos de um computador. O rádio é usado por 40% dos entrevistados.

Para o Cimi (Conselho Indigenista Missionário), “é evidente que essa novidade produz mudanças, mas isso não significa a instalação de um conflito cultural. Não é o fato de adquirir uma TV ou portar um celular que fará alguém ser menos indígena”.

De todo modo, os números ainda estão longe dos percentuais de acesso a bens de consumo da média da população. No Brasil como um todo, segundo o IBGE, 98% têm televisão; 82%, aparelho de DVD; e 79% têm celular.

A pesquisa teve ainda o intuito de avaliar as condições de vida dos indígenas.

Questionados sobre o principal problema enfrentado no Brasil, 29% dos entrevistados apontaram as dificuldades de acesso à saúde.

A situação territorial ficou em segundo lugar (24%), seguida da discriminação (16%), do acesso à educação (12%) e do emprego (9%).

Em relação ao principal problema enfrentado na vida pessoal, a saúde permaneceu em primeiro lugar para 30%. O emprego apareceu em segundo, com 16%, seguido de saneamento (16%). A questão territorial, nesse caso, desaparece.

A pesquisa mostra que o aumento de fontes de informação tem influenciado a vida familiar dos índios: 55% conhecem e 32% usam métodos anticoncepcionais como camisinha e pílula. Mais de 80% ouviram falar da Aids.

A maioria dos índios (67%) gostaria de ter uma formação universitária. Apesar de ser considerado muito importante para 79% dos entrevistados, o banheiro em casa só existe para 18% deles.

Algumas características das aldeias: 69% têm postos de saúde; 88%, escolas; 59%, igrejas; 19%, mercados; e 6%, farmácias.

(MATHEUS LEITÃO)

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Nov 10, 2012

Garimpo ilegal.

Extração ilegal de ouro ocorre há 4 anos, afirma PF

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA,
EM CUIABÁ

O confronto que causou a morte de um índio no rio Teles Pires tem como pano de fundo um sistema de extração ilegal de ouro operado há ao menos quatro anos na região da divisa entre Mato Grosso e Pará.

Alvo da Operação Eldorado, deflagrada pela Polícia Federal nesta semana em sete Estados, o esquema movimentava milhões de reais.

A estrutura criminosa é descrita em detalhes em decisão da Justiça Federal que determinou a prisão de 28 suspeitos de envolvimento na exploração ilegal, além de 64 ações de busca e apreensão.

Segundo o documento, oito índios caiabis e mundurucus -dois deles caciques- recebiam pagamentos em dinheiro, ouro, combustível e até tratamento médico em São Paulo para autorizar a permanência de garimpeiros em terras indígenas.

O ouro era extraído do rio Teles Pires por meio de balsas. A PF identificou 14 delas na região, gerando danos ambientais como assoreamento e contaminação por mercúrio. No total, cada balsa rendia R$ 500 mil por mês, totalizando R$ 84 milhões ao ano, segundo a PF.

“A atividade é praticada não por garimpeiros artesanais, mas por ricos ’empresários do crime'”, aponta trecho da decisão do juiz Fábio Fiorenza, da 5ª Vara Federal de Mato Grosso.

Com base em grampos telefônicos legais, a PF identificou quatro grupos da operação: 1) líderes indígenas; 2) donos de balsas e garimpeiros; 3) donos de postos de compra de ouro; 4) pessoas que dão apoio ao esquema.

Para ocultar a origem ilegal do ouro, entravam em cena empresas de comércio de ouro de cidades como Jacareacanga (PA), Porto Velho (RO) e Alta Floresta (MT), ligadas a firmas que vendem o metal no mercado financeiro.

A produção era “regularizada” com notas frias fornecidas por pessoas físicas ou cooperativas de garimpeiros.

A exploração mineral em terras indígenas, vetada por lei, é tema de projeto de lei em discussão no Congresso.

Pela proposta, índios receberiam royalties. A Funai é favorável.

(RODRIGO VARGAS)

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Nov 10, 2012

Sindicato, não. Anti-sindicato.

  • Tite não entende ataque de sindicato de atletas a Paulo André
Helder JúniorSão Paulo (SP)

O técnico Tite ficou surpreso com as críticas do Sindicato de Atletas Profissionais do Estado de São Paulo (Sapesp) ao zagueiro Paulo André. Nesta semana, o jogador do Corinthians cobrou que a entidade agisse em defesa de seus colegas de profissão do Palmeiras, ameaçados por torcedores por causa da grande probabilidade de rebaixamento no Campeonato Brasileiro. Foi atacado em seguida.

“Chamaram o Paulo André de covarde?”, espantou-se Tite. “A ideia que ele quis transmitir é muito maior do que qualquer outra coisa. Não consegui entender a manifestação do sindicato, mas respeito”, acrescentou, balançando a cabeça em sinal de negação.

Djalma Vassão/Gazeta Press

Técnico Tite controlou a boca para não ser mais crítico ao sindicato que atacou postura de Paulo André

Em comunicado, o Sapesp classificou a manifestação de Paulo André como “característica do pseudopolitizados” e “desastrosa”. O sindicato ainda citou que age na defesa dos direitos de jogadores em casos de atrasos de salários, períodos de férias e horários de jogos, por exemplo, mas não na proteção da integridade física dos profissionais fora dos campos. 

Tite tentou não alimentar ainda mais a polêmica. “Não vou dar uma resposta ao sindicato. Absolutamente. Prefiro olhar sob outra ótica, a do Paulo André, e entender que agir contra a violência é uma questão de princípios”, disse.

O treinador fala sobre o problema enfrentado pelo Palmeiras por experiência própria. No ano passado, quando o Corinthians foi eliminado da pré-Libertadores pelo colombiano Tolima, ele e seus comandados também sofreram com cobranças violentas de torcedores. “A paixão da torcida tem limite”, ensinou Tite.

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Nov 10, 2012

Será? Não acho não.

Falta de pontaria põe Romarinho no banco do Corinthians

Atacante vai para o banco no jogo contra o Coritiba depois de ter atuado mal diante do Atlético-GO

SÃO PAULO – A fraca atuação diante do Atlético-GO, no último domingo, foi decisiva para Romarinho perder a sua vaga de titular no Corinthians para o jogo deste sábado contra o Coritiba, às 21h, no Pacaembu. As duas ótimas chances de gol desperdiçadas pelo atacante diante do lanterna do Campeonato Brasileiro foram a gota d”água para o treinador. “As finalizações dele não têm sido muito precisas”, justificou Tite.

Romarinho dá lugar a Guerrero no Corinthians - Nilton Fukuda/Estadão -04/09/2012
Nilton Fukuda/Estadão -04/09/2012

Como Guerrero estava suspenso, Romarinho atuou como centroavante, posição que não costuma se dar bem. Mas com a volta do peruano à equipe, ele, Jorge Henrique e Martínez passaram a disputar duas vagas para atuar pelas beiradas do campo e servir Guerrero. O treinador manteve mistério por toda a semana e nesta sexta-feira veio a confirmação de que Romarinho levou a pior. “O momento dos outros é melhor”, explicou Tite.

Desde a o fim da Libertadores, será a primeira vez que Romarinho ficará na reserva. Após a conquista do torneio continental, o atacante só não jogou quando esteve suspenso. Nesta reta final do Brasileiro, porém, ele caiu de rendimento e, com isso, corre sério risco de esquentar o banco no Mundial – para aumentar ainda mais a concorrência, Emerson está voltando de contusão no joelho direito e dificilmente não será titular. “Conversei com o Romarinho e mostrei para ele que nos últimos dois, três jogos, ele não teve a mesma intensidade dos outros jogadores”, disse Tite.

O treinador, porém, evita fazer projeções para o Mundial. “A escalação está definida para o jogo contra o Coritiba. O resto fica para depois”, disse.

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Nov 10, 2012

Programação da Rádio Ópera – sábado (10/11/12)

Terceto “Darei per sì bel fondo” da ópera La cambiale di matrimonio (Rossini)



BILLY BUDD (Britten) Horário: 08:10
Londres, 1961. Maestro: Richard Hetherington.
Elenco: Philip Langridge, Simon Keenlyside, John Tomlinson, Alan Opie, Matthew Best, Alan Ewing, Quentin Hayes, Clive Bayley, Mark Padmore, Richard Coxon.
OBERTO (Verdi)  Horário: 08:10
Maestro: Lamberto Gardelli.
Elenco: Ruza Baldani, Carlo Bergonzi, Rolando Panerai, Ghena Dimitrova, Alison Browner.
VANESSA (Barber)  Horário: 13:00
Nova Iorque, fevereiro-abril/1958. Maestro: Dimitri Mitropoulos.
Elenco: Eleanor Steber, Rosalind Elias, Regina Resnik, Nicolai Gedda, Giorgio Tozzi, George Cehanovsky, Robert Nagy.
IL BRAVO (Mercadante) Horário: 15:00
Martina Franca, 28-31/7/1990. Maestro: Bruno Aprea.
Elenco: Dino Di Domenico, Adelisa Tabiadon, Janet Perry, Sergio Bertocchi, Stefano Antonucci, Leonardo De Lisi, Ambrogio Riva, Giuseppe De Matteis, Maria Cristina Zanni.
LA CAMBIALE DI MATRIMONIO (Rossini)  Horário: 18:00
Londres, 20-23/8/1990. Maestro: Marcello Viotti.
Elenco: Bruno Praticò, Alessandra Rossi, Maurizio Comencini, Bruno de Simone, Francesco Facini, Valeria Baiano.
IL GIUSTINO (Vivaldi)  Horário: 19:15
Roterdã, 8/10/2001. Maestro: Alan Curtis.
Elenco: Dominique Labelle, Marina Comparato, Francesca Provvisionato, Geraldine McGreevy, Leonardo De Lisi, Laura Cherici.
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