Vitória e História
Sempre é importante vencer o Palestra.
Em qualquer tempo, campeonato ou estádio, com chuva ou sol. Com titulares ou reservas.
Mas um fato importante neste clássico de domingo é a sensação de que poderemos ter um jogador de ataque que venha contribuir (e muito) para as disputas que temos pela frente.
Jogador ganha fama quando joga bem contra adversários tradicionais. Neco foi um demônio para os palestrinos; Sócrates infernizou os tricolores e palestrinos; Tevez tinha grande prazer em jogar contra o Palestra ;e Gil deixou um mundo de ódio no Morumbi. Com Luizinho, Carbone, Neto, Baltazar, Teleco ou Servílio aconteceu a mesma coisa.
Jogar e marcar contra adversários fracos dá bom resultado na estatística, mas não ganha o torcedor.
Por esta razão foi muito bom o que aconteceu ontem. Romarinho é um jogador que está começando e trilha um bom caminho. Marcou gol em jogo importante.
Aquele que a torcida não esquece.
Primeiro Hino do Corinthians
Lutar… Lutar…
É nosso lema sempre, para a glória.
Jogar… Jogar…
E conquistar os louros da vitória.
E proclamar nosso pendão.
É alvinegro e sempre há de brilhar,
Lutar, viril
Para a grandeza e glória do Brasil.
CORINTHIANS… CORINTHIANS…
A glória será teu repouso
E nós unidos sempre…
elevaremos teu nome glorioso
O mundo vai parar!
(Winge, “Thor e os gigantes”) (Reprodução)
O destino decidiu: a final da Libertadores de 2012 reune o Corinthians contra o Boca.
Será o clássico da década (ou talvez do século), confrontando as duas maiores equipes do futebol das Américas. Como diz nossa mídia tupinambá: “pela primeira vez, em 100 anos, uma final de Libertadores coloca em campo Corinthians e Boca”.
Ah! Ah! Que sofrimento!
Foi melhor assim.
Poderia ser uma final contra um time paraguaio, colombiano, equatoriano, peruano ou chileno mas, o melhor é disputar com um argentino. Melhor ainda que seja contra o Boca. Aquela balela que iriam inventar – “ganhou de um time paraguaio, colombiano etc” – foi enterrada.
Este século promete muito para futebol sulamericano.
Começou com o Corinthians ganhando o mais cobiçado campeonato do mundo: foi o primeiro campeão mundial de clubes. Agora, ainda quase na primeira década do século, participa de uma final entre os dois maiores clubes da América.
Mesmo os torcedores de equipes adversárias devem ficar felizes. Imagino o orgulho do River Plate (que está lutando na segunda divisão da Argentina) e do Independiente (que ganhou o maior número de vezes a Libertadores – não sei se joga na primeira ou segunda divisão Argentina), devam estar sentindo.
Uma final entre Corinthians e Boca valoriza o passado e lança a taça num novo patamar para o futuro.
O jogo está em aberto, como diz o jornalista pensativo.
Ninguém ganhou nada, e ninguém perdeu nada. Mas os dois já deram uma caminhada grande e vitoriosa. O Corinthians, por exemplo, pode ser campeão, invicto, contra o Boca.
Ah! estou certo: o mundo vai parar.
Passou
Desculpem-me por ser direto: o jogo contra o Santos passou.
Ficar postando textos e mais textos “tirando uma” dos santistas é uma perda de tempo. A diferença conosco é muito grande. Alguns minutos após o apito final, nem nos lembrávamos mais quem era o adversário que havíamos vencido.
Qualquer polêmica com os alvinegros praianos deve ficar restrita aos torcedores do Jabuca ou da Briosa.
“Co-irmãos”
Não preciso dizer, aqui, que não gosto dessa lorota de somos todos “irmãos” no mundo do futebol.
Acho que devemos deixar bem claro: temos adversários. Nada de violência, nada de agressão, mas cada um no seu lado. Acho um atraso só, esta tese de que temos “interesses comuns” no mundo do futebol. Temos nada. Eles sempre quiseram ver o Corinthians em ruínas. Deplorável, também, é esta politica de duas caras: em público, fazendo uma provocação, ou outra, “no privado”, rasgando elogios ao adversário e dizendo que “falou isso ou aquilo” porque a torcida exigia. O discurso deve ser único. Respeito e distância.
Muita distância.
Corinthians goleia e está na final
Cheguei há pouco em casa.
Molhado e suado, com a pressão arterial lá em cima. Com a goleada desta quarta-feira, 20/6, no Pacaembu, o Timão disputará a final da Libertadores com o Boca Jr ou com a LA U, do Chile.
Sim! Foi goleada.
O placar numérico de 1×1 não é o resultado da disputa. A “sensação futebolística” (assim como a “sensação térmica”) não é o que os números frios indicam.
O Corinthians ganhou a disputa com o Santos de forma exemplar.
Foi prejudicado por erros da arbitragem (isto faz parte do futebol), tanto na Vila quanto no Pacaembu, mas superou tudo.
O Corinthians é um time bem organizado, com uma defesa de encher os olhos e um meio de campo que toca bem a bola, ainda que o ataque não tenha o mesmo nível, as vitórias aparecem.
Não vou falar, nesta hora, da “cara de bezerro que perdeu a vaca” em que estão muitos da nossa mídia. Paciência! Vamos elogiar nossos mosqueteiros, que lutaram com o sangue que corinthiano requer. E, sei que alguns não gostam disso, o nosso técnico Tite merece todo aplauso. Ele está fazendo história. E os corinthianos ficam felizes por isso.
Em tempo
Disseram-me há pouco que, no final do jogo, o locutor da Globo disse que “após 102 anos” o Corinthians pode ganhar a Libertadores.
Espero que as pessoas tenham ouvido errado mas – cá para nós – nesta hora de desânimo e desespero eles falam qualquer coisa.
O jogo já vai começar
(Botticelli) (Reprodução)
O período mais angustiante de uma grande partida de futebol é a véspera do embate.
Essas 24 horas que faltam para a bola rolar faz em todas as torcidas sofrerem.
O futebol é mágico, porque uma partida nunca está “praticamente definida”.
No basquete, quase sempre, isso não acontece. Também no vôlei, no tênis, na natação. São todos esportes onde o risco de surpresa “é sempre muito baixo”.
No futebol, esta variável está sempre presente.
Como esporte coletivo, necessita de muitas cabeças frias e concentradas para uma partida dar certo. Além de boa preparação, muito treino, esforço, raça e tudo mais, há um enorme espaço para todo tipo de desdobramento e resultados.
Sempre que o Corinthians chega a 24 horas de um jogaço, fico agitado.
A cabela gira à mil e começo pensando em tudo. Jogadores, jogadas, juízes, torcidas e até se vai chover ou fará frio .
Quando o juiz apita o início do jogo, tudo isso acaba e começa a batalha.
O futebol sempre traz, para o torcedor, a esperança de vitória de seu time. No nosso caso temos uma dose elevada de esperança. Jogamos com vantagens claras de resultado e nosso time vive um bom momento na competição. Vamos esquecer nossas falhas e tocar o barco cheios de motivação e de esperança.
E rumo a uma grande vitória.
Calma, professor!
Não preciso repetir aqui os elogios que tenho feito ao técnico Tite.
Já disse, muitas vezes, que ele é nosso principal craque nestes dois últimos anos. Com um elenco modesto, sem grandes estrelas, vem fazendo o que muitos duvidavam e vencendo compeonatos importantes (como o Brasileiro do ano passado).
Acho que nosso técnico exagerou ao dizer que “é o jogo mais importante da história do Corinthians”, se é que disse realmente isso.
É jogo importante, como tantos outros que tivemos em nossos 100 anos de vida. Isso não diminui em nada a importância do trabalho que vem realizando em nosso clube.
“In Bocca al Lupo!” , nosso querido treinador, Tite.
50 anos da conquista da Copa do Mundo do Chile (1962)!
Campanha da Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 1962
30/5/1962: Brasil 2×0 México
2/6/1962: Brasil 0x0 Tchecoeslováquia
6/6/1962: Brasil 2×1 Espanha
10/6/1962: Brasil 3×1 Inglaterra
13/6/1962: Brasil 4×2 Chile
17/6/1962: Brasil 3×1 Tchecoeslováquia (Final)
Troca de passes
No artigo de hoje na Folha, o craque Tostão (cada dia mais craque com a pena), analisa nosso futebol e faz algumas ponderações interessante.
Algumas das afirmações que faz, concordo. Outras, não.
Diz que o Timão “por causa da disciplina tática e do futebol coletivo e compacto…é o mais europeus dos times brasileiros”. Não agrada-me a comparação. O Corinthians é disciplinado, compacto e atua com bom conjunto mais isso é característica do bom futebol, daqui, e de qualquer parte do mundo. Diz que falta ao Corinthians “mais troca de passes”. É verdade. Isso falta ao futebol brasileiro atual. Mas a principal falta é de jogadores acima da média. Trocar passe ( embora não pareça é jogo complicado) e o mais cômodo é dar um chutão ou um passe para o além.
Tostão acrescenta:” No Brasil impressiona-me a pouca troca de passes e como se dá tanto a bola para o adversário, por meio de chutões e passes para jogador marcado”. Está certo. Mas faltou completar os equívocos de nossas equipes, nos dias de hoje.
Além desses chutões para todo lado, os chuveirinhos são outra praga para o futebol. E esta ligação direta, que zagueiros fazem lançando atacantes, é uma das piores coisas de nosso futebol.
Está certo Tostão. Mais troca de passe, menos chutões e passes errados e menos chuveirinho. Isto melhoraria ( e muito ) nosso futebol.
Viva a seleção
No dia 17 de Junho (há 50 anos) a seleção brasileira conquistava o Bi campeonato Mundial no Chile. Conquista inesquecível onde Garrincha foi a figura maior. Mas devemos lembrar todos aqueles heróis. De Gilmar a Zagalo, de Didi a Vavá e Amarildo. Viva a seleção brasileira campeã em 1962 no Chile !
Tempo de decisões
O mundo do futebol produz alguns fenômenos, típicos de época em que ocorrem as decisões de Campeonatos e Copas. É, quase sempre, acontecimento corriqueiro em todos os clubes.
O primeiro dos “fatos” é declaração desastrada de dirigente de futebol. Todos falam tudo, por todo lado e sobre qualquer assunto. Fica nítido que os dirigentes querem entrar na disputa. Não podem entrar em campo mas ficam falando tudo que faça nascer uma polêmica. É uma situação para lá de difícil segurar “declarações” de cartolas. E sempre acham que o falarão será determinante na disputa final. Puro engano. Dirigente deve falar mas, em comum acordo com técnico e jogadores . Fora disso, só complica o quadro da competição. A bem da verdade, dirigente de futebol-nestes momentos – serve para “apagar incêndios” e apenas para mais uma coisa: justificar a derrota. Se o time vencer será mérito do técnico( que deu um nó tático), do goleiro(que defendeu tudo), do atacante ( que marcou o gol decisivo), da torcida ( que gritou o tempo todo). Agora, se perde a culpa (e a palavra) estará com o dirigente. Não vejo qualquer problema nisso e acho que todo cartola deve estar preparado para isso. E não para ficar brigando, criando polêmicas que tumultuam e afetam o técnico e os jogadores.
Mas existem outros acontecimentos próprios dos períodos de decisão. Jornalistas que anunciam uma “bomba” que, quase sempre é a venda de um jogador. Isso é uma praga sem cura. Por todo lado aparecem proposta milagrosas, valores impossíveis de não ser aceito, “interesses” indesmentíveis etc. Tudo termina sem qualquer compra ou venda. Nenhum time é louco de negociar jogador na hora de decisão. Só em caso de loucura extrema.
Outro acontecimento típico de períodos de decisão é torcedor que “está preocupado” com este ou aquele jogador. Avisam que o tal “craque” mora num prédio em que ele é amigo do porteiro” e que “ontem saiu de casa e não voltou até meia -noite”. Isso- e muito mais – é sempre narrado com a emoção de que se não resolver a dita história o time perderá a decisão. Há um universo( e um inferno cheio) com estas “informações” decisivas e sigilosas. Bobagem, sòmente um número ínfimo de jogadores entrariam nessas loucuras relatadas.
Mas existe também, o torcedor que tem uma informação precisa sobre como vai atuar o adversário. E ele precisa passar para o técnico porque este fato decidirá o jogo. No caso do Corinthians isso é comum e agravado pelo fato de o pessoal do Departamento médico viverem querendo dar palpite em escalações do time, motivados por informações que receberam do outro lado.
Existem muitos outros fatos típicos de períodos de decisão. Dirigentes, técnicos, jogadores, torcedores e jornalista organizam um mundo novelesco, neste período.
O trabalho do dirigente e do técnico é trazer o narrado a realidade e superar todas as “crises” diárias que aparecem.
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