Apr 27, 2012

Ganhar e perder

(Pablo Picasso. “Guernica”. A 26 de abril de 1937, a cidade basca de Guernica sofreu um maciço e cruel ataque, executado pelas forças aéreas alemã e italiana. Entre 16 e 18h, centenas de bombas foram lançadas sobre o povoado de pouco mais de 5.000 habitantes. A devastação da cidade e as cerca de 1.500 mortes marcou este ataque, que serviu para a Luftwaffe testar o poderio de suas bombas aéreas, e para o ditador local, Franco, selar seu vínculo com Hitler, seu confrade germânico. A obra de Picasso traduz o horror deste episódio.)

O objetivo de todos os times é ganhar.

Mas a derrota é, quase sempre, uma possibilidade real. Vencer e perder são regra no futebol. Diferente de outros esportes, no futebol não há vencedor ou vencido antes do apito final.
Nos últimos tempos temos visto jogos, cujos resultados provocam controvérsias. A derrota do Corinthians para a Ponte Preta foi tida como inaceitável, embora o time campineiro seja da Primeira Divisão. A derrota do Barça também causou perplexidade.
Esta é a visão comum do torcedor, que quer sempre mais e que seu Clube vença.
Para vencer no futebol é preciso trabalhar bem (planejar, executar e controlar), mas todos devemos entender que há uma faixa grande de pequenos fatos que podem mudar tudo. Uma falha numa jogada, um gol perdido na hora errada, um deslize do goleiro, uma desatenção do beque, um erro do bandeira ou do árbitro etc.
Tudo pode levar a um resultado diverso do desejado pelo time ou do afirmado pela mídia.

Este aspecto imponderável é também o que dá beleza ao futebol. Nós vibramos nas vitórias e sofremos nas derrotas, mas, para os reveses  devemos estar sempre preparados.

Por mais difícil que seja,  no futebol, sempre conviveremos com vitórias e derrotas.

Apr 26, 2012

E o futuro?

 

(Botticelli, “A Calúnia de Apeles”, 1490)

Passou quase sem comentários a informação, vazada pelo tio de Ricardo Teixeira, de que o ex-Presidente da CBF acredita que o Brasil não vencerá a Copa do Mundo de 2014.
É informação importante, trazida pelo Blog do Perrone, e mostra um quadro ruim para nossa Seleção. A perspectiva de uma derrota seria um dos motivos da renúncia e da mudança para os Estados Unidos, organizada e executada pelo ex-Presidente. Não acredito muito que desempenho da Seleção no gramado tenha sido motivo para este gesto inédito de um dirigente esportivo. Acho que as razões foram outras. Mas não deixa de ser relevante a informação de descrédito na Seleção Brasileira por parte de seu comandante.

Não há dúvidas de que o futebol brasileiro não vive um grande momento.
É só olharmos para os campeonatos europeus que, no passado, eram dominados por grandes jogadores brasileiros que, nos dias atuais, não mostram nenhum destaque. Quase todos os brasileiros que atuam no Velho Continente têm atuações apagadas. Muitos são jogadores médios (até ruins), que foram levados por “empresários” através do “bom diálogo” com dirigentes de clubes europeus. Foram contratados pela Europa a partir de uma única referência: são atletas brasileiros. E isso, por muito tempo, foi sinônimo de excelência . Contudo, trata-se de um exército de jogadores, que saíram do Brasil quase sem ser percebidos.

Mas há também as estrelas, badaladas pelo mídia nacional. Qualquer passe, gol ou defesa desses grandes nomes são festejados por aqui. Quase sempre em imagens curtas, que não mostram a real e completa atuação do craque. Mas, mesmo estas estrelas (geralmente lembradas quando o assunto é Seleção), não estão jogando grande coisa.
Outro dia, vendo um jogo do Milan pela RAI, o locutor disse algumas vezes: “Dov´è Robinho?”.  No dia seguinte jornais, rádios e TVs daqui destacavam  a “grande partida” do atacante brasileiro. Kaká vive uma má fase e seu maior destaque limita-se ao twitter de seus familiares. Dizem que seu problema é físico. Pode ser, mas seu desempenho não é diferente dos de Ronaldinho Gaúcho,  Adriano etc.

A maior prova de que não há craques brasileiros na Europa é a luta diária, permanente, compulsiva dos clubes europeus para emprestarem,venderem, darem seus craques para clubes brasileiros.
Com o fim da temporada europeia teremos uma grande  leva de “retornados”. Todos com o mesmo discurso: de amor ao clube e à terra natal. Mas trazendo na bagagem pouco futebol.

Ainda há tempo de montar uma boa Seleção, mesmo sem grandes jogadores?
É o desafio do técnico Mano Menezes. Vamos acreditar na riqueza do futebol brasileiro, que sempre faz nascer craques. E faltam dois anos pra Copa.

99% acertado

A contratação da publicidade na camisa do Corinthians sumiu dos noticiários.
Há algumas semanas, tudo foi dado como tendo 99% acertado com uma montadora coreana. Surgiam inclusive valores (50 milhões  por ano), estratégias, lançamentos etc. tudo foi falado. E, claramente, vazado pelo Corinthians. Teria sido um grito de gol antes do tempo? Pode ser. O marketing sabe que o maior impacto vem do silêncio. Quanto aos vazamentos, estes são muitos, fazendo a coisa perder força. Vamos torcer para que o silêncio das últimas semanas seja indicativo de que o Clube negocia um bom contrato.
É aguardar.

Apr 25, 2012

Choque de direção

(Carybé. “Feira de Água de Meninos”) (Reprodução)

São muitos os que defendem que os times brasileiros contratem técnico estrangeiros para nossas equipes.
Um choque na direção de nossas equipes viria, segundo essas pessoas, com profissionais não vinculados aos vícios de nosso futebol. Não há dúvida de que muitos de nossos problemas estão nos bancos dos times. Bem remunerados, como são os brasileiros, não alteraria muito as finanças dos Clubes se técnicos de fora do Brasil fossem contratados. Juca Kfouri radicaliza, no dia de hoje, 25/4, e, em seu blog, defendendo a contratação de Guardiola para a Seleção Nacional. Aí já acho difícil.

Não há dúvida que uma mudança traria um sopro de renovação ao nosso futebol, que anda precisando tanto de mudanças (inclusive dentro de campo).
Para a evolução técnica do esporte seria positivo novas formas de atuar, novas táticas, e novas técnicas de treinamento. Certamente, os italianos ajudariam muito nossos defensores a melhorar sua maneira de atuar. Ganharíamos mais eficiência na defesa. Técnicos argentinos, espanhóis, sérvios etc poderiam muito contribuir para o progresso de nosso futebol.

Mas, diferente do que pensa  o Juca, isso deveria iniciar-se pelos Clubes.
E com técnicos de várias nacionalidades. Afinal, não vamos acreditar nesta bobagem que só por aqui se joga um bom futebol. Ajudaria os Clubes, também, na redução de salários dos técnicos brasileiros, que são incompatíveis com  a condição econômica  das agremiações.

A chegada de técnicos estrangeiros seria um vento renovador para nosso futebol. Mudaria inclusive a relação com a imprensa. Talvez aí esteja um problema grande pela frente.

CBF em mudança

A interferência do novo Presidente, José Maria Marin, na preparação de nossas seleções já está chegando em todas as áreas da entidade.
Após a sua ordem, que vai querer a lista de jogadores convocados para a Seleção em 48 horas antes de sua divulgação (para estudar, certamente), o novo Presidente mostra que já opina sobre tudo. O técnico Mano Menezes – como era esperado – não reagiu à comunicação na imprensa sobre convocações. Ficou mudo. Como também não falou nada o Diretor de Seleções, Andrés Sanchez, mesmo sabendo que a ordem foi mais para ele do que para o técnico. Mas o presidente Marin avança. Até nas questões de imprensa. E na política encontrou o caminho que chega ao Governo: o vice-presidente Michel Temer. São-paulino roxo, fala – e muito – com o Presidente da CBF. Com isso, o tradicional esforço dos cartolas de aproximação com o ex-presidente Lula ou com o Ministro do governo Dilma  foi substituído por uma via sem intermediários,  que o Presidente Marin conhece bem. Pode não ser a melhor. Mas é a dele.

Valha-me, São Jorge!

Que semana complicada para os times que gozam a proteção de São Jorge!  
No domingo, foram o Corinthians e o Genova. Ontem, o Barça. Deve estar ocorrendo alguma briga feio contra o dragão, lá nas alturas. Por aqui o Corinthians deve seguir a máxima dos beneditinos: Reza e trabalho.
É o caminho.

Apr 24, 2012

O chá dos co-irmãos

 

(Anita Malfatti, “A Boba” (1915-16))

A mídia informa que, ontem, numa churrascaria, os quatro maiores Clubes da Cidade (Corinthians, São Paulo, Palmeiras e Santos) fizeram as pazes.
Em tom conciliador, o Presidente do São Paulo FC, Juvenal Juvêncio,   e o ex-Presidente do Corinthians, Andrés Sanches, falaram, especialmente, da necessidade de união dos Clubes. Não há qualquer surpresa nisso tudo.

A relação do grandes clubes sempre foi marcada por uma política, digamos assim, de “duas faces”. Uma pública, onde o Dirigentes fazem provocações e até críticas aos adversários, e outra – reservada, onde se abraçam,  combinam tudo, e justificam suas declarações públicas.  Esta é a linha adotada por todos.
Inclusive pela atual Direção do Corinthians.

O único beneficiado por esta relação hipócrita é o São Paulo.
Ele junta todos e exerce uma liderança imposta por uma alegada superioridade cultural, pessoal, postural, econômica  etc. É um engodo que favorece aos tricolores e o maior prejudicado sempre é o Corinthians.

E isto não é de hoje. Recordo-me, quando era Diretor de Futebol, recebia críticas por todo lado (inclusive dentro do Timão) pela minha postura diante do SPFC.
O grupo do vice Nesi Cury, do qual a Direção do Corinthians dos últimos 4 anos é ramificação, exercia uma cobrança quase diária pela relação com o São Paulo. A cada fato era dito “precisamos respeitar o São Paulo” ,  “o SPFC é nosso co-irmão”, “vou ligar pro fulano, presidente do SPFC e explicar …” . Esta linha era majoritária no Clube e nos colocava em um posição subalterna perante um de nossos adversários. O auge do equívoco era narrado pelo Sr. Nesi e companhia,  fora um jantar oferecido, nos anos 60 no Parque São Jorge, para o Presidente do São Paulo, Laudo Natel. Entre elogios e palmas foi decidido que muitos conselheiros comprariam carnês da construção do Morumbi, bem como cadeiras cativas. Sempre fui duro crítico deste jantar e não perdia oportunidade de falar da vergonha dele ter ocorrido. Mas esta relação “amistosa” com o São Paulo sempre foi a marca do grupo. Recordo-me do Campeonato Paulista de 2003, quando a Federação queira (porque queria) ver o São Paulo campeão. Com um regulamento confuso, deu interpretações todas favoráveis ao SPFC. Nós reagimos, embora internamente muitos defendessem que deveríamos ficar calados. Tive que assumir, por  um dia, a Presidência do Clube para encaminhar um recurso a um órgão da Federação que decidiria sobre a matéria. Sabíamos que perderíamos mas, a partir daí,  poderíamos recorrer à CBF e lá o jogo seria outro. Foi o que ocorreu. No julgamento, em São Paulo, todos os Clubes votaram contra o Corinthians e a favor do Tricolor. Até o Palmeiras, que se dizia inimigo dele. A reunião serviu, no entanto, para que pudéssemos recorrer ao Tribunal da CBF. Serviu, também, para que se pudesse dizer, que, naquele momento eu me lembrava que o Corinthians fora o único Clube  solidário com o Palestra,  quando queriam (quem?) tomar o  Parque Antartica. Relembrei a reunião do Conselho Corinthiano e os membros da delegação que foram até a Rua Turiassú levando nossa solidariedade. Foi um constrangimento geral.
Mas recorremos, ganhamos no Rio e principalmente vencemos no campo, para desespero do tricolor.

Nos últimos 5 anos, a política do Corinthians não foi  muito diferente, embora, para efeitos públicos, houvesse brigas para cá e para lá.
Brincadeiras de “bambi”, uma ou outra crítica, eram seguidas de telefonemas para a Direção Tricolor, conforme os própios dirigentes do SPFC vazavam para a mídia. Era a mesma politica de “duas faces”, que os cartolas tanto gostam. No entanto, com aquele episódio dos ingressos, houve um certo momento onde o atrito (que deveria ser permanente) aflorou. Pressionados pela torcida, e diante de uma decisão equivocada dos tricolores, a Direção corinthiana teve um momento de radicalização. Isso não impediu, no entanto, os permanentes elogios ao marketing e à estrutura do SPFC. Mesmo na questão do estádio, o Corinthians apoiou o SPFC para a reforma do Morumbi.  Aquela cerimônia no gramado do estádio com o Presidente Lula, a Direção do São Paulo e outros dirigentes teve como seu maior destaque  o ex-Presidente do Corinthians, Andrés Sanchez. Somente com a posição firme – e correta- da Fifa a questão do estádio teve outro encaminhamento.
E nisso o Presidente Lula foi o motor que mudou o quadro.

Ao se reunirem, em almoço (poderia ser um chá), os Dirigentes, especialmente do Corinthians, subscrevem uma política errada, que dá a liderança ao São Paulo.
Não há qualquer motivo para não mantermos distância de nossos adversários. Até a questão da TV não necessita mais de “união de Clubes”.
É cada um por si e a Globo do outro lado.

Nem a Diretoria passada, que adotou o esquema de “duas faces” na relação com o São Paulo, nem a Diretoria atual, que – sinceramente – não mantem nenhuma postura para confrontar-se com o Tricolor, agem de forma  correta com os interesses do Corinthians. Sou contra ficar fazendo qualquer provocação barata entre os grandes Clubes, mas sou especialmente contra criar-se esta geleia geral onde todos são irmãos e iguais. Nada disso!
É confronto e pronto.

 

Apr 23, 2012

Pane geral

 

(Michelangelo, “Capela Sistina” (detalhe)) (Reprodução)

Não gosto de ficar procurando um culpado quando o time perde.
Igualmente, não apoio a tese de ficar discutindo regulamento quando o time é eliminado. O que houve ontem no Pacaembu foi uma pane geral. Um ou outro jogador falhou em exagero, mas todos falharam. Foi a derrota de um desacerto completo. E não devemos ficar buscando um culpado aqui ou acolá.
É bola prá frente, que temos muitas competições no ano.

Este time que perdeu ontem é – basicamente – o mesmo que foi campeão brasileiro no ano passado.
E que fez a melhor campanha na primeira fase do Paulista. A principal qualidade do time atual do Corinthians é sua organização dentro do gramado. Compacto, aguerrido e difícil de ser vencido. Esta vem sendo a razão do seu sucesso que – embora muitos não gostem – devemos ao técnico. Mas, como este blog diz (e não é de hoje), faltam alguns jogadores de melhor qualidade no grupo. Uns 2 ou 3 craques dariam um salto  na produção da equipe. E isso faltou ontem, como faltará sempre em jogos difíceis. Quando a situação complica no jogo (ou quando as duas equipes são iguais) é o craque (o jogador diferenciado) que aparece para colocar “ordem na casa”. E isso falta a esta equipe. Mesmo quando ganhamos o Brasileiro do ano passado não tínhamos jogadores com estas qualidade. Nem sei se existe no futebol brasileiro.
Mas é o que precisamos.

Vamos contar com a competência – que não tem faltado – da comissão técnica para fazer uma boa preparação dos próximos jogos.
E não vamos ficar querendo cabeça de jogadores que erraram.
É este elenco que está aí – e que venceu no ano passado – que o time dispõe para a batalha.

Apr 22, 2012

O mundo gira

A devastadora crise econômica que vive a Europa terá um grande impacto no futebol. Sem saída para seus problemas, vários países importantes- na economia e no futebol- vivem uma década perdida e caminham para voltarem a ser nações do “terceiro mundo”. Nada indica que Espanha, Portugal, Itália, Inglaterra, França e outro menos cotados possam solucionar seus problemas no curto prazo. O que estamos vendo é um empobrecimento desses povos e o impacto no futebol será evidente.

O grande crescimento europeu começou logo após o fim da guerra. Diante do perigo do comunismo, os Estados Unidos e seus aliados, trataram de levantar aquela Europa  caída. Nestes últimos 50 anos, quase todos os países europeus viveram um “milagre” econômico. Itália, França, Inglaterra, Espanha, Portugal foram superando seus problemas com grande progresso econômico e social. A reconstrução da Europa veio com a implantação de um Estado Social onde os trabalhadores, a classe média  e os ricos tiveram um salto na qualidade de vida. Este novo mundo trouxe a crescimento econômico e a distribuição de renda. Todos os países europeus passaram a viver melhor. E o futebol seguiu o mesmo caminho. Mais dinheiro para os clubes, melhores jogadores, melhores estádios etc tudo numa marcha que levaria a uma vida melhor.

É este “novo mundo” construído após a segunda gerra que esta sendo destruído. Ou melhor, desconstruído. A brutal crise nos Bancos,e Seguradoras e Mercado financeiro levou a uma situação de quase falência dos Estados. E o caminho até agora percorrido para resolver os problemas foram cortes de tudo: dos gastos em saúde, educação: corte nos salários e pensões; cortes nos investimentos em estradas, empresas, trens etc. A crise européia atinge todos os lados mas quem esta perdendo mesmo são os assalariados, pensionista e a classe média. Com isso a base do Estado social construído no pós-guerra vai ao colapso. E o lazer( onde entra o futebol) é uma grande vítima.

É neste novo quadro de dificuldades por todo lado que vivera o futebol após o final da temporada 11/12. A partir do meio do ano, os grandes clubes europeus viveram a realidade de estarem num continente cada vez mais pobre. A Liga das Estrelas da Espanha perderá o brilho ,o campeonato português será ainda menos atraente do que é nos dias atuais. E a Itália, sempre importante no futebol e na dolce vita, perderá muito do seu charme.

Esta crise profunda deixa as empresas sem grana e um governo sem condições de socorro. Empresas sem dinheiro é menos recurso no futebol, na publicidade, nas contratações de craques etc. Mesmo a Inglaterra com seus oligarcas já começa a sentir o corte de dinheiro. Sem condições de contratações milionária muito coisa mudará no futebol mundial. A América do Sul que tradicionalmente “exporta” craques viverá, também, este impacto. As vendas serão menores e muitos “craques” que atuam nos clubes europeus voltaram para sua  terrinha.

É neste mundo que passaremos a viver após o fim da atual temporada. Os grandes campeonatos europeus, com craques por todo lado “o vento levou”. E o mundo, viverá uma nova fase do futebol, exatamente ao tempo, em que o Brasil organiza a Copa do Mundo.Viva .

Vampeta, Edilson e Fábio Luciano

Quem foi ao Teatro do Corinthians, no Parque São Jorge, ontem,  para a homenagem a Vampeta, Edilson e Fábio Luciano viveu uma agradabilíssima manhã. Três grandes jogadores que muito honraram a camisa alvinegra e, também, três figuraças. Vampeta e Edilson mais descontraídos e Fábio Luciano, mais tímidos, mostraram o valor do ato. Destacaram a importância do Corinthians nas vida de cada um. Além de história deliciosas os torcedores viveram a explosão de alegria que estes três trouxeram para o Timão. Viva!

Apr 21, 2012

Vampeta, Edilson e Fábio Luciano

O Corinthians presta justa homenagem a três grandes jogadores que honraram a camisa alvinegra: Vampeta, Edilson e Fábio Luciano.

Vampeta

Foi um dos grandes volantes que o Corinthians teve em toda sua história . Atuou de 1998/2.000 e 2002/2003. Jogou 248 partidas com a camisa do Timão. Era um volante refinado que marcava, carregava a bola e armava belas jogadas. Ganhou o Mundial de 2.000;os Brasileiros de 1998/1999; a Copa do Brasil de 2002; o Rio-São Paulo de 2002; e os Paulistas de 199/2003. Atuou em vários clubes mas sua grande identidade foi (é) com o Corinthians.

Edilson

Grande atacante do Timão que jogou com a camisa alvinegra de 1997/2000. Atacante talentoso teve participação inesquecível em conquistas do Timão. Aquela bola por entre as pernas do francês Karembeu tornou-se antológica.  Conquistou o Mundial de 2.000; os Brasileiros de 1998 e 1999; e o Paulista de 1999. Como Vampeta, atuou em outros clubes, mas a marca de sua carreira é o Corinthians.

Fábio Luciano

Grande zagueiro que brilhou no Timão onde atuou de 2.000 a 2003. Defensor clássico, jogava com elegância e chegou a marcar muitos gols pelo Timão. Ganhou o Mundial de 2.000; a Copa do Brasil em 2002; o Rio-São Paulo, de 2002; e os Paulista de 2001 e 2003. Foi, por inúmeras vezes, capitão da esquadra do Timão, onde atuou em 167 partidas.

Apr 20, 2012

A rosca do parafuso

 

(Georgina de Albuquerque (1885-1962)) (Reprodução)

A declaração feita aos jornalistas, no dia de ontem, sobre a Seleção, pelo  atual presidente da CBF  José Maria Marin, não deixa dúvidas.
O novo grupo no poder na entidade não está para brincadeira. “Quero ver a lista (de convocados) antes da divulgação oficial”, disse Marin.  E ponto final. Sinal mais claro de mudança, e  que o parafuso está apertando pelos lados da Seleção Brasileira de Futebol, não precisa mais ser destacado. Completou Marin: “Não vou  convocar nem escalar ninguém…  mas hierarquia é fundamental e quero ver a lista antes… não abro mão”.
Mensagem mais direta não poderia ser dada.  O técnico Mano Menezes sabe o que o presidente fala de seu trabalho e que  sua vida não será fácil na direção da seleção. O diretor de seleção Andrés Sanchez (que antes falava em autonomia de seu trabalho) já percebeu que a área está minada. A forma Marin de administrar é essa. Vai, pouco a pouco, tomando pé das coisas e criando formas de controlar.  O que fará ao receber a lista? Vai ver o horóscopo de cada jogador? Procurar algum conhecido de Santo Amaro ? No início, nada fará.
Mas, vai avançando até os incomodados pedirem pra sair.

E o Triunvirato?

A entrevista do ex-secretário da CBF, Marco Antonio Teixeira,  hoje, no blogdoperrone.blogosfera.uol.com.br, responde muitas das perguntas para os que querem entender as mudanças da CBF.
Aquela fantasia (de um triunvirato na CBF) anunciada pela Folha, no dia posterior à renúncia do ex-presidente Teixeira, cai por terra. Acho que a UOL (que anda errando muito na questão do estádio do Timão) deveria colocar uma chamada – o dia todo – em seu portal. A ideia dos cartolas de deixar qualquer mudança no nosso futebol para depois da Copa está cada dia mais ameaçada. E a entrevista do tio de Teixeira mostra a complexidade dos acordos para costurar o futuro. Interessante é ver que hoje todos reconhecem o efeito devastador da entrevista do ex-presidente na Revista Piauí. O futebol vivia num mundo próprio, com uma ou outra voz em contrário.
Bastou uma jornalista – que estava fora do futebol- fazer uma matéria e o caldo entornou.

Mata-mata

Começa, neste final de semana, uma nova fase no futebol brasileiro.
Vencido o período de classificação das principais competições agora é matar ou matar. O Corinthians – que venceu bem – a etapa inicial vai – num bom momento – para as disputas mais complicadas. Vamos torcer, porque, domingo  começa a aumentar a emoção. E temos boas condições de avançar. Até hoje não sei se o melhor é fazer o jogo decisivo em casa ou fora. Nem os técnicos têm opinião comum nesta história se “é melhor a primeira partida em casa”  … “melhor a primeira partida fora”. Há exemplos positivos e negativos dos dois lados. Creio que o importante é estarmos num bom momento. E esquecer esta bobagem de que a Libertadores é diferente… blá-blá-blá.
Vamos jogar bola. E pronto.

 

Apr 19, 2012

Gols e sofrimento

 



A goleada do Corinthians ontem no Pacaembu, foi uma boa preparação para os próximos confrontos que terá o Timão.
Agora, no campeonato Paulista e na Libertadores, os jogos serão mata-mata. Ao golear o Timão frustou a mídia, que vive dizendo que o Corinthians só ganha de 1×0. Bom, primeiro é melhor vencer com o placar mínimo, do que perder ou empatar. Mas, ontem, quem estava no Pacaembu vendo o jogo e ouvindo rádio, como eu, teve uma noite para lá de agradável.  Além de belos gols,  a boa notícia foi que alguns jogadores – que vinham jogando abaixo do esperado – estão entrando em forma. E isto é muito importante para o Timão nas próximas partidas. No rádio a ladainha é a de sempre: “a Libertadores é uma disputa diferente” (tá bom, não é, mas, e daí?); “só quem joga a Libertadores pode entender este clima” (bom, como todos já jogaram, todos entenderam); “Libertadores é para jogador catimbeiro” (eu pensava que era para bom jogador); e daí pra frente. E a frustração midiática pela goleada? Quase chorei… de rir.
Agora é tocar pra frente que os jogos vão ser cada vez melhores.

Vampeta, Edilson e Fábio Luciano

O Corinthians faz bem em homenagear seus ídolos.
Jogadores que marcaram sua história com a camisa alvinegra e merecem ser sempre lembrados. Neste próximo sábado (dia 21), às 11 hs no Parque São Jorge entrarão para a Calçada da Fama os craques Vampetas, Edilson e Fábio Luciano. Os três devem ser ter o aplauso eterno do Timão. Deixaram um enorme legado de dedicação e brilho com a camisa do Corinthians. Creio, também,  que o Clube não deve se esquecer dos jogadores da geração de 1950 – que tantas glórias trouxeram para os alvinegros – e não podem ser esquecidos.

FoxRio

O canal de esportes Fox, que começa a funcionar no Brasil, poderia ser um passo à frente na mídia do futebol.
Mas não é. Não sei o que esse pessoal tem na cabeça, mas chega a lembrar a década de 1950/60 , quando o rádio vivia de brigas bairristas entre São Paulo e Rio. As transmissões da Fox relembram o pior daquele período. Parecem um bate papo em Madureira ou na Pavuna. Falam como se o Brasil todo vibrasse com um craque do Flamengo dos anos 50, que nunca foram craques, exceto nas mesas de bar do Andaraí. Nem falo do sotaque chiado, com uma explosão de ssss por todo lado. Tudo bem. Se a Fox quer ser uma nova emissora carioca – transmitindo do Rio para o mundo – não há problemas.
Mas não sei se este é o melhor caminho para alguém chegar no Brasil.

A novela Oscar

Continua a lendária questão do jogador Oscar, SPFC, Inter e Guiliano Bertolucci.
Ontem o Blog do Birner (www.blogdobirner.net) realizou quase uma transmissão em tempo real das decisões jurídicas que moldam o caso. Consultores são ouvidos, juízes são citados, desembargadores lembrados, tudo para dar um ar mais técnico ao problema. Como já disse, nesta confusão não há anjos. Mas creio que este jogador esteja pagando o maior mico processual da história do futebol. Com o Tricolor fora da Libertadores – que eles promovem tanto – o grande acontecimento do clube “Mais Querido… da mídia”  que sobrou  foi este processo contra Oscar.
Aguardemos os próximos lances.

UOL na muda

Hoje, 19/4, pela manhã, dei uma olhada no Portal UOL , da Folha e não vi nenhuma notícia nova sobre o estádio do Corinthians. Será que ocorreu alguma coisa?
Já fiquei preocupado.

Apr 18, 2012

Mudanças: sim ou não

 

(Juan Miró)(Reprodução)

Para a  maioria dos Dirigentes de Clubes e Federações não devemos discutir qualquer mudança no futebol brasileiro: tudo ficaria para depois da Copa de 2014.
A renúncia, e mudança para Miami, do ex-presidente Ricardo Teixeira desorientou  todo mundo. Liga, novo Clube dos Trezes, projetos A, B, C foram todos para o arquivo. Dirigentes que eram inimigos (na maioria das vezes só para efeito público) voltam a sorrir e a se abraçar. É hora de curar as feridas, pois a renúncia atingiu todo mundo. Fica apenas a esperança de  que as coisas continuem no mesmo lugar, sem grandes solavancos.

Mas já aparecem dois fatos que podem antecipar as mudanças no futebol brasileiro, desrespeitando a trégua até o final da Copa .

O primeiro fator preocupador é o governo com sua ideia de editar  uma nova legislação para o esporte. É uma mudança que atingiria em cheio o “poder” nos Clubes, Federações e Confederações. A declaração do Ministro Aldo Rebelo, ontem no Estadão, provocou urticária em muitos Dirigentes. Uma nova legislação pode democratizar os Clubes e Federações e trazer uma dose grande de transparência na gestão esportiva.  Os dirigentes pouco podem fazer , além de figa. Se o Governo for em frente será um transtorno – e grande- para a cartolagem.

O segundo ponto que preocupa é esta disputa por um vice na CBF. O que parecia pacífico, sem problemas, pode tornar-se numa sinalização do novo poder no futebol. Embora todos digam que as decisões ficam para o pós- Copa, as pedras no tabuleiro estão sendo colocadas agora. E haverá reações. Quais e de onde nós veremos mais claramente nas próximas semanas.
Mas a consolidação do poder “Marin” nesta gestão pode ser, também, uma reeleição fácil de seu grupo em 2014.

Fritando

As declarações do presidente Marin – no início discretas, agora quase públicas -,  sobre o técnico da Seleção, Mano Menezes, são constrangedoras.
O novo presidente da CBF não esconde – de ninguém – que não gosta de Mano. Por enquanto o técnico está “fingindo-se de morto”, mas, se vierem maus resultados e a campanha continuar, não terá como não falar. Neste caso, o presidente Marin não se mostra nada discreto e cordial.
É crítica o tempo todo.

Caso Oscar

Quem acha que teremos emoções somente no “Caso Cachoeira” é porque não está acompanhando a confusão Oscar-SPFC-Inter-Bertolucci.
Já apareceu de tudo: gravações, traições, contratos frios, comissões, participações, decisões judiciais  e tudo mais. Não perco nenhum lance, acompanhando a mídia, inclusive o www.blogdobrirner.net. Este vive um momento raro: parece o Consultor Jurídico, com decisões, sentenças, opiniões de juristas etc.
E vêm mais emoções por aí.

O UOL fraquinho

Hoje pela manhã fui dar uma olhada no UOL para ver a notícia do dia sobre as “dificuldades” do estádio do Corinthians.
A matéria do dia está fraquinha: “Para MP, lista de obras sociais do Corinthians não preenche padrão de acordo judicial”. Fraca, não? Estava esperando que anunciasse que o foguete da Coreia do Norte, lançado recentemente, estava se dirigindo para Itaquera e o choque destruidor estava por ocorrer. Bom, menos mau.
Vamos aguardar a matéria de amanhã.

Publicidade na camisa

Nos últimos meses foram publicados notas e notas sobre o novo patrocinador da camisa do Timão.
Há um mês o assunto esquentou e a mídia – praticamente toda – garantia um contrato do Clube com uma montadora coreana. Números, prazos e estratégia de marketing, tudo foi anunciado em jornais, rádios, TVs e blogs. Passados alguns dias o assunto desapareceu. Hoje ninguém fala mais nada. É possível que a atitude certa seja a dos dias atuais. Bico calado até terminar a negociação. Aquela divulgação prévia – de que tanto o marketing gosta – não ajudou em nada ao Clube.
Só as empresas ganham com as divulgações antecipadas.