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Aug 23, 2013

22 de setembro é dia histórico. Completa 40 anos o discurso do “anti-candidato” Ulysses Guimarães.

 

Documento histórico. 

No dia 22 de setembro de 1973, na convenção do MDB (Movimento Democrático Brasileiro), Ulysses Guimarães proferiu um histórico discurso intitulado “Navegar é Preciso, Viver não é Preciso”.
Através dele, o principal líder da oposição democrática ao regime militar lançou a sua “anti-candidatura” à presidência da República, tendo como candidato à vice-presidência Barbosa Lima Sobrinho, outro grande democrata. Era uma demonstração de coragem para enfrentar o Governo do Gal. Garrastazu Médici, o então chefe do regime militar. Esta “anti-candidatura” – mesmo sem chance de vitória no Colégio Eleitoral, abriu caminho para a estrondosa vitória do MDB nas eleições parlamentares de 1974. 
Em tempos em que figuras da estatura de Ulysses e Barbosa Lima são cada vez mais raras na política brasileira, lembrar daqueles que lutaram pela democracia no Brasil é essencial, pois, como escreveu o filósofo George Santayana, “Aqueles que esquecem o passado, estão condenados a repetí-lo”. 
Assim, transcrevo abaixo, na íntegra, este fantástico discurso.

“O paradoxo é o signo da presente sucessão presidencial brasileira. Na situação, o anunciado como candidato, em verdade, é o Presidente, não aguarda a eleição e sim a posse. Na Oposição, também não há candidato, pois não pode haver candidato a lugar de antemão provido. A 15 de janeiro próximo, com o apelido de “eleição”, o Congresso Nacional será palco de cerimônia de diplomação, na qual Senadores, Deputados Federais e Estaduais da agremiação majoritária certificarão investidura outorgada com anterioridade. O Movimento Democrático Brasileiro não alimenta ilusões quanto à homologação cega e inevitável, imperativo da identificação do voto ostensivo e da fatalidade da perda do mandato parlamentar, obra farisaica de pretenso Colégio Eleitoral, em que a independência foi desalojada pela fidelidade partidária. A inviabilidade da candidatura oposicionista testemunhará perante a Nação e perante o mundo que o sistema não é democrático, de vez que tanto quanto dure este, a atual situação sempre será governo, perenidade impossível quando o poder é consentido pelo escrutínio direto, universal e secreto, em que a alternatividade de partidos é a regra, consoante ocorre nos países civilizados.

Não é o candidato que vai percorrer o País. É o anticandidao, para denunciar a antieleição, imposta pela anticonstituição que homizia o AI-5, submete o Legislativo e o Judiciário ao Executivo, possibilita prisões desamparadas pelo habeas corpus e condenações sem defesa, profana a indevassabilidade dos lares e das empresas pela escuta clandestina, torna inaudíveis as vozes discordantes, porque ensurdece a Nação pela censura à Imprensa, ao Rádio, à Televisão, ao Teatro e ao Cinema.

No que concerne ao primeiro cargo da União e dos Estados, dura e triste tarefa esta de pregar numa “república” que não consulta os cidadãos e numa “democracia” que silenciou a voz das urnas.

Eis um tema para o teatro do absurdo de Bertold Brecht, que, em peça fulgurante, escarnece da insânia do arbítrio prepotente ao aconselhar que se o povo perde a confiança do governo, o governo deve dissolver o povo e eleger um outro.

Não como campanha, pois eqüivaleria a tola viagem rumo ao impossível, a peregrinação da Oposição pelo País perseguirá tríplice objetivo:
1 – Exercer sem temor e sem provocação sua função institucional de crítica e fiscalização ao governo e ao sistema, clamando pela eliminação dos instrumentos e da legislação discricionários, com prioridade urgente e absoluta a revogação do AI-5 e a reforma da Carta Constitucional em vigor.
2 – Doutrinar com o Programa Partidário, unanimemente aprovado pelo Tribunal Superior Eleitoral, conscientizando o povo sobre seu conteúdo político, social, econômico, educacional, nacionalista, desenvolvimentista com liberdade e justiça social, o qual será realidade assim que o Movimento Democrático Brasileiro for governo, pelo sufrágio livre e sem intermediários do povo.
3 – Concitar os eleitores, frustrados pela interdição de a 15 de janeiro de 1974 eleger o Presidente e o Vice-Presidente da República, para que a 1 5 de novembro do mesmo ano elejam senadores, deputados federais e estaduais da oposição, etapa fundamental para atuação e decisões parlamentares que conquistarão a normalidade democrática, inclusive número para propor Emendas e Reforma da Carta Constitucional de 1969 e a instalação de Comissões Parlamentares de Inquérito, de cuja ação investigatória e moralizadora a presente legislatura se encontra jejuna e a atual administração imune, pela facciosa intolerância da maioria situacionista.

Hoje, e aqui, serei breve.

Somos todos cruzados da mesma cruzada. Dispensável, assim, pretender convencer o convicto, converter o cristão, predicar a virtude da liberdade a liberais, que pela fé republicana pagam até o preço de riscos e sofrimentos.

Serei mais explícito e minudencioso ao longo da jornada,quando falarei também a nossos irmãos postados no outro lado do rio da democracia.
Aos que aí se situaram por opção ou conveniência, apostasia política mais rebelde à redenção.
Prioritariamente, aos que foram marginalizados pelo ceticismo e pela indiferença, notadamente os jovens e os trabalhadores, intoxicados por maciça e diuturna propaganda e compelidos a tão prolongada e implacável dieta de informações.
Quando a Oposição clama pela reformulação das estruturas político-sociais e pela incolumidade dos direitos dos cidadãos, sua reiteração aflige os corifeus dos poderosos do dia.

Faltos de razão e argumentos, acoimam-na de fastidiosa repetição. Condenável é repetir o erro e não sua crítica. Saibam que a persistência dos abusos terá como resposta a pertinácia das denúncias.

Ressaltarei nesta Convenção a liberdade de expressão, que é apanágio da condição humana e socorre as demais liberdades ameaçadas, feridas ou banidas.
A oposição reputa inseparáveis o direito de falar e o direito de ser ouvido.
É inócua a prerrogativa que faculta falar em Brasília, não podendo ser escutado no Brasil, porquanto a censura à Imprensa, ao rádio e à Televisão venda os olhos e tapa os ouvidos do povo. O drama dos censores é que se fazem mais furiosos quanto mais acreditam nas verdades que censuram. E seu engano fatal é presumir que a censura, como a mentira, pode exterminar os fatos, eliminar os acontecimentos, decretar o desaparecimento das ocorrências indesejáveis.
A verdade poderá ser temporariamente ocultada, nunca destruída. O futuro e a história são incensuráveis.
A informação, que abrange a crítica, é inarredável requisito de acerto para os governos verdadeiramente fortes e bem intencionados, que buscam o bem público e não a popularidade. Quem, se não ela, poderá dizer ao Chefe de Estado o que realmente se passa, às vezes de suma gravidade, na intimidade dos Ministérios e dos múltiplos e superpovoados órgãos descentralizados?
Quem, se não ela, investigará e contestará os conselhos ineptos dos Ministros, as falsas prioridades dos técnicos, o planejamento defasado dos assessores? Essa a sabedoria e o dimensionamento da prática com que o gênio político britânico enriqueceu o direito público: Oposição do Governo de Sua Majestade, ao Governo de sua Majestade.
A burocracia pode ser preguiçosa, descortês, incapaz e até corrupta. Não é exclusivamente na Dinamarca, em qualquer reino sempre há algo de podre. Rematada insânia tornar impublicáveis lacunas, faltas ou crimes, pois contamina de responsabilidade governante que a ordena ou tolera.
Eis por que o poder absoluto, erigido em infalível pela censura, corrompe e fracassa absolutamente.
É axiomático, para finalizar, que sem liberdade de comunicação não há, em sua inteireza, Oposição, muito menos Partido de Oposição.
Como o desenvolvimento é o desafio da atual geração, pois ou o Brasil se desenvolve ou desaparecerá, o Movimento Democrático Brasileiro, em seu Programa, define sua filosofia e seu compromisso com a inadiável ruptura da maldita estrutura da miséria, da doença, do analfabetismo, do atraso tecnológico e político.
A liberdade e a justiça social não são meras conseqüências do desenvolvimento. Integram a condição insubstituível de sua procura, o pré-requisito de sua formulação, a humanidade de sua destinação.
A liberdade e a justiça social conformam a face mais bela, generosa e providencial do desenvolvimento, aquela que olha para os despossuidos, os subassalariados, os desempregados, os ocupados em ínfimo ganha-pão ocasional e incerto, enfim, para a imensa maioria dos que precisam para sobreviver, em lugar da escassa minoria dos que têm para esbanjar.
Este o desenvolvimento vivificado pelas liberdades roosevelteanas, inspiradoras da Carta das Nações Unidas, as que se propõem a libertar o homem do medo e da necessidade. É o perfilhado na Encíclica Populorum Progressio, isto é, prosperidade do Povo, não do Estado, que lhe é consectária, cunhando seu protótipo na sentença lapidar: o desenvolvimento é o novo nome da paz.
Desenvolvimento sem liberdade e justiça social não tem esse nome. É crescimento ou inchação, é empilhamento de coisas e valores, é estocagem de serviços, utilidades e divisas, estranha ao homem e a seus problemas.
Enfatize-se que desenvolvimento não é silo monumental e desumano, montado para guardar e exibir a mitologia ou o folclore do Produto Interno Bruto, inacessível tesouro no fundo o mar, inatingível pelas reivindicações populares. É intolerável misitificar uma Nação a pretexto de desenvolvê-la, rebaixá-la em armazém de riquezas, tendo como clientela privilegiada, senão exclusiva, o governo para custeio de tantas obras faraônicas e o poder econômico, particular ou empresarial, destacadamente o estrangeiro, desnacionalizando a indústria e dragando para o exterior lucros indevidos.
É equívoco, fadado à catástrofe, o Estado absorver o homem e a Nação.
A grandeza do homem é mais importante do que a grandeza do Estado, porque a felicidade do homem é a obra-prima do Estado.
O Estado é o agente político da Nação. Além disso e mais do que isso, a Nação é a língua, a tradição, a família, a religião, os costumes, a memória dos que morreram, a luta dos que vivem, a esperança dos que nascerão.
Liberdade sem ordem e segurança é o caos. Em contraposição, ordem e segurança sem liberdade são a permissividade das penitenciárias. As penitenciárias modernas são mini-cidades, com trabalho remunerado, restaurante, biblioteca, escola, futebol, cinema, jornais, rádio e televisão.
Os infelizes que as povoam têm quase tudo, mas não têm nada, porque não têm a liberdade. Delas fogem, expondo a vida ou aguardam aflitos a hora da libertação.
Do alto desta Convenção, falo ao General Ernesto Geisel, futuro Chefe da Nação.
As Forças Armadas têm como patrono Caxias e como exemplo Eurico Gaspar Dutra, cidadãos que glorificaram suas espadas na defesa da lei e na proteção à liberdade. O General Ernesto Geisel a elas pertence, dignificou-as com sua honradez, delas sai para o supremo comando político e militar do Brasil.
A história assinalou-lhe talvez a última oportunidade para ser instituído no Brasil, pela evolução, o governo da ordem com liberdade, do desenvolvimento com justiça social, do povo como origem e finalidade do poder e não seu objeto passivo e vítima inerme.
Difícil empresa, sem dúvida. Carregada de riscos, talvez. Mas o perigo participa do destino dos verdadeiros soldados.
A estátua dos estadistas não é forjada pelo varejo da rotina ou pela fisiologia do cotidiano.
Não é somente para entrar no céu que a porta é estreita, conforme previne o evangelista São Mateus, no Capítulo XXIII, versículo 24.
Por igual, é angustiosa a porta do dever e do bem, quando deles depende a redenção de um povo. Esperemos que o Presidente Ernesto Geisel a transponha.
A Oposição dará à próxima administração a mais alta, leal e eficiente das colaborações: a crítica e a fiscalização.
Sabe, com humildade, que não é dona da verdade. A verdade não têm proprietário exclusivo e infalível.
Porém sabe, também, que está mais vizinha dela e em melhores condições para revelá-la aos transitórios detentores do poder, dela tantas vezes desviados ou iludidos pelos tecnocratas presunçosos, que, amaldiçoam e exorcizam os opositores, pelos serviçais de todos os governos, pelos que vitaliciamente apoiam e votam para agradar ao Príncipe.
A oposição oferece ao governo o único caminho que conduz à verdade: a controvérsia, o diálogo, o debate, a independência para dizer “sim” ao bem e a coragem e para dizer “não” ao mal – a democracia em uma palavra.
Senhores Convencionais:
Do fundo do coração digo-lhes que não agradeço a indicação que consagra minha vida pública. Missão não se pede. Aceita-se, para cumprir, com sacrifício e não proveito.
Como Presidente Nacional do Movimento Democrático Brasileiro agradeço-lhes, aí sim, o destemor e a determinação com que ao sol, aos ventos e desafiando ameaças desfilam pela Pátria o lábaro da liberdade.
Minha memória guardará as palavras amigas aqui proferidas, permitindo-me reportar às da lavra dos grandes líderes Senador Nelson Carneiro e Deputado Aldo Fagundes, parlamentares que têm os nomes perpetuados nos Anais e na admiração do Congresso Nacional.
Significo o reconhecimento do Partido a Barbosa Lima Sobrinho, por ter acudido a seu empenhado apelo.
Temporariamente deixou sua biblioteca e apartou-se da imprensa, trincheiras de seu talento e de seu patriotismo, para exercer perante o povo o magistério das franquias públicas, das garantias individuais e do nacionalismo.
Sua vida e sua obra podem ser erigidas em doutrina de nossa pregação
Por fim, a imperiosidade do resgate da enorme injustiça que vitimou, sem defesa, tantos brasileiros paladinos do bem público e da causa democrática. Essa Justiça é pacto de honra de nosso partido e seu nome é ANISTIA.
Senhores Convencionais:
A caravela vai partir. As velas estão paridas de sonho, aladas de esperanças. O ideal está ao leme e o desconhecido se desata à frente.
No cais alvoroçado, nossos opositores, como o velho do Restelo de todas as epopéias, com sua voz de Cassandra e seu olhar derrotista, sussurram as excelências do imobilismo e a invencibilidade do establishment. Conjuram que é hora de ficar e não de aventurar.
Mas no episódio, nossa carta de marear não é de Camões e sim de Fernando Pessoa ao recordar o brado:

“Navegar é preciso.
Viver não é preciso”.

Posto hoje no alto da gávea, espero em Deus que em breve possa gritar ao povo brasileiro: Alvíssaras, meu Capitão. Terra à vista!
Sem sombra, medo e pesadelo, à vista a terra limpa e abençoada da liberdade.”

Aug 23, 2013

Rádio Ópera- programação- sexta-feira- 23/08/13

www.radioopera.com.br

Sexta

ACIS E GALATEA (Handel) Horário: 08:20
 Londres, fevereiro/1978. Maestro: John Eliot Gardiner.
Elenco: Norma Burrowes, Anthony Rolfe Johnson, Martyn Hill, Willard White.
BORIS GODUNOV (Mussorgsky) Horário: 09:30
Salisburgo, 1966. Maestro: Herbert Von Karajan.
Elenco: Nicolai Ghiaurov, Gertrude Jahn, Nadejda Dobrianova, Gerhard Stolze, Sabin Markov, Kim Borg, Alexei Maslennikov, Sena Jurinac, Zoltan Kelemen, Anton Diakov, Milen Paunov.
NORMA (Bellini) Horário: 12:00
Londres, 1965. Maestro: Richard Bonynge.
Elenco: Joan Sutherland, Marilyn Horne, John Alexander, Richard Cross, Yvonne Minton, Joseph Ward.
A NOITE DO CASTELO (Carlos Gomes) Horário: 14:40
Campinas, 14/9/1978. Maestro: Benito Juarez.
Elenco: Niza de Castro Tank, José Dainese, Luiz Tenaglia, Alcides Acosta, Vera Lucia Pessagno, José A.  Marson, Fernando J. C. Duarte.
LA FORZA DEL DESTINO (Verdi) Horário: 16:50
London, 1977. Maestro : James Levine
Elenco: Leontyne Price, Plácido Domingo, Sherrill Milnes, Fioreza Cossotto.
IL BARBIERI DI SIVIGLIA (Rossini) Horário: 19:35
Londres, 7-14/2/1957. Maestro: Alceo Galliera.
Elenco: Maria Callas, Luigi Alva, Tito Gobbi, Fritz Ollendorff, Nicola Zaccaria, Gabriella Carturan, Mario Carlin
Aug 22, 2013

Pequeno tropeço

Corinthians leva gol no fim e perde do Luverdense

Jogadores do time alvinegro reclamam de irregularidade no lance do gol

FELIPE ROSA MENDES – Agência Estado

SÃO PAULO – Campeão mundial, dono de grande elenco, um dos favoritos do Brasileirão. Tudo indicava o amplo favoritismo do Corinthians contra o modesto Luverdense, em um típico duelo entre David e Golias, na noite desta quarta-feira. Mas nada disso fez a diferença na estreia da equipe paulista, que foi derrotada por 1 a 0 pelo rival da Série C, nas oitavas de final da Copa do Brasil.

 

Pato teve atuação apagada diante do Luverdense - Chico Ferreira/Futura Press
Chico Ferreira/Futura Press
Pato teve atuação apagada diante do Luverdense

 

Misael foi o responsável pelo o gol que levantou o público presente no acanhado Estádio Passo das Emas, em Lucas do Rio Verde, no Mato Grosso. O gol coroou a postura ousada do time da casa que não se intimidou diante do favorito e buscou a maior vitória de sua história, diante dos gritos de “olé” da torcida.

O Luverdense conquistou o importante triunfo quando o Corinthians contava com apenas nove jogadores em campo. Romarinho e Emerson foram expulsos no segundo tempo e são desfalques certos para o jogo da volta, na próxima quarta, no Pacaembu.

Apesar do inesperado tropeço, e da vantagem do Luverdense em jogar pelo empate, o Corinthians segue como favorito para avançar às quartas de final. O vencedor deste confronto enfrentará o vitorioso da duelo entre Grêmio e Santos – nesta quarta, o time da Vila Belmiro venceu o jogo de ida por 1 a 0.

O Corinthians entrou direto nas oitavas de final da Copa do Brasil porque disputou a Copa Libertadores. Já o Luverdense chegou à atual fase após eliminou o Bahia e o Fortaleza nas fases anteriores da competição nacional.

 

O JOGO
Apático em campo, o Corinthians não aproveitou a superioridade do seu elenco ao fazer uma exibição apática fora de casa. O time pouco armava e atacava menos ainda. O Luverdense, por sua vez, tinha pouco a perder e se arriscava mais no ataque. No entanto, não levava perigo efetivo ao gol de Cássio. Assim, o duelo era equilibrado, apesar da maior presença ofensiva dos anfitriões. Foram 4 finalizações do Luverdense, contra apenas duas do Corinthians no primeiro tempo.

A primeira finalização corintiana surgiu aos 25, quando Ralf levantou na área e Guerreiro cabeceou com perigo, por cima do travessão. Seis minutos depois, Guerrero lançou Romarinho, que bateu fraco, mas venceu o goleiro Gabriel Leite. Só não marcou porque a defesa fez o desvio quando a bola ia em direção às redes.

SEGUNDO TEMPO
A partida seguiu morna no segundo tempo. O ritmo lento só era quebrado pelas tentativas do Luverdense no ataque. Logo no primeiro tempo, Washington recebeu na marca do pênalti e bateu prensado. A bola passou rente ao travessão de Cássio. Nem a entrada de Emerson e Edenílson mudou a postura do Corinthians em campo. Aos 24, o atacante fez sua melhor participação ao finalizar com perigo de dentro da área. Gabriel Leite fez grande defesa para evitar o gol.

Mas Emerson teve pouco tempo para fazer a diferença na equipe. Aos 32, ele se desentendeu com o zagueiro Zé Roberto e foi expulso de campo, junto do defensor do Luverdense. O Corinthians, então, ficou com dois a menos na partida porque Romarinho já havia recebido o vermelho após levar o segundo amarelo.

Em desvantagem numérica, o Corinthians jogava cada vez mais recuado, à espera do apito final. Até que, num lance polêmico, Misael recebeu lançamento em profundidade e ao dominar a bola, ajeitou-a com a mão. Na sequência do lance, bateu firme para as redes e fez o gol que garantiu a vitória surpreendente do Luverdense, aos 44 minutos do segundo tempo.

Antes do jogo da volta na Copa do Brasil, o Corinthians volta a campo para enfrentar o Vasco, domingo, no Estádio Mané Garrincha, em Brasília.

FICHA TÉCNICA:

LUVERDENSE 1 x 0 CORINTHIANS

LUVERDENSE – Gabriel Leite; Raul Prata, Zé Roberto, Braga e Edinho; Júlio Terceiro (Carlão), Washington, Gilson e Rafael Tavares (Jerson); Misael e Tozin (Tatu). Técnico:Júnior Rocha.

CORINTHIANS – Cássio; Alessandro, Gil, Felipe e Igor (Edenílson); Ralf, Ibson e Danilo; Romarinho, Guerrero e Alexandre Pato (Emerson). Técnico: Tite.

GOL – Misael, aos 44 minutos do segundo tempo.

CARTÕES AMARELOS – Pato, Braga, Carlão.

CARTÕES VERMELHOS – Romarinho, Zé Roberto, Emerson.

ÁRBITRO – Pablo dos Santos Alves (ES).

RENDA E PÚBLICO – Não disponíveis.

LOCAL – Estádio Passo das Emas, Lucas do Rio Verde (MT).

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Aug 22, 2013

Rádio Ópera- programação- quinta-feira- 22/08/13

www.radioopera.com.br

Quarta

HERCULES (Handel) Horário: 05:50
Maestro: John Eliot Gardiner
Elenco: John Tomlinson, Sarah Walker, Anthony Rolfe Johnson, Jennifer Smith, Catherine Denley
PASQUA FIORENTINA (CAPITANO) Horário: 08:15
Masestro: Anna Maria Chiuri, Massimiliano Fichera, Se Jin Lee, Alberto Jelmoni, Seung Seo Na, Andrea Concetti, Andrea Bazzani
Elenco: Vittorio Parisi
LES TROYENS (Berlioz) Horário: 14:00
Londres, dezembro/2000. Maestro: Colin Davis.
Elenco:  Ben Heppner, Peter Mattei, Tigran Martirossian, Stephen Milling, Isabelle Cals, Petra Lang, Michelle DeYoung, Sara Mingardo, Toby Spence, Alan Ewing, Guang Yang, Kenneth Tarver, Bülent Bezdüz, Marc Stone, Leigh Melrose, Andrew Greenan, Roderick Earle, Orlin Annastassov, Petra Lang, Alan Ewing,
Peter Mattei, Leigh Melrose.
IL GUARANY (“O Guarani”) (Carlos Gomes) Horário: 17:55
São Paulo, 16/8/1959. Maestro: Armando Belardi.
Elenco: Manrico Patassini, Niza de Castro Tank, Paulo Fortes,  José Perrota, Paschoal Raymundo, Juan Carlos Ortiz, Roque Lotti, Waldomiro Furlan.
ATTILA (Verdi) Horário: 20:20
Londres, 1972. Maestro: Lamberto Gardelli.
Elenco: József Gregor,  Lajos Konya, Éva Marton, Ferenc Szilágyi, Janos Nagy, József Bódy.
Aug 21, 2013

É quarta e tem jogo do Timão.

Com cinco mudanças, Tite escala Timão para pegar o Luverdense

Pato continua como titular, agora ao lado de Guerrero. Sheik começa entre os reservas, e Alessandro retoma lugar na lateral direita

Por Diego RibeiroLucas do Rio Verde, MT

O Corinthians terá uma equipe bem diferente para enfrentar o Luverdense nesta quarta-feira, às 21h50 (horário de Brasília), em Lucas do Rio Verde, pelas oitavas de final da Copa do Brasil. No único treino realizado na cidade mato-grossense, na noite desta terça-feira, o técnico Tite fez cinco mudanças em relação ao time que venceu o Coritiba por 1 a 0, no Pacaembu, pelo Campeonato Brasileiro.

Três alterações já eram previstas, já que Paulo André, Fábio Santos e Renato Augusto não viajaram com a equipe e ficaram em São Paulo – os três foram poupados para evitar desgaste por causa da longa sequência de jogos. Em atividade tática, Tite escalou Felipe, Igor e Romarinho, respectivamente.

Treino Corinthians (Foto: Diego Ribeiro)
Corinthians faz seu único treino em Lucas do Rio Verde (Foto: Diego Ribeiro)

Outras duas mudanças também têm relação com o desgaste. Na lateral direita, Alessandro volta a ser titular na vaga de Edenílson, um dos mais assíduos do Corinthians nas últimas partidas. No ataque, Alexandre Pato ganha chance entre os titulares pelo quarto jogo seguido – desta vez no lugar de Emerson, e ao lado de Guerrero.

Assim, o Corinthians treinou com a seguinte escalação para pegar o Luverdense: Cássio, Alessandro, Gil, Felipe e Igor; Ralf e Ibson; Romarinho, Danilo e Alexandre Pato; Guerrero.

www.g1.com.br

Aug 21, 2013

Rádio Ópera- programação- quarta-feira- 21/08/13

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Quarta

HERCULES (Handel) Horário: 05:50
Maestro: John Eliot Gardiner
Elenco: John Tomlinson, Sarah Walker, Anthony Rolfe Johnson, Jennifer Smith, Catherine Denley
PASQUA FIORENTINA (CAPITANO) Horário: 08:15
Masestro: Anna Maria Chiuri, Massimiliano Fichera, Se Jin Lee, Alberto Jelmoni, Seung Seo Na, Andrea Concetti, Andrea Bazzani
Elenco: Vittorio Parisi
LES TROYENS (Berlioz) Horário: 14:00
Londres, dezembro/2000. Maestro: Colin Davis.
Elenco:  Ben Heppner, Peter Mattei, Tigran Martirossian, Stephen Milling, Isabelle Cals, Petra Lang, Michelle DeYoung, Sara Mingardo, Toby Spence, Alan Ewing, Guang Yang, Kenneth Tarver, Bülent Bezdüz, Marc Stone, Leigh Melrose, Andrew Greenan, Roderick Earle, Orlin Annastassov, Petra Lang, Alan Ewing,
Peter Mattei, Leigh Melrose.
IL GUARANY (“O Guarani”) (Carlos Gomes) Horário: 17:55
São Paulo, 16/8/1959. Maestro: Armando Belardi.
Elenco: Manrico Patassini, Niza de Castro Tank, Paulo Fortes,  José Perrota, Paschoal Raymundo, Juan Carlos Ortiz, Roque Lotti, Waldomiro Furlan.
ATTILA (Verdi) Horário: 20:20
Londres, 1972. Maestro: Lamberto Gardelli.
Elenco: József Gregor,  Lajos Konya, Éva Marton, Ferenc Szilágyi, Janos Nagy, József Bódy.
Aug 20, 2013

Fim de papo.Gol legal

FIM DA POLÊMICA: IMAGEM MOSTRA DANILO SENDO EMPURRADO PELO BRAÇO ESQUERDO DE LUCAS CLARO

 

Danilo sendo empurrado

Apesar do mimimi dos Antis, uma câmera mais aproximada da visão do árbitro mostra claramente Lucas Claro usando o braço pra desequilibrar Danilo dentro da área do Coritiba.

Danilo em entrevista confirmou que sofreu pênalti pelo zagueiro garantindo que o primeiro contato foi ombro a ombro mas na sequência Lucas Claro fez a falta dentro da área usando o braço esquerdo para empurrar o meia do Corinthians.

Apesar da imagem evidenciando a correta marcação do árbitro, o que mais chama atenção é o showzinho que o Coritiba fez, já que há 4 dias atrás o clube paranasense empatou uma partida fazendo um gol em impedimento ao 49 do segundo tempo contra a Portuguesa. Em meio a birrinha na entrevista coletiva, o presidente do clube que já foi até pra série C chegou a dizer que iria abandonar o futebol porque dessa vez o juiz não os ajudou.

Veja Mais:

 

www.meutimao.com.br

Aug 20, 2013

22 de setembro é dia histórico. Completa 40 anos o discurso do “anti-candidato” Ulysses Guimarães.

Documento histórico. 

No dia 22 de setembro de 1973, na convenção do MDB (Movimento Democrático Brasileiro), Ulysses Guimarães proferiu um histórico discurso intitulado “Navegar é Preciso, Viver não é Preciso”.
Através dele, o principal líder da oposição democrática ao regime militar lançou a sua “anti-candidatura” à presidência da República, tendo como candidato à vice-presidência Barbosa Lima Sobrinho, outro grande democrata. Era uma demonstração de coragem para enfrentar o Governo do Gal. Garrastazu Médici, o então chefe do regime militar. Esta “anti-candidatura” – mesmo sem chance de vitória no Colégio Eleitoral, abriu caminho para a estrondosa vitória do MDB nas eleições parlamentares de 1974. 
Em tempos em que figuras da estatura de Ulysses e Barbosa Lima são cada vez mais raras na política brasileira, lembrar daqueles que lutaram pela democracia no Brasil é essencial, pois, como escreveu o filósofo George Santayana, “Aqueles que esquecem o passado, estão condenados a repetí-lo”. 
Assim, transcrevo abaixo, na íntegra, este fantástico discurso.

“O paradoxo é o signo da presente sucessão presidencial brasileira. Na situação, o anunciado como candidato, em verdade, é o Presidente, não aguarda a eleição e sim a posse. Na Oposição, também não há candidato, pois não pode haver candidato a lugar de antemão provido. A 15 de janeiro próximo, com o apelido de “eleição”, o Congresso Nacional será palco de cerimônia de diplomação, na qual Senadores, Deputados Federais e Estaduais da agremiação majoritária certificarão investidura outorgada com anterioridade. O Movimento Democrático Brasileiro não alimenta ilusões quanto à homologação cega e inevitável, imperativo da identificação do voto ostensivo e da fatalidade da perda do mandato parlamentar, obra farisaica de pretenso Colégio Eleitoral, em que a independência foi desalojada pela fidelidade partidária. A inviabilidade da candidatura oposicionista testemunhará perante a Nação e perante o mundo que o sistema não é democrático, de vez que tanto quanto dure este, a atual situação sempre será governo, perenidade impossível quando o poder é consentido pelo escrutínio direto, universal e secreto, em que a alternatividade de partidos é a regra, consoante ocorre nos países civilizados.

Não é o candidato que vai percorrer o País. É o anticandidao, para denunciar a antieleição, imposta pela anticonstituição que homizia o AI-5, submete o Legislativo e o Judiciário ao Executivo, possibilita prisões desamparadas pelo habeas corpus e condenações sem defesa, profana a indevassabilidade dos lares e das empresas pela escuta clandestina, torna inaudíveis as vozes discordantes, porque ensurdece a Nação pela censura à Imprensa, ao Rádio, à Televisão, ao Teatro e ao Cinema.

No que concerne ao primeiro cargo da União e dos Estados, dura e triste tarefa esta de pregar numa “república” que não consulta os cidadãos e numa “democracia” que silenciou a voz das urnas.

Eis um tema para o teatro do absurdo de Bertold Brecht, que, em peça fulgurante, escarnece da insânia do arbítrio prepotente ao aconselhar que se o povo perde a confiança do governo, o governo deve dissolver o povo e eleger um outro.

Não como campanha, pois eqüivaleria a tola viagem rumo ao impossível, a peregrinação da Oposição pelo País perseguirá tríplice objetivo:
1 – Exercer sem temor e sem provocação sua função institucional de crítica e fiscalização ao governo e ao sistema, clamando pela eliminação dos instrumentos e da legislação discricionários, com prioridade urgente e absoluta a revogação do AI-5 e a reforma da Carta Constitucional em vigor.
2 – Doutrinar com o Programa Partidário, unanimemente aprovado pelo Tribunal Superior Eleitoral, conscientizando o povo sobre seu conteúdo político, social, econômico, educacional, nacionalista, desenvolvimentista com liberdade e justiça social, o qual será realidade assim que o Movimento Democrático Brasileiro for governo, pelo sufrágio livre e sem intermediários do povo.
3 – Concitar os eleitores, frustrados pela interdição de a 15 de janeiro de 1974 eleger o Presidente e o Vice-Presidente da República, para que a 1 5 de novembro do mesmo ano elejam senadores, deputados federais e estaduais da oposição, etapa fundamental para atuação e decisões parlamentares que conquistarão a normalidade democrática, inclusive número para propor Emendas e Reforma da Carta Constitucional de 1969 e a instalação de Comissões Parlamentares de Inquérito, de cuja ação investigatória e moralizadora a presente legislatura se encontra jejuna e a atual administração imune, pela facciosa intolerância da maioria situacionista.

Hoje, e aqui, serei breve.

Somos todos cruzados da mesma cruzada. Dispensável, assim, pretender convencer o convicto, converter o cristão, predicar a virtude da liberdade a liberais, que pela fé republicana pagam até o preço de riscos e sofrimentos.

Serei mais explícito e minudencioso ao longo da jornada,quando falarei também a nossos irmãos postados no outro lado do rio da democracia.
Aos que aí se situaram por opção ou conveniência, apostasia política mais rebelde à redenção.
Prioritariamente, aos que foram marginalizados pelo ceticismo e pela indiferença, notadamente os jovens e os trabalhadores, intoxicados por maciça e diuturna propaganda e compelidos a tão prolongada e implacável dieta de informações.
Quando a Oposição clama pela reformulação das estruturas político-sociais e pela incolumidade dos direitos dos cidadãos, sua reiteração aflige os corifeus dos poderosos do dia.

Faltos de razão e argumentos, acoimam-na de fastidiosa repetição. Condenável é repetir o erro e não sua crítica. Saibam que a persistência dos abusos terá como resposta a pertinácia das denúncias.

Ressaltarei nesta Convenção a liberdade de expressão, que é apanágio da condição humana e socorre as demais liberdades ameaçadas, feridas ou banidas.
A oposição reputa inseparáveis o direito de falar e o direito de ser ouvido.
É inócua a prerrogativa que faculta falar em Brasília, não podendo ser escutado no Brasil, porquanto a censura à Imprensa, ao rádio e à Televisão venda os olhos e tapa os ouvidos do povo. O drama dos censores é que se fazem mais furiosos quanto mais acreditam nas verdades que censuram. E seu engano fatal é presumir que a censura, como a mentira, pode exterminar os fatos, eliminar os acontecimentos, decretar o desaparecimento das ocorrências indesejáveis.
A verdade poderá ser temporariamente ocultada, nunca destruída. O futuro e a história são incensuráveis.
A informação, que abrange a crítica, é inarredável requisito de acerto para os governos verdadeiramente fortes e bem intencionados, que buscam o bem público e não a popularidade. Quem, se não ela, poderá dizer ao Chefe de Estado o que realmente se passa, às vezes de suma gravidade, na intimidade dos Ministérios e dos múltiplos e superpovoados órgãos descentralizados?
Quem, se não ela, investigará e contestará os conselhos ineptos dos Ministros, as falsas prioridades dos técnicos, o planejamento defasado dos assessores? Essa a sabedoria e o dimensionamento da prática com que o gênio político britânico enriqueceu o direito público: Oposição do Governo de Sua Majestade, ao Governo de sua Majestade.
A burocracia pode ser preguiçosa, descortês, incapaz e até corrupta. Não é exclusivamente na Dinamarca, em qualquer reino sempre há algo de podre. Rematada insânia tornar impublicáveis lacunas, faltas ou crimes, pois contamina de responsabilidade governante que a ordena ou tolera.
Eis por que o poder absoluto, erigido em infalível pela censura, corrompe e fracassa absolutamente.
É axiomático, para finalizar, que sem liberdade de comunicação não há, em sua inteireza, Oposição, muito menos Partido de Oposição.
Como o desenvolvimento é o desafio da atual geração, pois ou o Brasil se desenvolve ou desaparecerá, o Movimento Democrático Brasileiro, em seu Programa, define sua filosofia e seu compromisso com a inadiável ruptura da maldita estrutura da miséria, da doença, do analfabetismo, do atraso tecnológico e político.
A liberdade e a justiça social não são meras conseqüências do desenvolvimento. Integram a condição insubstituível de sua procura, o pré-requisito de sua formulação, a humanidade de sua destinação.
A liberdade e a justiça social conformam a face mais bela, generosa e providencial do desenvolvimento, aquela que olha para os despossuidos, os subassalariados, os desempregados, os ocupados em ínfimo ganha-pão ocasional e incerto, enfim, para a imensa maioria dos que precisam para sobreviver, em lugar da escassa minoria dos que têm para esbanjar.
Este o desenvolvimento vivificado pelas liberdades roosevelteanas, inspiradoras da Carta das Nações Unidas, as que se propõem a libertar o homem do medo e da necessidade. É o perfilhado na Encíclica Populorum Progressio, isto é, prosperidade do Povo, não do Estado, que lhe é consectária, cunhando seu protótipo na sentença lapidar: o desenvolvimento é o novo nome da paz.
Desenvolvimento sem liberdade e justiça social não tem esse nome. É crescimento ou inchação, é empilhamento de coisas e valores, é estocagem de serviços, utilidades e divisas, estranha ao homem e a seus problemas.
Enfatize-se que desenvolvimento não é silo monumental e desumano, montado para guardar e exibir a mitologia ou o folclore do Produto Interno Bruto, inacessível tesouro no fundo o mar, inatingível pelas reivindicações populares. É intolerável misitificar uma Nação a pretexto de desenvolvê-la, rebaixá-la em armazém de riquezas, tendo como clientela privilegiada, senão exclusiva, o governo para custeio de tantas obras faraônicas e o poder econômico, particular ou empresarial, destacadamente o estrangeiro, desnacionalizando a indústria e dragando para o exterior lucros indevidos.
É equívoco, fadado à catástrofe, o Estado absorver o homem e a Nação.
A grandeza do homem é mais importante do que a grandeza do Estado, porque a felicidade do homem é a obra-prima do Estado.
O Estado é o agente político da Nação. Além disso e mais do que isso, a Nação é a língua, a tradição, a família, a religião, os costumes, a memória dos que morreram, a luta dos que vivem, a esperança dos que nascerão.
Liberdade sem ordem e segurança é o caos. Em contraposição, ordem e segurança sem liberdade são a permissividade das penitenciárias. As penitenciárias modernas são mini-cidades, com trabalho remunerado, restaurante, biblioteca, escola, futebol, cinema, jornais, rádio e televisão.
Os infelizes que as povoam têm quase tudo, mas não têm nada, porque não têm a liberdade. Delas fogem, expondo a vida ou aguardam aflitos a hora da libertação.
Do alto desta Convenção, falo ao General Ernesto Geisel, futuro Chefe da Nação.
As Forças Armadas têm como patrono Caxias e como exemplo Eurico Gaspar Dutra, cidadãos que glorificaram suas espadas na defesa da lei e na proteção à liberdade. O General Ernesto Geisel a elas pertence, dignificou-as com sua honradez, delas sai para o supremo comando político e militar do Brasil.
A história assinalou-lhe talvez a última oportunidade para ser instituído no Brasil, pela evolução, o governo da ordem com liberdade, do desenvolvimento com justiça social, do povo como origem e finalidade do poder e não seu objeto passivo e vítima inerme.
Difícil empresa, sem dúvida. Carregada de riscos, talvez. Mas o perigo participa do destino dos verdadeiros soldados.
A estátua dos estadistas não é forjada pelo varejo da rotina ou pela fisiologia do cotidiano.
Não é somente para entrar no céu que a porta é estreita, conforme previne o evangelista São Mateus, no Capítulo XXIII, versículo 24.
Por igual, é angustiosa a porta do dever e do bem, quando deles depende a redenção de um povo. Esperemos que o Presidente Ernesto Geisel a transponha.
A Oposição dará à próxima administração a mais alta, leal e eficiente das colaborações: a crítica e a fiscalização.
Sabe, com humildade, que não é dona da verdade. A verdade não têm proprietário exclusivo e infalível.
Porém sabe, também, que está mais vizinha dela e em melhores condições para revelá-la aos transitórios detentores do poder, dela tantas vezes desviados ou iludidos pelos tecnocratas presunçosos, que, amaldiçoam e exorcizam os opositores, pelos serviçais de todos os governos, pelos que vitaliciamente apoiam e votam para agradar ao Príncipe.
A oposição oferece ao governo o único caminho que conduz à verdade: a controvérsia, o diálogo, o debate, a independência para dizer “sim” ao bem e a coragem e para dizer “não” ao mal – a democracia em uma palavra.
Senhores Convencionais:
Do fundo do coração digo-lhes que não agradeço a indicação que consagra minha vida pública. Missão não se pede. Aceita-se, para cumprir, com sacrifício e não proveito.
Como Presidente Nacional do Movimento Democrático Brasileiro agradeço-lhes, aí sim, o destemor e a determinação com que ao sol, aos ventos e desafiando ameaças desfilam pela Pátria o lábaro da liberdade.
Minha memória guardará as palavras amigas aqui proferidas, permitindo-me reportar às da lavra dos grandes líderes Senador Nelson Carneiro e Deputado Aldo Fagundes, parlamentares que têm os nomes perpetuados nos Anais e na admiração do Congresso Nacional.
Significo o reconhecimento do Partido a Barbosa Lima Sobrinho, por ter acudido a seu empenhado apelo.
Temporariamente deixou sua biblioteca e apartou-se da imprensa, trincheiras de seu talento e de seu patriotismo, para exercer perante o povo o magistério das franquias públicas, das garantias individuais e do nacionalismo.
Sua vida e sua obra podem ser erigidas em doutrina de nossa pregação
Por fim, a imperiosidade do resgate da enorme injustiça que vitimou, sem defesa, tantos brasileiros paladinos do bem público e da causa democrática. Essa Justiça é pacto de honra de nosso partido e seu nome é ANISTIA.
Senhores Convencionais:
A caravela vai partir. As velas estão paridas de sonho, aladas de esperanças. O ideal está ao leme e o desconhecido se desata à frente.
No cais alvoroçado, nossos opositores, como o velho do Restelo de todas as epopéias, com sua voz de Cassandra e seu olhar derrotista, sussurram as excelências do imobilismo e a invencibilidade do establishment. Conjuram que é hora de ficar e não de aventurar.
Mas no episódio, nossa carta de marear não é de Camões e sim de Fernando Pessoa ao recordar o brado:

“Navegar é preciso.
Viver não é preciso”.

Posto hoje no alto da gávea, espero em Deus que em breve possa gritar ao povo brasileiro: Alvíssaras, meu Capitão. Terra à vista!
Sem sombra, medo e pesadelo, à vista a terra limpa e abençoada da liberdade.”

Aug 20, 2013

Rádio Ópera- programação- terça-feira- 20/08/13

www.radioopera.com.br

 

Segunda

DAS LAND DES LACHELNS (“O País do Sorriso”) (Lehár) Horário: 07:55
Munique, 26-30/4/1982. Maestro: Willi Boskovsky.
Elenco: Siegfried Jerusalem, Helen Donath, Brigitte Lindner, Martin Finke, Klaus Hirte.
SUSANNAH (Floyd) Horário: 10:55
Lyon, agosto/1993. Maestro: Kent Nagano.
Elenco: Cheryl Studer, Samuel Ramey, Jerry Hadley, Kenn Druiett, Steven Cole, Stuart Kale, David Pittsinger, Anne Howells, Della Jones, Jean Glennon, Elizabeth Laurence.
MANON (Massenet) Horário: 12:15
Nova Iorque, 13/2/1937. Maestro: Maurice Abravanel.
Elenco: Bidu Sayão, Sydney Rayner, Richard Bonelli, Chase Baromeo, Natalie Bodanya, Charlotte Symons, Irra Petina, Angelo Bada, George Cehanovsky, Louis d’Angelo, Max Altglass, Arnold Gabor, Gina Gola.
OTELLO (Verdi) Horário: 15:40
Torino, 1955. Maestro: Franco Capuana.
Elenco: Carlos M. Guichandut, Giuseppe Taddei, Angelo Mercuriali, Tommaso Soley, Marco Stefanoni, Alberto Albertini, Cesy Broggini, Rina Corsi, Mario Conte.
FERNANDO CORTEZ (Spontini) Horário: 17:40
Nápoles, 15/12/1951. Maestro: Gabriele Santini.
Elenco: Gino Penno, Renata Tebaldi, Piero De Palma, Aldo Protti, Antonio Cassinelli, Italo Tajo, Afro Poli, Augusto Romano, Gerardo Gaudioso, Gianni Avolanti, Luigi Paolillo.
LOHENGRIN (Wagner) Horário: 19:30
Viena, 1962/1963. Maestro: Rudolf Kempe.
Elenco: Jess Thomas, Elisabeth Grummer, Christa Ludwing, Dietrich Fischer-Dieskau, Gottlob Frick, Otto Wiener.
Aug 19, 2013

Vitória importante. E justa.

Com pênalti no fim, Corinthians bate o Coritiba e volta ao G-4

Vitória por 1 a 0 no Pacaembu deixou o time corintiano na quarta colocação do Campeonato Brasileiro

  • GABRIEL MELLONI – Agência Estado

Corinthians apresentou outra vez o futebol insosso que tem irritado os torcedores nas últimas rodadas e que faz da equipe um dos piores ataques do Campeonato Brasileiro, mas foi salvo por um pênalti duvidoso marcado pelo árbitro sobre Danilo no fim da partida e convertido por Guerrero para voltar a vencer. Pior para o Coritiba, que caiu no Pacaembu por 1 a 0, pela 15.ª rodada do Campeonato Brasileiro, e deixou o gramado reclamando muito de Péricles Bassols Pegado Cortez.

 

Se o futebol não foi dos melhores, o resultado recolocou o Corinthians no G4, com 25 pontos, na quarta colocação, ultrapassando justamente o Coritiba, que agora é o quinto, com 24. O time paulista volta suas atenções para a Copa do Brasil, na qual inicia o duelo de oitavas de final com o Luverdense, fora de casa, na quarta-feira. No mesmo dia, os paranaenses começam a caminhada na Copa Sul-Americana contra o Vitória, em Salvador.

 

O técnico Tite manteve Renato Augusto e Alexandre Pato entre os titulares para a partida, nas vagas dos desgastados Guerrero e Romarinho. No segundo tempo, no entanto, Pato deixou o gramado sob algumas vaias após perder pelo menos duas boas chances. Guerrero entrou em seu lugar e definiu a vitória. Por outro lado, o Coritiba foi a campo repleto de desfalques, sendo os principais deles Alex, Lincoln e Deivid.

O JOGO
O começo de jogo foi muito truncado, cheio de faltas e desarmes no meio de campo. Mas o primeiro chute a gol saiu aos sete minutos e foi do Coritiba. Gil recebeu a bola próximo à meia-lua e bateu cruzado. A bola não foi forte, mas passou com perigo à direita de Cássio.

Aos poucos, no entanto, o Corinthians cresceu na partida e passou a controlar as ações, explorando a jogada pelos lados do campo. Aos 17 minutos, Renato Augusto cobrou falta da esquerda, Alexandre Pato apareceu sozinho e cabeceou em cima de Vanderlei, que mostrou reflexo e fez boa defesa. Mais três minutos e Júnior Urso respondeu, de fora da área, em chute que raspou o travessão.

Depois de alguns minutos bons, a partida voltou a ficar morna, com as marcações de ambos os lados levando a melhor sobre os ataques. Com isso, o próximo chute a gol saiu apenas aos 36 minutos, de novo de longe. Renato Augusto recebeu com espaço e arriscou de fora da área, Vanderlei espalmou bem.

O segundo tempo começou nervoso, com muitas faltas de ambas as equipes e algumas entradas mais duas, como a de Emerson, que entrou por cima da bola em Gil e recebeu o cartão amarelo.

Aos nove minutos, o Coritiba quase marcou com Arthur, que recebeu enfiada precisa e bateu em cima de Cássio. O atacante se transformava na principal arma ofensiva do time visitante e teve boa chance novamente no minuto seguinte, quando recebeu cruzamento e, mesmo sozinho, preferiu ajeitar de cabeça para Bill ao invés de finalizar para o gol.

A resposta corintiana veio aos 12 minutos. Romarinho, que havia acabado de entrar na vaga de Emerson, deu linda enfiada de bola para Fábio Santos. O lateral cruzou de primeira para Alexandre Pato, que chutou por cima e perdeu outra grande chance. Foi o último lance do atacante, que deixou o campo para a entrada de Guerrero sob algumas vaias.

As alterações pouco alteraram o panorama da partida, que seguia morna. Guerrero até tentava algo de diferente no ataque, mas sem efetividade. Aos 40 minutos, caiu com Gil mais uma chance do Corinthians na partida. Depois de ajeitada de Danilo, o zagueiro cabeceou quase na pequena área, mas Vanderlei evitou o gol.

Três minutos depois, Danilo foi lançado, trombou com Luccas Claro e caiu. O árbitro marcou pênalti. Guerrero foi para a cobrança, deslocou o goleiro Vanderlei e garantiu os suados três pontos para o time da casa.

FICHA TÉCNICA

CORINTHIANS 1 X 0 CORITIBA

CORINTHIANS – Cássio; Edenílson, Gil, Paulo André e Fábio Santos; Ralf, Ibson, Renato Augusto (Douglas) e Danilo; Emerson (Romarinho) e Alexandre Pato (Guerrero). Técnico: Tite.

CORITIBA – Vanderlei; Victor Ferraz, Luccas Claro, Chico e Diogo; Junior Urso, Gil, Bottinelli e Robinho; Arthur (Zé Rafael) e Bill (Júlio César). Técnico: Marquinhos Santos.

GOL – Guerrero, aos 45 minutos do segundo tempo.

CARTÕES AMARELOS – Emerson, Gil (Corinthians); Bill, Diogo, Luccas Claro (Coritiba).

ÁRBITRO – Péricles Bassols Pegado Cortez (Fifa/RJ).

RENDA – R$ 1.060.923,50.

PÚBLICO – 31.519 pagantes (33.545 total).

LOCAL – Estádio do Pacaembu, em São Paulo (SP).

www.estadao.com.br

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