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Apr 30, 2013

Caso Bolívia.

Corinthians: promotor boliviano chega para ouvir menor do caso Kevin

Os corintianos presos

Acaba de ser marcado para amanhã, às 10h, o depoimento que o promotor boliviano Alfredo Santos Canaviri tomará do menor que assumiu a autoria do disparo do sinalizador que matou o garoto Kevin Espada, no dia 20 de fevereiro, durante a partida entre Corinthians e San José.

Quem acompanha o caso de perto, acha que pode ser a senha para que pelo menos alguns dos doze corintianos presos sejam soltos.

Por Lauro Jardim

www.veja.com.br

Apr 30, 2013

Saindo à francesa

30.abril.2013 06:35:32

Havelange renuncia de presidência de honra da Fifa por corrupção

O brasileiro João Havelange, considerado por anos como o cartola mais poderoso do mundo, renunciou a seu cargo de presidente de honra da Fifa por conta dos escandalos de corrupção e as propinas que recebeu por anos.

A informação faz parte de um informe que trata das investigações sobre corrupção na Fifa e que acaba de ser publicado na manhã de hoje na Suíça.

A investigação confirmou que Havelange recebeu milhões de dólares em propinas. Mas o comitê de ética da Fifa informa que, como o brasileiro renunciou de seu cargo há dez dias, não há como punir o cartola.

A renúncia foi feito em silêncio e não foi comunicada nem pela Fifa e nem pelo próprio cartola aos jornalistas de todo o mundo.

O informe confirma que Havelange teria recebido milhões de dólares entre 1992 e 2000 da ISL, em propinas relacionadas a venda de direitos de transmissão para a Copa de 2002 e 2006.

Ele já renunciou de seu cargo no COI, também pelo mesmo motivo. Agora, abandona a Fifa, em um final melancólico.

Apesar da queda, Havelange não será punido e a saída foi justamente uma forma de evitar ser expulso. A decisão de renunciar encerra o caso e dispensa a necessidade de que a entidade tenha de votar em maio a decisão de expulsa-lo ou não.

A renúncia ainda deve aumentar a pressão para que os cartolas brasileiros evitem usar o nome de Havelange no estádio que servirá para os Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro.

Jamil Chade

www.estadao.com.br

 

Apr 30, 2013

Que discurso, moço !

 

Riquelme reconhece favoritismo do Timão, mas pede ‘respeito’ ao Boca

 

Buenos Aires (Argentina)

Cada vez mais confirmado para o jogo contra o Corinthians, marcado para esta quarta, pela Libertadores, o meia Riquelme admitiu o favoritismo adversário, mas pediu respeito ao Boca Juniors. De acordo com o jogador, o time foi um dos mais temidos da América nos últimos anos.

“Somos conscientes de que vamos enfrentar o último campeão da Libertadores e do Mundial. Mas nenhuma outra equipe queria jogar contra o Boca. Seremos 11 contra 11, em duas partidas de 90 minutos. Temos que confiar que vamos dar alegrias aos outros”, receitou o atleta àRadio Cooperativa.

Divulgação/Boca Juniors

Motivado, Riquelme pediu que Corinthians respeite Boca Juniors: “Serão 11 contra 11”

Na manhã desta segunda, Riquelme, que sofreu lesão nos últimos dias, treinou normalmente no time titular de Carlos Bianchi e deverá ir a campo. Na Casa Amarilla, o departamento médico do clube argentino corre contra o tempo para deixá-lo 100% fisicamente. 

“Se vou ao estádio é porque sei que posso fazer um bom jogo. Tenho sorte de jogar em uma posição que não exige 100% do físico. Sei que posso controlar”, explicou Riquelme, que deverá ser confirmado na formação principal nas atividades desta terça.

Riquelme também aproveitou para revelar motivação extra para reencontrar o Corinthians na competição continental. “Não sei mais quantas Libertadores vou jogar. Nem quantas vezes vou poder enfrentar o Corinthians. Tenho o sonho de ganhar”, finalizou.

www.gazetaesportiva.net

Apr 30, 2013

Programação da Rádio Ópera- terça-feira (30/04/13)

www.radioopera.com.br

 

Terça

L’AMORE DEI TRE RE (Montemezzi) Horário: 08:00
Londres, 13-23/7/1976.  Maestro: Nello Santi.
Elenco: Anna Moffo, Plácido Domingo, Pablo Elvira, Cesare Siepi, Ryland Davies.
RADAMISTO (Handel) Horário: 12:40
Londres, 1993. Maestro: Nicholas McGegan.
Elenco: Ralf Popken, Juliana Gondek, Lisa Saffer, Dana Hanchard, Monika Frimmer, Michael Dean, Nicolas Cavallier.
L’HEURE ESPAGNOLE (Ravel) Horário: 13:50
Londres, junho/1997. Maestro: André Previn.
Elenco: Kimberly Barber, Georges Gautier, Kurt Ollmann, David Wilson Johnson, John Mark Ainsley.
DON GIOVANNI (Mozart) Horário: 16:50
Nova Iorque, 03/04/1943. Maestro: Paul Breisach.
Elenco:  Ezio Pinza, Zinka Milanov,Bidú Sayão, Jarmila Novotna, Salvadore Baccaloni, James Melton, Mack Harrel, Norman Cordon.
TOSCA (Puccini) Horário: 18:40
Roma, julho/1957. Maestro: Erich Leinsdorf.
Elenco: Zinka Milanov, Jussi Bjorling, Leonard Warren, Leonardo Monreale, Fernando Corena, Mario Carlin, Nestore Catalani, Vincenzo Preziosa, Giovanni Bianchini.
Apr 29, 2013

Paulo Vanzolini, gênio da raça!

“Vida é tua”


“Cravo branco”


“Amor de trapo”


“Raiz”


“Samba erudito”

Apr 29, 2013

Adeus, Paulo Vanzolini, um gênio da raça!

“Falta de mim”. Carmem Costa e Paulo Marquez

“Maria que ninguém queria”. Carmem Costa e Paulo Marquez



“Cara limpa”. Carmem Costa e Paulo Marquez



“Mulher que não dá samba”. Carmem Costa e Paulo Marquez



“Sorrisos”. Carmem Costa e Paulo Marquez



 

 

Apr 29, 2013

Dia Nacional de luto. Morre Paulo Vanzolini

Morre o cientista do samba

Com pneumonia, compositor Paulo Vanzolini faleceu neste domingo, 28, em São Paulo

Jotabê Medeiros – O Estado de S.Paulo

O compositor e zoólogo Paulo Vanzolini, de 89 anos, morreu às 23h35 deste domingo, 28. Vanzolini passou mal na quinta-feira e foi internado na UTI do Hospital Albert Einstein com pneumonia extensa. Ele foi sedado e passou o final de semana inconsciente.

 

Ele faria um show na sexta e no sábado no clube Casa de Francisca - JB Neto/AE
JB Neto/AE
Ele faria um show na sexta e no sábado no clube Casa de Francisca

 

O compositor faria um show na sexta e no sábado no clube Casa de Francisca, no Jardim Paulista, com acompanhamento de sua companheira, a cantora Ana Bernardo, e de amigos como o violonista Ítalo Perón e o pianista e cartunista Paulo Caruso. Celebraria os seus 89 anos, completados no dia 25.

O samba-canção Ronda, composto por ele, foi gravado por Inezita Barroso em agosto de 1953, sete anos depois de composto. Ele e a mulher, a cantora Ana Bernardo, acompanhavam Inezita na gravação de seu primeiro disco no Rio, Moda de Pinga. Ela precisou de uma música de última hora e o autor lhe ofereceu Ronda. “Samba é paciência”, sempre repetia Vanzolini. Em conversa com o pesquisador Assis Ângelo, por ocasião de um de seus últimos shows, em 2009, ele contou que levou 25 anos para terminar a letra de Pedacinhos do Céu.

 

Ele foi talvez o mais graduado intelectual entre os sambistas brasileiros de todos os tempos: fez doutorado em Harvard, era pesquisador do Instituto de Zoologia, herpetólogo (especialista em répteis) e professor emérito da Universidade de São Paulo. Foi também o autor da lei que criou a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).

Nascido no Cambuci, no dia 25 de abril de 1924, a dupla militância (na música popular e na ciência) lhe rendeu elásticas relações: Chico Buarque gravou duas canções do primeiro disco com músicas de Vanzolini; e o médico e escritor Dráusio Varella foi seu aluno na USP e cientistas do quilate de Theodosius Dobzhansky, Emest Mayr e Aziz Ab’Saber eram seus amigos. Foi parceiro de Eduardo Gudin, Elton Medeiros, Paulinho Nogueira, entre muitos outros.

Ele começou a compor seus sambas tipicamente paulistanos ainda no início dos anos 40. A obra é relativamente pequena – pelo menos a parte que o autor, perfeccionista, deixou vir à tona: é composta de aproximadamente 65 canções. Delas, 52 podem ser conhecidas nos quatro CDs da caixa Acerto de Contas, que a gravadora Biscoito Fino lançou em 2003. Estão lá todas as mais famosas: RondaVolta por CimaPraça ClóvisPedacinhos do Céu(letra de Vanzolini sobre melodia de Waldir Azevedo).

Em 2011, a gravadora EMI lançou Onze Sambas e uma Capoeira, gravações recuperadas do acervo da antiga Copacabana, de um disco lançado em 1967. No álbum, destacam-se entre os intérpretes um imberbe Chico Buarque (em Samba Erudito e Praça Clóvis) e sua irmã Cristina Buarque (em Chorava no Meio da Rua), além dos arranjos de um certo Antônio Pecchi Filho, mais tarde consagrado como Toquinho.

 

Em 2004, ano em que chegou a ser internado com um problema cardíaco, o compositor (que foi pai de cinco filhos e contava oito netos e um bisneto na família), convidado pela reportagem do Estado, topou refazer um percurso sentimental pela São Paulo em que tinha vivido a juventude. Começou falando da várzea do Rio Pinheiros, onde aprendeu a nadar, iniciando-se no Clube Germânia (depois Clube Pinheiros, que tinha piscinas naturais: um gradeado de madeira dentro do rio). Relembrou as partidas de futebol na várzea. “Jogava no campo do Ítalo-Lusitano. Era um alfo esquerdo (lateral esquerdo).”

Da adolescência, Vanzolini dizia se lembrar do clarão que via na direção da Avenida Paulista. “Era o céu vermelho de quando queimavam o café que não era exportado.” Na Revolução de 32, recordou que na sua casa só se falava mal de Getúlio Vargas. “Era um antipaulista, um cara horroroso.” Nos estudos, trocou o Colégio Rio Branco pelo Ginásio do Estado, “mil vezes melhor que qualquer escola particular”.

“Meu pai dizia o seguinte: ‘Não vá para uma universidade, vá para um professor. Procure o melhor do mundo, e se ele não te aceitar, procure o segundo melhor’. O melhor me aceitou, mas até hoje eu guardo a carta que escrevi para ele. Era uma carta tão imbecil que a cada vez que eu vou ficando mais vaidoso, eu leio aquela carta para me pôr no lugar”, disse.

Foi na época do Ginásio do Estado que começou sua vida adulta, contou ao repórter. Os jovens estudantes só queriam saber de jogar sinuca no Edifício Martinelli, beber “samba em Berlim” (guaraná com cachaça) e admirar os prostíbulos, que ficavam entre as Ruas Vitória e Aurora. “Era zona livre, meretrício de portas abertas”. Ele vivia ali sua iniciação artística, recitando monólogos e acompanhando caravanas artísticas estudantis.

Aos 21 anos, alistou-se no Exército, uma carreira curta – chegou a cabo. Militar, rodava as ruas do centro a cavalo, duas vezes por semana, patrulhando as feéricas Avenidas Ipiranga e São João com um revólver calibre 45 na cintura. Dali surgiu a inspiração para compor Ronda, o seu grande sucesso.

“A ronda é uma enganação. A mulher começa dando a impressão de que está procurando um cara, mas não é para amar e sim matar”, explicou o compositor, que sempre buscava relativizar a importância da própria obra-chave. A boemia pelas ruas, bares e praças da capital eram sua inspiração mais recorrente, e resultaram em canções emblemáticas, como Praça Clóvis. Manteve amizade com Adoniran Barbosa, com os maestros de tango do centro, desfrutou da vida desregrada em torno da Avenida São João e do Largo do Paiçandu.

Apesar de oriundo de uma família burguesa, era mais seduzido pela vida nos bares, no meio do povo. Nos anos 1950, frequentava o chamado Clubinho (Clube dos Artistas e Amigos dos Artistas). Era point da intelectualidade paulistana da época: Tarsila do Amaral, Sergio Milliet, Alfredo Volpi e Paulo Rossi. Ficava no porão do Instituto de Arquitetos do Brasil, na Rua Bento Freitas.

Em 1963, Vanzolini compôs Volta por Cima, outro grande sucesso, gravado pelo cantor Noite Ilustrada. Era época do regime militar, e os versos “levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima” ganharam ares revolucionários. Nos anos seguintes, tornou-se habitué do bar O Jogral, de Luís Carlos Paraná, seu parceiro violonista. “Como autor de letra e música ele é o oposto da loquacidade, porque não espalha, concentra. Tem a capacidade de achados verbais que fazem a palavra render o máximo. Vanzolini é um mestre de muitas faces”, disse o crítico Antônio Cândido sobre o amigo.

Vanzolini trabalhou na TV Record, na época dos famosos festivais da canção. Formado depois em Medicina, foi trabalhar no Hospital das Clínicas, onde teve, entre seus alunos, Dráuzio Varella. Nunca foi um homem de opiniões médias, sempre foi muito agudo. Alfinetou Caetano e Gil a vida toda. “E se pegarem uma música sua e colocarem batida eletrônica em cima?”, lhe perguntaram certa vez. “Não tem problema nenhum. Já fizeram muito pior do que isso. Maria Bethânia gravou Ronda, por exemplo. Ela não é uma cantora, é uma declamadora”.

Conheceu Aracy de Almeida e desfrutou da companhia de suas intérpretes favoritas, Marcia e Inezita Barroso. Depois, veio a experiência acadêmica. “A USP deu um foco para a mocidade pensar, vibrar, ser contra ou a favor, pensar. Quando fui fazer doutorado em Harvard (voltou dos Estados Unidos no início dos anos 1950), me dispensaram de metade das disciplinas.”

Ex-diretor do Museu de Zoologia da USP, na Avenida Nazaré (para onde ia de bonde), Vanzolini montou uma respeitada coleção de 130 mil répteis e anfíbios. Sua biblioteca pessoal tem mais de 50 mil volumes, é a maior da América Latina e ele planejava doá-la à universidade. Sua casa é repleta de obras de amigos de juventude: Marcelo Grassman, Heitor dos Prazeres, Carybé, Aldemir Martins, Maria Leontina, Milton Dacosta, Bruno Jorge.

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Apr 29, 2013

Morre o gênio Paulo Vanzolini

Compositor Paulo Vanzolini morre aos 89 anos em São Paulo

 

O compositor e zoólogo Paulo Vanzolini morreu neste domingo aos 89 anos, vítima de complicações decorrentes de uma pneumonia. Ele estava internado desde a noite da última quinta (25) –seu aniversário– na UTI do hospital Albert Einstein, em São Paulo.

Deixa mulher, a cantora Ana Bernardo, e cinco filhos do primeiro casamento.

O velório, reservado a familiares e amigos, será nesta manhã, no Albert Einstein. O enterro deve ocorrer durante a tarde, no Cemitério da Consolação.

Um dos ícones do samba paulistano, criou clássicos como “Ronda”, “Volta por Cima” e “Praça Clóvis”, interpretados por grandes nomes da MPB, como Chico Buarque, Maria Bethânia e Paulinho da Viola.

No mês passado, Vanzolini foi um dos 87 artistas a se apresentar em evento no Teatro Oficina para arrecadar fundos para reformar e ampliar a Casa de Francisca, pequena casa de shows paulistana. Também em março, recebeu o Prêmio APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte) pelo conjunto da obra.

Compositor bissexto, de músicas que chegavam a demorar um ano a ficar prontas, Vanzolini não tocava nenhum instrumento (para escrever as canções, entoava-as a amigos músicos) e tinha, assumidamente, um “grande problema com a afinação” (como disse em entrevista ao “Jornal do Brasil”, em 1970), mas se firmou como um grande compositor de samba.

Compunha nas horas vagas do trabalho como zoólogo de renome internacional especializado em répteis. Com doutorado em Harvard, Vanzolini foi por três décadas diretor do Museu de Zoologia da USP, onde trabalhou por mais de 50 anos.

“Não tenho carreira de compositor. Música, para mim, é um hobby. Trabalho 15 horas por dia como zoólogo, adoro minha profissão. Não sei cantar, nem sei a diferença entre o tom maior e o menor”, disse, em 1997, em entrevista à Folha.

Paulo Vanzolini se apresenta no ‘El Grande Conserto’ no Teatro Oficina

Filho do engenheiro Carlos Alberto Vanzolini, Paulo Emílio Vanzolini nasceu em São Paulo em 1924 e morou, dos quatro aos seis anos de idade, no Rio. Desde cedo, habituou-se a ouvir sambas nas rádios. Aos 18 anos, ao entrar na Faculdade de Medicina da USP, em 1942, passou a frequentar rodas paulistanas de samba.

Naquela época, aceitou um convite do primo Henrique Lobo para trabalhar no programa “Consultório Sentimental”, de Cacilda Becker, de quem se tornaria amigo. No programa, falando como “doutor Edson Gama”, Vanzolini dava receitas de emagrecimento.

Antes mesmo de concluir o curso universitário, ingressaria como pesquisador no Museu de Zoologia. A medicina na USP, ele sempre disse, foi só um caminho para facilitar a admissão no doutorado em zoologia em Harvard.

Em 1948, casou-se com Ilze, secretária da reitoria da USP, com quem teria cinco filhos, incluindo o diretor de cinema e sócio da Conspiração Filmes, Tony Vanzolini. Embarcou com Ilze para os EUA, onde faria o doutorado e conviveria com músicos de jazz.

A primeira composição, “Ronda”, é de 1951, ano em que também publicou o volume de poemas “Lira”, pelos Cadernos do Clube de Poesia de São Paulo. A canção seria gravada só dois anos depois, em 1953, no lado B de um LP de Inezita Barroso, de quem era amigo.

A música ficaria famosa na voz de Marcia, nos anos 1960, e ganharia o país graças também a intérpretes como Bethânia (que a incluiu, em 1978, no LP “Álibi”), Carmen Costa, Angela Maria e Nora Ney.

Caetano Veloso fez uma referência melódica a “Ronda” em “Sampa”, outro grande clássico paulistano. Vanzolini não via a referência como homenagem. “Uma música é considerada plágio quando tem oito compassos de outra. ‘Sampa’ tem 14 compassos de ‘Ronda’. É uma citação”, disse, ao “Jornal do Brasil”, em 2000. Mas o compositor dizia não se importar, já que não gostava de “Ronda”. “É muito piegas. Tem que gente que diz que ‘Ronda’ é o hino de São Paulo. Que belo hino! É a história de uma prostituta que vai matar o amante.”

Nos anos 50, trabalhando na produção de programas musicais na Record, ficou amigo de outro grande representante do samba paulistano, Adoniram Barbosa Ðcom quem acabou nunca compondo, apesar de muitos planos nesse sentido.

Em 1963, foi a vez do cantor Noite Ilustrada lançar a segunda composição de Vanzolini a ser gravada, “Volta por Cima” –antes recusada por Inezita, que a considerou pouco comercial. A gravação, além de se tornar conhecida no país inteiro, foi incluída no filme “O Dragão da Maldade” contra o “Santo Guerreiro” (1969), que renderia a Glauber Rocha o prêmio de melhor diretor no Festival de Cannes. A música faria sucesso também na voz de Jair Rodrigues.

Só em 1967, mais de 20 anos depois de começar a compor, Vanzolini teria um disco inteiro gravado com suas canções. Produzido por seus amigos Luís Carlos Paraná (dono do lendário bar Jogral) e Marcus Pereira, “11 Sambas e uma Capoeira” teve músicas interpretadas por nomes como Chico Buarque (“Praça Clóvis” e “Samba Erudito”), Cristina Buarque (“Chorava no Meio da Rua”) e o próprio Paraná (“Capoeira do Arnaldo”). Anos depois, esse seria considerado pelo compositor como seu único disco “que presta”.

Vários outros anos se passariam até, em 1979, ele mesmo gravar suas músicas, em “Paulo Vanzolini por Ele Mesmo”.

Embora tenha composto quase sempre sozinho, Vanzolini chegou a fazer parcerias, especialmente com Toquinho, que divide com ele a assinatura de músicas como “Na Boca da Noite” e “Boba”.

Em 1993, depois de três décadas como diretor do Museu de Zoologia, teve aposentadoria compulsória, mas continuou trabalhando de segunda a sábado na instituição. “É a única coisa de que gosto, a única coisa que sei fazer […]. Um dia eu nasci e já era zoólogo”, comentou, em 2002, à revista “Scientific American Brasil”.

Em 2009, foi retratado no documentário “Um Homem de Moral”, de Ricardo Dias, que pôs imagens da metrópole para dialogar com canções como “Samba Erudito” e “Cuitelinho”.

Nos últimos anos, Vanzolini já não costumava compor, apesar de ainda participar de shows, nem trabalhava no museu, embora colhesse os frutos de seu esforço –em 2012, ganhou R$ 300 mil da Fundação Conrado Wessel por sua produção científica.

Em 2004, foi internado no Hospital Sírio Libanês, com problemas cardíacos. Mas o maior representante da boemia paulistana nunca dispensou sua cervejinha. “Isso os médicos ainda não me tiraram”, disse à Folha em 2009.

E até os últimos dias, todo sábado, segundo seu amigo também compositor Eduardo Gudin, ele ia ao Bar do Alemão, na zona oeste da capital, ouvir sua atual mulher, a cantora Ana Bernardo, e lá ficava até a madrugada chegar.

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Apr 29, 2013

Fala professor

Tite pede pés no chão ao Timão após goleada sobre a Ponte Preta

Técnico elogia postura dos jogadores ao longo da partida, mas aponta erros e dá recado para o mata-mata: ‘É preciso ser mentalmente forte’

Por Rodrigo FaberCampinas, SP

O Corinthians teve sua segunda maior goleada da temporada neste domingo, ao vencer a Ponte Preta por 4 a 0 no estádio Moisés Lucarelli, em Campinas (a maior foi um 5 a 0 diante do Oeste, na quinta rodada), e avançar à semifinal do Campeonato Paulista. Cauteloso em relação ao resultado atípico, o técnico Tite pediu pés no chão aos seus jogadores, para evitar que falte humildade na fase decisiva do estadual e também da Taça Libertadores da América.

Na próxima quarta-feira, o Timão enfrenta o Boca Juniors, em Buenos Aires, pelas oitavas de final da competição continental. O treinador destacou a superioridade da Ponte Preta nos primeiros minutos do jogo deste domingo para esclarecer ao seu elenco que a atuação não foi perfeita, apesar da vantagem elástica no placar, e que ainda existem erros a serem corrigidos.

– É fácil dizer agora que o Corinthians ganhou de quatro, que é favorito… Na quarta, dizer que o Boca não está fazendo grande campeonato, e que por isso vamos ganhar. Temos de entender porque passamos. Soubemos tirar vantagem do jogo e construímos esse placar, mas passamos 15 minutos para superar – analisou, em entrevista coletiva após a partida.

Pressionado na reta inicial do jogo, o Corinthians ficou acuado em seu campo de defesa. Viu a Ponte Preta ter três chances de gol para, somente depois, corrigir os vacilos e abrir o placar com Romarinho, em rebote de chute de Paolo Guerrero. O clima quente entre os jogadores deu o tom da partida nos 45 minutos iniciais, especialmente com Emerson Sheik, que alegou falta de respeito do meia adversário, e ex-companheiro de Timão, Chiquinho.

Assim como já havia dito em sua última entrevista antes da partida em Campinas, Tite destacou a capacidade do Corinthians de se moldar às diversas situações impostas pelo jogo. Mesmo eleito pelo terceiro ano consecutivo como time mais disciplinado do Campeonato Paulistão, o Timão não fugiu à postura mais “pegada” na Ponte Preta e respondeu à altura. Na opinião do treinador, uma questão de equilíbrio.

– É preciso ser mentalmente forte. Jogos decisivos são assim. Se você errou, preste atenção na próxima. Não há tempo para lastimar. Se tomar um gol, tem de correr atrás. Se fizer um gol, precisa manter a naturalidade – completou.

O próximo compromisso corintiano será na Argentina. Nesta segunda-feira, a delegação embarca para Buenos Aires, onde o Timão enfrenta o Boca Juniors, no estádio de La Bombonera, na próxima quarta-feira. Será o jogo de ida pelas oitavas de final do torneio: a volta, no Pacaembu, está agendada para o dia 15.

Tite Corinthians x Ponte Preta (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)
Tite, no jogo do Corinthians diante da Ponte Preta (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)
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Apr 29, 2013

Rádio Ópera- programação- segunda-feira- 29/04/13

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Segunda

ACIS E GALATEA (Handel) Horário: 08:20
 Londres, fevereiro/1978. Maestro: John Eliot Gardiner.
Elenco: Norma Burrowes, Anthony Rolfe Johnson, Martyn Hill, Willard White.
BORIS GODUNOV (Mussorgsky) Horário: 09:30
Salisburgo, 1966. Maestro: Herbert Von Karajan.
Elenco: Nicolai Ghiaurov, Gertrude Jahn, Nadejda Dobrianova, Gerhard Stolze, Sabin Markov, Kim Borg, Alexei Maslennikov, Sena Jurinac, Zoltan Kelemen, Anton Diakov, Milen Paunov.
NORMA (Bellini) Horário: 12:00
Londres, 1965. Maestro: Richard Bonynge.
Elenco: Joan Sutherland, Marilyn Horne, John Alexander, Richard Cross, Yvonne Minton, Joseph Ward.
A NOITE DO CASTELO (Carlos Gomes) Horário: 14:40
Campinas, 14/9/1978. Maestro: Benito Juarez.
Elenco: Niza de Castro Tank, José Dainese, Luiz Tenaglia, Alcides Acosta, Vera Lucia Pessagno, José A.  Marson, Fernando J. C. Duarte.
LA FORZA DEL DESTINO (Verdi) Horário: 16:50
London, 1977. Maestro : James Levine
Elenco: Leontyne Price, Plácido Domingo, Sherrill Milnes, Fioreza Cossotto.
IL BARBIERI DI SIVIGLIA (Rossini) Horário: 19:35
Londres, 7-14/2/1957. Maestro: Alceo Galliera.
Elenco: Maria Callas, Luigi Alva, Tito Gobbi, Fritz Ollendorff, Nicola Zaccaria, Gabriella Carturan, Mario Carlin
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