Não é crítica ao Corinthians x Caixa. É ao marketing do futebol
Especialista diz que patrocínio da Caixa ao Corinthians vai contra cautela do mercado
Investidores têm mostrado desconfiança com falta de transparência no futebol brasileiro
Desde que a Caixa Econômica Federal anunciou que seria o patrocinador master do Corinthians, a entidade sofreu diversas críticas pelo fato de ser um órgão público patrocinando um clube de futebol. Independentemente da polêmica entre a união do público com o privado, o próprio investimento em si é contrário ao atual momento do marketing esportivo, de acordo Eduardo Muniz, professor de branding e marketing esportivo da ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing).
A caixa irá desembolsar R$ 30 milhões por ano ao Corinthians para expor sua marca na parte mais nobre da camisa alvinegra. O banco estatal firmou acordo com o clube até o final de 2013, com a opção de renovar por mais um ano. Para Muniz, atualmente os investidores estão evitando, ou pelo menos tendo muito mais cautela, na hora de se aproximar do futebol brasileiro. O motivo: a falta de transparência. Depois da euforia causada pelos anúncios dos grandes eventos que seriam realizados no Brasil (Copa, Olimpíadas etc), as empresas se deram conta da dificuldade de calcular o retorno desses investimentos. Com esses contratos vencendo, o horizonte não é propício para renovações.
— As empresas frearam os investimentos do patrocínio esportivo exatamente pela falta de condição que os clubes têm de ter um trabalho estratégico em torno dos patrocínios. Os clubes não sabem justificar para o investidor quais resultados gerou, a empresa não sabe avaliar que resultados foram obtidos, as renovações não acontecem e os novos possíveis patrocinadores começam a estabelecer um olhar mais crítico. Isso não aconteceu só com o Corinthians, aconteceu com o Sâo Paulo, o Flamengo está sem patrocínio até hoje. Todo o mercado de futebol hoje sofre para conseguir as cifras pedidas. Porque as empresas estão olhando para o futebol e não estão enxergando o profissionalismo.
Números gerais.
O novo ranking dos patrocínios 2012
Com o acordo entre Corinthians e Caixa Econômica Federal, anunciado há dois dias, o clube paulista retoma a liderança do ranking dos patrocínios no futebol brasileiro. A seguir, o panorama atual:
1)Corinthians – R$ 42 milhões
(CEF – R$ 30 milhões; Fisk – R$ 10 milhões; Tim – R$ 2 milhões)
2)Santos – 33,5 milhões
(BMG – R$ 20 milhões; Netshoes – R$ 5,5 milhões, Seara – R$ 3 milhões; Marabraz – R$ 3 milhões; CSU CardSystem – R$ 2 milhões)
3)São Paulo – R$ 32,5 milhões
(Semp Toshiba – R$ 23 milhões; Wizard – R$ 6 milhões*; Tim – R$ 3,5 milhões)
4) Palmeiras – Entre R$ 20 milhões e R$ 27 milhões*
(Kia – Entre R$ 18 milhões e R$ 25 milhões*; Tim – R$ 2 milhões)
5) Vasco – R$ 22 milhões
(Eletrobras – R$ 16 milhões; BFG – R$ 4 milhões; Tim – R$ 2 milhões)
6) Botafogo – R$ 20 milhões
(Guaraviton – R$ 16 milhões; Havoline – R$ 2 milhões; Herbalife – R$ 2 milhões*)
7 ) Flamengo – R$ 19 milhões
(BMG – R$ 9 milhões; Mobil Super – R$ 5 milhões; Triunfo Logística – R$ 3 milhões; Tim – R$ 2 milhões)
8) Grêmio e Internacional – Entre R$ 15 e R$ 20 milhões *
(Banrisul + Tramontina + Tim)
10) Cruzeiro – Entre R$ 15 milhões e R$ 17 milhões*
(BMG + Guará Mix)
11) Atlético-MG – Entre R$ 12,5 milhões e R$ 15 milhões*
(BMG + MRV)
*Valores estimados
Obs: Os valores acima foram divulgados na mídia – incluindo estimativas devido às cláusulas de confidencialidade. Não foram consideradas parcerias pontuais firmadas ao longo do ano, bem como aquelas recém-acordadas (caso do Vasco da Gama com a empresa Fertilize). O patrocínio do Palmeiras pelo BMG se dá a título de abatimento de dívidas, não constando nos balanços como “receita” – sendo assim desconsiderado. Por fim, os termos finais dos contratos são variados, com diversos deles se encerrando ao final de dezembro.
Ainda que os valores angariados pelo Corinthians sejam substancialmente inferiores aos da “era Ronaldo” – quando batiam na casa dos R$ 50 milhões – pode-se dizer que a situação atual é favorável, posto que o craque abocanhava fatias consideráveis dos acordos da época. Sendo assim, o Corinthians volta a fazer valer a máxima de “camisa mais valiosa” – desta vez se baseando em um patrocínio estatal calcado em questões bem mais políticas do que mercadológicas.
Embora a diretoria corintiana negue, os oito meses sem patrocínio máster constituíram grande prejuízo a um clube cujas perspectivas de exposição eram fantásticas – após o título da Libertadores e pela participação no Mundial. Cabe ainda avaliar quais foram as contrapartidas oferecidas a Tim e Fisk, anunciantes que ficarão de fora do uniforme pela exigência da FIFA de patrocínio único no Japão.
A segunda posição ocupada pelo Santos reflete os benefícios da permanência de Neymar e da recente “era de ouro” do clube. Entretanto, a má fase atual – com o Peixe fora da Libertadores – possivelmente refletirá nos cofres santistas. O que se diz é que o primeiro golpe será sentido com o fim do patrocínio do Banco BMG, a partir de 2013 redirecionando foco para os clubes mineiros. A baixa exposição em mídia do Santos em comparação ao “trio de ferro” da capital é um elemento contra o qual muitos santistas se insurgem.
Após longo período de uniforme limpo, outro que assinou boa parceria foi o São Paulo. Os R$ 23 milhões pagos pela Semp Toshiba podem ser considerados o segundo melhor patrocínio do país – já que os repasses da Kia ao Palmeiras são questionados constantemente. O Verdão anunciou R$ 25 milhões, mas o mercado afirma que na prática seriam cerca de R$ 18 milhões. Ao menos a montadora coreana já anunciou que manterá o acordo nos moldes atuais apesar do rebaixamento alviverde à Série B.
Em um segundo pelotão surgem os clubes do Rio de Janeiro, cabendo uma importante observação. OFluminense não foi incluído por conta da falta de transparência na parceria com a Unimed – bombardeada toda vez que o Tricolor vai mal, exaltada a cada conquista de título. A verdade é que os aportes realizados pela Unimed Participações no clube das Laranjeiras incluem pagamento de salários, premiações e aquisição de direitos econômicos. Sendo assim, o mercado especula investimentos que superem em muito os R$ 60 milhões anuais – de longe o maior patrocínio do Brasil.
Feita a exceção, continua espantosa a posição ocupada pelo Flamengo – há dois anos detentor dos piores números do Rio. A péssima gestão Patrícia Amorim faz com que o clube já some quase um ano e meio sem patrocinador máster (somando meses de 2011 com todo o exercício 2012). Para piorar, um dos parceiros (Triunfo Logística) é de propriedade de Jorge Rodrigues, candidato a presidente nas eleições do próximo dia 3 de dezembro. Trata-se de uma situação vedada pelo estatuto, mas que contou com vistas grossas dos conselhos do clube. Como o candidato supostamente compõe a oposição, seria interesse da atual mandatária a pulverização dos votos entre as inúmeras chapas contrárias à sua.
Vasco e Botafogo, em estágio pouco superior ao de mineiros e gaúchos, tentam angariar melhores cifras. Ainda que ambos não joguem a Libertadores, a maior exposição por conta das transmissões televisivas justificaria montantes superiores aos atuais. Neste sentido o Botafogo sai na frente, na esperança de potencializar a imagem do bom moço (e craque) Seedorf, seu principal jogador. Em Minas, a “febre Ronaldinho” e o retorno à competição continental compõem os trunfos do Atlético-MG em busca de dias melhores. No Sul, a perspectiva de novas arenas para a dupla Grêmio e Internacional cria a possibilidade de pacotes incluindo patrocínio + naming rights, alavancando suas posições.
Um grande abraço e saudações!
E-mail da coluna: teoriadosjogos@globo.com
Quando o Paulistão chegar
Tite diz que Zizao só deve voltar a jogar no Campeonato Paulista
Técnico do Corinthians avisa que chinês terá uma sequência de jogos só na próxima temporada
SÃO PAULO – Zizao terá de esperar até o Paulistão de 2013 para mostrar que tem algum talento para jogar futebol. O técnico Tite afirmou nesta terça-feira que o atacante chinês deverá ganhar uma sequência de jogos com a camisa do Corinthians somente na próxima temporada.
“Nos jogos do Paulista o nível de enfrentamento é menor, a responsabilidade é menor, o Paulista te dá isso, não só para o Zizao, para os garotos também, dá mais tranquilidade, confiança. Seguramente (o Zizao) terá mais possibilidade ano que vem”, disse Tite.
Até agora, Zizao atuou somente cerca de 15 minutos pelo Corinthians, num único jogo pelo Campeonato Brasileiro: derrota para o Cruzeiro por 2 a 0, dia 17 de outubro, em Varginha (MG). Depois disso, quando Tite voltou a escalar os titulares, o chinês nem sequer ficou no banco.
O atacante chinês não deve ser utilizado nas rodadas finais do Campeonato Brasileiro, contra Coritiba, Internacional, Santos e São Paulo. Ele também estará fora da lista definitiva do Mundial de Clubes -só 23 jogadores serão inscritos na competição de dezembro no Japão.
Tite, contudo, ainda não confirma a exclusão de Zizao do grupo que vai ao Mundial, mas dá a entender que o chinês não tem chance de competir com os outros jogadores do elenco corintiano que atuam do meio de campo para a frente.
“O Zizao concorre com o Emerson, com o Jorge Henrique, dois campeões de Libertadores, com o Danilo, com o Martínez, da seleção argentina, com o Romarinho, Douglas. Não é nem pelo fato de ele (Zizao) não estar bem, mas há outros jogadores. No Paulistão haverá outros momentos”, explicou.
Tite revelou que Zizao terá mais chances de jogar no Paulistão porque os titulares só retornam aos treinos às vésperas do início do campeonato estadual, marcado para 19 de janeiro. O período de férias do grupo principal foi ampliado por causa da disputa do Mundial de Clubes – os jogos no Japão serão nos dias 12 e 16 de dezembro.
Trabalho dobrado
Com Corinthians no Mundial, Consulado do Japão lota com procura de vistos
“Se as pessoas querem ir ao Japão para ver o Corinthians, recomendo que solicitem o visto logo”, avisa vice-cônsul
A classificação do Corinthians para o Mundial de Clubes mudou a rotina do Consulado Geral do Japão em São Paulo. De acordo com o vice-cônsul Yusuke Nakayama, o local tem recebido muitos torcedores interessados em obter o visto de entrada no país asiático para acompanhar o torneio em dezembro.
“Se as pessoas querem ir ao Japão para ver o Corinthians, recomendo que solicitem o visto logo. No consulado, vocês poderão perceber que há bastante procura. Está muito lotado”, comentou Nakayama.
O vice-cônsul só não conseguiu informar a quantidade de vistos emitidos para torcedores do Corinthians. “Não perguntamos quais são os objetivos das pessoas ao viajarem. Por isso, não consigo calcular quanto a procura está aumentando por causa do Mundial”, explicou.
Na quinta-feira, Nakayama participou de um projeto ambiental que conta com o apoio do Corinthians. O clube firmou parceria com a Associação Brasileira dos Imigrantes Japoneses e com a Secretaria do Verde e Meio Ambiente para plantar 20.000 mudas de árvores da Mata Atlântica no Parque Fazenda do Carmo, na Zona Leste de São Paulo. A iniciativa é uma homenagem às vítimas do terremoto e do tsunami que devastaram o nordeste do Japão em 2011.
No evento, o vice-cônsul japonês desejou sucesso ao Corinthians no Mundial, assim como alguns de seus conterrâneos. A expectativa é que a troca de experiências entre corintianos e japoneses se intensifique ainda mais até o final do ano.
Segundo seu site oficial, a própria Fifa se surpreendeu com a procura de ingressos para o Mundial por parte de torcedores do Brasil: “De acordo com o Comitê Organizador Local do torneio, a demanda dos brasileiros para as partidas que o Corinthians pode disputar ultrapassou o número de entradas disponível”.
A novela continua
Corinthians descarta jogar Mundial com camisa sem patrocínio
Paulo Passos
Do UOL, em São Paulo
Com time quase definido para a estreia do Mundial, o Corinthians corre para buscar um patrocínio para a camisa. O vice-presidente de marketing do clube, Luis Paulo Rosemberg, descarta que a equipe disputará o torneio sem anunciante. Faltando pouco mais de um mês para a estreia, o time não tem um patrocinador máster.
Rosemberg afirmou ao UOL Esporte que o clube não trabalha com a hipótese de jogar o Mundial de Clubes com a camisa lisa. O clube não conta com um anunciante máster desde abril. A última empresa a ter um contrato de patrocínio com o Corinthians foi a Hypermarcas. O acordo foi selado ainda na época em que Ronaldo atuava no time.
CORINTHIANS LEVA CALOTE DE R$ 1 MI
O Mundial de Clubes é a única competição da Fifa na qual é permitida a exposição de marcas de patrocinadores na camisa dos times. A entidade, porém, limita a apenas um anúncio por time e barra acordos pontuais. O Corinthians, entretanto, não descarta um acordo com uma empresa para expor a marca apenas nas duas partidas do Mundial.
A estratégia de acordos pontuais para partidas foi usada pelo Corinthians durante todo ano de 2012. Para a final da Libertadores, por exemplo, o Corinthians expôs cinco marcas na camisa: Iveco, como principal, Marabraz, Bombril, TIM e Fisk.
O Corinthians tem encontrado dificuldade no mercado para conseguir um patrocinador. Apesar da boa fase do clube, até agora nenhuma empresa quis bancar o valor pedido, mais de R$ 50 milhões pelo patrocínio máster na camisa do time.
EM REGULAMENTO, FIFA BARRA PATROCÍNIOS PONTUAIS
Segundo o artigo 12 do regulamento do Mundial de Clubes, os participantes do torneio podem exibir apenas um patrocinador na parte frontal da camiseta. No documento, a Fifa coloca duas condições para isso: “desde que a empresa anunciante seja o principal patrocinador do clube” e que “a marca exposta durante o Mundial corresponda com a marca usada nas camisas durante a última temporada na competição local e/ou durante o torneio que garantiu a classificação para o Mundial”.Além de não poder repetir a venda de vários espaços na camisa, o Corinthians terá que buscar um acordo com uma empresa que já expôs a sua marca durante a Libertadores ou no Campeonato Brasileiro. Além da Iveco, a rede de lojas Magazine Luiza também exibiu sua marca na camisa corintiana em 2012.
Fogo amigo
Sem patrocinador principal, clube faz propaganda institucional
O fracasso do patrocínio da Apito Promocional na camisa do Corinthians aumentou as críticas ao departamento de marketing alvinegro. Conselheiros de diferentes grupos pressionam por mudanças na área, dirigida por Ivan Marques, mas que ainda tem sua imagem ligada ao vice Luis Paulo Rosenberg.
“Se eu fosse o presidente, mandaria todo mundo do departamento de marketing embora. Falaram muito, mas estão há um ano sem conseguir um patrocinador principal fixo. Não conseguiram nem ganhando título da Libertadores. E quando conseguem algum patrocínio levam calote”, disse ao blog André Luiz de Oliveira, o André Negão, ex-diretor administrativo.
A parceria com a empresa Apito Promocional foi rompida, e a marca retirada da camisa porque o clube alega não ter recebido cerca de R$ 1 milhão que fazia parte do acordo.
Além da questão do patrocínio, os responsáveis pelo marketing corintiano são atacados por não conseguirem até agora negociar o nome do estádio. Em fevereiro, durante sabatina promovida pelo UOL e pela Folha de São Paulo, Andrés Sanchez, ex-presidente do clube, alegou que o negócio estava perto de ser concluído.
Até a publicação do post, a assessoria de imprensa do Corinthians não havia respondido ao blog sobre as críticas feitas ao departamento de marketing.
www.blogdoperrone.blogosfera.uol.com.br
Que vexame !
O futebol resistirá aos trapaceiros
por Ricardo Gonzalez
O futebol não foi derrotado por guerras – ao contrário, conseguiu acabar com algumas. O futebol superou intempéries e fenômenos naturais. O futebol seguiu em frente, mesmo com dirigentes nefastos, em vários países, que tentaram usá-lo como trampolim político – e financeiro. O futebol resistiu a crises das mais variadas naturezas, de conflitos sociais a programas de arrocho econômico. Por tudo isso, pela certeza de que o futebol é tão melhor do que tudo o mais e é eterno, confio que o futebol brasileiro vai sobreviver aos jogadores trapaceiros e aos técnicos e dirigentes que pisam no pescoço da mãe para se dar bem.
Mas essa “sobrevivência” é um processo em andamento. Estamos num ponto em que o futebol ficou muito chato. Não há uma rodada do Brasileiro em que não haja críticas a árbitros ou lances polêmicos. Será que ninguém se dá conta que o árbitro é um personagem que, sozinho, não pode ser capaz de desencadear tantos problemas? Árbitro é gente, em sua cabeça funciona um cérebro, não um chip de computador. Não bastasse o aumento brutal da velocidade do jogo, do número incontável de câmeras que colocam o telespectador em campo, o árbitro é o único elemento no Brasil que trabalha ao lado de 22 sujeitos cujo único intento é ludibriá-lo, é pressioná-lo, é tirar-lhe inteiramente a moral para comandar o jogo.
Isso cansa. Confesso-me farto de jogadores se atirando em campo, dobrando o joelho antes do zagueiro chegar na disputa. Reclama-se de tudo, das faltas contra e das faltas a favor. E não se reclama pouco. Reclama-se com um ritual de gestos e berros como se estivessem sendo punidos com a morte, ou como se lhe retirassem todos os bens a cada apito do árbitro. Tenho vergonha, como torcedor, como jornalista, como brasileiro, como ser humano, de ver esse festival de tentativas de levar vantagem ilegalmente, de ser o mais esperto, de mandar ética e fair play às favas. Fico estupefato a cada jogo do Brasileiro com o exemplo do pior tipo de malandragem que é dado às crianças que acompanham o futebol desde cedo.
Vendo os advogados do Palmeiras, vendo Barcos, vendo Gilson Kleina, fico pensando… Será que cada um deles teria coragem de olhar no olho de seus filhos pequenos e dizer: “Meu filho, eu ganhei com um gol ilegal. Com um gol com a mão. Eu tirei de meu adversário dois pontos que não eram meus. Eu mandei para o inferno da Série B um time de otários que cumpriram as regras e eu vou continuar na elite do futebol porque sou mais esperto do que eles.” Por que não fazem isso publicamente?
Mas ainda tenho fé. Isso é uma onda que vai passar. Talvez um dia meus colegas de mídia sejam menos covardes contra o árbitro e entendam que ele só poderá trabalhar melhor se não tiver trapaceiros a seu lado, e se a Fifa se modernizar e aceitar o auxílio da tecnologia. Mas mesmo que isso tudo demore, o futebol vai resistir.
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Banzai !
Fifa espera 20 mil corintianos no Mundial de Clubes, no Japão
Entidade dobra previsão de torcedores e vai lançar na internet novo lote de ingressos
SÃO PAULO – A pouco mais de um mês do início do Mundial de Clubes, a “invasão corintiana” no Japão se torna algo real. A Fifa informou ao Corinthians que dobrou sua previsão inicial de torcedores que acompanharão os jogos do time. O número passou de dez para 20 mil por partida.
A notícia foi repassada ao clube na semana passada, quando a entidade que organiza a competição informou que fará, no próximo dia 11, a venda de um novo lote de ingressos pela internet.
Na primeira carga de bilhetes, a Fifa informou que haviam sido vendidas pouco mais dez mil entradas pela internet aos torcedores que moram no Brasil. Mas esse número será engrossado também por torcedores do Corinthians que vivem no Japão.
Para atender a essa demanda de torcedores que vão acompanhar o time no Mundial, a diretoria vai abrir ao público os treinos do time nas cidades de Nagoya e Yokohama. As datas serão informadas em breve pelo site clube.
O gerente de futebol Edu Gaspar, em conjunto com a comissão técnica, ainda não definiu quais os treinos serão abertos ao público. A ideia é que sejam dois, um em cada cidade. “Aguardo essa definição da comissão técnica porque queremos liberar os treinos com bola, que possam ser mais interessantes para o nosso torcedor”, disse Gaspar.
Em Nagoya, o Corinthians treinará em um CT que pertence a um clube modesto do futebol japonês e que disputa divisões inferiores. Mas, segundo o gerente de futebol, a estrutura do local é ótima e acomoda cerca de 3,5 mil pessoas na arquibancada. Já em Yokohama, o time treinará em um CT, usado por seleções na Copa do Mundo de 2002, com capacidade para 5 mil pessoas.
O Corinthians permanecerá em Nagoya entre os dias 6 e 12 de dezembro, data do primeiro jogo (semifinal) no Mundial de Clubes – a partida, no entanto, será disputada em Toyota. Depois o time vai até Yokohama, onde ficará entre os dias 13 e 16, data de uma possível (e aguardada) final contra o Chelsea.
CALOTE
A empresa “Apito Promocional”, que sorteava viagens ao Japão para corintianos acompanharem o time na disputa do Mundial de Clubes, anunciou, por meio de comunicado oficial, o fim da promoção, fato que irritou torcedores do Corinthians.
A “Apito Promocional” ocupou o espaço nobre na camisa do Corinthians sem pagar o combinado pelo privilégio, uma vez que o clube levou um calote de cerca de R$ 900 mil. Segundo a diretoria corintiana, a empresa prometeu pagar o valor até dezembro.
www.estadao.com.br
Índio quer Apito
Johann Moritz Rugendas (1802-1858) (Reprodução)
Certamente o Corinthians nada tem com esta confusão de uma empresa que vende e sorteia a ida de torcedores para o Mundial de Clubes de dezembro no Japão.
A empresa deve assumir – no todo – seus atos, inclusive indenizando os torcedores prejudicados.
Agora, que esta situação não está clara, não está! O que teria levado nosso poderoso marketing a “vender” o espaço nobre (para lá de nobre) de nossa camisa para anúncio de um tal Apito Promocional ?
Uma empresa que nunca anunciou nada (em lugar nenhum) vai logo para o peito dos jogadores do Timão?
A mídia divulga que o pior está ocorrendo: a tal “empresa” está dando o cano no Corinthians e não pagou pelo anúncio. A dívida seria superior a 1 milhão e o Timão estaria “tentando” um acordo com os devedores.
Imagino o trabalho do nosso poderoso marketing em vender o patrocínio master (aquele espaço ocupado pelo Apito) à Kia, Hyundai, Iveco etc.
O que estarão achando os executivos dessas empresas ao ver o tipo de negócio feito pelo Corinthians?
Nosso poderoso marketing não explica coisa alguma, mas seria importante informar quem são os proprietários deste tal Apito, que faz seu primeiro anúncio na camisa do Timão.
O Clube e os torcedores ficaram no prejuízo. E o marketing findou por ser elogiado (especialmente por jornalistas tricolores e palestrinos).
Comentário do Blog do Citadini: Sei que os amigos do Blog querem que eu escreva mais textos todos os dias. Explico que o tempo é limitado e procuro escrever quando o assunto é de maior importância.
Negócio da China
Parceira do Corinthians dá calote e encerra promoção do Mundial
Empresa ‘Apito Promocional’, que dava viagens ao Japão, anuncia o fim dos sorteios e irrita torcedores
SÃO PAULO – A empresa “Apito Promocional”, que sorteava viagens ao Japão para corintianos acompanharem o time na disputa do Mundial de Clubes em dezembro, anunciou, por meio de comunicado, o fim da promoção, fato que irritou torcedores do Corinthians.
A “Apito Promocional” ocupou o espaço nobre da camisa do Corinthians sem pagar nada pelo privilégio, já que o clube levou um calote de cerca de R$ 1 milhão. Segundo a diretoria corintiana, a empresa prometeu pagar o valor até dezembro.
Sobre o fim da promoção para os torcedores, o diretor jurídico do Corinthians eximiu o clube da responsabilidade. “Não temos culpa”, disse Luiz Bussab.
A “Apito Promocional” havia acertado um acordo para estampar sua marca na camisa do Corinthians por sete jogos no Campeonato Brasileiro. Pagaria R$ 1,5 milhão por isso.
Após cinco jogos, o clube havia recebido apenas R$ 400 mil e decidiu, então, tirar a logomarca da camisa à espera do restante do pagamento, o que até agora não aconteceu – se o dinheiro não chegar até dezembro, o Corinthians promete ir à Justiça.
A promoção funcionava da seguinte forma: torcedores compravam adesivos que davam direito a cupons para o sorteio. Agora, a empresa promete devolver o dinheiro de quem comprou os adesivos. E diz ainda que os cinco ganhadores do primeiro sorteio terão garantida a viagem ao Japão para assistir ao Mundial.
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