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Mar 30, 2015

Mantendo o ritmo.

Vágner Love desencanta e dá triunfo ao Corinthians

 

PAULISTA Equipe se mantém invencível após maratona no campeonato

DE SÃO PAULO

A opção de Tite de poupar os titulares no jogo contra o Bragantino neste domingo (29), pela 13ª rodada do Campeonato Paulista, deu certo. Os reservas venceram por 1 a 0.

Aos 10 min do primeiro tempo, Vágner Love marcou seu primeiro gol com a camisa do clube em dez jogos.

Este foi o último de quatro jogos que o Corinthians fez desde o domingo (22). Na maratona, Tite adotou um rodízio entre titulares e reservas, e venceu todos. No domingo (5), pela próxima rodada, o time recebe o Santos.

O foco, no entanto, está no Danubio, do Uruguai, próximo adversário do time na Libertadores. As duas equipes duelam na quarta-feira (2), às 22h, no Itaquerão.

Com o placar, o Corinthians, já classificado a duas rodadas do fim da primeira fase, manteve-se invicto no Paulista. Lidera o Grupo 2, com 35 pontos e é dono da melhor campanha do torneio, o que garante o mando de campo na quarta de final.

Já o Bragantino é o lanterna do grupo D e pode ser rebaixado na próxima rodada.

FIM DA ANSIEDADE

Contra o Bragantino, o Corinthians marcou no início, quando Luciano cruzou rasteiro e Vágner Love completou. “Eu sabia que uma hora o gol ia sair. Era só eu deixar a ansiedade de lado”, disse.

Daí para frente, o jogo foi morno. O time paulistano fechou o meio e atacou pouco. O Bragantino teve mais posse de bola, mas não levou perigo. No segundo tempo, a história se repetiu. Nos primeiros cinco minutos, o Corinthians acertou a trave duas vezes com Romero, e só.

A posse de bola voltou ao time do interior que, com o segundo pior ataque do Paulista, só assustou uma vez, em cobrança de falta que o goleiro Walter espalmou, garantindo o resultado.

“A semana foi difícil, a perna pesou, mas reagimos bem. Agora é descansar para a libertadores”, disse o meia Danilo, homem de confiança de Tite.

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Mar 26, 2015

Outra vitória

 

Com massacre em um tempo e apagão no outro, Corinthians vence Penapolense

 

 

Do UOL, em São Paulo

Foi o último jogo dos titulares antes de reencontrar o Danubio-URU pela Copa Libertadores e a equipe de Tite se mostrou mais uma vez preparada, apesar de sustos.

Nesta quinta-feira, no Itaquerão, o Corinthians venceu o Penapolense por 5 a 3 em uma etapa inicial com requintes de massacre, e um segundo tempo de problemas defensivos.

Com a formação quase ideal, os corintianos contaram com dois gols de Guerrero, além de Yago, Emerson e Petros, para prometer uma goleada que não se concretizou.

Nos últimos 15 minutos, o Penapolense assustou com três gols, sendo dois de Crislan e outro de Luiz Gustavo. Foi a primeira vez em 2015 que a equipe corintiana anotou cinco gols, mas também a primeira em que levou três.

Com os pontos somados, o Corinthians chega a 32 na liderança do Grupo 2 e com três partidas para fazer pela primeira fase: Bragantino, Santos e XV de Piracicaba. Já o Penapolense, com 12 pontos, se mantém em terceiro lugar do Grupo 4 e em disputa particular com XV de Piracicaba e Capivariano para avançar.

Fases do jogo: Com marcação sufocante, muita dedicação e uma dose de inspiração acima do normal, o Corinthians deu show no primeiro tempo contra o Penapolense. Atônito, o time visitante não conseguiu respirar.

Com gols aos 9 e aos 12min, a vitória corintiana se encaminhou rapidamente. No primeiro lance, Renato Augusto chutou da entrada da área, o goleiro Samuel Pires ofereceu rebote e Paolo Guerrero marcou. Logo na sequência, de novo foi Renato quem deu início: em escanteio pela esquerda, Yago entrou em velocidade pelo alto e acertou uma linda cabeçada para o gol, seu primeiro com a camisa do clube em que foi formado.

Empurrado pelo jovem Léo, outro formado no Corinthians, o Penapolense tentava aproveitar contragolpes, mas sofria com Cássio e deixava a defesa muito aberta. Assim, não tardou a ganhar cara de goleada. Com 26min, Guerrero passou a Sheik no espaço vazio e o atacante, que estava impedido, marcou um golaço: da entrada da área, colocou no ângulo e seguiu a festa. Substituto de Elias, Petros ampliou para 4 a 0 ainda aos 30min, com assistência de Jadson.

Marcada por muitos gols, a partida mudou de cenário depois do intervalo. O Corinthians até fez o quinto e deu pinta de que não teria problemas quando Jadson serviu Guerrero para fazer mais um. Tite até deu chance a Vagner Love para tentar seu primeiro gol, mas foi o Penapolense que assustou nos minutos finais.

Acionado por PC Gusmão, o atacante Crislan mostrou que merecia ter atuado mais em Itaquera. Em duas vitórias pessoais sobre o zagueiro Yago, ele fez um golaço de cobertura aos 31min e depois anotou mais outro, agora de cabeça, aos 33min. Depois, já no instante final, Luiz Gustavo marcou o terceiro também em bola aérea. Para sorte corintiana, já estava bem próximo do fim.

O melhor: Guerrero. Foi um dia de grandes atuações. Cássio, Sheik, Jadson, Renato…mas o peruano foi o grande nome.

O pior: A defesa do Penapolense. Firme no Paulista 2014, o sistema liderado pelo goleiro Samuel teve dia para esquecer.

Toque dos técnicos: A motivação lá em cima do Corinthians, classificado e em meio à maratona de partidas, deve ser ressaltada como um mérito de Tite. Mesmo sem Elias, que acompanha Gil na seleção brasileira, o treinador conseguiu manter o sistema 4-1-4-1. PC Gusmão, longe de seus melhores momentos, apostou em um time ofensivo, mas que não conseguiu conter os donos da casa.

Para lembrar: 

Guerrero perto de recorde. Ele tem agora 51 gols pelo Corinthians. Está a dois de Dentinho e quatro de Gil como goleador corintiano do século.

Domingo é a vez dos reservas. Tite deve utilizar formação semelhante à que atuou há dois dias, contra a Portuguesa, para enfrentar o Bragantino.

Perto da volta. É possível que Fábio Santos jogue no fim de semana. A previsão corintiana é que o lateral enfrente o Danubio-URU na próxima quarta.

FICHA TÉCNICA

CORINTHIANS 5 x 3 PENAPOLNSE

Local: Estádio Itaquerão, em São Paulo
Data: 26 de março de 2015, quinta-feira
Horário: 19h30h (de Brasília)
Árbitro: Adriano de Assis Miranda (SP)
Assistentes: Marco Antônio de Andrade Motta Júnior e Maria Eliza Correia Barbosa (ambos em SP)
Gols: Guerrero, aos 9min, Yago, aos 12min, Guerrero, aos 26min, Petros, aos 30min do primeiro tempo, Guerrero, aos 7min, Crislan, aos 29min, Crislan, aos 33min, e Luiz Gustavo, aos 44min do segundo tempo
Público pagante e renda: 27175 e R$ 1.113.002,95

CORINTHIANS: Cássio; Fagner, Yago, Edu Dracena e Uendel; Ralf; Jadson, Petros (Bruno Henrique), Renato Augusto e Emerson (Malcom); Guerrero (Vagner Love).
Treinador: Tite

PENAPOLENSE: Samuel Pires; Arnaldo (Rodrigo Souza), Jaílton, Luiz Gustavo e João Lucas; Gilmak, Fernando, Washington e Sérgio Mota; Léo (Ronaldo Mendes) e Diego Rosa (Crislan).
Treinador: PC Gusmão

 

www.uol.com.br

Mar 25, 2015

Qualificado.

ATROPELA A PORTUGUESA E GARANTE CLASSIFICAÇÃO ANTECIPADA

O Timão venceu a Lusa na Arena CorinthiansO Timão venceu a Lusa na Arena Corinthians | Foto: Daniel Augusto Jr/Ag. Corinthians

 

Mesmo sem cumprir as 72 horas entre duas partidas, conforme a regra da FIFA, o Timão entrou em campo nesta terça-feira. A partida contra a Portuguesa, válida pela quarta rodada do Paulistão , havia sido adiada para que o Corinthians disputasse a pré-Libertadores contra o Once Caldas.

Apesar do cansaço e da maratona de jogos, o Timão entrou em campo com uma meta ousada: vencer a Portuguesa com time reserva e jogadores improvisados. A vitória permitiria a classificaçãoantecipada no torneio, e minimiza a maratona de 4 jogos na mesma semana – dos quais o Corinthians ainda precisa jogar mais dois: na quinta e no domingo.

Para a partida, com os desfalques no departamento médico e a limitação de inscritos, Tite precisou ser criativo: o único jogador que atuou durante todo o jogo no domingo foi Felipe. O restante da equipe era composto de reservas, incluindo o goleiro Walter. Por isso, o Corinthians entrou em campo hoje com: Walter, Edilson, Felipe, Yago e Petros (jogando como lateral); Cristian, Bruno Henrique e Danilo; Malcom, Luciano e Vagner Love.

Mesmo com o horário atípico e sem o time principal, o público não foi ruim na Arena: 25.050 pagantes estiveram em Itaquera para acompanhar a equipe, conquistando renda total de pouco mais que R$1milhão para o Corinthians.

Primeiro tempo só do Timão

Mesmo com o time reserva, o Corinthians foi absoluto contra a Portuguesa na noite desta terça-feira. A equipe manteve 60% de posse de bola na primeira etapa, e chegou 13 vezes ao gol adversário (contra apenas 2 chegadas da Lusa).

Vagner Love, que ainda não marcou seu gol de estreia, fez boa atuação na primeira etapa e apareceu muitas vezes no ataque. Apesar de pressionar muito, o gol do Corinthians só saiu aos 27 minutos da primeira etapa, em jogada de cabeça de Malcom.

O Corinthians esteve impecável na partida, e de ponto negativo nos primeiros 45 minutos, apenas um amarelo para Bruno Henrique e um momento preocupante com Love. O jogador corinthiano levou um chute na costela e ficou visivelmente sem ar nos gramados – mas acabou se recuperando. O primeiro tempo só não acabou com um placar mais elástico porque o goleiro Rafael Santos – cria da base do Corinthians – fez boas defesas para a Portuguesa.

Segundo tempo do Timão também

O entrosamento do time reserva do Corinthians ficou ainda mais preciso para segunda etapa – para quem esperava uma equipe cansada, o Timão veio ainda mais perigoso. A primeira mexida de TIte aconteceu aos 15 minutos, quando o treinador sacou Cristian (que havia atuado por mais tempo na partida anterior), para a entrada de Ralf.

A mudança não afetou o ímpeto ofensivo do Timão, que após criar boas chances marcou o segundo gol. Malcom, de novo, foi quem aumentou a vantagem corinthiana aos 18 minutos da segunda etapa, após passe de Petros.

Aos 26 minutos, Bruno Henrique acusou o cansaço e pediu substituição – o jogador sentiu cãibras e foi substituído por Fagner. Com a mudança, Tite trouxe Petros de volta ao meio campo e deixou a dupla Fagner e Edilson nas laterais. Por fim, o técnico ainda deu oportunidade para o paraguaioÁngel Romero, que entrou no lugar de Luciano.

Infelizmente, a partida de hoje não foi a oportunidade para a torcida assistir ao gol de estreia de Love. Ansiosos, jogador e torcedores lamentaram as inúmeras oportunidades perdidas: defesas, bolas na trave e bolas milimetricamente para fora impediram o tento. A torcida, porém, aplaudiu o jogador que fez belíssima atuação na partida de hoje.

A vitória de hoje, fez a Arena igualar o recorde de invencibilidade da equipe em casa – antes, contabilizado no Pacaembu: 26 jogos sem perder em casa. Com o resultado, o Corinthians já está classificado para o mata-mata do Paulistão. O próximo jogo do Corinthians será contra a Penapolense, na quinta-feira, às 19h30. No domingo, o Timão enfrenta o Bragantino.

 

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Mar 23, 2015

Mudar ou não mudar II

 

A humilhação dos cartolas

 

 

Paulo Calçade

 

Engana-se quem enxerga a Medida Provisória do futebol como intervenção do Governo no comando do esporte brasileiro, como acreditam Fifa, CBF e seus filhotes, as federações.

 

A MP é mais que isso, é a humilhação dos cartolas responsáveis pela falência dos clubes, avalistas da miserável qualidade do jogo que se pratica por aqui.

 

Para entender a abrangência da proposta, agora no âmbito do Congresso, ainda fortemente influenciado pelo esgoto da gestão esportiva, é necessário deixar de lado as questões partidárias.

 

Esqueça, nesse caso, o ringue da batalha política cotidiana.

 

A bancada da bola abriga gente pró e contra o impeachment da presidente Dilma. No mundo particular do futebol existe, porém, apenas uma agremiação. Não se iluda, a lógica que moldura tais interesses é diferente de tudo o que você conhece.

 

A principal voz de oposição ao projeto vem do próprio PT, o deputado Vicente Cândido, sócio de Marco Polo Del Nero, eleito presidente da CBF, em escritório de advocacia.

 

Não custa lembrar que a primeira proposta de socorro aos clubes tentou emplacar o pagamento de apenas 10% das dívidas.

 

O restante seria saldado com a formação de atletas olímpicos. Ninguém reclamou dessa mamata, como protestam em relação ao investimento no futebol feminino, uma das contrapartidas exigidas pela MP.

 

O novo texto é um avanço fenomenal, tenta restringir a ação dos mandachuvas que arruinaram o futebol do País.

 

É natural que essa turma mobilize seus agentes para evitar regras de gestão e de responsabilidade fiscal.

 

Dinheiro fácil para financiar loucuras, todos desejam. Trabalhar com as contas controladas e auditadas, ninguém suporta.

 

Por isso gritam contra a limitação dos gastos com folha de pagamento e direitos de imagem dos jogadores a 70% da receita bruta anual. Não é difícil entender porque os clubes estão falidos.

 

Ninguém é obrigado a aderir ao refinanciamento das dívidas, que fique bem claro. No entanto, para desfrutar do pacote de bondades é preciso uma adequação ao que poderia muito bem ser definido como Projeto de Saneamento da Cartolagem Nacional, como aceitar participar somente de campeonatos nos quais os mandatos dos cartolas estejam limitados a uma reeleição. É pouco oito anos de poder?

 

Joseph Blatter, desde 1998 presidente da Fifa, atendendo a demandas pessoais e de Marins & Afins, teve a cara de pau de relembrar que a entidade não tolera interferências dos governos no futebol. E, como sempre, colocou-se à disposição: se a CBF solicitar, ele manda investigar o caso.

 

Governos são mesmo péssimos para Blatter. A receita bruta do Mundial de 2014 foi de R$ 15,7 bilhões, a maior da história da competição. Só de isenção de impostos, a Fifa embolsou R$ 1,1 bilhão da bondade brasileira.

 

E o cartola ainda faz ameaças? E sobre o calendário obsceno da CBF, alguma menção? E a demissão em massa de jogadores ao final dos estaduais, está preocupado?

 

O resultado comercial da Copa do Mundo de 2014 foi tão extraordinário, tão fenomenal, que deixou os cartolas da Fifa boquiabertos. Mas não a ponto de perderem os sentidos e a oportunidade para ampliar seus próprios salários.

 

Como se trata de uma entidade privada, sabemos que eles não precisam explicar o dinheiro faturado com o futebol, mesmo sendo uma medida simpática e transparente.

 

A edição da Medida Provisória é o apito inicial do Fla-Flu que tomará o Congresso na discussão da MP.

 

É impossível prever o que vai acontecer. Certo é que os interesses ficarão expostos. E tem clube achando que a saída da crise é recuperar o mata-mata! Isso explica o caos nosso de cada dia.

www.estadao.com.br

Mar 23, 2015

Mudar ou não mudar.

 


 

Juca Kfouri

Sempre que se fala em reformar o futebol brasileiro aparecem as vozes que representam a vanguarda do atraso para lembrar o artigo 217 da Constituição que fala em autonomia das entidades dirigentes.

Ignoram ou fingem ignorar a decisão histórica, relatada pelo então ministro Cezar Peluso, em 23 de fevereiro de 2012, que transcrevo abaixo para refrescar memórias ou esclarecer ignorantes, entre os juízes, inclusive:

STF declara constitucionalidade do Estatuto de Defesa do Torcedor

“Por unanimidade de votos, o Supremo Tribunal Federal (STF) declarou nesta quinta-feira a constitucionalidade do Estatuto de Defesa do Torcedor.

Inúmeros dispositivos da norma foram questionados pelo PP (Partido Progressista) por meio de uma Ação Direta de Inconstitucionalidade julgada totalmente improcedente nesta tarde.

O entendimento seguiu o voto do presidente da Corte, ministro Cezar Peluso, relator do processo.

Na ação, o PP afirmou que o Estatuto de Defesa do Torcedor significava uma afronta aos postulados constitucionais da liberdade de associação, da vedação de interferência estatal no funcionamento das associações e, sobretudo, da autonomia desportiva. A agremiação acrescentou que a norma teria extrapolado o limite constitucional conferido à União para legislar sobre desporto, que é concorrente com os estados e o Distrito Federal, e conteria lesões a direitos e garantias individuais.

Em seu voto, o ministro Cezar Peluso rechaçou todos os argumentos do PP: “a meu ver, não tem razão ”, disse.

Segundo ele, o Estatuto do Torcedor é um conjunto ordenado de normas de caráter geral, com redação que atende à boa regra legislativa e estabelece preceitos de “manifesta generalidade”, que “configuram bases amplas e diretrizes gerais para a disciplina do desporto nacional” em relação à defesa do consumidor.

O ministro ressaltou que, ao propor o texto do Estatuto, a União exerceu a competência prevista no inciso IX do artigo 24 da Constituição Federal.

O dispositivo determina que a União, os estados e o Distrito Federal têm competência concorrente para legislar sobre educação, cultura, ensino e desporto. “A lei não cuida de particularidades nem de minudências que pudessem estar reservadas à dita competência estadual concorrente”, disse.

O relator acrescentou ainda que, na medida em que se define o esporte como um direito do cidadão, este se torna um bem jurídico protegido no ordenamento jurídico em relação ao qual a autonomia das entidades desportivas é mero instrumento ou meio de concretização.

Por fim, ele afirmou não encontrar “sequer vestígio de afronta” a direitos e garantias individuais na norma, como alegado pelo PP. “Os eventuais maus dirigentes, únicos que não se aproveitam da aplicação da lei, terão de sofrer as penalidades devidas, uma vez apuradas as infrações e as responsabilidades, sob o mais severo respeito aos direitos e garantias individuais previstos no próprio Estatuto”, concluiu o ministro Cezar Peluso.

Todos os ministros presentes à sessão acompanharam o relator.

“Compartilho da compreensão de que o Estatuto, na verdade, visa assegurar ao torcedor o exercício da sua paixão com segurança. Isso implica imputar responsabilidade aos organizadores dos eventos esportivos”, afirmou a ministra Rosa Weber.

“Não me parece que tenha havido qualquer exorbitância na (lei)”, concordou a ministra Cármen Lúcia Antunes Rocha.

Para o ministro Ayres Britto, o Estatuto protege o torcedor-consumidor. “É dever do Estado fomentar práticas desportivas como direito de cada um de nós, de cada torcedor”, ponderou.

No mesmo sentido votaram os ministros Luiz Fux, Dias Toffoli, Gilmar Mendes, Marco Aurélio e Celso de Mello“.

Em bom português, ficou consagrado que a autonomia das entidades esportivas não significa soberania.

A Universidade, por exemplo, goza também de autonomia, mas nem por isso deixa de obedecer o que o Estado determina como currículo obrigatório.

Se, mesmo assim, o governo julgar que deve alterar o texto constitucional para que fique ainda mais preto no branco, muito bem, será um sinal claro de que as coisas mudarão no esporte brasileiro.

 

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Mar 23, 2015

Vitória e lama.

MESMO COM LAMA E GRAMADO RUIM, CORINTHIANS VENCE PRIMEIRO CONFRONTO CONTRA O CAPIVARIANO

Sheik marcou o primeiro gol da partidaSheik marcou o primeiro gol da partida | Foto: Daniel Augusto Jr. / Agência Corinthians

O Corinthians viajou ao interior, na tarde deste domingo, para seu primeiro confronto na história contra o Capivariano. A partida era válida pelo Campeonato Paulista 2015. Com o departamento médico cheio, sem Elias e Gil na seleção e uma maratona de jogos pela frente, Tite só pôde contar com 18 jogadores para o confronto – já que a FPF limitou a quantidade de inscritos na competição em até 28 atletas por equipe.

Enfrentando um gramado em estado lamentável – com lama e até mesmo formigueiros em campo – o Timão foi a campo com, na medida do possível, sua equipe titular. Tite escalou a equipe formada por Cássio; Fagner, Felipe, Edu Dracena e Uendel; Ralf, Cristian, Renato Augusto e Jadson;Emerson e Guerrero. No banco, o treinador tinha Edílson, Yago, Luciano, Danilo, Vágner Love, Matheus e Petros.

Primeiro tempo

Desde os primeiros minutos da partida, o torcedor corinthiano temeu pela condição física dos jogadores e pela qualidade do jogo. O campo, visivelmente enlameado, ofereceu minutos de jogo truncado, apesar da evidente diferença técnica entre as equipes.

Por isso, a primeira jogada de perigo só aconteceu aos 17 minutos, com jogada de Uendel e Guerrero dentro da área do Capivariano. O segundo lance de perigo, porém, seria decisivo. Renato Augusto chegou em velocidade no ataque, mas o goleiro Douglas saiu antecipadamente e acabou pondo a mão na bola fora da área, impedindo chance clara de gol do Corinthians.

O juiz não perdoou e deu o cartão vermelho direto para o defensor do Capivariano, que foi substituído pelo goleiro André Luis. Com um homem a mais, o Corinthians ficou mais ofensivo e criou muitas chances de gol, até que aos 42 minutos da primeira etapa, abriu o placar sob os pés de Sheik.Antes do apito para o intervalo, porém, Guerrero também quis marcar o seu e aumentou a vantagem aos 44 minutos.

Segundo tempo

Após a primeira etapa, que terminou com larga vantagem do Corinthians – 2×0 em gols, 6×0 em escanteios, 66% de posse de bola – o Capivariano voltou e aproveitou melhor as condições adversas do gramado. Aos 13 minutos, Kleiton Domingues aproveitou falha da defesa do Timão e acabou por diminuir a vantagem.

Com apenas 10 minutos, Cristian – que já tinha amarelo – sentiu dores no tornozelo e foi substituído para a entrada de Petros. Aos 16, outro amarelado, Renato Augusto saiu para a entrada de Danilo. Após as substituições, o Corinthians mudou e acelerou novamente, encontrando seu terceiro gol após passe de Jadson para Guerrero, que marcou seu segundo tento na partida.

Aos 24 minutos, Jadson foi o último a deixar o campo, para a entrada de Vagner Love. O Timão aí passou a gerenciar a partida, e embora tenha chegado algumas vezes, sentia – especialmente na defesa – o peso do campo molhado em Capivari. Por isso, em mais uma bobeada acabou tomando o segundo gol do Capivariano aos 37 minutos.

No minuto final, Vagner Love chegou a marcar, mas o gol foi anulado por posição irregular do atacante, e a partida terminou 3×2. O próximo jogo do Corinthians será novamente pelo Campeonato Paulista, contra a Portuguesa, na terça-feira às 19h30.

 

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Mar 22, 2015

Guerra sem fim

A firmeza da presidenta

Em meio ao tiroteio que enfraquece o governo, Dilma Rousseff cumpriu fielmente a promessa ao Bom Senso

JUCA KFOURIEm primeiro lugar, para acalmar os furiosos, explico que acho presidente mais elegante que presidenta, mas que o tratamento no feminino está registrado em todos os dicionários ainda antes de Dilma Rousseff nascer, razão pela qual, aqui, o termo foi usado pela primeira vez quando Patrícia Amorim foi eleita no Flamengo.

Não significa, portanto, nenhum alinhamento automático a quem quer que seja, a não ser ao atendimento da legítima preferência de quem foi democraticamente eleita e reeleita. Dito isso, vamos ao que importa.

A presidenta cujo governo tem levado justas bordoadas de todos os lados, à esquerda e à direita, agiu de maneira impecável em relação à medida provisória do esporte.

Se há uma falha na MP está em não ter obrigado os clubes que aderirem a se transformar em sociedades empresariais.

De resto, não há nenhuma intervenção indevida do Estado no esporte, apenas há os cuidados obrigatórios do credor a quem lhe deve, há décadas, quase R$ 4 bilhões.

Quer pagar no generoso prazo de 20 anos com uma série de incentivos para saldar a dívida? Pois que se sujeite às condições do credor. O resto é choro de mau pagador.

Estive com a presidenta na terça seguinte ao primeiro panelaço, ato odiento de quem não quer ouvir.

Suspeitei que o encontro agendado na semana anterior nem aconteceria, porque na manhã daquele dia Dilma Rousseff fora hostilizada em São Paulo.

Mas não só o encontro foi mantido como estendeu-se por mais tempo do que o previsto, curiosamente por exatos 90 minutos.

Em seu gabinete no Palácio do Planalto, estavam também o ministro Thomas Traumann e o ex-deputado Edinho Silva, competente articulador da MP.

Ela queria ouvir alguém, como este que vos escreve, sem nenhum interesse específico na medida, a não ser aquilo que considera melhor para o país.

Surpreendi-me com sua serenidade e firmeza num dia tão turbulento. Ela disse e repetiu, ao anotar diversas ponderações, que seu compromisso com o Bom Senso F.C. seria mantido e que resolveria as naturais resistências do Ministério da Fazenda.

Já escrevi aqui e repito que o artigo 217 da Constituição, que trata da autonomia das entidades esportivas, analisado pelo STF, foi objeto de uma decisão unânime da mais alta corte do Brasil, seguindo o relatório do então ministro Cezar Peluso, no sentido de que autonomia não significa soberania, argumento dos que defendem a terra de ninguém em que se transformou nosso futebol.

Saí otimista do encontro, convencido de que o governo estava prestes a fazer um golaço. A última quinta confirmou a sensação.

O que não significa a resolução de todos os problemas nem que se deva baixar a guarda, ao contrário, porque será dura a batalha no Congresso Nacional para evitar que o texto seja estuprado como foram a Lei Pelé e, em certa medida, o Estatuto do Torcedor.

Por enquanto, está 7 a 2. Ou a 6?

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Mar 21, 2015

Buscar o equilíbrio orçamentário.

Confira os três fatores levaram o Corinthians à atual situação financeira

Clube, que deve direitos de imagem a atletas e pagamentos a agentes, pagou impostos atrasados, não usa a bilheteria da Arena e está sem dois patrocinadores

Rodrigo Vessoni, Lancenet.

Arena Corinthians (Foto: Marcio Porto)

O Corinthians vive uma situação financeira complicada, com dívidas com seis atletas (direitos de imagem) e alguns empresários de futebol (pagamentos dos mais diversos). Mas se engana quem pensa que o valor gasto com Alexandre Pato em 2013 (R$ 40 milhões) é o causador da situação. A compra pós-bicampeonato mundial é apenas um dos fatores.

A começar pela bilheteria da Arena. O dinheiro arrecadado no estádio vai direto para o fundo responsável pela administração do novo palco alvinegro em Itaquera. Com isso, cerca de R$ 30 milhões não puderam ser usados pelo departamento de futebol de maio do ano passado a março deste ano.

 

Outro fator importantíssimo para que o clube chegasse a essa situação foi o pagamento de impostos atrasados. O Corinthians recolheu impostos dos funcionários na gestão de Andrés Sanchez – e em parte da de Mário Gobbi -, mas não repassou à Receita Federal. Pressionado pelo Ministério Público, fez acordo na Justiça e já pagou mais de R$ 100 milhões. Um dinheiro que, se não fosse desembolsado nos últimos meses, certamente deixaria a situação do clube imensamente melhor.

A terceira situação que agrava à crise financeira do clube é a ausência de duas das três marcas no uniforme. A Fisk não está mais na manga, assim como a CarSystem não ocupa mais o ombro da camisa. A ausência dos patrocinadores faz o clube deixar de arrecadar cerca de R$ 15 milhões/ano.

BATE-BOLA

Emerson Piovesan, diretor financeiro do Corinthians:

Houve uma reunião do presidente Roberto de Andrade com todos seus diretores e foi pedido que os custos fossem diminuídos. Como foi essa conversa entre vocês?
Muito boa, sem dúvida. Todo mundo está disposto a colaborar, todos deram novas ideias, trocamos sugestões. São ações que nós pretendemos tomar durante todo o ano, redesenhando um processo de administração do nosso clube. Algumas dessas modificações custarão dinheiro e, por isso, temos de fazer com bastante critério e cautela.

Já foi noticiado, inclusive pelo LANCE!, que o clube busca um empréstimo bancário para quitar algumas dívidas. Como será?
Não estaremos pegando empréstimo para contratar jogador, pagar luvas, nada disso. Será para nosso fluxo de caixa, para honrarmos compromissos assumidos anteriormente. Não adianta fazer loucuras. Temos um contrato com o Guerrero, por exemplo, que temos de honrar. Não estou falando de luvas de renovação, nada disso. Falo do atual contrato dele com o clube.

 

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Leia mais no LANCENET! http://www.lancenet.com.br/corinthians/Corinthians-financas_0_1324067780.html#ixzz3V1pDla00
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Mar 20, 2015

Nova lei

MP e regra da CBF: Entenda como clubes podem ser punidos por atraso de salário

Medida Provisória do Refis prevê até rebaixamento para “infratores”, ao passo que regulamento da CBF permite perda de pontos em caso de denúncia

HOME - Dilma discursando em cerimônia de anúncio de modernização do futebol  (Foto: Roberto Stuckert Filho/PR)

 

Com a assinatura presidencial da Medida Provisória que refinancia a dívida dos clubes com a União e estabelece uma série de contrapartidas, punições esportivas passam a rondar as equipes brasileiras. Mas quais são os perigos?

Para começar, é preciso se atentar ao fato de que, pelo documento formatado em Brasília, as sanções só serão possíveis a partir de 2016. Mas, no caso das dívidas salariais dos jogadores, a CBF já colocou em vigor (vale neste ano) o fair-play trabalhista, que prevê perda de três pontos por rodada a quem atrasar pagamento, desde que jogador ou sindicato denuncie ao STJD.

A perda de pontos é prevista, por enquanto, apenas no dispositivo da CBF. A MP demanda a inclusão nos regulamentos das entidades outras três punições: advertência, proibição de registro de novos atletas e descenso para divisão inferior. Além disso, o documento – que ainda não foi divulgado na íntegra -, demanda aos clubes a apresentação de Certidões Negativas de Débitos (CNDs) para se inscreverem nas competições organizadas pelas entidades de prática de desporto.

Segundo o advogado Eduardo Carlezzo, membro da Academia LANCE!, não há conflito entre os dois dispositivos.

– A regra da CBF nada mais é do que o cumprimento à regra da Fifa, que vem de cima, e não da própria CBF. A única diferença é que colocaram o STJD para punir os clubes. E ainda não foi divulgado o texto da MP na íntegra, mas pelo que entendi, as medidas só passam a valer a partir de 2016 e a princípio não há problema nenhum. Mas mesmo em 2016, não haverá conflito entre as duas medidas, elas poderão coexistir. E a CBF também poderá alterar o seu regulamento para o próximo ano – explicou ele ao L!.

São sete os itens de cumprimento obrigatório para que os clubes não sejam punidos. Confira:

1 – Publicar demonstrações contábeis padronizadas e auditadas;

2 – Pagar em dia as obrigações tributárias, previdenciárias, trabalhistas e contratuais, inclusive direitos de imagem, dos atletas e funcionários;

3 – Gastar, no máximo, 70% da receita bruta com a folha de pagamento do futebol profissional;

4 – Manter investimento mínimo e permanente nas categorias de base e no futebol feminino;

5 – Proibição de antecipação ou comprometimento de receitas referentes aos próximos mandatos, salvo em casos específicos;

a) Até 30% das receitas referentes ao 1º ano de mandato;

b) Em substituição a passivos onerosos, desde que isso implique a redução do nível de endividamento;

6 – Cronograma de redução progressiva dos déficits que deverá ser zerado a partir de 2021;

7 – Respeitar as regras de transparência previstas na Lei Pelé.

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Mar 18, 2015

Vencendo no Uruguai.

COM GOLS DE GUERRERO E FELIPE, TIMÃO VENCE O DANUBIO E ENCAMINHA CLASSIFICAÇÃO

Guerrero fez o primeiro gol da partidaGuerrero fez o primeiro gol da partida | Foto: Daniel Augusto Jr/Ag. Corinthians

O Corinthians bateu o Danubio (URU) na noite desta terça-feira por 2 a 1 e chegou à sétima vitória consecutiva na temporada. Com gols do atacante Paolo Guerrero e do zagueiro Felipe, o Timão chegou à nove pontos na competição continental e segue com 100% de aproveitamento. O próximo jogo do Alvinegro na competição é contra o mesmo Danubio, no dia 1º de abril, na Arena Corinthians .

Primeiro tempo acirrado

O jogo começou bem disputado entre as duas equipes. Buscando espaço, o Timão começou trocando passes na intermediária. Quando o Danubio tinha a posse de bola,Elias apertava a marcação sobre o meio de campo rival. Aos oito minutos, após um cruzamento na área alvinegra, Castro cabeceou sozinho, obrigando Cássio a fazer uma grande defesa.

Abusando da ‘catimba’, o time uruguaio dificultava a criação de jogadas do Corinthians. A primeira finalização do time de Tite aconteceu no cabeceio de Guerrero, após a cobrança de escanteio deJadson aos 15 minutos. Aos 17, o camisa 9 se livrou da marcação na linha de fundo e cruzou rasteiro na área. Sem dificuldades, o goleiro uruguaio fez boa defesa.

Aos 20 minutos de partida, o primeiro lance de perigo do Timão. Após bom passe de Jadson paraEmerson Sheik, o atacante invadiu a área e chutou cruzado, obrigando Torgnascioli a fazer grande defesa.

Quando Jadson colocou a bola no chão, o Timão melhorou. Aos 28, o camisa 10 deu um belo lançamento para Uendel, que tentou o toque por cobertura. A zaga do Danubio afastou e, na sobra, Sheik dominou na ponta esquerda e bateu com curva no canto esquerdo do goleiro rival. A bola passou com perigo no gol de Torgnascioli.

Faltando cinco minutos para o fim do primeiro tempo, Guerrero recebeu a bola de Sheik dentro da área, tentou se livrar da marcação e foi claramente agarrado. O árbitro Julio Bascuñán não marcou pênalti. A primeira etapa terminou empatada, com o Timão com mais posse de bola e mais finalizações.

Guerrero matador

O Corinthians voltou para o segundo tempo sem nenhuma alteração. Errando mais passes do que o costume, o Timão começou a dar espaços para a equipe uruguaia. Aos doze minutos, Jadson pegou a sobra na entrada da área e bateu forte, mas sem direção ao gol do Danubio.

Aos 16 minutos, numa triangulação com Sheik, Fagner cruzou para Guerrero, que foi desarmado. Na sobra, Cristian González derrubou Elias na área, e a arbitragem marcou pênalti. Sem Fábio Santos,batedor oficial, Renato Augusto foi para a cobrança. E chutou para longe a chance do Timão de abrir o marcador.

Mesmo com a chance desperdiçada, o Corinthians não se abalou e foi para cima do Danubio. Aproveitando bom cruzamento de Fagner pela direita, Guerrero antecipou à zaga e fuzilou o gol uruguaio, sem chances para Torgnascioli.

Aos 34 minutos, após cobrança da falta de Jadson, Felipe subiu e cabeceou, ampliando o placar no Luis Franzini. No final do jogo, Gonzalo Barreto diminuiu para o Danubio.

 

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