Saiu, sem entrar.
Gustavo Franceschini
Do UOL, em São Paulo
- Daniel Augusto Jr./Ag. CorinthiansWanderson (à esq.) é apresentado no início de 2014, 4 meses depois de assinar
- Wanderson está de saída do Corinthians. Não sabe quem é? Tudo bem, você não deve ser o único. Contratado em setembro do ano passado, o zagueiro que veio do Sertãozinho sofreu com lesões, nunca agradou e deixa o clube sem ter entrado em campo uma vez sequer.
Aos 23 anos, Wanderson não jogou por questões técnicas. Na avaliação de Mano Menezes, o zagueiro não reunia condições técnicas de fazer frente a qualquer outro do elenco. Última opção do elenco em relação a Paulo André, Gil, Cleber, Felipe, Pedro Henrique ou Anderson Martins, ele muitas vezes nem era aproveitado no time dos reservas.
Sem espaço, o zagueiro cumpre seu último dia de contrato nesta quarta, longe do clube. Desde a semana passada Wanderson sequer ia ao gramado do CT Joaquim Grava. Nos últimos dois dias, ciente de que não iria continuar no clube, ele foi liberado pela diretoria.
Wanderson ganhava pouco (cerca de R$ 20 mil) e teve pouca relevância futebolística no período em que esteve no Corinthians, mas sua passagem é simbólica. Ele é o menos utilizado de uma leva de jogadores que entraram no clube sem alarde e saíram pela porta dos fundos.
Como ele, outros tantos apareceram de forma inesperada no meio de 2013, não conquistaram seu espaço e foram liberados ou negociados sem deixar saudade. Estão nessa lista Ibson, Maldonado, Diego Macedo, Rodriguinho, Jocinei e o próprio Wanderson, que demorou dois meses para assinar contrato e seis para ser apresentado.
A enrolação para colocar o zagueiro ajudou a fazer dele um caso especial. Wanderson se destacou pelo Sertãozinho, na Série A3 do Paulista, em 2013. Em maio, o Corinthians iniciou as conversas com o zagueiro, que ficaria sem contrato e chegaria sem custos.
Quando chegou, em junho, foi constatada uma lesão no joelho direito de Wanderson, que foi operado por Joaquim Grava, consultor médico do Corinthians. Quando voltou aos gramados parcialmente, em setembro, já assinou com o clube do Parque São Jorge por dez meses.
Só que a recuperação só ficaria completa no fim do ano. Por isso, Wanderson só foi apresentado à imprensa em janeiro de 2014, já na gestão de Mano Menezes. À disposição, nunca entrou em campo e muitas vezes sequer era relacionada. Nesta quinta, com o fim do contrato do zagueiro, o Corinthians termina a limpeza iniciada no começo do ano, quando esse grupo de atletas começou a deixar o clube.
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Uma medida adequada
Metrô de São Paulo vai estender operação em dias de jogos às 22h
FUTEBOL
Estações próximas a Itaquerão, Morumbi, Pacaembu e Canindé mudarão rotina
EDUARDO OHATADE SÃO PAULO
O Metrô de São Paulo estenderá até 0h30 o horário de operação de estações próximas a estádios de futebol onde e quando houver partidas com início às 22h.
A decisão foi tomada após uma reunião nesta terça-feira (29) entre o presidente do Corinthians, Mario Gobbi, o seu antecessor, Andres Sanchez, os secretários de Planejamento e Desenvolvimento Regional, Julio Semeghini, e o dos Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, e o presidente do Metrô, Luiz Antonio Carvalho Pacheco.
O encontro aconteceu no Palácio dos Bandeirantes.
Nos dias em que acontecerem partidas do Corinthians em seu estádio, as estações Corinthians-Itaquera e Artur Alvim, que funcionavam respectivamente até as 0h19 e 0h21, fecharão à 0h30.
Além disso, a CPTM já conta com um trem que passa mais tarde, às 0h50, em Itaquera, com destino às estações Tatuapé, Brás e Luz.
Este horário especial de fechamento do metrô –às 0h30– também será adotado em outras estações localizadas próximas a estádios, quando acontecerem jogos de futebol que comecem às 22h.
As outras arenas contempladas pelo horário alternativo serão o Morumbi (estação Butantã da linha amarela), Pacaembu (estação Clínicas da linha verde), Canindé (estação Tietê da linha azul).
Torcedores corintianos reclamaram, após a partida em casa com o Bahia, pela Copa do Brasil, que tiveram de sair antes do fim do jogo para encontrar o metrô aberto.
Diversos lamentaram terem perdido o gol de Renato Augusto, de pênalti, anotado aos 44 min do 2º tempo.
Em um primeiro momento, o Metrô posicionou-se contra o aumento do horário de funcionamento ao citar impacto logístico importante. Citou atividades de inspeção e manutenção nas vias e trens, que acontecem após o fim da operação comercial.
Esse processo acontece no período entre 1h e 4h.
Já grupos de torcedores corintianos criaram dois abaixo-assinados pedindo que o metrô funcione até a 1h em dias de jogos em Itaquera.
Mas, após a reunião desta terça, foi obtido consenso.
REALIDADE ANTIGA
Se torcedores de outras regiões se preocupam agora em como voltar para casa, aqueles que vivem na zona leste lembram que quando o Corinthians mandava seus jogos no Pacaembu, eram eles quem tinham que deixar o estádio antes do fim do jogo.
“No Pacaembu era eu que tinha que sair do estádio antes do fim da partida. Era muito ruim”, diz Felipe Moreno, analista morador do Tatuapé.
“Eu também cheguei a perder gols no fim de partidas.”
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Negócio para ninguém esquecer.
São Paulo e Corinthians querem se livrar de Alexandre Pato
FERNANDO FARO E VÍTOR MARQUES – O ESTADO DE S.PAULO
Rivais veem com bons olhos uma negociação do atacante para o futebol europeu nesta ou na próxima janela de transferências
Há cinco meses só havia um clube descontente com Alexandre Pato. Agora são dois: Corinthians e São Paulo. Os rivais que protagonizaram uma troca surpreendente em fevereiro têm novo pensamento em comum: vender o atacante ao futebol europeu é um bom negócio. O problema é que não há interessados.
De acordo com dirigentes do Corinthians, existem sondagens, mas não propostas oficiais. A última delas, segundo a imprensa italiana, partiu da Inter de Milão, principal rival do ex-clube de Pato, o Milan. O negócio não avançou.
Corinthians e São Paulo dividem o alto salário do atacante: R$ 800 mil por mês. E não está bom para ninguém. Pato não joga, portanto não se valoriza. O Corinthians, nessa situação, vê que é pouco provável que ele seja negociado nesta ou na próxima janela de transferências. E o São Paulo gasta R$ 400 mil por mês com um jogador que virou reserva e tem contrato até dezembro de 2015.
O Tricolor não está desesperado para se livrar dele, mas dificilmente não aceitaria liberá-lo por uma proposta abaixo dos 15 milhões de euros (R$ 45 milhões) estipulados por contrato. Assim que Pato chegou, a empolgação era tamanha que os dirigentes imaginavam que poderiam ficar com ele pagando um valor menor e acreditando no desejo do atacante de continuar no Morumbi.
O São Paulo ainda não enxerga Pato como um mico. Mas a empolgação com sua chegada já ficou no passado. Após um início promissor, com gols e atuações destacadas, ele foi perdendo espaço e agora amarga a reserva de Ademilson – que sofre com grande rejeição da torcida. Muricy Ramalho, um dos entusiastas da chegada de Pato ao Morumbi, não esconde o desânimo com o que enxerga como acomodação do jogador.
Um dos motivos alegados para que Pato não venha rendendo o que se espera é o fato de ser escalado muito à direita do ataque, quase como um ponta. Além de ficar longe do gol, ele precisa se dedicar demais à marcação e já mostrou não ter facilidade para isso. A chegada de Alan Kardec e Kaká reduz ainda mais seu espaço no elenco.
Por enquanto a torcida ainda tem paciência com ele e o poupa de críticas mais pesadas. Pato foi alvo de fortes protestos da principal organizada do São Paulo, mas acabou até ganhando música ironizando o Corinthians. Ele ainda é um dos mais assediados pelos torcedores – especialmente as mulheres – e atende a todos com calma e sempre sorrindo. A amigos, no entanto, ele reclama por achar que as pessoas pegam muito no seu pé e exageram na “marcação” à sua vida dentro e fora de campo. Por isso, o desejo de voltar para a Europa começa a ficar cada vez maior.
Por contrato, o Corinthians pode vender Pato à revelia do São Paulo nesta janela de transferências caso receba uma proposta acima de 15 milhões de euros, valor que foi pago ao Milan. O São Paulo ficaria com 20% de um eventual lucro. Ainda por contrato, esse valor cai para 10 milhões de euros a partir da próxima janela de transferências.
DESVALORIZADO. Mas a verdade, de acordo com dirigentes do Corinthians, é que se algum clube europeu se dispusesse a pagar agora 10 milhões de euros (R$ 30 milhões) o atacante seria vendido imediatamente. Nesse caso, o Corinthians seria obrigado a entrar em contato com o São Paulo. E seria necessário que os clubes entrassem num acordo, o que não seria difícil.
Pato está emprestado ao São Paulo até dezembro de 2015, mas tem contrato com o Corinthians até dezembro de 2016. Nenhum dirigente do Alvinegro crê em um eventual retorno do atacante.
Pato foi comprado pelo Corinthians logo depois da conquista do Mundial de Clubes, em dezembro de 2012. Foi a maior contratação da história do futebol brasileiro, mas para o clube a negociação se transformou num dos maiores micos do clube.
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Estádio Fifa lotado. Boa vitória. Primeiro tempo bom e segundo preocupante.
O Corinthians precisou apenas do primeiro tempo para vencer o Internacional ontem na Arena Corinthians.
O estádio foi um show à parte. Lotado com a torcida do Timão é um mundo novo para a cidade de São Paulo. Ver o jogo- jogadores, técnico e juiz- separado por quase nada é um sabor especial para quem gosta do futebol. Dois ou três metros separam os torcedores do campo. E de todos os lugares do estádio o torcedor vê tudo. A organização foi perfeita em todos os cantos do estádio. Parecia que a Fifa estava morando lá. Vamos torcer para que outros estádio da cidade caminhem pela mesma rota.
O Corinthians jogou um belo primeiro tempo e venceu com justiça. Foi preocupante o segundo tempo, quando o time recuou e deu espaço para o Inter. Preocupante também, a defesa “rifando a bola ” em todos as jogadas. Esses chutões dos beques – procurando fazer a ligação direta da defesa pro ataque- é horrível. Essa praga da seleção não pode fazer escola. Vamos tocar a bola que o gol acaba saindo.
Somente os clubes e o governo podem mudar o futebol. CBF e Federações serão contra.
A terrível derrota do futebol brasileiro na Copa deste ano abriu o debate sobre a necessidade de mudanças modernizadoras em nosso principal esporte.
A Copa (que todos diziam seria ruim na infraestrutura, transportes e na segurança) surpreendeu todo mundo. Quase tudo funcionou bem. Estádios prontos, transporte adequado (com metrô e trem funcionando bem) e segurança à altura do evento.
Dentro de campo é que o time brasileiro foi um desastre. Não jogou bem em nenhuma partida, mostrou descontrole emocional e levou duas goleadas que levarão anos para serem esquecidas.
Foi uma derrota total: esportiva, tática e de preparação física. A saída de fazer um bom trabalho “no emocional” -papo frequente dos boleiros- foi para o ralo. Sem jogadores talentosos não há garra, hino ou choro que salve. A geração de 2014 é fraca. São quase só jogares médios (alguns menos que isso) que até deu susto nos estrangeiros que por aqui vieram.
O trabalho de reconstrução será será duro, difícil e demorado. Algum tempo (talvez décadas) passarão para o Brasil voltar a produzir grandes jogadores.
Para isso é preciso mudanças. E muitas idéias temos por aí.
A CBF e Federações não mudam nada
Será difícil que qualquer mudança inicie-se nas entidades superiores de nosso futebol. Apenas duas vezes, em mais de 50 anos, lembro-me de qualquer medida delas que mudaram o futebol. A instituição dos campeonatos por pontos corrido e a organização da Copa de 58, quando terceirizou para um grupo de São Paulo a preparação da Copa. No mais, o que querem a CBF e Federações é manter tudo como está.
A Lei Pelé não é culpada de nada
Frequentemente aparecem artigos acusando a Lei Pelé de ter “estragado” com o futebol brasileiro. A lei teria acabado com o” passe” e com isso os clubes não puderam mais revelar jogadores. Não é verdade. O fim do passe veio por imposição externa. A Comunidade Econômica Européia obrigou (é isso mesmo!) e meteu goela abaixo da Fifa o fim dos vínculo de um jogador após o vencimento do contrato. A Fifa resistiu o que pôde, mas rendeu-se no fim.
À partir disso, todos os países tiveram que mudar suas leis de forma que o contrato entre jogador e clube seria o mantenedor do vínculo. Encerrado o prazo, todos seriam livres.
Foram criados multas que “garantem” o contrato e indenizam os clubes.
Infelizmente, no Brasil, a Justiça do Trabalho passou a “flexibilizar” os rompimentos de contrato. Nos outros países, onde não há Justiça do Trabalho nos moldes da nossa, é sempre mais difícil haver esses rompimentos. A Lei Pelé não criou nada, e sim aceitou o que a Fifa determinava.
A Fifa proíbe o Estado no futebol
Outro equívoco frequentemente divulgado é de que a Fifa não aceita “ingerência” do Estado no futebol. Não é o que ocorre. Em quase todos os países, a organização do futebol -e dos demais esportes- é regulada por leis dos Estados.
O Estado pode -e até deve- regular de forma adequada seus esportes. O Supremo Tribunal Federal já decidiu isso. A autonomia na organização dos esportes não é soberania e os Estados podem estabelecer normas organizadoras.
Mudanças na legislação dos futebol
Muitas ideias surgiram neste momento de dor e derrota de nosso futebol. Algumas delas são boas.
Vejamos algumas:
CBF: Na maioria dos países a direção da Confederação de Futebol é sempre eleita pelos clubes das primeiras, segundas e até terceira divisão. No Brasil, foi criado um sistema de federações estaduais (todas não reconhecidas pela Fifa) que concentram o poder político de escolher a direção nacional.
Nada impede que, em uma reforma legal, seja prevista a eleição da direção da CBF pelos clubes da primeira e segunda divisão. Essa situação faz mais sentido e dá mais mais ligação entre os clubes e a organização do futebol do que essas direções formadas à margem dos times.
O fim da reeleição ou apenas uma repetição de mandato também é uma mudança mais do que necessária nas entidades que organizam o futebol e os demais esportes brasileiros.
A transparências nas contas, com auditorias regulares e normas públicas estabelecidas e verificadas por uma Agências dos Esportes, nos moldes das demais agências reguladoras, também é uma ideia a ser discutida.
Esta proposta de uma agência não afasta as críticas que as atuais agências recebem pelo seu deficiente trabalho.
Clubes: A Agência reguladora do futebol trataria de impor normas que garantam a regularidade fiscal dos clubes e entidades. Este é um bom exemplo do futebol alemão, onde os clubes devem ter uma “sadia” gestão financeira sob pena de punição dos dirigentes e afastamento dos próprios times dos campeonatos.
Essa anarquia de gestão diminuiria muito se uma lei de responsabilidade fiscal fosse trazida para o esporte. Fim de reeleição dos dirigentes e gestão transparente seria importante para o futebol e demais esportes. Vários clubes já deram alguns passos nesse sentido (o Corinthians é um deles), e os resultados são positivos.
Categorias de Base: O completo desastre nas categorias de base dos clubes reduziu -drasticamente- a revelação de novos jogadores. Esta área é fundamental para que o futebol brasileiro volte a ter uma posição de destaque.
O governo federal já vem apoiando os clubes nas construções de Centros de Treinamento para formação de novos craques. As isenções fiscais que apoiam estas obras vêm sendo de grande importância para os clubes nos últimos anos. Corinthians, São Paulo e outros mais têm construído seus Centros de Treinamento com apoio dessas isenções. É preciso que os clubes mudem sua politica nas categorias de base. Não há qualquer sentido em formar jogadores “em parcerias” com empresários que, na prática, tornam-se donos dos jogadores e procuram levá-los para a Europa de maneira cada vez mais precoce.
O governo poderia vincular o apoio financeiro que dá aos clubes a uma política que forme atletas para a disputas em competições no Brasil, proporcionando a formação de craques com nossas caraterísticas.
Lei de Responsabilidade na gestão esportiva: Torna-se medida de urgência aprovar uma legislação que cobre dos clubes e de federações transparência nas suas finanças. A situação -sempre repetida- de clubes construírem grandes dividas (muitas das quais por não pagarem impostos e salários) há que ser resolvida.
Uma Agência Reguladora do Futebol -criada pelo governo- poderia ser um importante instrumento para uma gestão responsável. Os clubes e dirigentes que agirem de forma danosa devem ser punidos de forma a garantir uma competição desportiva saudável.
Entidade sem alternância de poder não receberão recursos públicos: A perpetuação de dirigentes em clubes e entidades já se mostrou danosa para o esporte. O governo deveria condicionar o acesso a verbas a entidades que estabelecessem a alternância de seus dirigentes. O mesmo deveria ocorrer para o refinanciamento de dívidas (inclusive tributária).
Quem não se organizar de forma democrática e com transparência de gestão não deve ter qualquer vantagem fiscal ou financeira, simplesmente porque a atual situação não faz nenhum sentido.
Estas são algumas propostas que visam mudar o quadro do futebol brasileiro. Esperemos que a dura derrota desta Copa seja um motivo para reformas que abram um novo horizonte no futebol. Sem mudança vamos caminhar para novas e vexatórias derrotas.
Proposta de Romário para mudar o futebol
A derrota não é só da seleção. É do futebol brasileiro.
A vexatória derrota da seleção brasileira para os alemães, na tarde de ontem no Mineirão, é mais do que uma goleada inesperada. É uma derrota profunda do futebol brasileiro e seus responsáveis vão muito além dos onze que estavam em campo.
Como é possível termos chegado a uma seleção tão fraca como esta? Sem qualquer vacilação, acho que é a pior geração que vejo para uma Copa desde de 1958. É pior até do que o grupo que embarcou para a África do Sul. O futebol brasileiro que em todas as Copas sempre apresentou um grande número de craques, neste trágico ano, chega com um grupo de jogadores médios sem qualquer brilho diferenciador. O próprio Neymar é mais esperança do que realidade. Os outros vão de médio para baixo.
Se no passado o futebol brasileiro era acusado de ser pouco disciplinado em campo (e fora dele), e de jogar um futebol quase irresponsável, hoje o quadro é outro: é uma geração de jogadores ruins que ninguém quer ver no seu clube de coração.
Se na África do Sul já era ruim, agora piorou mais ainda. Não há terapia motivacional, psicológica, familiar ou paternal que salvem um grupo de jogadores ruins.
Mas, qual será a diferença que produzia grandes seleções, com grandes craques?
Existe uma resposta.
No passado, os jogadores eram revelados nas categorias de base dos clubes ou em associações menores. Tinham um objetivo na sua vida futebolística: subir para a divisão principal. Após esse período, queriam ser titular de um grande clube brasileiro. Queriam jogar no Corinthians, Flamengo, Palmeiras, Vasco etc. para depois chegar até a seleção (objetivo máximo).
Na seleção e nos clubes populares, os grandes jogadores do Brasil ganhavam notoriedade (e algumas vezes dinheiro). Após este sucesso, alguns iam para fora do país “fazer seu pé de meia”. Assim foram todos; Pelé,Didi, Rivelino, Zico, Sócrates, Romário, Ronaldinho e tantos mais. Primeiro fizeram nome no Brasil, só depois ganharam voos para o exterior.
Isso tudo mudou.
As categorias de base dos clubes foram destruídas. Foram tomadas por uma situação promíscua entre dirigentes, empresários, jornalistas e ex-jogadores que têm como objetivo único caçar os talentos com 12, 13, 15, 18 anos e levar para a Europa. Por preço pequeno -onde os clubes quase nada ganham- os jogadores vão viver a aventura de buscar o sucesso onde milhares vivem o fracasso. Sem qualquer formação sólida do futebol brasileiro (perdendo as características nata de nosso principal esporte), alguns ganham notoriedade, muito embora sem qualquer habilidade fora do comum.
Com a marca do Brasil, vivem uma experiência de marketing que as ligas europeias conseguem fabricar. Jogadores médios viram estrelas em transferências milionárias (quase sempre sem explicação) que o tornam ídolos. Não são craques, mas são jogadores/celebridades do qual o futebol europeu é especialista.
“Brilhando” na Europa, com marketing e transferências milionárias (e contabilmente inexplicáveis), seu passo seguinte -ou sua necessidade seguinte- é a seleção brasileira. Não porque busque sucesso, mas para alavancar ainda mais o dito marketing de suas equipes e empresários europeus. Só querem saber dos novos e futuros negócios.
A destruição das categorias de base nos clubes brasileiros criou jogadores nascido no Brasil e “feitos” na Europa. Este caos na formação de base no Brasil é generalizada. Até o nosso Corinthians, outrora um clube que sempre lançava jogadores (médios, bons e craques), foi tomado por este quadro assustador.
Com quase todos os jogadores do Timão da categoria de base sendo partilhados com “empresários” , o clube quase não revela ninguém porque o objetivo é fazer pequenos negócios onde a participação do clube chega a ser simbólica.
Há pouco tempo o clube -em uma atitude insana- anunciou que abriu um escritório em Portugal para “facilitar transferências” de jogadores das categorias de base. Entre as centenas de jogadores que passaram pela base do Timão nos últimos anos, quase todos foram para a “aventura na Europa”.
Alguns (acredite, São Jorge!) nem jogaram pelo Corinthians . Foram apenas registrados como jogadores nossos, para ganhar a grife e ter a negociação facilitada com clubes “parceiros” europeus.
Este quadro não é só no Corinthians. Esse quadro é pintado em quase todos os clubes. É daí para pior.
Com isto, vemos uma seleção sem nenhum jogador importante de Corinthians, Palmeiras, São Paulo, Flamengo Vasco etc . Este clubes -que outrora formavam os “fora de série” brasileiros- estão com outro foco. E a seleção é formada por “brilhantes” jogadores das Ligas Europeias, que saíram daqui moleques e entraram na máquina de promoção do velho continente.
Esta realidade dramática das categorias de base -em boa medida- se repete, também, nas divisões superiores. Tristemente.
Se faltam craques, faltam também técnicos. Vivendo uma bolha salarial nunca vista, com ganhos mensais de 500, 600, ou 700 mil -ou até mais- nossos técnicos pouco evoluíram nas últimas décadas. O retrato é uma seleção onde as principais jogadas são chuveirinho, ligação direta entre defesa e ataque e escanteios.
Praticamente todos os times refletem o que foi feito na seleção. O toque de bola, o drible, e a jogada leve e criativa de linha de fundo: tudo foi abandonado. Nossas equipes jogam como as europeias -ruins- onde não há espaço para a brasilidade.
Nossos técnicos ganham muito e aprendem pouco. Como eles são peça importante neste “negócio” que misturou empresários, dirigentes, jornalistas etc, seguem com seu espaço cada vez maior.
Uma boa mudança no futebol brasileiro -que anuncie um futuro melhor- começa por enfrentar o problema da formação de base e as questões técnicas, táticas e de preparação física.
Não há dúvida que a seleção foi um vexame, mas precisamos tirar deste fato um novo caminho. Ou enfrentamos esses problemas colocados acima ou vamos caminhar na demagogia “bolerística” que não leva a lugar nenhum.
Aliás, leva sim. Leva a derrotas vexatórias como a de ontem.
Essa Copa vai fazer história
Executivo suspeito de repassar a cambistas ingressos da Copa é solto
Raymond Whelan obteve um habeas corpus e deixou o 18ºDP.
Ele é CEO da Match Services, que detém direitos de venda de ingressos.
Do G1, em São Paulo
O inglês Raymond Whelan, preso na tarde desta segunda-feira (7) por suspeita de fornecer ingressos num esquema internacional de venda ilegal na Copa, obteve um habeas corpus e foi solto na madrugada desta terça (8). O pedido foi feito por seus advogados por volta das 22h30. Whelan, principal executivo (CEO) da Match Services, empresa que detém direitos exclusivos sobre a venda de ingressos para a Fifa, estava preso no 18º DP (Praça da Bandeira), na Zona Norte do Rio de Janeiro, e deixou a delegacia por volta das 4h40.
A expectativa da Polícia Civil era que Whelan ficasse toda a madrugada na delegacia e, pela manhã, seria transferido para o presídio de Bangu. Ele foi preso no Copacabana Palace, na Zona Sul, por suspeita de ser um dos chefes de quadrilha internacional de cambistas que agia durante a Copa do Mundo no Brasil.
Com o inglês, a polícia encontrou 100 ingressos para os jogos. A prisão temporária de cinco dias, expedida pelo Juizado Especial do Torcedor, fazia parte da operação “Jules Rimet”, que já haviaprendido 11 pessoas, incluindo o argelino Mohamed Lamíne Fofana.
De acordo com o delegado Fábio Barucke, que comanda a investigação, Raymond, também conhecido como Ray, era um “facilitador” para a quadrilha ter acesso a ingressos e teria sido flagrado em escutas telefônicas negociando ingressos com Fofana. Segundo a polícia, foram mais de 900 ligações.
Por volta das 17h40, o executivo chegou à 18ª DP, na Praça da Bandeira, responsável pelo inquérito. Ray seria enquadrado no Artigo 41 do Estatuto do Tocedor, por fornecer, desviar ou facilitar a distribuição de ingressos para venda por preço superior ao estampado no bilhete. A pena para o crime é de até quatro anos de prisão. O passaporte dele foi apreendido.
Segundo o delegado, Raymond negou, em depoimento informal, qualquer participação no esquema. Até as 20h, seus advogados não haviam decidido se ele vai prestar depoimento formal ou se iria falar apenas em juízo.
Ainda seguno Barucke, ele negou que tenha amizade com o argelino Mohamed Lamíni Fofana e confirmou que a empresa fez um contrato de compra de vendas de ingresso com o argelino em maio de 2013. Raymond disse que não teve negociações com Fofana durante a Copa do Mundo. “Isso nós temos de prova. Foram 900 ligações durante o evento. Nós temos isso de prova e ele nega”, disse o delegado.
O crime que será imputado a Whelan é o de facilitar a distribuição de ingressos para venda de cambistas e associação criminosa por ter facilitado a venda de ingressos para o cambista. Nesta terça, será apresentada a prisão preventiva dos integrantes da quadrilha e a caberá à Justiça decidir quando ela será decretada.
A Match divulgou uma nota em que diz acreditar que os fatos vão mostrar que Raymond Whelan não cometeu nenhuma violação às leis brasileiras e afirma que a polícia chegou a conclusões precipitadas. A empresa diz que vai continuar a dar todo apoio às investigações.
Cem ingressos apreendidos
De acordo com a polícia, Raymond, de 64 anos, estava na área comum do hotel, tranquilo, quando foi abordado pelo promotor Marcos Kac. Os dois foram até o 5º andar, onde o CEO da Match estava hospedado. Ele não reagiu à prisão e negou que tenha ligação com o esquema de repasse de ingressos. Com ele foram apreendidos 82 ingressos para a Copa, R$ 1,3 mil dólares, um computador e um telefone celular, que serão periciados. A saída do hotel foi feita pela porta dos fundos, evitando a imprensa, que estava do outro lado, na Avenida Atlântica.
Segundo a polícia, Whelan morava no Rio havia dois anos, embora não fale português. Dois filhos do executivo moram na Barra da Tijuca, na Zona Oeste.
O G1 entrou em contato com a Match Services, mas não obteve. Mais cedo, portanto antes da prisão, a empresa divulgou uma nota informando que vai investigar as acusações e cancelar todos os ingressos comprados pela empresa do argelino Lamine Fofana. Na nota, a Match destacou que, até aquele momento, não havia acusação contra algum funcionário da companhia.
Em entrevista coletiva pela manhã, a Fifaafirmou que forneceu uma lista de telefone de todas as pessoas que estão trabalhando para a entidade no Brasil, entre elas funcionários e prestadores de serviço. Segundo a instituição, os responsáveis em desviar ingressos serão punidos, independentemente de quem seja.
Segundo a polícia, a quadrilha trabalhava com dezenas de números de telefone, com contatos no Brasil e no exterior, uma forma de estar sempre disponível para os clientes. As escutas da Polícia Civil feitas com a autorização da Justiça e exibidas no Fantástico neste domingo (6) mostraram que o chefe do esquema controlava a cotação dos ingressos no mercado clandestino mudando os preços diariamente (veja a reportagem no fim do texto).
Um dos homens flagrados na gravação da polícia é o argelino Mohamed Lamíne Fofana. Ele foi preso na terça-feira (1º) em um condomínio da Barra da Tijuca, na Zona Oeste da cidade. Ele se apresentou à polícia como empresário. No caderno encontrado com ele, anotações comprovam o esquema que ele comandava. Ao todo, eram 112 ingressos para várias partidas em camarotes vip, que poderiam render R$ 912 mil por jogo.
Nas gravações da polícia, Fofana conversava com um dos principais contatos dele no Brasil, Antônio Henrique de Paula Jorge, que também foi preso. Em outra página, anotações revelam que ele tinha pelo menos 25 ingressos vip para a final da Copa, cada um custaria R$ 51 mil, em um total de R$ 1,3 milhão.
Ligações telefônicas
A polícia descobriu 900 ligações de Fofana, feitas nos últimos dois meses, para um dos celulares de uso da Fifa no Brasil. A delegação da Fifa está hospedada no Copacabana Palace. “Quando as pessoas interessadas nesses ingressos ligavam pra ele, dizia que iria para o Copacabana Palace negociar para poder lá adquirir esses ingressos valiosos e transferir para os clientes”, afirmou o delegado titular da 18ª DP, Fábio Barucke.
Em uma gravação, Antônio Henrique disse que também recebe ingressos de seleções europeias. Outra seleção que daria os ingressos seria a seleção brasileira e o fornecedor estaria dentro da concentração da equipe, em Teresópolis, na Região Serrana do Rio.
“Essa pessoa se dizia ter fácil acesso a seleção brasileira, que seria de conhecimento de um jogador de futebol que ele iria lá na Granja para pegar os ingressos que a seleção teria recebido da Fifa ou da CBF a título de cortesia. Esses ingressos seriam captados pra entregar pra quadrilha pra poder vender para o público”, contou Barucke.
A CBF não quis comentar o caso porque não é parte da investigação. A assessoria de imprensa da entidade afirma que não circulam ingressos na Granja Comary, a sede da concentração da seleção brasileira. O diretor de marketing da Fifa disse em entrevista coletiva que a entidade está colaborando com as investigações.
Bom de papo.
Celular da Fifa recebeu 900 ligações de líder de quadrilha de cambistas
O ESTADO DE S. PAULO
Franco-argelino Lamine Fofana, que está preso, diz em uma ligação que consegue quantidade elevada de ingressos para a final, no Rio
O franco-argelino Lamine Fofana, de 57 anos, preso na operação que desarticulou o milionário esquema de venda ilegal de ingressos da Copa do Mundo, fez pelo menos 900 ligações nos últimos dois meses para um celular oficial da Fifa, segundo reportagem do Fantástico, da TV Globo. Polícia e Ministério Público afirmam estar próximos de prender o integrante da entidade que seria o líder da quadrilha e, conforme informou o Estado, a operação deve acontecer a qualquer momento.
A reportagem mostrou trechos de gravações das ligações de Fofana interceptadas na operação Jules Rimet, com autorização da Justiça. Numa delas, o franco-argelino se gaba de poder conseguir uma quantidade elevada de ingressos para a final do Mundial, no Maracanã. “Quem tem 50 ingressos para a final na mão? Eu ‘tem’, eu ‘tem'”, diz, no português carregado de sotaque. A reportagem também exibiu imagens da prisão de Fofana, na manhã de terça-feira, no apartamento que havia alugado por um mês na Barra da Tijuca, de propriedade do ex-jogador Júnior Baiano.
Os policiais também disponibilizaram ao Fantástico imagens da tentativa de suborno de um dos presos na operação, Sérgio Antônio de Lima, aos inspetores que conduziam a investigação. Segundo o chefe do inquérito, delegado Fábio Barucke, da 18ª DP (Praça da Bandeira), os agentes fingiram o suborno para seguir com a investigação e assim chegar outros integrantes da organização criminosa.
Numa das gravações, logo antes de ser preso e ao ser indagado pelos policiais, Fofana afirma que está no Brasil para “trabalhar num evento com a seleção brasileira”. No caderno de contabilidade do franco-argelino, anotações a mão mostram que, só para a final no Maracanã, ele previa ganhar R$ 51 mil com a venda de cada um dos 25 ingressos VIP dos quais dispunha.
Em uma troca de mensagens obtida pela polícia, ao ser indagado se estava “tudo certo” com os ingressos, Fofana responde que sim, que estava no Copabacana Palace, onde está reunida toda cúpula da Fifa durante o Mundial e, segundo a polícia, está também o líder ou líderes da quadrilha, ligados à Federação e à Match, única empresa autorizada para venda de pacotes de ingressos e camarotes.
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Confusão na jogada.
Fifa e polícia do Rio entram em confronto após escândalo dos cambistas
JAMIL CHADE, TIAGO ROGERO – O ESTADO DE S. PAULO
Entidade critica a postura das autoridades brasileiras ao revelar detalhes do caso na mídia
A Fifa e a polícia do Rio entram em confronto aberto por conta do escândalo dos cambistas. Hoje, a entidade máxima do futebol criticou o comportamento dos policiais por revelar detalhes das operações contra cambistas à imprensa e diz que o nome da pessoa que as autoridades estão buscando não trabalha para a entidade e é, na verdade, um cambista que já está preso e que atuava dentro do Copacabana Palace. Mas, ao Estado, a polícia negou a versão da Fifa e diz que a pessoa que estão buscando sequer é conhecida ainda da entidade.
Hoje, a Fifa ainda descartou punir Julio Grondona, vice-presidente da Fifa, depois da revelação de que um de seus ingressos foi pego com cambistas.
Na terça-feira, a polícia revelou que prendeu onze cambistas em uma mega-operação e que mostrava a ligação dessas pessoas com funcionários da Fifa. Se não bastasse, um ingresso em nome de Grondona acabou aparecendo nas mãos de cambistas.
A irritação da Fifa com a polícia é escancarada. Segundo Thierry Weil, diretor de Marketing da Fifa, a polícia entregou para ele apenas uma parte das informações do processo da operação, enquanto vaza pela imprensa detalhes do caso que sequer os cartolas conhecem.
A polícia busca uma pessoa que estaria trabalhando dentro da entidade e que era o contato da quadrilha. Mas as autoridades tem resistido em dar o nome do suspeito, justamente para poder desvendar o esquema.
Pressionado pela imprensa a dar explicações, Weil não poupou as autoridades e decidiu que revelaria ele mesmo nome da pessoa que a polícia está buscando. “Ele se chama Roger”, disse o diretor da Fifa. Mas ele rejeitou a tese de que a pessoa seja funcionário da entidade. Para a Fifa, essa pessoa já foi presa pela própria polícia e era um cambista que também atuava dentro do Copacabana Palace, onde a Fifa mantém seus escritórios.
“Acho que a polícia não se fala entre si”, ironizou Weil. “Eles estão buscando alguém que já está preso”, disse. “Há uma discrepância entre o que diz para a imprensa e para nós”, declarou. “Se a polícia fala sobre uma investigação que está sendo feita, não sei se é a forma mais correta. Na Europa isso não ocorre”, atacou Weil, que garante que, até agora, ninguém de dentro da Fifa foi procurada pela polícia.
O Estado apurou que o nome dado por Weil para a imprensa sequer é a identidade real da pessoa que a polícia está procurando. As autoridades estão mantendo o nome em sigilo justamente para evitar que o suspeito deixe o Brasil ou tenha qualquer tipo de colaboração com a Fifa para escapar.
Grondona – A Fifa ainda reagiu negando qualquer envolvimento de Grondona com grupos de cambistas. Um ingresso para a partida Argentina x Suíça foi identificado no mercado ilegal, o que seria um crime.
Mas a Fifa fez questão de abafar o caso. Primeiro, Weil declarou aos jornalistas que a família Grondona seria questionada pela notícia. Logo depois, admitiu que eles já haviam conversado com o vice-presidente. Mas não sabia dizer o que foi a resposta. “Questionamos ele”, admitiu. “Perguntamos a ele o que ocorreu”, declarou.
A entidade, ao contrários das evidências, preferiu apenas acreditar nas palavras da família de que o ingresso havia sido “dado” a amigos. “Se ele disse que deu a alguém, você precisa acreditar nisso”, disse. Mas a uma rede de televisão na Argentina, o filho de Grondona admitiu que havia revendido a entrada.
Segundo Weil, o ingresso de Grondona não faz parte da operação do Rio. OEstado, em sua edição de ontem, havia feito essa revelação.
A Fifa, porém, insiste que vai abrir ações legais contra as empresas que compraram pacotes de camarotes da Match, a única empresa com direitos de vender os ingressos VIP. Na operação, companhias que foram identificadas como parte do esquema compravam o pacotes e depois revendiam com preços bem superiores.
“Vamos tomar ações legais contra essas empresas”, declarou Weil. Segundo ele, entre as empresas está a Reliance, com 58 pacotes, a Jetset, da Rüssia, e a Atlanta de Dubai, companhia do cambista Lamine Fofana.
Segundo ele, os ingressos apresentados pela polícia para a Fifa somam 141, dos quais dez são para jogos de 2010 e 2013. 60 deles ainda foram comprados pelo sistema de internet. “Não havia nenhum de ingressos de cartolas”, garantiu.
Dos 131 ingressos para a atual Copa, 129 são para jogos que já ocorreram. 71 ingressos eram de camarotes, um deles era da CBF.
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