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Nov 30, 2013

Grande Tite

 

Tite recusa adeus no Pacaembu e fica até a última rodada no Corinthians

 

Marcos GuedesSão Paulo (SP)

Os dirigentes do Corinthians deram a Tite a escolha de se despedir do clube na partida de sábado, contra o Internacional, a última no Pacaembu na temporada. O treinador, que não continuará na próxima temporada, recusou a oferta e resolveu dirigir o time por mais uma semana, até o confronto com o Náutico, em Pernambuco.

“O Roberto (de Andrade, diretor de futebol) e todo o pessoal da diretoria me deixaram essa possibilidade. Disseram: ‘Não é o que a gente quer, mas, se for algo emocionalmente muito forte a despedida no Pacaembu, se você quiser parar depois desse jogo, fique à vontade’. Eu disse que não, vou até o fim”, afirmou.

A recusa tem a ver com a ideia já manifestada por Tite de “viver ao máximo cada dia” do fim de sua segunda passagem pelo Corinthians. Segundo ele, não há motivo para encurtar em um jogo uma trajetória com títulos em todos os níveis, do estadual ao mundial.

Sergio Barzaghi/Gazeta Press

Tite exibe orgulhosamante a placa que recebeu dos funcionários no CT do Corinthians

“Se eu aceitasse, seriam só mais três dias. Quero oito, nove”, sorriu o gaúcho, que recebeu várias homenagens da tarde de sexta. Ele foi abraçado pelo ex-ator Gerson Brenner, deu atenção a torcedores que tiveram acesso ao CT do Parque Ecológico e ficou particularmente tocado pela placa que lhe foi entregue por funcionários do clube. 

“Homenagem dos funcionários do Sport Club Corinthians Paulista ao professor Tite pelo seu respeito e carinho dedicado a todos”, leu, orgulhoso, o treinador. Ele fez questão de que o objeto fosse buscado em sua sala e exibido diante da lotada sala de imprensa.

“Eu me surpreendi. O Edu (Gaspar, gerente de futebol) entrou na sala dizendo: ‘Eles querem te homenagear’. Eu disse: ‘Tenho que controlar a emoção agora’. Só disse para eles que era mais do que o troféu, era a lembrança do convívio legal. Tem dia em que a gente chega caído e recebe um “bom dia, vamos professor, vai dar certo’. Não foram poucas vezes”, recordou.

www.gazetaesportiva.net

Nov 28, 2013

Triste ocorrência.

Guindaste tomba, mata 2 e suspende obras

Secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, afirma estar ‘chocado’; entidade não tem um ‘plano B’

DE SÃO PAULO”Eu vi a peça parada no ar, erguida pelo guindaste. De repente, ela começou a balançar e bateu no estádio. E caiu tudo por cima. Ouvi um estrondo muito alto, como se fosse um prédio caindo”, disse o gari Elifaz dos Santos, 43.

Ele estava próximo do Itaquerão, estádio que está sendo construído na zona leste de São Paulo.

Por volta de 12h50 de ontem, um guindaste que sustentava o último módulo a ser instalado na cobertura metálica do estádio –uma peça de 420 toneladas– tombou, matando dois operários.

Morreram Fábio Luiz Pereira, 41, motorista e operador de guindaste, e Ronaldo Oliveira dos Santos, 43, montador, que trabalhavam para empresas terceirizadas.

O acidente levou à suspensão das obras da arena, palco da abertura da Copa do Mundo de 2014.

Com uma torre de 114 m de altura e considerado “o maior do Brasil”, o guindaste tem capacidade para 1.500 toneladas. A peça que içava seria levantada a uma altura superior a 40 metros.

O tombamento pode ter sido causado pelo afundamento do solo, que estava molhado e parcialmente coberto com cascalho, segundo alguns operários. Eles disseram que esperavam há três dias o término das chuvas.

De acordo com a construtora Odebrecht, responsável pela obra do estádio, a estrutura da arquibancada não foi comprometida.

O acidente ocorreu um dia antes de BNDES e Corinthians assinarem a liberação de um empréstimo de R$ 400 milhões para o estádio.

“CHOCADO”

O secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, disse estar “extremamente chocado”.

Folha apurou que a entidade não tem um “plano B” para a abertura da Copa, em 12 de junho. Mais cinco jogos estão previstos para a arena.

Com o acidente de ontem, chega a quatro o número de operários mortos em obras de arenas da Copa: antes, havia ocorrido uma morte na Fonte Nova (Salvador) e outra no Mané Garrincha (Brasília).

A Fifa informou que a segurança dos trabalhadores nas obras de estádios é uma das prioridades da entidade.

Irão investigar o acidente a Polícia Civil, o Ministério Público paulista e o Ministério Público do Trabalho –este último diz que vistorias feitas desde o início da obra “não constataram irregularidades cuja gravidade pudessem comprometer a segurança e saúde de trabalhadores”.

O órgão, no entanto, fará hoje uma nova inspeção.

“Queremos que a obra seja embargada imediatamente até que tudo seja apurado”, disse Antônio Dekeredjmiam, diretor do Sindicato dos Trabalhadores de Indústria de Construção Pesada. A Defesa Civil municipal interditou cerca de 30% do canteiro.

Andres Sanchez, ex-presidente do Corinthians e responsável do clube pela obra, estava no Itaquerão no momento do acidente. Ele negou que tenha havido erro de procedimento, mas disse que vai esperar um laudo técnico. (ALEX SABINO, ANDRÉ CARAMANTE, BERNARDO ITRI, DANIEL VASQUES, EDUARDO OHATA, FABRICIO LOBEL, MARCEL RIZZO E PAULO ROBERTO CONDE)

www.uol.com.br

Nov 27, 2013

UFA ! Belo texto em defesa do Brasil.

FLAVIO FLORES DA CUNHA BIERRENBACH

Quem esqueceu a Petrobras?

Milhões de brasileiros deploram perceber a Petrobras apenas como grande anunciante ou mera financiadora de projetos culturais e eventos esportivos

No mês passado, entre tantos fogos de artifício que celebraram os 25 anos da Constituição Federal de 1988, não apareceu nem sequer uma estrelinha para assinalar os 60 anos da lei nº 2.004, de 3 de outubro de 1953, que instituiu a Petrobras. Resultado das convicções, da luta e do sacrifício de brasileiros de várias gerações, a data –jubileu de diamante– restou praticamente ignorada.

Parece normal. Afinal, a despeito de ligeiras diferenças entre governo e oposição, consta que nesse terreno não existe desacordo quanto à louvada inevitabilidade da globalização e, como consequência, a caduquice do modelo brasileiro nacionalista de exploração dos recursos do subsolo.

Para não ficar apenas na superfície, esse debate deveria ser travado, ao menos, na imprensa, na universidade e no Congresso Nacional. Entretanto, o que vai permanecer na história é resultado de espantosa coincidência entre tucanos e petistas. O governo do PSDB logrou aprovar no Congresso proposta de emenda constitucional (PEC 06/95) que “flexibilizava” o monopólio estatal do petróleo.

É bom lembrar que surgiu ideia de mudar até o nome da Petrobras para Petrobrax. Esse X da questão, hoje, anda muito suspeito. Houve escassa, porém renhida oposição.

Entretanto, uma vez no poder, o governo do PT vem se dedicando, com singular empenho e eficiência, a inviabilizar a empresa, que outrora já foi orgulho do Brasil. Sob esse ângulo, aliás, a divergência aparente entre os dois grandes partidos é só de meios, não de fins.

Ao longo do mês de outubro, também foi realizado um leilão da área destinada à exploração de petróleo denominada Libra, situada na plataforma continental, que é bem da União, como está no artigo 20 da Constituição Federal.

Causa espanto, para dizer pouco, o Brasil disputar com empresas estrangeiras aquilo que lhe pertence e acabar pagando para ficar com 40% do que é seu.

Ao registrar o aniversário, na verdade, recordo a sobrevivência da Petrobras, citando apenas um homem e uma circunstância, como ensina Ortega y Gasset.

Entre tantos nomes, brasileiros anônimos ou ilustres, que defenderam a Petrobras, destaco Gondim da Fonseca, que escreveu “Que Sabe Você sobre Petróleo?”, a bíblia do nacionalismo, uma espécie de breviário da minha geração.

Entre tantos fatos, lembro um quase insignificante, mas simbólico. Logo no início de abril de 1964, na calada da noite, com o atrevimento corriqueiro dos tempos de exceção, foi derrubada e desmontada a pequena “torre” de ferro da Petrobras, plantada no largo de São Francisco, monumento de gratidão aos universitários de todo o Brasil, que não titubearam ao apoiar a causa e, uma década antes, haviam saído às ruas para gritar: “O petróleo é nosso”.

Há milhões de brasileiros, ainda, homens e mulheres, civis e militares, que deploram perceber hoje a presença da Petrobras apenas como grande anunciante nos meios de comunicação, ou mera financiadora de projetos culturais e eventos esportivos, sem que se diga qual sua importância no nosso passado, qual seu significado no nosso futuro.

FLAVIO FLORES DA CUNHA BIERRENBACH, 74, é ministro aposentado do Superior Tribunal Militar. Foi procurador do Estado de São Paulo, vereador, deputado estadual e deputado federal (PMDB-SP)

Nov 26, 2013

Bola fora da CBF e do…BSFC.

Quem esperava um avanço nas negociações entre o BSFC e a CBF, não deve ter muita esperança.

A nota da CBF sobre o ” fair play financeiro” é o nada do nada. A questão é que os jogadores querem receber em dia e a CBF não tem nada com isso. São os clubes que tem contratos e dívidas à pagar.

A CBF acena com a possibilidade de “tirar os pontos” das equipes que não pagarem suas dívidas em dia. Bobagem. Nem na Europa (rica e bela) isso foi possível.

O que poderia fazer a CBF é proibir ( como manda a FIFA) que contratos com jogadores contenham “parcerias” com empresários, jogadores, parentes de jogadores etc. Como sabemos, nos dias autuais, quase todos os contratos tem este modelo de sociedade proibida.

Mas sobre isso – que é sua obrigação- a CBF fica quietinha.

E os jogadores também. Tem uma legislação protecionista  ao extremo ( a CLT) que defende atletas de salários mínimos até quem ganha 1 milhão por mes. E tudo de forma igual.

Seria bom que os atletas falassem algo sobre esses “contratos-parceiros”, que lesam os clubes e fazem a festa de empresários, jogadores e dirigentes. Nada farão . A farra é boa e o pirão garantido.

Com a palavra a CBF. Em uma só canetada pode mandar os clubes cumprirem  a norma da FIFA, que elimina isso tudo, abrindo espaço para uma negociação séria no futebol.

 

Nov 24, 2013

Mudança franciscana

(Jogadores de Corinthians e Fla no protesto do BSFC)

Uma coisa ninguém pode negar ao jogador Paulo André, em sua entrevista, na página amarela da Veja desta semana: é um sujeito correto. É, claramente, bem intencionado.

No bom mocismo característico do pessoal do BSFC  há quase um toque de frades franciscano. Querem um mundo melhor, um futebol melhor e uma vida melhor para todos. Uma permanente reafirmação de desejos com incrível coragem e desprendimento.

Boas idéias, boas palavras e bons propósitos são importantes em toda área da atividade humana.

Agora, dos bons programas à realidade de sua implantação, vai um planeta de dificuldades.

Como está claro, o pessoal do BSFC não sabe bem o que quer, pois, já mudaram várias vezes suas premissas. Querem o melhor para todos, como dizem. Porém,isso é algo tão vago quanto querer o fim das doenças.

Talvez este certo ar de ingenuidade seja um dos fatores do sucesso midiático do Movimento até os dias atuais.

Assim como não sabem bem o que querem são equivocados na sua análise sobre o futebol brasileiro.

Diz Paulo André que os jogadores que jogaram na Europa quando retornaram perguntaram: “Como é possível eu ter saído daqui há tanto tempo e nada ter melhorado?”

Errado. Muito errado. O futebol brasileiro evoluiu muitos na últimas décadas.

Tem calendário para todos os meses do ano; os jogos começam no horário em todos os estádios; dentro do gramado há controle de pessoal; as arbitragens melhoraram; há um bom número de estádio em boas condições. E tem o Estatuto do Torcedor, que foi um grande salto no nosso esporte.

Há falhas? Muitas. Gramado ruim em vários estádios; penetras nos gramados; e até a imperfeita venda de ingressos (com favorecimento de grupos de torcedores).

Mas -que o jogador  confirme- nossa situação é bem melhor que a Europa como um todo. Bastaria dizer que em boa parte dos países, os campeonato vivem comprometidos com a venda de resultado (ex.Itália) com a presença constante de jogadores nas maracutaias.

A melhora do futebol brasileiro nas últimas décadas pode ser medida pelo número de jogadores (alguns craques fora de série) que retomaram para equipes brasileiras, com grandes salários.

A entrevista de Paulo André é boa. Muito boa e bem intencionada. Mas sem qualquer novidade que mude o futebol brasileiro.

Nov 24, 2013

Corrida para mudanças

 

Corinthians fará ampla mudança de jogadores em 2014

 Time enfrenta Flamengo em meio a projeto de reformulação que visa ainda comissão técnica e diretoria

ALEX SABINO DE SÃO PAULO

 

O Corinthians joga as três últimas rodadas do Campeonato Brasileiro antes de mergulhar na incerteza. A equipe que enfrenta o Flamengo hoje, às 17h, no Maracanã, está prestes a ser reformulada.

Será um dos processos mais radicais desde a queda para a Série B, em 2007. O clube também vai trocar a comissão técnica e parte da diretoria de futebol.

Nomes importantes do elenco que conquistou o título mundial, há quase um ano, não estão nos planos. É o caso do atacante Emerson. E está longe de ser o único.

“No futebol, tem momento para tudo. Há o instante para agir, outro para ter flexibilidade. Sabemos quando se deve fazer as coisas”, diz o presidente Mário Gobbi.

Com a provável chegada do técnico Mano Menezes, o grupo de jogadores deve passar por mudanças significativas. Entre os titulares de Tite, Danilo foi liberado para procurar outra equipe.

Paulo André recebeu sondagens do futebol do Qatar. Douglas está disponível, assim como Ibson.

O capitão Alessandro avisou que, se não receber oferta de renovação, vai se aposentar. Seu vínculo termina em 31 de dezembro. Maldonado jogou apenas oito partidas em 2013.

“Sabemos quais são as necessidades do elenco. O planejamento está feito para 2014”, garante Edu Gaspar, gerente de futebol.

As mudanças vão dar trabalho porque o clube não pretende pagar para rescindir nenhum acordo. Quer incluir os atletas em negociações por reforços. Há alguns que vão demandar maior atenção.

Nos planos do Corinthians, Alexandre Pato está no mercado. Qualquer oferta que se aproxime dos R$ 40 milhões, valor pago pelo clube brasileiro ao Milan, da Itália, tem boas chances de ser aceita.

RALF

A diretoria quer manter Ralf, mas a necessidade de fazer caixa e os milhões de alguma equipe europeia podem mudar rapidamente o cenário.

Há também os que não costumam ser escalados por Tite e estão livres para encontrar um novo time.

São os casos do goleiro Júlio César, do lateral Guilherme Andrade, do volante Jocinei e do atacante Douglas. O vínculo do chinês Zizao não será renovado.

Além disso, os principais nomes da comissão técnica estão de saída. Tite, o auxiliar Cleber Xavier e o preparador físico Fábio Mahseredjian serão substituídos. Uma exceção será o fisioterapeuta Bruno Mazziotti, contratado em 2009 a pedido de Ronaldo.

Não bastasse tudo isso, Gobbi será obrigado a mudar a diretoria de futebol. De olho na eleição para presidente, em 2015, o diretor de futebol Roberto de Andrade vai se dedicar à própria candidatura.

O diretor adjunto Duílio Monteiro Alves pode trilhar o mesmo caminho. Alega problema de saúde para deixar o dia a dia do Corinthians.

www.folha.com

Nov 23, 2013

Um equívoco só

 

Corinthians procurou Mano pela primeira vez em setembro

 

 Futuro de Tite estava selado antes da queda na Copa do Brasil

ALEX SABINO DE SÃO PAULO

O Corinthians procura novo técnico desde setembro. A Folha apurou ter sido nesse mês que o presidente Mário Gobbi telefonou pela primeira vez a Mano Menezes, quando ele ainda comandava o time do Flamengo.

Outros nomes foram sugeridos, como Oswaldo de Oliveira e Abel Braga, mas o dirigente decidiu, sozinho, que a melhor alternativa era recontratar o treinador campeão paulista e da Copa do Brasil de 2009.

Mano está no exterior e é esperado em dezembro para assinar contrato. Ele se demitiu do clube carioca em 19 de setembro.

Tite descobriu a mudança por terceiros, não pela diretoria corintiana. Foi informado oficialmente só poucas semanas atrás.

Ficou decepcionado nem tanto pela decisão em si, mas pela maneira como aconteceu. Também não gostou do vazamento de informações.

Após derrota para o Grêmio pelo Campeonato Brasileiro, em 16 de outubro, Tite esteve virtualmente demitido.

A queda só não ocorreu porque Paulo André, Fábio Santos e Alessandro intercederam. Na conversa entre os dirigentes, a dúvida já era o melhor momento para anunciar a contratação de Mano.

Para agradar a Tite, o departamento de marketing do clube prepara homenagem a ser feita antes do jogo contra o Internacional, no Pacaembu, no dia 30.

www.folha.com.br

Nov 22, 2013

Um pouco confusa

O Bom Senso F.C. divulgou- mais uma nota- colocando as duas “premissas fundamentais”  do Movimento.

Muito bem . Não são as que eram divulgadas na fase inicial, mas isso não é importante, porque são melhores.

No item 1 destaca – já de cara- que devemos ter aumento de jogos para as divisões inferiores. Viva!  Um Movimento que começou falando em “limitar”  o número de jogos  agora viu a realidade. Milhares de clubes estão fechando – no Brasil todo- por falta de campeonatos, copas, eventos etc. O número mínimo de 36 jogos é pequeno mas isso não tem importância e será visto no fututo. O problema maior é a viabilidade economica deste calendário para os pequenos. Custa caro e terá que ser ajudado. Por todos, desde a CBF, até os clubes grandes, a TV e o Governo.

A segunda parta da premissa 1  trata da redução dos jogos dos times grandes. Difícil. São apenas perto de 10 equipes  e suas partidas não são superiores a qualquer time europeu de elite.

A premissa número 2 do comunicado de ontem é uma confusão só. Apoia o parcelamento de dívidas dos clubes (fiscal e trabalhistas) . Qual? Este que o Congresso Nacional está discutindo?  Ou algum outro? Diz que haverá “adequação dos salários dos atletas” . Isso eu gostaria de ver escrito por algum jogador. Com firma recolhecida  e testemunha.

Curioso que este item 2 é todo com os clubes e o BSFC só vive querendo falar com a CBF e as  Confederações,  que pouco tem com estas questões.

O comunicado não fala nada sobre o principal problemas dos grandes clubes e jogadores que é a “sociedade” ( ou parceria) pelos direitos economicos dos contratos que dilapida a receita dos clubes . E só existe pela participação ativa dos atletas.

Lendo o comunicado fico com a sensação que os jogadores estão como os grêmios estudantil : tem soluções para tudo, embora não saibam de onde vem os problemas. Mas sabem como resolver tudo e de forma rápida.

 

Nov 21, 2013

Operação desastre

 

Tite foi ‘fritado’ durante quatro meses

Relação com clube ruiu entre título da Recopa e a goleada sofrida para a Lusa e acabou após a eliminação na Copa do Brasil

  • Vítor Marques – O Estado de S.Paulo

SÃO PAULO  – Os cinco títulos conquistados por Tite ao longo de três anos no comando doCorinthians, o último deles em julho contra o rival São Paulo, davam a nítida impressão de que o casamento entre técnico e clube continuaria em 2014. Mas, do título da Recopa até a goleada sofrida para a Portuguesa, em Campo Grande, por 4 a 0, a relação ruiu. E quatro meses depois do seu terceiro título internacional, a saída do treinador foi consumada e informada em uma entrevista coletiva.

 

Os fatores decisivos para saída de Tite foram o desempenho e a má fase do time, opiniões divergentes de uma diretoria rachada, e o “fator” Mano Menezes, o técnico preferido do presidente Mário Gobbi e futuro comandante do Corinthians. E, nesse cenário, nasce uma prática tão comum e antiga no futebol e que atinge até um técnico campeão do mundo: a “fritura”.

Tite ouviu críticas de todos os lados, algumas cobranças diretas em reuniões com diretoria. Mas muitas delas chegavam a ele por meio de outras pessoas ou ainda “vazadas” para a imprensa – e estas o deixavam extremamente irritado porque, segundo ele, não se sustentavam.

Um exemplo foi o de que o técnico, após o título do Mundial do Japão, tenha se tornado intransigente. Outro foi o de que tinha perdido o controle do elenco. Com os maus resultados surgiram as especulações, os possíveis nomes para substituí-lo ainda nesta temporada.

As primeiras cobranças da diretoria, em reuniões formais com Tite, comissão técnica e jogadores, surgiram em março. O motivo era o péssimo futebol no início do ano, mesmo na primeira fase da Libertadores.

Pouco antes do fatídico jogo contra a Portuguesa (goleada por 4 a 0), em que Tite entregou o cargo e depois voltou atrás, houve um jogo emblemático. A derrota para o Botafogo por 1 a 0 no Maracanã, na abertura do segundo turno do Brasileirão.

Gobbi passou a ser cobrado para demitir o treinador e não foram poucos os que foram a sua sala clamando pelo nome de Abel Braga. O único cartola contrário à saída de Tite no meio da temporada foi Roberto de Andrade, diretor de futebol. Outros, entre eles Gobbi, claudicavam e já sonhavam com um novo comandante em 2014.

O nome não era Abel Braga, mas sim Oswaldo de Oliveira. Um fato novo mudou a escolha do técnico do Botafogo e colocou mais pressão sobre Tite: Mano Menezes. Poucos dias depois da derrota para o Botafogo de Oswaldinho, e antes do jogo contra a Portuguesa, Mano pediu demissão no Flamengo.

Tite decidiu continuar após os 4 a 0 e teria avisado a todos que não ficaria para 2014. Mas que também iria até o fim. Desejo este que não era igual ao de toda a diretoria, como aconteceu após a derrota para o Grêmio, por 1 a 0, no Brasileiro.

Gobbi e parte dos cartolas teriam arquitetado para que Tite pedisse demissão, assim ninguém ficaria com o ônus de ter derrubado o treinador, querido pela torcida e até por conselheiros: uma pesquisa no Parque São Jorge apontou que 80% queriam que Tite ficasse. Gobbi nega que queria demitir seu treinador. Mas o iminente retorno de Mano Menezes é uma vitória pessoal do presidente.

Com a eliminação na Copa do Brasil, o futuro de Tite já estava traçado – ele também já tinha percebido que o melhor era sair. Tite soube que seu contrato não seria renovado antes de vencer o Coritiba. Daí aquela melancólica entrevista em tom de despedida.

www.estadao.com.br

Nov 20, 2013

Cortando cabeça

No dia de ontem, um jornalista que sempre defende a atual diretoria corinthiana ( quando acerta ou erra), apresentou curiosas razões para  a troca de treinadores no Corinthians.

Disse ele que a direção chegou a conclusão de que o elenco necessita de “profundas” reformas. Com Tite no comando isso seria impossível. Foi com este elenco que o clube tanto venceu e o treinador sentiria “sempre” em débito com aqueles que tanto ajudaram nas conquistas.

Seria, portanto, o treinador Tite um obstáculo a renovação do elenco. Com ele não daria para fazer o que quer a diretoria: “cortar cabeças”.

Neste quadro, cairia como uma luva o treinador Mano Menezes. Não teria “compromissos” com o elenco e é muito próximo da direção do clube. Poderia comandar uma mudança brusca com saídas de vários e contratações de outros.

Não acho que seja tudo isso. Primeiro porque Tite é um profissional do maior respeito e trabalha preocupado com os objetivos maiores do clube. Por outro lado este problema de ser “amigo” em excesso dos jogadores, no Corinthians, é mais de diretores do que de técnico.

Mas há um outro dado pouco lembrado. Os jogadores sempre citados para “sairem” são  atletas com contratos de longo prazo e salários  grandes. Com o agravante de que -quase todos os atletas – tem os chamados contratos de “parceria” ou “participativo” sobre os “direitos econômicos” ( quer dizer, passe)do jogador. Nestes acordos- a margem da lei e proibido pela Fifa- os direitos economicos são divididos: uma parte pro jogador, pro empresário, pro pai do jogador etc e tal e um percentual pequeno para o clube .

Dispensar um atleta com esse tipo de  contrato dá um barulho danado. E um enorme prejuízo, para todos.

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