Browsing articles in "2014"
Apr 29, 2013

Paulo Vanzolini, gênio da raça!

“Vida é tua”


“Cravo branco”


“Amor de trapo”


“Raiz”


“Samba erudito”

Oct 29, 2012

Chutando o balde

João Havelange, então presidente da Fifa, e Joseph Blatter, atual mandatário, na Copa

João Havelange, então presidente da Fifa, e Joseph Blatter, atual mandatário, na Copa

 
Havelange chama Mano de ‘imbecil’ e diz que escolheria Scolari e Parreira para a Seleção

Rodrigo Durão Coelho
Do UOL, em São Paulo

Em entrevista feita em março, um dia após a má atuação da seleção brasileira na vitória contra a Bósnia por 2 a 1 (leia aqui como foi), o presidente de honra da Fifa, João Havelange, teceu duras críticas ao time, em especial ao goleiro Júlio César, e disse que gostaria de ver Luiz Felipe Scolari e Carlos Alberto Parreira no lugar de Mano Menezes, a quem chamou de “imbecil”.

As declarações integram um projeto do Museu do Futebol em parceria com a Fundação Getúlio Vargas para registrar depoimentos de jogadores que já defenderam o Brasil em Copas do Mundo. O UOL Esporteteve acesso à entrevista de Havelange, único dirigente ouvido no projeto.

Na Fifa, acabei com um princípio. Antigamente, o time que ganhava recebia a Copa no campo, o capitão; o presidente descia. No meu tempo, tinha que subir na tribuna. O senhor já imaginou, o time perdedor e eu levar uma laranja, levar um mamão em cima ou uma jaca? 

Em meio a considerações sobre sua trajetória como atleta e dirigente, Havelange pergunta ao entrevistador se este havia assistido ao jogo do dia anterior e comenta: “gostou do gol da Bósnia? Foi um frangaço, está certo? Com quantos anos ele (Júlio César) está? Está com mais de 32. Então nosso goleiro já não poderia estar lá, no meu entender ”.

“Acho que o técnico fez uma análise, alguma coisa nesse sentido, mas é um imbecil, me perdoe a expressão. E tudo isso, se não modificar, nós não vamos chegar a nada. Eu, se fosse presidente, o meu técnico seria o Scolari, com o Parreira em cima. Experiência total, dois homens de personalidade, retos e corretos. Eu não tenho nada a dizer desse porque não o conheço, mas não está conseguindo nada, o senhor me perdoe, e nós estamos em cima do lado.”

  • O ex-dirigente do futebol brasileiro entre 1958 e 74 prossegue nas críticas ao desempenho da equipe, afirmando que o que viu no amistoso o “entristeceu e preocupou muito. Aquilo não é um time. O senhor faz aquilo no campeonato nacional ou no campeonato paulista ou do Rio, não vai ganhar nada”.

No depoimento, Havelange ressalta o poder construtivo do futebol e lamenta o que considera aspectos negativos. “Às vezes fico triste, porque todo mundo só vê o futebol hoje para ver onde é que pode ganhar uns trocados. Quantos técnicos e dirigentes têm os contratos do jogador no bolso! Depende deles. Vendem e depois: ‘Não, é o clube’”.

“Agora, o Scolari não tem isso, é reto. O Parreira não tem isso, o Dunga não tem isso. Mas os outros todos eu tenho minhas dúvidas. O sujeito faz o time de acordo com o interesse do bolso dele”, completa.

O Lula não tinha condições para ser um presidente, mas foi um homem de personalidade, o senhor não pode deixar de reconhecer e aplaudir, não é verdade? Goste ou não goste.

A entrevista aborda inúmeros temas da trajetória de Havelange, incluindo seu relacionamento com estadistas a quem elogia como Juscelino Kubitschek e Emílio Garrastazu Médici e menção à administração de Dilma Rousseff.

“Ainda há pouco, no governo dessa senhora, por nenhuma razão, me retiraram o passaporte diplomático. Eu entreguei. ‘O senhor vai receber outro’. Estou esperando até hoje”, diz ele.

No depoimento ele se diz apolítico, característica que o permite apreciar a organização da Olimpíada de Berlim de 1936, na qual competiu como nadador, organizada pelo regime nazista de Hitler. “Não entro na questão do regime da época porque nunca fiz política na minha vida, mas me lembro da organização. Até hoje é uma das melhores que já assisti.”

Em março, dias após a entrevista que concedeu, Havelange foi internado em um hospital no Rio de Janeiro com uma infecção no tornozelo direito, que o deixou em estado grave. Depois de 64 dias, ele recebeu alta em 21 de maio, quando se prepararia para receber, em casa, uma dura notícia.
 
No início de julho, a Justiça suíça determinou a divulgação dos detalhes do processo que examinou os casos de corrupção da Fifa na década de 1990. Com isso, tornou oficiais as suspeitas de que João Havelange e Ricardo Teixeira receberam propina de uma agência de marketing ligada à entidade-mor do futebol mundial.
O episódio manchou a reputação mundial do cartola. Durante os Jogos Olímpicos de Londres, autoridades brasileiras foram muito questionadas sobre a relutância delas em romper com Havelange mesmo após o escândalo.
No começo deste mês, o presidente da honra da Fifa fez sua primeira aparição pública desde a internação em março. Debilitado, ele foi a sede do COB (Comitê Olímpico Brasileiro) participar da reeleição do presidente Carlos Arthur Nuzman. Procurado pelo UOL Esporte, sua assessoria disse que ele está em convalescença e não comentaria as declarações.
 
www.uol.com.br
Oct 29, 2012

Tricolor ocupará o posto de outro Tricolor

Corinthians parabeniza Haddad e cita importância do estádio

Assim que a eleição de Fernando Haddad à Prefeitura de São Paulo foi oficializada, o Corinthians emitiu comunicado para parabenizar o político do PT, que contou com apoio declarado do ex-presidente alvinegro, Andrés Sanchez, amigo de Luiz Inácio Lula da Silva e filiado ao partido.

O texto divulgado no site oficial, assinado pelo presidente Mário Gobbi, dá ênfase à Arena Corinthians, que recebeu isenção tributária da Prefeitura comandada por Gilberto Kassab, aliado de José Serra, derrotado neste domingo no pleito da capital paulista. Por outro lado, a intervenção de Lula foi decisiva para a existência do acordo do Timão com a construtora Odebrecht na construção do estádio em Itaquera.

Petista, ex-presidente corintiano Andrés Sanchez declarou apoio durante a campanha a Fernando Haddad

O segundo turno da cidade movimentou os bastidores não só do Corinthians, mas também de Palmeiras e São Paulo. Na última semana de disputa eleitoral, Haddad se reuniu em evento com Andrés Sanchez, Arnaldo Tirone e Juvenal Juvêncio.O apoio gerou polêmica nos bastidores de Alviverde e Tricolor. No Palestra Itália, Tirone foi questionado por ter ficado ao lado de Haddad, e não de Serra, que é palmeirense declarado. O capitão Marcos Assunção também posou para fotografias junto com o candidato do PT.

Já no São Paulo, presidente e capitão ocuparam palanques diferentes. Enquanto Juvenal se aliou a Haddad, Rogério Ceni compareceu a evento da campanha de Serra no Museu do Futebol, ao lado do ex-superintendente tricolor, Marco Aurélio Cunha, que foi reeleito vereador pelo PSD, partido criado por Kassab. Durante a conversa com o tucano, o goleiro são-paulino ainda fez menção a Joaquim Barbosa, relator do processo do “mensalão” no Supremo Tribunal Federal.

Por coincidência, Palmeiras e São Paulo ainda esperam ajuda da Prefeitura na burocracia das reformas de Palestra Itália e Morumbi, respectivamente. Os responsáveis pela modernização da casa palmeirense vinham reclamando da falta de um alvará para a demolição total das arquibancadas do estádio, o que atrasou os trabalhos. Os dois clubes declararam apoio ao PT justamente quando as pesquisas já apontavam Haddad em vantagem pelo cargo.


Confira abaixo o comunicado do Corinthians:

O Sport Club Corinthians Paulista parabeniza Fernando Haddad pela vitória na eleição em São Paulo e deseja boa sorte em seu mandato. A cidade estará no foco do mundo nos próximos anos. Para intensificar ainda mais a sua efervescente vida durante as 24 horas de todos os dias, o município, com a Arena Corinthians, será responsável por receber alguns dos principais chefes de estado do planeta, além de milhares de empresários, jornalistas e torcedores para a abertura da Copa do Mundo FIFA de 2014 e outros cinco jogos da competição.

A missão de ser uma das cidades protagonistas da Copa do Mundo é honrosa e coube a poucos municípios do mundo até hoje. Com tamanha responsabilidade extra que terá Fernando Haddad, além do tradicional árduo trabalho nos pilares da administração pública, reforço os votos de um mandato de muito sucesso e bons resultados para toda a população da cidade.

www.gazetaesportiva.net

Oct 25, 2012

Boa, professor.

 

Tite prorroga o seu contrato com o Corinthians até o final de 2013

 

Helder Júnior
São Paulo (SP)

O Corinthians não esperou nem o Mundial de Clubes começar para renovar o contrato de Tite. Nesta quarta-feira, exatamente dois anos após a sua reestreia (com vitória por 1 a 0 sobre o rival Palmeiras) no comando do clube do Parque São Jorge, o técnico prorrogou o compromisso até dezembro de 2013.

Com 138 jogos a serviço do Corinthians desde o seu retorno, Tite contabiliza 72 vitórias, 39 empates e 27 derrotas. A primeira passagem, entre 2004 e 2005, rendeu 24 triunfos, 15 igualdades e 12 resultados negativos.

As conquistas do Campeonato Brasileiro de 2011 e da Copa Libertadores da América deste ano valorizaram bastante o comandante corintiano, que já chegou a ser contestado por torcedores. Ao contrário do que ocorreu na temporada passada, quando demorou a renovar o seu contrato com o clube, Tite resolveu a questão rapidamente desta vez e recebeu um aumento salarial.

Na terça-feira, o treinador já dizia que a prorrogação do vínculo com o Corinthians seria efetuada sem muitos problemas. Tite também havia elogiado a diretoria e as transformações por que o clube passou nos últimos anos.

www.gazetaesportiva.net

Aug 30, 2012

Sem surpresas

Kurt Schwitters (1887-1948), “Merzbild Rossfett“, 1919 (Reprodução)

 

O futebol é um esporte fantástico, porque não admite unanimidade.
O torcedor sempre se encarrega de contestar algo, criando um caminho diferente para descrever os fatos. Ontem, tivemos mais uma rodada do Campeonato Brasileiro.
Emoção, gritos e choros sobraram por todo lado.

O Corinthians, como qualquer guri sabe, vive um momento pouco comum no futebol.
Suas duas últimas conquistas ainda não saíram da cabeça do torcedor (e também dos jogadores). Não adianta dizer que isso é bom ou ruim, sendo melhor disputar o Brasileirão com uma fome insaciável de vitórias. Os fatos são mais fortes que este desejo. Por esta razão o time alterna boas e más atuações, vitórias e derrotas.
Até o empate entra na categoria de “deixa prá lá”.

Na noite passada, o Corinthians não fez a melhor exibição do mundo, mas poderia ter vencido.
Mesmo com o Flu mordido, querendo a vitória (que interessante, todos querem sempre jogar tudo contra o Timão!) o resultado poderia ser melhor.
Nada que mude o mundo.

Clássico é clássico

Vi  nos jornais que o Palestra perdeu para a Lusa e o Santos foi batido pelo Bahia.
Pelo que diz o noticiário nos jornais, houve protestos de torcedores palestrinos e santistas. No caso dos esmeraldinos, acho um exagero: clássico é clássico e tudo pode acontecer, como diz a mídia. Inclusive uma vitória por 3 gols da Lusa. No caso santista, não sei qual seria uma boa justificativa. Talvez dizer que jogar contra times baianos  é muito difícil. Pode ser.
Alguns acreditarão.

Mudança

Qualquer mudança na legislação desportiva do país precisa estabelecer o fim da  reeleição para os cargos de dirigentes.
Clubes, Federações e Confederações de qualquer esporte devem ter mandatos de até 3 anos e nada mais.
O pessoal dos tais “desportos olímpicos”, que vivem uma “eternidade” nos altos cargos, que procure o que fazer.

Aug 27, 2012

Futebol e fome.

(Norman Rockwell (1894-1978), “Hobo e o cão”, 1924) (Reprodução)

Qualquer pessoa que estivesse ontem, 26/8, no Pacaembu dirá que o Corinthians poderia ter goleado o Tricolor só com o que jogou nos primeiros 20 minutos de partida.
O Clube adversário estava totalmente abatido e espremido na defesa. Mas, então, por que o Corinthians não marcou três ou quatro gols naquele início fulminante?  Porque faltava uma coisa básica no futebol: fome.
Fome para ganhar, para vencer para buscar o resultado.

Embora a exibição fosse lindíssima, acabou relaxada. Pelo menos dois gols  foram perdidos por pura falta de visão coletiva do futebol.
Quem chutou poderia ter passado para um companheiro em situação muito melhor para marcar.

A equipe não jogou uma partida ruim, mesmo quando o placar virou. Mas faltou aquela determinação que faz o belo futebol virar um grande resultado.

Este estado de espírito, que faz uma equipe disputar um Campeonato como quem joga um amistoso, é o maior alimento para partidas como a de ontem.

Sem fome de vitórias, elas não vêm. Mesmo quando a equipe atua bem.

Nada que mude o mundo.
Mas poderia ser diferente.


Eu presido 

É comovente o esforço do Presidente José Maria Marin em anunciar jogos, eventos, encontros etc e tal, procurando mostrar uma atuação dedicadíssima à frente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol).
Ontem, no Pacaembu, falou mais do que o locutor do estádio. A mídia, como sempre, entra na onda e começa a “mostrar” o serviço realizado.  O problema do Presidente Marin é a falta de terra onde está seu pé. Está se compondo com gregos, troianos e baianos, em busca de uma legitimidade como chefe do futebol pátrio. Falta fazer a cabeça da Presidente Dilma. Ela já derrubou o mais poderoso presidente que a CBF já teve. E se ela continuar de cara fechada, daqui a pouco teremos problemas. Mesmo com todo apoio de dirigentes, de políticos e da (como sempre) mídia. Teixeira teve tudo isso. Faltou o que – até agora – falta a Marin.
E a situação pode ficar complicada.

 

Aug 15, 2012

Olha aí!

Tarsila do Amaral, “Sol Poente” (1929)

 

Este Blog, há muito tempo, vem discutindo o momento ruim que vive nosso futebol.
Sobretudo com ausência de jogadores “foras-de-série”. Isto já ocorreu na Copa da Africa so Sul, 2010, onde o elenco era dos mais fracos que o futebol brasileiro já apresentou. Não adianta a mídia inventar que este ou aquele é craque, por uma ou outra jogada. Com o tempo, a realidade se impõe. O craque Tostão, na
Folha de hoje, 15/8, fala deste grave problema.
É hora de refletirmos sobre ele, ou então, a Copa de 2014 será pesada.

 

Pior do que pensava

TOSTÃO

Após as más atuações e a derrota para o México, o futebol brasileiro está pior do que pensava

Prefiro ver o Brasil melhor no IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) do que ganhar mais medalhas. De qualquer maneira, se quiser evoluir, em todas as áreas, incluindo o esporte, será necessário diminuir as patotas, a perniciosa relação de troca de favores e colocar os mais bem preparados e mais dignos nos cargos estratégicos.

Não basta planejar e investir.

Projeto não fala, não pensa, nem tem alma.

O Brasil joga hoje, contra a Suécia, a última partida no estádio Rasunda, onde ganhou a Copa de 1958. Recentemente, vi, em DVD, todos os jogos, na íntegra. A seleção era melhor do que imaginei com 11 anos, ao escutar as partidas pelo rádio. O Brasil mostrou ao mundo que era possível unir o futebol imprevisível, descontraído e criativo com a eficiência.

Chico Buarque, décadas atrás, em um belíssimo texto, disse que os europeus eram os donos do campo, por ocuparem melhor os espaços, e os brasileiros, os donos da bola, por gostarem de ficar com ela e de tratá-la com intimidade. Hoje, o Brasil não é dono do campo nem dono da bola.

Está pior do que pensava. Antes da Olimpíada, achei que o time, por ser quase o principal, diferentemente de outros países, seria o grande favorito e que nossos jovens dariam show em defesas de jogadores desconhecidos. Enganei-me.

Contra o México, Mano errou ao colocar Alex Sandro no meio-campo, aberto, com a função de ser secretário de Marcelo. Alex Sandro e o time já tinham jogado mal contra a Coreia do Sul. Mano errou também ao levar Hulk. A prioridade era mais um zagueiro ou um lateral direito. A defesa jogou muito mal em todas as partidas.

O Brasil não tem um craque definitivo. O único com chance de ser um fora de série é Neymar. Ainda não é. Sem craques experientes a seu lado, no Santos e na seleção, ficará muito mais difícil para ele evoluir. Neymar vive um momento perigoso. Deram a ele o prestígio de uma celebridade mundial, de gênio, e também uma enorme responsabilidade. Se o Brasil não for campeão do mundo, os mesmos que o adulam vão massacrá-lo.

A formação ineficiente e, muitas vezes, promíscua, nas categorias de base dos clubes, e o estilo de jogar dificultam o aparecimento de craques. Com menos craques, há menos chances de isso mudar. Mano, pelo menos no discurso, tenta fazer alguma coisa, sem sucesso. As marcas da mediocridade foram impregnadas na alma dos jogadores, técnicos e de parte da imprensa.

Não adianta trocar de técnico, a não ser que surja alguém especial, romântico e racional, profundo conhecedor de detalhes técnicos, táticos, observador da alma humana e, ao mesmo tempo, corajoso, combativo e que não precisa gritar, se exibir e dizer que é tudo isso. Falta ao futebol um Zé Roberto.

www.folha.com

Aug 14, 2012

Apoio (em excesso) prejudica

Di Cavalcanti, “Samba” (1925) (reprodução)

Tanto o técnico Mano Menezes quanto o Presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Sr. Carlos Nuzman,  vêm recebendo declarações de apoio por todo lado.
Da mídia em geral, de dirigentes, de políticos, de atletas, de analistas etc. Todas muito interessantes, mas, ao mesmo tempo, muito preocupantes.

Com a derrota para o México, na final do futebol nas Olimpíadas de Londres, o técnico Mano Menezes passou a ser contestado por muita gente.
Mas, defendido por um número ainda maior de pessoas. O Presidente da CBF, José Maria Marin, e o Diretor da Seleção, Andrés Sanches, saíram logo com declarações de apoio ao treinador. A CBF divulgou que até o ex-presidente Lula teria telefonado e elogiado o desempenho brasileiro pela medalha de prata conquistada.

Mano Menezes é um experiente profissional do futebol e sabe que todos estes discursos vão  abaixo se a Seleção não começar a apresentar uma boa atuação nos próximos jogos.
Palavras (ainda que belas) não seguram ninguém no cargo, especialmente na Seleção. Ou vence – e bem – os próximos jogos, ou deve ficar preparado para o pior. E com este elenco de “estrelas” que tem nosso futebol qualquer técnico “suará frio” para dirigir a Seleção.

O Presidente do COB, Sr. Carlos Nuzman,  é outro que vem sendo defendido pelo desempenho em Londres da equipe olímpica do Brasil.
Tabelas, gráficos e elogios brotam como nunca. Da mídia, de políticos e do governo.

Tudo ajuda pouco. Deve o Sr. Nuzman lembrar-se que o governo gastou muito para resultados tão pequenos em Londres.
Isto é um problema. Mas o problema mesmo é que a Presidente Dilma Roussef , que já derrubou o presidente da entidade que dirige o futebol (CBF) , tomou uma simples medida: recusou-se  a receber em audiência o Sr. Ricardo Teixeira. Mesmo com apelos de muitos segmentos (desde cartolas até de políticos – e até  mesmo do ex-presidente Lula), a Presidente bateu o pé e disse: Não recebo! E o Presidente da CBF viu que não daria para comandar o futebol – em uma Copa do Mundo – com um veto deste tamanho.

O Presidente Marin nunca foi recebido pela Presidente da República, mas ele finge que “não é com ele”.
Isto é, não pede audiência. O Sr. Nuzman deve ficar atento. O apoio do governador Cabral e do prefeito do Rio, Paes, são importantes, mas, como no caso da CBF, se a Presidente bater o pé, a coisa toda muda. E aí não adianta apoio na mídia, na política,  etc.
Ninguém teve tanto apoio quanto Ricardo Teixeira  na hora em que deixou o Rio de Janeiro e foi para Miami.

Muito apoio pode atrapalhar.

 

Jul 30, 2012

Futebol, dinheiro e medalhas

Marc Chagall (1887-1985) “Velas do Casamento” (1945)  (reprodução)

 

O empate de 0x0 do Corinthians contra o Bahia não foi um bom resultado.
Nada que mude o mundo, mas poderia ter sido uma vitória para colocar o Timão muito próximo do primeiro pelotão do Campeonato. Como não há nenhuma equipe com grande destaque na ponta, uma sequência de vitórias do Timão recolocaria a competição em disputa real.

Vamos torcer para melhores resultados, pois nada está decidido.
E é muito importante que o time dispute com real empenho para o título do Campeonato Brasileiro. Isso ajuda, inclusive, a preparação para a disputa do final do ano pelo Bi-Mundial.

Grana e COB

Essa discussão sobre a escolha do que é prioritário nos esportes olímpicos  está sendo colocada de forma equivocada.
Não há contradição entre “investir na base do esporte” e “preparar-se para conquistar medalhas”  como vem sendo colocado.

A verdade é que o Brasil está gastando o “mundo e o fundo” nestas últimas décadas nos tais esportes olímpicos.
E é urgente estabelecer-se uma cobrança por resultados: medalhas, recordes ou algo assim. Mas o que vem fazendo o Sr. Nuzman é uma “enrolação”,  saltando de uma edição olímpica  para outra, pedindo cada vez mais recursos públicos sem apresentar resultados positivos.

Como sabemos, o Comitê Olímpico Brasileiro recebeu nestes últimos quatro anos mais de 2 bilhões de reais, segundo mostrou oUOL.  
Os esportes olímpicos da Itália recebem metade do que o nosso comitê, mas alcaçam um desempenho muito superior ao brasileiro.

O que quer Sr. Nuzman é uma grana sem cobranças.
Cada vez mais dinheiro e menos exigências.

Está mais do que na hora de se mudar este jogo.
É necessário ser criado um sistema de avaliação,  mostrando a sociedade que seu esforço de recursos está acompanhado de progresso no campo desportivo.
Ficar dando grana sem qualquer cobrança de resultados, em  algum momento, provocará uma revolta dos investidores privados e públicos.

Jun 19, 2012

O jogo já vai começar

(Botticelli) (Reprodução)

O período mais angustiante de uma grande partida de futebol é a véspera do embate.
Essas 24 horas que faltam para a bola rolar faz em todas as torcidas sofrerem.

O futebol é mágico, porque uma partida nunca está “praticamente definida”.
No basquete, quase sempre, isso não acontece. Também no vôlei, no tênis, na natação. São todos esportes onde o risco de surpresa “é sempre muito baixo”.

No futebol, esta variável está sempre presente.
Como esporte coletivo, necessita de muitas cabeças frias e concentradas para uma partida dar certo. Além de boa preparação, muito treino, esforço, raça e tudo mais, há um enorme espaço para todo tipo de desdobramento e resultados.

Sempre que o Corinthians chega a 24 horas de um jogaço, fico agitado.
A cabela gira à mil e começo pensando em tudo. Jogadores, jogadas, juízes, torcidas e até  se vai chover ou fará frio .

Quando o juiz apita o início do jogo, tudo isso acaba e começa a batalha.
O futebol sempre traz, para o torcedor, a esperança de vitória de seu time. No nosso caso temos uma dose elevada de esperança. Jogamos com vantagens claras de resultado e nosso time vive um bom momento na competição. Vamos esquecer nossas falhas e tocar o barco cheios de motivação e de esperança.
E rumo a uma grande vitória.

Calma, professor!

Não preciso repetir aqui os elogios que tenho feito ao técnico Tite.
Já disse, muitas vezes, que ele é nosso principal craque nestes dois últimos anos. Com um elenco modesto, sem grandes estrelas, vem fazendo o que muitos duvidavam e vencendo compeonatos importantes (como o Brasileiro do ano passado).

Acho que nosso técnico exagerou ao dizer que “é o jogo mais importante da história do Corinthians”, se é que disse realmente isso.

É jogo importante, como tantos outros que tivemos em nossos 100 anos de vida. Isso não diminui em nada a importância do trabalho que vem realizando em nosso clube.

“In Bocca al Lupo!” , nosso querido treinador, Tite.

Pages:12»