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Mar 30, 2016
admin

Resposta do presidente do Conselho Deliberativo

Reproduzimos abaixo a correspondência enviada pelo Presidente do Conselho Deliberativo do Sport Club Corinthians Paulista, Doutor Guilherme Strenger.

Esclareço que sou um dentre os vários signatários do documento protocolado semana passada. Destaco que entre os que assinaram estão, também, dois ilustres ex-presidentes do clube: Dona Marlene Matheus e Sr. Waldemar Pires, junto com tantos outros conselheiros e sócios.

Acerca do título usado na carta (o de “oposição”):

Ele tem apenas objetivo de caracterizar os signatários como pessoas que não fazem parte do corpo dirigente do clube (dessa e das últimas gestões).

Como lembrado, o estatuto não prevê “partidos políticos” dentro da nossa agremiação, embora o atual grupo dirigente sempre tenha se posicionado como “Renovação e Transparência”, tendo inclusive sede permanente.

Como corinthianos preocupados, o objetivo da Carta foi contribuir com nosso querido Clube.

Ademais, cumprimento o presidente do Conselho pelas informações trazidas e pelas medidas anunciadas. Também desejo que o elevado nível dos debates continuem sendo a marca dos nossos associados e conselheiros.

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Mar 23, 2016
admin

CARTA ABERTA DA OPOSIÇÃO E CONSELHEIROS INDEPENDENTES DO CORINTHIANS

Arena_Corinthians_Pitch

Aos respectivos Presidentes do Conselho Deliberativo e do Conselho de Orientação do Sport Club Corinthians Paulista.

Nós, da oposição à atual administração, em conjunto com conselheiros, sócios e a coletividade corinthiana vivemos um momento de intensas preocupações com os fatos e as notícias trazidas a público nos últimos dias.

A saber:

Corinthianos, que somos, e preocupados com nossa agremiação e com seu futuro, dirigimo-nos aos Presidentes do Conselho Deliberativo e do CORI para propor o seguinte:

1 – Quanto ao estádio e à questão da Lava Jato

Exigimos, por ser absolutamente necessário, que os órgãos diretivos do Clube instituam  comissão mista (situação e oposição) especifica para auditar as questão aqui levantadas e determinar o real valor da dívida do estádio.

A correta fixação do valor de custo do estádio é de grande importância para o Corinthians e cremos que a mesma deve ficar próxima dos valores inicialmente pactuados, visto que algumas das alterações vem tendo seus números contestados pelos próprios arquitetos envolvidos na obra. É importante para o Clube que tal comissão acompanhe estes trabalhos de auditoria, reforçando a determinação para se chegar a um valor justo e acima de qualquer questionamento.

2 – Quanto ao rompimento do patrocínio com a Caixa Econômica Federal

É primordial, especialmente num momento de crise financeira para o Clube e para o país, que seja oficiada a diretoria para esclarecer os exatos termos da contratação com empresa de apostas, concorrente da Caixa, que teria levado a instituição bancária a se desinteressar pela renovação do patrocínio do Corinthians, tendo em vista que este correspondia a uma grande fonte de receitas para o Clube. Destaque-se que, em se tratando de organização de consolidado prestígio na área bancária, é inoportuno trocar o patrocínio da Caixa, em favor de uma empresa pouco conhecida e de segurança jurídica questionável.

3 – Quanto à venda do jogador Ralf

As notícias mostram um imbróglio, sem qualquer esclarecimento preciso por parte da direção sobre a transferência do jogador. Cremos que, neste caso também, deve ser instituída uma comissão para esclarecer cabalmente o ocorrido.

É sabido que, em nossa opinião, dever-se-ia encerrar todas parcerias com empresários. Sempre que há contratações ou transferências de jogadores, os ditos “parceiros” atormentam e sangram financeiramente o Clube. Para o Corinthians esta política de “parcerias” tem gerado somente prejuízo, ou quando muito, lucro insignificante.

Estes três pontos citados necessitam ser esclarecidos com a maior objetividade possível. O caso específico do estádio e de sua grave citação na Operação Lava Jato merece rápida e clara posição do Corinthians, de forma a apoiar a investigação do Ministério Público e da Polícia Federal. É necessário colocar à disposição das autoridades todos os números, contratos e demais dados referentes a esta questão.

Igualmente, devemos destacar que qualquer menção a dirigentes e funcionários do Corinthians devem respeitar o direito à defesa, dando a todos a oportunidade de elucidar o que for apontado pela investigação, sem julgamentos prévios e sem comodismo com os eventuais erros praticados.

É inegável que sem superar, de imediato, os graves problemas aqui apresentados, torna-se extremamente difícil a negociação dos Naming Rights.

É obrigação, dever mesmo, de uma oposição responsável nos momentos em que o Clube encontra-se exposto de maneira de tão negativa junto à sua torcida e às autoridades do país manifestar-se e exigir esclarecimentos da Diretoria. É o que estamos fazendo.

 

Mar 17, 2016

Uma vitória importante

EM NOITE DE LUCCA, TIMÃO VENCE O CERRO E ASSUME LIDERANÇA DO GRUPO NA LIBERTADORES

Corinthians venceu o Cerro Porteño na noite desta quarta-feira
Corinthians venceu o Cerro Porteño na noite desta quarta-feira

Foto: Daniel Augusto Jr/Ag. Corinthians

Depois da derrota no Paraguai, o Corinthians recebeu o Cerro Porteño na Arena e não deu chances para o adversário. Pressionou e dominou os 90 minutos da partida e saiu com a vitória, conquistando a liderança do grupo 8 da Libertadores. O Timão venceu o duelo por 2 a 0.

O grande nome do jogo foi o atacante Lucca. Após algumas partidas abaixo da média, o jogador voltou a atuar bem e fez seu melhor jogo com a camisa do Timão. O atacante participou da maioria das jogadas de perigo da partida e marcou os dois gols na noite. Agora ele é o artilheiro da equipe em 2016, ao lado de Romero, com quatro gols cada um.

Além da pressão dentro de campo, o Cerro Porteño também precisou lidar com a força da Fiel. 42.403 pagantes compareceram ao estádio alvinegro, que registrou o maior público do Corinthians em 2016.

Só deu Timão!

Jogando em casa, o Corinthians começou pressionando o Cerro. Logo aos quatro minutos da partida, em um contra-ataque veloz, Luciano tocou para Maycon na entrada da área. O volante acertou um chute na trave de Silva, mostrando o cartão de visita alvinegro.

Os primeiros minutos da partida ficaram marcados pela boa participação de Uendel e Lucca. Boa parte das jogadas criadas saíram dos pés do lateral Uendel. Lucca também chegou bem no gol.

Pressionado, o Cerro tentava sair com velocidade, mas não conseguia passar pela zaga alvinegra. A primeira chance, aos nove, saiu dos pés de Rodrigo Rojas, mas foi para fora. Cássio ficou com o tiro de meta.

Com poucas chances, os paraguaios começaram a marcar mais faltas. Aos 20 minutos, Víctor Mareco dividiu forte com Luciano e depois falou algo. O atacante do Timão não gostou do que ouviu e discutiu com o jogador. O árbitro amarelou os dois jogadores pela confusão.

Minutos depois, aos 23, a pressão deu resultado. Bruno Henrique dividiu uma bola dentro da área e deu passe para Lucca. O atacante se antecipou ao zagueiro do Cerro e abriu o placar para o Timão na Arena. 1 a 0.

Aproveitando o embalo do gol, aos 27, Lucca passou a bola para Giovanni Augusto, que cruzou rasteiro dentro da área. Luciano tentou um carrinho, mas não acertou a bola levando a Fiel a loucura.

Somente aos 32, o Cerro conseguiu criar uma nova chance de gol. Rojas cobrou falta e Felipe cortou de cabeça, mas a bola passou muito perto de Cássio, assustando aos torcedores. Dois minutos depois, porém, foi a vez do Timão levar perigo ao gol de Anthony Silva. Lucca recebeu de Guilherme e arriscou um belo chute de fora da área, a bola fez uma curva e quase entrou na gaveta. Seria um golaço!

Mesmo com o final do primeiro tempo próximo, o Corinthians continuou indo para cima. Aos 36, Giovanni Augusto apareceu pela direita e bateu colocado. Silva se esticou todo e evitou o segundo gol. Aos 38, Maycon apareceu como homem surpresa dentro da área, livre, mas não conseguiu se livrar de Silva. A bola escapou e a zaga afastou.

Com grande superioridade do Timão, o primeiro tempo acabou com o placar de 1 a 0. O Corinthians teve 68% de posse de bola e finalizou sete vezes para o gol na etapa inicial.

Lucca de novo!

As duas equipes retornaram a campo sem alterações para o segundo tempo. De novo, o Timão não deu nem tempo para os jogadores paraguaios pensarem. Logo aos três minutos, Lucca apareceu pela esquerda e fez o cruzamento, mas a zaga do Cerro tirou. Na sobra, Uendel chegou até a linha de fundo, mas cruzou muito fechado e Silva defendeu.

Na tentativa de evitar um domínio amplo, como no primeiro tempo, o Cerro passou a bater mais. Maycon sofreu falta dura de Oviedo na esquerda. Minutos depois, Estigarribia empurrou claramente Fagner. Nenhuma das duas faltas rendeu punição aos paraguaios.

Antes dos dez minutos, Lucca protagonizou dois grandes lances. No primeiro, Fagner apareceu na área e tocou para Lucca, que bateu de primeira e quase marcou. Um minuto depois, ele deu um lençol em Valdez com toque de cabeça, avançou com velocidade e bateu rasteiro. Silva se esticou todo e fez a defesa.

Depois das tentativas frustadas, finalmente, o camisa 30 conseguiu mandar a bola novamente para o fundo do gol. Aos 16 minutos, o atacante tentou cruzar para a área e o zagueiro Victor Mareco tentou tirar de cabeça, mas mandou a bola direto para dentro do gol. O árbitro deu o gol para o atacante do Timão. 2 a 0.

Depois do segundo gol, o jogo deu uma acalmada, mas o Corinthians continuou pressionando. Aos 23 minutos, Maycon recebeu cruzamento, levantou a cabeça e cruzou na medida para Luciano. O atacante finalizou por cima do gol do Cerro.

Aos 27, um susto para a Fiel! O meia Giovanni Augusto, que fez boa partida, caiu no gramado após chutar a bola, sozinho. O camisa 17 recebeu atendimento médico e retornou normalmente para o jogo. Danilo, no banco, chegou até a aquecer para entrar.

Com o jogo encaminhando para a reta final, o técnico Tite promoveu a primeira mudança na equipe. Aos 32, o atacante Luciano deixou o campo muito ovacionado pela torcida para a entrada de Danilo. Aos 35, foi a vez de Bruno Henrique sair para a entrada de Willians.

Na sequência, o Cerro Porteño conseguiu chegar com perigo pela direita. Bonet bateu rasteiro e Cássio caiu no canto e fez bela defesa. O camisa 12 quase não foi exigido durante a partida.

Com o placar favorável e faltando pouco para acabar o duelo, o técnico Tite começou a pedir para os jogadores manterem a bola no pé. Para fechar, aos 43, o treinador ainda promoveu a entrada de Alan Mineiro no lugar de Giovanni Augusto. A vitória garantiu a liderança do grupo 8 para o Timão. A equipe agora tem nove pontos – Santa Fe e Cerro possuem sete; o Cobresal segue zerado. Todo o grupo já realizou quatro partidas.

O próximo compromisso do Corinthians já é neste sábado. A equipe recebe o Linense, novamente na Arena, às 16h. A partida será válida pela décima rodada do Paulistão. Pela Libertadores, o Timão só volta a jogar em abril, no dia 6, contra o Santa Fé, em Bogotá.

www.meutimao.com.br

Mar 9, 2016

Vencer os problemas

A reunião do Conselho Deliberativo do Corinthians, realizada na última segunda-feira (dia 7), foi muito relevante para toda a coletividade corinthiana. Importante para o passado, para o presente e para o futuro.

Nos últimos anos, nos acostumamos a ouvir todo tipo ataque: “o estádio é com dinheiro público doado”; “o estádio é obra do governo Lula”; “o estádio não é do Corinthians, é da Odebrecht”; “o Corinthians ganhou o estádio”; etc e tal. Foi sempre um bombardeio procurando mostrar que o Corinthians, de forma ilícita, ganhou um estádio dos cofres públicos.

Isso sempre foi uma tremenda bobagem. Infelizmente, muitos corinthianos (de forma equivocada) ajudaram nesta contra-campanha. Era comum corinthiano dizer “o Corinthians não precisa pagar nada”; “o Timão não vai botar nenhum centavo no estádio”; “só com os camarotes já será possível pagar tudo”. Era evidente equívoco.

Nossa bela Arena foi uma decisão correta do clube. Como vimos agora mais claramente, sem a Copa do Mundo, não teria sido possível a sua construção.

O fato é que temos uma Arena e muitos problemas para pagá-la. Não foi doação, como dizia a mídia anti-corinthiana. Ela nasceu de quatro empréstimos: um do BNDES-Caixa, nas mesmas condições que tiveram todas as Arenas da Copa -e outros três com instituições financeiras privadas, por conta dos atrasos nas negociações com os Bancos Públicos.

A quitação dos empréstimos, como foi dito, se dará com a receita das rendas dos jogos do Corinthians, a venda do nome do estádio (Naming Rights), o aluguel de cadeiras e camarotes e, finalmente, pelo CID (título público municipal para quem investe na região leste). Há também toda a receita de negócios dentro do estádio (bares, estacionamento, lojas etc).

Todo o esforço do clube para gerar as receitas, no entanto, ainda não alcançam as necessidades para o pagamento. Muito precisa ser feito de economia e esforço para arrecadar mais e pagar o estádio.

Também é preciso reconhecer, como foi feito na reunião do Conselho, que o Brasil de hoje não é o Brasil da época em que foi levantada a Arena.

Uma brutal crise financeira atinge todo o país, e isso reduz a capacidade das empresas para investir.

Neste quadro dramático, tornou-se difícil vender cadeiras e camarotes, negociar CIDs e encontrar empresas dispostas a fazer um contrato de 20 anos de Naming Rights.

Essas dificuldades só podem ser vencidas com muito trabalho. O plano apresentado pela Diretoria Financeira para aumentar os ganhos de exploração do estádio é um caminho importante e deve ser implementado rapidamente. Devemos economizar tudo o que for possível e lutar pelo aumento de receita.

É um desafio grande, mas tenho certeza que o clube vencerá. E para isso, todos devem ajudar.

Até os ingressos de cortesias para “assessores e conselheiros” devem acabar, mesmo que não representem um item destacado de receita. É importante pelo exemplo aos corinthianos. Não tenho problema de falar isso, pois sempre defendi o fim de todas as “cortesias”. Inclusive essa de “assessores”, que chegou -no período da última eleição- ser superior a 400 (carteirinhas e votos).

Precisamos, também, conclamar os torcedores corinthianos de renda alta para que comprem cadeiras e camarotes. Isto já ajudaria muito.

Por outro lado, lamentavelmente, a crise econômica não apresenta um quadro de recuperação que possa estimular a venda dos CIDs e do NR. Mas o clube deve tentar e trabalhar seriamente em cima desta questão.

Neste Brasil de economia arrebentada, ninguém construiria uma Arena como a do Corinthians. Ouso dizer que nos próximos 20 anos ninguém fará nada igual (ou mesmo parecido).

Isso só reforça nossa disposição de luta para pagarmos o estádio, que veio com a Copa e tanto nos orgulha.

É hora da raça. E ninguém tem raça como nós. Cada obstáculo que vier, encontraremos força para ultrapassá-lo.

É o que devemos deixar para as novas gerações de corinthianos que estão vindo por aí.

Nunca foi tão importante, como agora, lembrar do Chico Mendes e dizer “Vai Corinthians”.