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Dec 7, 2012

Trabiju lidera ranking de desenvolvimento de municípios brasileiros

Interior de São Paulo lidera ranking de desenvolvimento

Entre os 10 municípios com melhor desempenho no País segundo estudo da Fundação Getúlio Vargas, 7 são paulistas

VITOR HUGO BRANDALISE – O Estado de S.Paulo

Cidades do interior paulista lideram o novo ranking de desenvolvimento social dos municípios brasileiros da Fundação Getúlio Vargas (FGV), divulgado ontem. Dos 556 municípios que apresentam melhor desempenho do País, 55,2% ficam no interior – entre os dez primeiros, sete são paulistas.

A cidade líder do ranking foi Trabiju, de 1.544 habitantes na região de Araraquara, com nota 6,28 na escala de 0 a 10, acima da média nacional (nota 5). No total, 619 dos 645 municípios paulistas (ou 96%) receberam notas acima da média. Apesar de apresentar desempenho superior à média nacional, a capital recebeu avaliação inferior à média do Estado – 5,71 para o Estado todo e 5,64 para a capital – e ficou em oitavo no ranking nacional de capitais, atrás de cidades como Rio, Goiânia, Vitória, Curitiba e Florianópolis.

O estudo levou em conta o desempenho em habitação, renda, trabalho, educação, saúde e segurança desses municípios, utilizando dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e dos Ministérios da Saúde e da Educação. “O objetivo é indicar as cidades com menor índice de desenvolvimento, para incentivar a elaboração de políticas públicas”, disse André Portela, coordenador do estudo.

A pesquisa apontou também que o ritmo de melhorias sociais em São Paulo diminuiu na comparação entre 2000 e 2010.

Estadão, http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,interior-de-sao-paulo-lidera-ranking-de-desenvolvimento-,969402,0.htm, 5/12/2012
Dec 7, 2012

Destaque paulista no Índice FIRJAN de Desenvolvimento Municipal

Brasil mais que dobrou municípios com desenvolvimento moderado na década

Criado pelo Sistema FIRJAN para acompanhar a evolução socioeconômica dos 5.565 municípios brasileiros, o Índice FIRJAN de Desenvolvimento Municipal (IFDM) revelou, em sua quinta edição, que entre 2000 e 2010, mais que dobrou a quantidade de cidades brasileiras em patamar moderado de desenvolvimento.

Nesse período, a participação de municípios na faixa moderada subiu de 30,1% (1.655 municípios) para 61% (3.391 municípios). No mesmo período, também caiu a presença de cidades na categoria de baixo desenvolvimento: de 18,2% (1.005 municípios) em 2000 para 0,3% (seis municípios). Embora continue pequeno, o número de cidades com patamar de alto desenvolvimento registrou crescimento expressivo. Passou de 19 cidades em 2000 para 328 cidades em 2010.

Com periodicidade anual, recorte municipal e abrangência nacional, o IFDM considera três áreas de desenvolvimento – Emprego & Renda, Educação e Saúde – e utiliza-se de estatísticas oficiais divulgadas pelos Ministérios do Trabalho, Educação e Saúde. Em 2012, os dados oficiais mais recentes disponíveis são de 2010, o que possibilitou uma análise detalhada das transformações sociais que marcaram o Brasil na primeira década dos anos 2000.

O estudo começou em 2008, comparando os anos de 2005 e 2000, e permite determinar com precisão se a melhora ocorrida em determinado município foi decorrente de medidas políticas ou apenas reflexo da queda de outro município. O índice varia de 0 (mínimo) a 1 ponto (máximo) para classificar o nível de cada localidade em quatro categorias: baixo (de 0 a 0,4), regular (0,4001 a 0,6), moderado (de 0,6001 a 0,8) e alto (0,8001 a 1) desenvolvimento.

Recuperação frente à crise econômica mundial
  
A média brasileira do IFDM atingiu 0,7899 pontos em 2010, um crescimento de 3,9% em relação a 2009, mantendo-se na faixa de classificação de desenvolvimento moderado. Os dados refletem não só a recuperação da economia brasileira frente à crise mundial de 2008 e 2009, mas também avanços nas áreas de Emprego & Renda e Educação.

A principal contribuição para a média brasileira partiu da vertente Emprego & Renda. O indicador manteve-se na faixa moderada, mas aumentou 8,6% em apenas um ano, passando de 0,7286 para 0,7914 pontos, como resultado da geração recorde de mais de dois milhões de empregos em 2010.

Apesar do significativo crescimento, o IFDM Emprego & Renda avançou em pouco mais da metade (52,2%) das cidades brasileiras, onde foram gerados 75% dos empregos com carteira assinada em 2010, revelando que o mercado formal de trabalho brasileiro ainda é concentrado.

A categoria Educação manteve a tendência de evolução observada nos últimos anos e alcançou 0,7692 pontos, desenvolvimento moderado. A pontuação representou um avanço de 2,5% em comparação com o ano anterior, com crescimento em 81,5% dos municípios. Em particular, destacou-se a expansão no atendimento da educação infantil no Brasil, que em 2010 progrediu em mais de 80% das cidades. A quantidade de crianças em idade pré-escolar matriculadas no país subiu de 34,9% em 2009 para 40,1% no ano seguinte.

Na Saúde, o indicador ficou praticamente estável, mas manteve-se em patamar de alto desenvolvimento, atingindo 0,8091 pontos: crescimento de 0,9% em 2010, quando 64,8% dos municípios avançaram nessa área de desenvolvimento. Entre as variáveis de saúde básica acompanhadas pelo estudo, o destaque de 2010 ficou para o aumento do número de gestantes com sete ou mais consultas pré-natal, o que ocorreu em quase 70% do país. Ainda assim, apenas 5,3% dos municípios têm mais de 90% das gestantes fazendo pré-natal corretamente.

Nordeste foi a região que mais evoluiu na década: 97,8% das cidades apresentaram crescimento do IFDM

Os resultados do IFDM revelam a expressiva transformação socioeconômica pela qual passou o Brasil na última década. Dos 5.565 municípios brasileiros, 2.055 (36,9%) ascenderam à condição de desenvolvimento moderado a alto em dez anos.

No entanto, as análises regionais confirmam que as desigualdades regionais persistem. As regiões Sul e Sudeste predominam entre os 500 maiores IFDMs, com 91,2% de participação em 2010, enquanto Norte e Nordeste representam a maioria (96,4%) entre os 500 municípios com menores desempenhos.

Na última década a região Sul se consolidou como a mais desenvolvida do Brasil. Praticamente todos os municípios (96,6%, 1.119 cidades) evoluíram no período. Em 2010, 97,2% dos municípios (1.126) foram classificados com desenvolvimento de moderado a alto, enquanto esse percentual era de 55,1% (638 municípios) em 2000.

A região Sudeste se destacou na última década, quando 93,9% (1.464) de seus municípios registraram crescimento do IFDM. O Sudeste concentra as cidades mais desenvolvidas do país: 86 dos 100 maiores IFDMs são da região. No entanto, quando comparada ao Sul, revela-se mais desigual: 10,4% dos municípios estão abaixo de 0,6 pontos (de regular a baixo desenvolvimento), proporção três vezes superior ao Sul.

O estudo revela ainda que o Centro-Oeste se aproximou do patamar do Sudeste. Em 2010, 88,5% dos municípios da região registraram IFDM acima de 0,6 pontos, percentual muito próximo ao observado na região Sudeste (89,7%). Dos 465 municípios da região, 327 ascenderam à condição de desenvolvimento moderado a alto na última década. Em 2000, apenas 18,4% dos municípios do Centro-Oeste estavam nessa situação.

Em dez anos, o Nordeste foi a região brasileira que mais evoluiu: 97,8% (1.748 municípios) das cidades apresentaram crescimento do IFDM. Ainda assim, 67,6% (1.217) dos municípios ainda apresentam IFDM abaixo de 0,6 pontos, em nível de desenvolvimento baixo ou regular.

A região Norte destoou das demais regiões do país, não só pela baixa pontuação alcançada por seus municípios no IFDM, mas pela lenta evolução ao longo da década. A região tem a maior proporção de municípios classificados com desenvolvimento baixo ou regular (abaixo de 0,6 pontos): 77,7% (351 cidades). Além disso, 8% (38 municípios) regrediram e estão em situação pior do que a registrada em 2000. No Norte do país, apenas dois municípios possuem alto desenvolvimento: as capitais Palmas (TO) e Porto Velho (RO).

Palmas (TO) foi a capital que mais evoluiu na década: crescimento de 40%

Na década, a capital que mais evoluiu foi Palmas (TO), que subiu de 0,6155 pontos em 2000 para 0,8644 em 2010, uma variação de 40,4%, alcançando o 6° lugar no ranking mais recente.

Em 2010 as três primeiras colocações do IFDM no ranking das capitais brasileiras novamente ficaram com Curitiba (0,9024 pontos), São Paulo (0,8969) e Vitória (0,8927), que desde 2005 se revezam no topo da lista. No restante da tabela, vale destacar o desempenho de Porto Velho, em 15° lugar, capital que entrou no rol de municípios com classificação de alto desenvolvimento, atingindo 0,8072 pontos.

Também integram o grupo, além dos três primeiros colocados, Belo Horizonte (0,8756 pontos – 4° lugar); Florianópolis (0,8737 – 5° lugar); Palmas (0,8644 – 6° lugar), Goiânia (0,8610 – 7° lugar), Campo Grande (0,8578 – 8° lugar), Rio de Janeiro (0,8501 – 9° lugar), Porto Alegre (0,8329 – 10° lugar), Cuiabá (0,8292 – 11° lugar), Recife (0,8258 – 12° lugar), Teresina (0,8181 – 13° lugar) e Natal (0,8156 – 14° lugar).

O IFDM Emprego & Renda manteve-se acima de 0,8 pontos em todas as capitais brasileiras, com exceção da última colocada, Manaus, que, apesar de figurar novamente na 26ª posição, cresceu 3,6% de 2009 para 2010, passando de 0,6798 pontos para 0,7043.

Santa Catarina, Minas Gerais e Rio Grande do Sul: primeira vez no patamar de alto desenvolvimento no ranking estadual

Embora o IFDM seja um indicador que acompanhe o desempenho dos municípios, a divulgação das estatísticas oficiais dos estados também permite a criação de um ranking comparando o desempenho das 27 unidades de federação do país, incluindo o Distrito Federal. Na lista, São Paulo (0,8940 pontos) e Paraná (0,8427) mantiveram as duas primeiras colocações pelo sexto ano consecutivo.

O grande destaque ficou para Santa Catarina (0,8261), estado que alcançou grau de alto desenvolvimento e assumiu a terceira colocação, que pertencia ao Rio de Janeiro (0,8230). Em 5º e 6° lugares, aparecem Minas Gerais (0,8197 pontos) e Rio Grande do Sul (0,8190), que também integram pela primeira vez o rol dos estados com alto grau de desenvolvimento. Com essas conquistas, o número de estados com a melhor classificação passou de três em 2009 para seis em 2010.

Na parte de baixo do ranking dos estados, Alagoas seguiu com o pior desempenho: praticamente não evoluiu no IFDM 2010, mantendo-se como o único estado brasileiro com grau de desenvolvimento regular (abaixo de 0,6 pontos): 0,5943 pontos.

Em relação a 2009, as maiores variações no IFDM ficaram com o Pará (5,2%) que alcançou o patamar de desenvolvimento moderado; Pernambuco (6%) e Maranhão (4,8%). Nos três estados, a principal contribuição para o crescimento do IFDM partiu da vertente Emprego & Renda.

O único estado a apresentar variação negativa do IFDM (-1,1%) em 2010 foi Roraima, também sob influência da vertente Emprego & Renda. O estado não avançou nessa área, com redução na remuneração de seus trabalhadores e pouca oferta de novos postos de trabalho. Com isso, perdeu três colocações no ranking dos estados, caindo da 18ª posição (0,6538 pontos), em 2009, para a 21ª (0,6464), no ano seguinte.

Seis cidades do país em condição de baixo desenvolvimento: apenas 3 mil empregos para 120 mil habitantes

Em 2010, seis cidades ainda apresentaram classificação de baixo desenvolvimento (IFDM abaixo de 0,4 pontos) no país, localizadas no Norte e Nordeste: Jordão (AC); São Paulo de Olivença (AM); Tremedal (BA); Bagres (PA); Porto de Móz (PA) e Fernando Falcão (MA). Em comum, as seis cidades com pior desempenho no IFDM têm graves lacunas em todas as vertentes acompanhadas pelo IFDM, apresentando uma realidade socioeconômica precária.

Para se ter uma ideia, em 2010 as seis cidades juntas somavam pouco mais de 3,2 mil postos formais de trabalho para uma população total de mais de 120 mil habitantes. No Brasil, são 46 milhões de empregos com carteira assinada para 190 milhões de habitantes. Do grupo, a cidade que gerou mais postos de trabalho em 2010 foi Bagres (PA), com apenas três vagas.

Em cinco dos seis municípios houve redução do salário médio frente a 2009, enquanto apenas 25% das crianças de até seis anos estão em creches e pré-escola (no Brasil, a média é de 40%). Na maioria desses municípios, não há sequer 10% de seus professores com diploma de ensino superior. Na cidade de Jordão (AC), apenas 3,1% dos docentes tem essa qualificação, enquanto a média observada no país é de 74%.

No quesito saúde, a situação também é preocupante. Enquanto a Organização Mundial da Saúde recomenda que as gestantes façam, no mínimo, sete consultas durante o pré-natal, o que ocorreu com 58% das grávidas brasileiras, nas cidades de Jordão (AC), Fernando Falcão (MA) e Porto de Moz (PA), menos de 10% das gestantes foram ao médico mais de seis vezes. Em São Paulo de Olivença (AM), menos de 1%.

Dos 100 melhores resultados em Educação, 98 são cidades de São Paulo

O estado de São Paulo manteve liderança esmagadora no ranking de Educação: dos 100 melhores resultados de 2010, 98 são paulistas, sendo nove com nota máxima (1 ponto): Marapoama, Meridiano, Taguaí, Fernão, Santa Salete, Turmalina, Rubineia, Dolcinópolis, Oscar Bressane (sendo os dois últimos repetindo o desempenho de 2009).

Entre os 500 melhores, 486 são paulistas. Na sequência, aparecem os estados de Minas Gerais (26), Santa Catarina (14), Rio Grande do Sul (14) e Espírito Santo (14). Entre os 500 piores resultados nessa vertente, a Bahia segue com o maior número de municípios (191), seguida pelo Pará (68).

Entre 2000 e 2010, quase todos os municípios brasileiros (mais de 98%) avançaram em Educação, o que reforça a existência de reais e contínuos avanços na área de educação no Brasil. Em 2010, 88,2% dos municípios foram classificados com desenvolvimento moderado e alto (acima de 0,6 pontos), percentual mais de duas vezes superior aos 39,7% do IFDM de Educação de 2000.

Apesar de a principal contribuição para o crescimento da média brasileira do IFDM tenha partido da vertente Emprego & Renda, apenas 152 dos 5.565 municípios brasileiros receberam classificação de alto desenvolvimento (IFDM acima de 0,8 pontos) em 2010. Há dez anos, mais de 95% dos municípios se encontravam em patamar de desenvolvimento baixo ou regular, enquanto em 2010 esse número continuou alto: 87,8%. Em 2010, apenas dois municípios alcançaram a nota máxima (1 ponto) na vertente Emprego & Renda do IFDM: Ipojuca (PE), pelo segundo ano consecutivo, e Araucária (PR).

No IFDM Saúde 2010, apenas três municípios atingiram a nota máxima: Rancho Alegre d’Oeste (PR), Dom Pedro de Alcântara (RS) e Santo Antônio de Palma (RS). Na outra ponta do ranking de Saúde, o menor índice ficou com São Paulo de Olivença (AM), com 0,4421 pontos.

Pelo sexto ano consecutivo, os municípios do Rio Grande do Sul são os mais representativos no topo do ranking: 173 dos 500 maiores IFDMs de Saúde são gaúchos. O Top 500 também teve participação expressiva dos municípios dos estados do Paraná e de São Paulo: 113 e 84 municípios, respectivamente.



 

FIRJAN, http://www.firjan.org.br/data/pages/2C908CEC3B4DD6E3013B5855921A23F4.htm

 

Nov 19, 2012

Boa notícia

 

SP é centro financeiro promissor, diz estudo

 

Cidade ocupa 5º lugar em ranking das que mais ganharão importância

Crescimento econômico do país e destaque na mídia internacional contribuíram para resultado favorável

ÉRICA FRAGADE SÃO PAULO
 

A cidade de São Paulo ainda está longe de figurar entre os principais centros financeiros do mundo, mas já é vista por executivos do setor como um dos mais promissores.

É o que mostra a mais recente versão do estudo “The Global Financial Centres Index” da consultoria britânica Z/Yen Group.

Em um ranking de 77 centros financeiros por ordem de importância, a capital paulista ocupa a 48ª posição, à frente de Rio de Janeiro, que está em 52º lugar.

Apesar de não estar nem na primeira metade da lista das praças mais desenvolvidas, São Paulo aparece em quinto lugar em um ranking separado compilado pela consultoria que considera apenas as respostas à pergunta: que centros financeiros devem ganhar importância?

CRESCIMENTO

Essa foi a primeira vez desde que a pesquisa começou a ser feita em 2007 que São Paulo é citada como um dos centros mais promissores.

“Acho que a menção se deve ao crescimento econômico do Brasil e ao maior destaque que o país vem tendo nas análises e na mídia globais”, diz Mark Yeandle, coordenador da pesquisa.

Para Renato Furtado, diretor da empresa de recrutamento Russell Reynolds Associates, o fato de que a economia brasileira tem apresentado desempenho econômico mais favorável que o de países desenvolvidos ajuda na percepção de que a importância de cidades como São Paulo aumentou.

“Em comparação com o resto do mundo, o Brasil vive um bom momento, embora aquém do que poderia. Ou seja, o fato de o país ter ficado mais bonito tem um pouco a ver com os outros terem ficado mais feios”, diz Furtado, que é responsável pela área de serviços financeiros.

Marzo Bernardi, diretor-executivo da gestora de recursos Western Asset, acredita que a maior lembrança de investidores em relação a São Paulo está ligada ao aumento do fluxo de capitais para o Brasil nos últimos anos.

O executivo também menciona ações de entidades de classe do setor financeiro para promover a imagem do país no exterior:

“Acho que esses eventos também ajudam.”

LONGE DO TOPO

Especialistas do setor financeiro acreditam, no entanto, que o caminho para que São Paulo passe a figurar entre os centros mais desenvolvidos ainda é longo.

O ranking dos 77 principais centros financeiros elaborado pela Z/Yen considera tanto respostas dadas por 1.890 executivos do setor a perguntas feitas pela consultoria, quanto diversos indicadores, como medidas de competitividade, condições do setor de infraestrutura, corrupção e qualidade da mão de obra.

Segundo Yeandle, São Paulo tem sido bem avaliada em tópicos como crescimento econômico, alíquotas de imposto de renda de pessoa física e confiança dos empresários. Mas vai mal quando são analisados tópicos relacionados a liberdade econômica, risco político, inovação e infraestrutura.

www.folha.com.br

Nov 19, 2012

O ciclo de crescimento chegou ao fim ?

 

Mercado reduz estimativas de inflação e PIB para 2012 e 2013 

Luciana Cobucci, Direto de Brasília
 
Após sucessivas altas, os economistas consultados pelo Banco Central (BC) reduziram, nesta segunda-feira, a previsão de inflação para este ano de 5,46% para 5,45%. A estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, que é a soma de todas as riquezas produzidas no País, também caiu e passou de 1,54% para 1,52%. As informações constam no boletim Focus, divulgado semanalmente pela autoridade monetária.
O movimento das previsões para o ano que vem é o mesmo. O mercado reduziu de 5,4% para 5,39% a expectativa de inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2013. A estimativa para o desempenho da economia no próximo ano teve ligeira queda de 5,4% para 5,39%.
Nas estimativas oficiais, a previsão é que em 2012 o IPCA seja de 5,2% e em 2013 ela se aproxime do centro da meta, que é 4,5%. Já as estimativas de crescimento da economia brasileira estão em torno de 2% este ano e 4% no ano que vem.
 
Nov 19, 2012

Uma discussão importante.

Os problemas de uma política de esportes

 

19/11/2012
Autor:

Coluna Econômica

Há tempos o Ministério da Saúde firmou parceria com grandes hospitais privados, como o Sírio Libanês e o Albert Einstein para difundir seu conhecimento para polos hospitalares em todos os cantos do país.

O mesmo procedimento deveria ser adotado pelo Ministério dos Esportes com os grandes clubes esportivos, que se dedicaram ao desenvolvimento de atletas.

No Seminário “Gestão Esportiva”, do projeto Brasilianas, foi apresentado o “case” do Esporte Clube Pinheiro, de São Paulo.

O clube tem 113 anos, 38 mil associados num total de 136 mil pessoas, 2.900 atletas e um orçamento anual de R$ 132 milhões.

De 1960 a 2012 preparou atletas responsáveis por 10% das medalhas olímpiadas obtidas pelo Brasil, desde os pioneiros Manuel dos Santos (primeiro medalhista olímpico de natação), a João do Pulo, Douglas Vieira, Gustavo Borges, César Cielo e Rafael Silva.

Existem 130 diretores trabalhando voluntariamente na área de esportes amadores. Seu papel principal é o da formação de atletas potenciais com recursos do clube e das leis de incentivo.

Se o Pinheiros fosse um país, no último Panamericano teria sido o 9o colocado – o Brasil foi o 3o.

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Responsável pelos projetos de Lei de Incentivo ao Esporte do Clube, Suzana Pasternak constata haver muito recurso para preparar o país para as Olimpíadas, mas pouco conhecimento sobre o que fazer com ele.

Hoje em dia, há um conjunto de atletas levados a toda sorte de eventos, sem nenhuma forma de planejamento, diz ela. O atleta sai de casa, entra em estado de fadiga, com um treinamento intensivo sem orientação esportiva e psicológica, diz ela. Falta conhecimento dentro das próprias organizações esportivas.

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O foco do Pinheiros não é o atleta que aparece na mídia. Quando os atletas adquirem essa dimensão, o clube não rem condições de retê-lo. A importância do atleta campeão é no fomento à sua modalidade. Mas o foco de qualquer política olímpica tem que ser os jovens e, especialmente, as crianças com potencial.

Quando Cielo tornou-se superestrela, não cabia mais no bolso do clube. A opção era investir ou em um único atleta ou na base de 5 mil jovens preparados pelo clube.

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O grande problema das políticas públicas é a falta de técnicos especializados em gestão do esporte. Não adianta apenas faculdade de educação física, diz Suzana. Gestão de esporte é  muito mais que isso. Há a necessidade de suporte dos parceiros públicos para trabalho mais consistente.

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Mais crítico, o advogado Alberto Murray Neto tem denunciado sistematicamente o que considera gestão temerária de Carlos Arthur Nuzman à frente do COI (Comitê Olímpico Brasileiro).

Seu avô, Major Silvio de Magalhães Padilha, foi primeiro finalista olímpico da América do Sul em provas de atletismo nas Olimpíadas. Hoje em dia, ele dirige uma ONG com o nome do avô.

Major Silvio criou as bases do esporte em São Paulo, precedendo a União. Em 1939, criou a primeira Secretaria de Esportes do país.
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Alberto considera que não há política pública de esportes no Brasil. E que o Plano Emergencial de Medalhas para os Jogos Olímpicos de 2016 é uma farsa. “Só quem não entende nada de esportes pode acreditar que pode-se criar uma potência olímpica trabalhando 4 anos apenas”, diz ele.

 

A visão integrada

Segundo ele, uma política desportiva precisaria, de partida, envolver o Ministério da Educação, da Saúde e das Cidades, para poder massificar o esporte. 12% das escolas públicas têm espaços mal ajambrados chamados de de praças de esporte, com professores de educação física mal remunerados, diz ele. Nos Estados Unidos, o esporte é inteiramente calcado na escola e nas Universidades.

O modelo americano

Em Nova York foram criados centros desportivos em inúmeros bairros, dentro da estratégia de diminuição da criminalidade. No caso do Brasil, não existem nem leis permitindo o uso do espaço urbano para isso. No caso brasileiro,  Ministério dos Esportes, COI, Federações e Confederações atuam sem um papel definido. Não há um agente coordenador dos recursos e dos esforços. E os recursos maiores são aplicados apenas nos grandes atletas.

O gasto com as Olimpíadas

Nunca houve tanto recurso disponível, diz ele. No ciclo olímpico, que acabou em Londres, fora, R$ 550 milhões da Lei Piva, R$ 520 milhões de patrocínio de estatais, R$ 644 milhões do Ministério dos Esportes, R$ 433 milhões de renúncia fiscal. E os resultados foram pífios. Com R$ 2 bi a mais, o país conseguiu apenas 2 medalhas a mais. E os recursos não foram aplicados de forma transparente, diz ele.

Dinheiro que não chega ao atleta

Há uma enxurrada de dinheiro que não chega nem ao técnico nem ao atleta, diz ele. O único projeto que coloca dinheiro nas mãos de ambos é o de Paula e Ana Moser. E isso porque os recursos não passam por nenhuma federação. Nas federações e confederações não há governança, transparência, gestão eficiente, diz ele. Os dirigentes se perpetuam por décadas graças a estatutos que matam qualquer possibilidade de oposição.

Os novos estádios

Em Manaus, está sendo construído um estádio de R$ 1 bi, onde o dinheiro público é roubado a rodo, diz ele.  No Engenhão houve enorme superfaturamento e o estádio acabou entregue ao Botafogo por preço de banana. Os estádios para a Copa não têm viabilidade econômica. E os investimentos nas Olímpiadas, assim como no Panamericano, não vão deixar legado para os clubes e para as cidades.

O legado do Panamericano

É possível fazer as Olimpíadas sem megalomania e a Copa apenas melhorando um pouco os estádios para atender aos requisitos da FIFA, diz. É preciso fazer uma Copa que caiba no bolso do país. Em 1963 São Paulo sediou um Panamericano. Todos os eventos foram sediados no Pacaembu e nos clubes. Construiu-se o CRUSP para alojamento dos atletas. Deixou-se um legado para a cidade. No Panamericano do Rio, nada se aproveitou.

www.luisnassif.com.br

Nov 18, 2012

É preciso crescer

O Brasil está emperrado

 VINICIUS TORRES FREIRE

A coisa encrencou em infraestrutura, custo da energia, petróleo, educação e investimento público

POR QUANTO tempo o Brasil pode crescer “politicamente” antes de o caldo econômico entornar?

Crescimento “político”, por assim dizer, é o que temos visto nos últimos dois anos. As pessoas consomem mais, há emprego, o governo é popular. Mas não há investimento, mais produtividade, inovação. O investimento, aliás, vai encolher neste 2012.

A pergunta é apenas mais ou menos retórica. Não dá para responder que o caldo vai entornar em tanto ou quanto tempo. Mas entorna. A conta do consumo crescente sem produção adequada vai aparecer em algum lugar: na inflação, no deficit do governo, no deficit externo.

Além do desperdício mais óbvio, o crescimento baixo, estamos perdendo anos de um período de boas condições demográficas para crescer. Isto é, há menos crianças e ainda poucos idosos: temos, por ora, relativamente mais gente em condição de trabalhar.

No biênio 2011-12, teremos crescido algo entre 2% e 2,2%. Não é lá muito difícil crescer entre 3,5% e 4%. O ideal seria crescer uns 7% a fim de dobrar a renda média em uma década, com o que nossos problemas materiais estariam mais ou menos resolvidos.

Sim, a situação da economia mundial não nos ajuda. Ajuda mais nossos vizinhos, mais dependentes de commodities -nós temos uma indústria, ainda que avariada. Eles, não. Mas alguns de nossos vizinhos puseram a cabeça para funcionar.

Nós paramos de pensar faz quase uma década. Afora a ampliação do mercado interno, sob Lula, quase não aconteceu mais nada. O consumo não pode crescer mais, de modo duradouro, se não tomarmos outras providências.

Onde está o programa de passar para empresas privadas a construção e a operação de estrada, porto, ferrovia, aeroporto, que já veio tarde e a contragosto?

O programa de redução do custo da energia elétrica está emperrando. O governo não consegue aumentar o seu já miúdo investimento desde o final de 2010.

A exploração de petróleo não anda desde 2008. A lei dos royalties, de distribuição de parte da renda do petróleo para União, Estados e municípios, foi aprovada no início do mês, mas vai dar em confusão e atraso. O programa de desenvolvimento do setor que o governo impôs à Petrobras revela-se caro e lerdo.

Em suma: infraestrutura, energia e regulação do mercado estão emperradas.

A maior invenção brasileira nas últimas quatro décadas, se não a única, o etanol, vai mal por excesso de intervenção do governo nos combustíveis (o governo tabela a gasolina, vende-se pouco etanol e a coisa encrenca nas usinas).

Depois do Bolsa Escola, lá ainda no primeiro governo FHC (1995-1998), nada mais se inventou em educação básica. Sim, há o Prouni, mas o analfabetismo funcional no Brasil está na casa dos 30%. Mas a presidente e os governadores mais importantes mal tocam no assunto.

Provavelmente vamos crescer pelo menos uns 3% em 2013. Mas como podemos crescer mais e por mais tempo se o mercado de trabalho está no osso, a inovação é marginal, a infraestrutura está emperrada, a regulação está cada vez mais confusa etc. etc.?

Parece que pouca gente nota, mas o país está emperrado.

www.uol.com.br 

Nov 9, 2012

Índio quer garimpo e madeira (ilegais)

Choques têm se intensificado em outras regiões

DE SÃO PAULO

Conflitos entre policiais federais e índios têm sido comuns nos últimos anos.

Em 2009, tupinambás invadiram uma fazenda em área que compreende os municípios de Ilhéus, Buerarema e Una (BA).

Os agentes usaram armas de choque para conter os índios. Cinco indígenas procuraram o Ministério Público Federal na Bahia e disseram ter sido torturados.

Também em 2009, seis índios se feriram em confronto com agentes em operação para combater um suposto esquema de pesca ilegal na terra indígena Umutina, perto de Barra do Bugres (MT).

Segundo a PF, o embate ocorreu quando agentes tentavam cumprir um mandado de busca.

Policiais federais e caingangues também entraram em conflito no fim de 2000, quando 50 indígenas bloquearam a rodovia RS-324, na divisa de Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Dois caingangues foram presos.

www.uol.com.br

Nov 8, 2012

Pacificando.

ONG lança campanha contra a violência policial na Maré

 

  Daniel Marenco/Folhapress  
Moradoras leem panfleto contra violência e abuso policial distribuído pela ONG Redes da Maré
Moradoras leem panfleto contra violência e abuso policial distribuído pela ONG Redes da Maré

 

DIANA BRITODO RIO

A ONG Redes da Maré lançou uma campanha contra violência policial no Complexo da Maré, na zona norte, maior conjunto de favelas do Rio de Janeiro com cerca de 130 mil habitantes.

Adesivos e folders com orientações para moradores se prevenirem contra possíveis abusos de policiais foram distribuídos a partir de anteontem na favela Nova Holanda. A ação tem o apoio da Anistia Internacional e do Observatório de Favelas.

Os adesivos estão nas portas e janelas das casas com autorização dos moradores. Neles, os dizeres: “Conhecemos nossos direitos! Não entre nessa casa sem respeitar a legalidade da ação. Em caso de desrespeito, ligue para a corregedoria da Polícia Militar: (21) 2725 9098 (24 h).

Até dezembro, 50 mil adesivos e panfletos serão distribuídos em 45 mil domicílios das 16 favelas da Maré.

“A gente não pode dizer que está se preparando para a implantação da UPP [Unidade de Polícia Pacificadora], essa é uma ação do Estado. Nosso papel é colocar a segurança pública em pauta”, disse Eliana Sousa Silva, diretora da Redes da Maré.

Cerca de cem voluntários da ONG percorreram ruas e becos da favela para divulgar a campanha “Somos da Maré e temos direitos”.

“Espero que eles tenham sempre consciência para cumprir seu trabalho com respeito aos moradores”, disse a dona de casa Sandra de Castro, 52, há meio século na Nova Holanda.

O coordenador do Observatório de Favelas Jailson de Souza e Silva diz que denúncias de violência policial são frequentes no país. A Redes da Maré registra duas a três reclamações por semana.

“Ouvimos de um morador que os policiais estão entrando nas casas de novo com chave mestre, na favela Parque União [Maré], aqui ao lado”, disse Silva.

A PM afirmou, em nota, que o cidadão que quiser denunciar qualquer atitude suspeita de um policial militar deve entrar em contato com a Ouvidoria das Polícias pelo tel. 0/xx/21/3399-1199.

A Secretaria de Segurança Pública não se pronunciou sobre a campanha contra a violência policial.

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Nov 8, 2012

Vá já para a UPP e será pacificado.

Bandidos armados fazem arrastão na Linha Vermelha

Eles roubaram pertences das vítimas e dois carros na altura de Duque de Caxias

RIO – Cinco homens armados, que estavam em um Honda Civic, interromperam parcialmente o trânsito na pista sentido Centro da Linha Vermelha, nas proximidades de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, na manhã desta quinta-feira. De acordo com o 15º BPM (Duque de Caxias), eles renderam motoristas e fugiram levando os pertences das vítimas e dois carros.

Policiais militares reforçaram a segurança na região e estão à procura dos criminosos. Segundo o Batalhão de Polícia em Vias Especiais (BPVE), pelo menos duas vítimas estão na 59ª DP (Duque de Caxias) prestando depoimento.

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Nov 7, 2012

Que interessante notícia no O GLOBO!

União cortou 21% do orçamento em segurança, diz estudo

A maioria dos estados aumentou o investimento na área. São Paulo foi o que mais investiu

GUILHERME VOITCH

  • SÃO PAULO – Entre 2010 e 2011, o governo federal reduziu o investimento em segurança pública em 21%. Os dados são do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado nesta terça-feira pelo Fórum Brasileiro de Segurança.

 

No mesmo período, 20 estados da Federação mais o Distrito Federal aumentaram o investimento na área. O estado que mais investiu foi justamente São Paulo, que, neste ano vive uma onda de violência com uma série de assassinatos em série. São Paulo aumentou o orçamento na área em 63%. Mato Grosso do Sul e Bahia também são destaques por ter ampliado seus gastos em segurança em 37% e 30,8%. O Rio aumentou em 16%. Na contramão, Piauí e Rio Grande do Sul diminuíram os gastos em 17% e 28%.

Nesta terça-feira, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, reuniu-se com o secretário de segurança de São Paulo, Antônio Ferreira Pinto, para tratar da cooperação entre os governo federal e estadual no combate ao crime em São Paulo.

O estudo também trouxe dados sobre homicídios. Alagoas continua sendo o estado com o maior número de homicídios no país, com 74,5 mortes em 100 mil habitantes. O número é 9,3% superior ao do ano anterior. São Paulo permanecia como o estado com menor taxa, com 10,1 mortes por 100 mil habitantes.

Segundo Renato Sérgio de Lima, coordenador do estudo, o estado vive uma “crise” em 2012.

– São Paulo vive uma crise recorrente, como viveu em 2006, como o Rio já viveu e como Minas vive. Minas teve um recrudescimento da violência depois de ser um exemplo no combate aos homicídios.

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