A Inglaterra abala o mundo… do futebol.
A decisão da Inglaterra de dizer adeus à Comunidade Econômica Européia trouxe todo tipo de preocupação, inclusive no futebol.
O campeonato inglês -a tal Premier League- é o mais badalado do mundo, e seus jogos são transmitidos para todo planeta.
Nenhum outro campeonato tem tanto dinheiro, com cotas de TV’s milionárias, anunciantes que pagam o olho da cara e elencos com grandes craques (com seus salários monumentais). Todos esses ingredientes levam a um quadro único no futebol mundial.
Com a saída da Inglaterra da CEE, essa situação pode sofrer uma mudança brutal.
A força econômica do campeonato traz atualmente jogadores de todos os cantos do mundo por valores cada vez mais assustadores.
O jogadores com passaporte de países europeus têm entrada livre na Inglaterra. E eles (portugueses, romenos, franceses, espanhóis etc) se juntam a uma competição que congrega jogadores do mundo todo.
Porém, quem não é da Europa tem restrições para jogar nas equipes inglesas. Os jogadores de fora precisam ter certo número de convocações de suas seleções nacionais para serem contratados, o que limita muito as transferências diretas para a ilha inglesa.
A saída da Inglaterra da CEE muda tudo.
Espanhol é espanhol, romeno é romeno. Todos eles terão as mesmas restrições de brasileiros, argentinos e chilenos.
O impacto dessa mudança será grande porque muitos jogadores usam países europeus mais frágeis para “conseguir” a cidadania que abre as portas da Inglaterra. Portugal é um exemplo desses países “intermediários” que servem como trampolim para a cidadania européia. O mesmo acontece com Espanha, Romênia, Albânia etc.
Latinos e europeus terão seus caminhos para Inglaterra dificultados pelas mudanças anunciadas.
Isso terá grande impacto sobre os negócios do futebol.
Mas a Premier League continuará a ser grande. Os clubes ingleses continuarão com investimentos astronômicos (e inexplicáveis), transferências sem lógica financeira e salários malucos.
Igualmente, seus clubes continuarão a ser uma interrogação financeira com -todo ano- apresentando prejuízos enormes (alguns clubes ficam no vermelho por mais de 10 anos) e seus donos continuam colocando cada vez mais dinheiro.
Os oligarcas russo, nobres árabes, e novos ricos da Ásia não se preocupam em investir e ter prejuízo. É isso que dizem os seus balanços anuais que ninguém entende.
Para a América Latina e África, a Inglaterra não muda muito. Apenas não valerão mais os passaportes portugueses, espanhóis, romenos e poloneses, que muitos conseguiram nos últimos anos.
Para os ingleses, a saída da Comunidade Européia é tão preocupante quanto a eliminação da Euro Copa pela vibrante equipe da Islândia.
O grande Tite
O técnico Tite deixa o Corinthians repleto de elogios, para ir treinar a seleção brasileira. Nas últimas décadas já são quatro técnicos que seguiram por este caminho: Vanderlei Luxemburgo, Carlos Alberto Parreira, Mano Menezes e, agora, o Tite. Parece até destino: treinadores que vencem no Corinthians chegam à seleção.
Tite foi grande no Corinthians não só pelos títulos conquistados, mas também pelo trabalho que realizou.
Porém, Tite foi um vencedor e merece também o aplauso de todos os corinthianos por conta dos inúmeros títulos que venceu. Ele ganhou tudo.
Tite também deixa a marca de um profissional de raras qualidades: trabalhador, eficiente, sério (num mundo onde poucos são), estudioso e corajoso.
Sua saída não foi uma surpresa para os que acompanham o Corinthians. Estava claro que seu ciclo caminhava para o fim. Por várias vezes ele foi sondado para ir trabalhar na seleção, mas sempre resistiu. Sua etapa no Corinthians tinha ainda alguns desafios a serem superados.
Neste momento, já não é este quadro. Em várias oportunidades, ele viu seus principais jogadores deixarem o clube. Não faltou a ele coragem para reformular o elenco, que nem sempre tinha reposições à altura. Isto foi acontecendo cada vez com mais frequência.
Tite sempre deu grande importância ao “espaço” dos jogadores e dos técnicos no futebol. Um incidente com a direção já o havia levado a deixar o clube quando de sua primeira passagem pelo Parque São Jorge.
A reunião de jogadores com membros da torcida organizadas no último mês recebeu de Tite um silêncio ensurdecedor. Mesmo tendo sido promovido pela direção, tal fato não é bem visto por jogadores e, especialmente, pelo técnico Tite.
Tudo isso, junto com mais alguns itens menores, deixou Tite numa posição nova: a de que seu ciclo no Corinthians chegava ao final.
Apareceu o convite da CBF e, agora, diferente de outras vezes, a resposta foi positiva.
Todos nós, corinthianos, agradecemos ao Tite pelo grande trabalho que foi realizado na nossa esquadra.
E desejamos a ele um sucesso igual ao que teve no alvinegro.
Boa sorte, Tite.
Torcida única é o pior caminho
Os clássicos no futebol paulista, por decisão da autoridades, terão torcida só do time da casa. Chegaram a esta alternativa as nossas autoridades, cansadas com as constantes brigas entre torcidas organizadas que, além das confusões, estavam provocando cada dia mais mortes.
Jogo só com uma torcida é uma completa derrota do futebol.
Essa solução é a anti-solução. Mata o futebol e sua alegria de torcer.
O melhor caminho seria acabar com as divisões entre as torcidas. Assim como mostrou o jogo do último domingo em Brasilia, entre torcedores comuns não há problema.
Quem quer a separação são as “organizadas”.
Muitas vezes fui ao Pacaembu assistir jogo do Corinthians contra o palestra e o tricolor, e todos dividiam o mesmo espaço. Era um convívio obrigatório -e o melhor era festejar quando vencia e ter que “aguentar” quando a derrota acontecia.
A separação de torcidas cria “tribos” que querem, a todo momento, brigas e mais brigas.
A solução de torcida misturada é adotada em muitos países e mostra-se a melhor solução.
É o que deveríamos adotar por aqui.
Venda de ingressos só pela internet e com torcedores misturados.
As autoridades paulistas erraram quando separaram as torcidas e erram agora quando adotam o sistema de torcedor único. Não é este o caminho.
Ou o futebol ficará uma coisa chata e cada vez mais com menor número de torcedores.
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