Browsing articles in "CBF"
Fifa abre guerra contra empresários
Entidade anuncia a intenção de criar um sistema informatizado, substituindo o trabalho dos agentes, que prometem ir à Justiça para barrar a iniciativa
JAMIL CHADE , CORRESPONDENTE / GENEBRA – O Estado de S.Paulo
GENEBRA – Os dias podem estar contados para uma categoria que, nas últimas décadas, enriqueceu vendendo e comprando jogadores de futebol. A Fifa abriu uma guerra contra os empresários de atletas e anunciou que está trabalhando para criar um sistema informatizado que, em um futuro próximo, pode fazer grande parte do trabalho desses agentes. Na Europa, empresários já alertaram que, se a Fifa decidir ir adiante com a ideia, eles irão à Justiça contra a entidade.
Levantamento feito pela Fifa revelou que em 2012 28% de todo o dinheiro movimentado nas 11,5 mil transferências de jogadores acabaram nas mãos dos empresários. O volume chega a R$ 1,1 bilhão na Europa. Só na Inglaterra, eles coletaram mais de R$ 240 milhões. O Manchester City, atual campeão inglês, admitiu que pagou mais de R$ 30 milhões a intermediários nos últimos dois anos.
O plano da Fifa é criar o GPX, sigla para designar o que ela chama de Sistema de Transferência Global de Jogadores, um serviço sigiloso de dados a que apenas os clubes teriam acesso. Nele, seriam colocadas várias informações sobre todos os jogadores do mundo. Assim, um clube poderia ficar sabendo quando termina o contrato de um atleta e qual é o valor da multa rescisória, entre outros detalhes.
Os clubes poderiam ainda usar o sistema para anunciar os jogadores que estão dispostos a vender e aqueles que gostariam de contratar. “Seria uma espécie de Ebay de jogadores”, explicou ao Estado um dos responsáveis pela elaboração do novo sistema, em referência a uma das maiores redes de comércio on-line do mundo.
Para a Fifa, o mecanismo vai “revolucionar” a forma pela qual jogadores são comprados e vendidos e, na prática, tornará o empresário um elemento secundário no futebol. “O sistema vai reduzir de forma drástica a dependência dos clubes de intermediários”, declarou a Fifa.
O anúncio da entidade, como era de se esperar, deu início a uma guerra. Empresários europeus já deixaram claro que não vão aceitar nem sequer que o sistema seja criado. Mel Stein, ex-representante do inglês Paul Gascoigne e hoje presidente da Associação de Empresários de Futebol, alertou que o sistema concebido pela Fifa “não tem como ser adotado” e, além disso, é ilegal.
“Os clubes são, em grande parte, administrados por pessoas que nem sempre são do meio do esporte”, comentou Stein, que representa 340 empresários. “Eles não conhecem o mercado dos jogadores. Quem conhece são os empresários.”
“Imagine todos os atores envolvidos em uma transferência. Isso inclui o técnico do clube que quer vender, aquele que quer comprar, o dono do clube, os representantes do jogador e outros”, apontou. “O que o empresário faz é trazer todas essas pessoas para a mesma mesa. Em muitos casos, a forma mais barata de fechar um acordo é por meio de um empresário.”
Segundo ele, os empresários europeus vão lutar com unhas e dentes contra o novo sistema. “Haverá uma ação legal se a Fifa decidir ir adiante com a ideia.”
REVOLUÇÃO
Em Zurique, a Fifa garante que o projeto não será abandonado e espera que comece a funcionar nos próximos meses. “O sistema vai revolucionar o sistema nacional e o internacional de transferências”, declarou Jacques Anouma, membro do Comitê Executivo da Fifa.
O que a entidade evita comentar é que o sistema de empresários foi oficializado pela própria Fifa há anos, criando a categoria de “agentes oficiais”. Para ser um representante credenciado, o empresário precisa passar por um exame escrito. Mas, entre os vários escândalos que atingiram a entidade nos últimos anos, um deles diz respeito ao comércio de resultados das provas, facilitando a vida daqueles que querem ser “representantes oficiais”. A Fifa deixou de licenciar agentes em 2001. Atualmente, eles são licenciados diretamente pelas federações nacionais.
(Estadão, http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,fifa-abre-guerra-contra-empresarios-,985729,0.htm, 18/01/2013)
Brasileiros minimizam decisão, mas pedem rigidez
Principais empresários do País não acreditam em extinção da profissão e valorizam trabalho com clubes e atletas
RAPHAEL RAMOS – O Estado de S.Paulo
A Associação Brasileira de Agentes de Futebol e os principais empresários do País minimizam a decisão da Fifa de lançar o Sistema de Transferência Global de Jogadores. A opinião é que o trabalho desses profissionais não corre risco de acabar.
“Se você quer comprar uma casa, procura um corretor. Se quer investir o seu dinheiro, procura um profissional do mercado. O mesmo acontece quando o clube quer um jogador. Isso não vai mudar”, diz o presidente da Associação Brasileira de Agentes de Futebol, Jorge Moraes.
Para ele, antes de tentar diminuir o papel do empresário, a Fifa deveria disciplinar o exercício da profissão. “O que a Fifa tem de fazer é penalizar quem não cumpre o seu estatuto. O problema é que o agente acaba levando a culpa de tudo. Existe uma série de coisas erradas no mundo da bola, mas só quem paga o pato é o agente”, critica.
Wagner Ribeiro, empresário que tem Neymar e Lucas na sua carteira de clientes, também dá de ombros para a investida da Fifa contra os agentes. Ele alega que o tête-à-tête é insubstituível. “Não vendo jogador por DVD. Vou aos clubes, converso com os presidentes, negocio. Não tem como um computador fazer o que eu faço”, diz.
Ribeiro, inclusive, acredita que o Sistema de Transferência Global de Jogadores da Fifa poderá ajudar os agentes. “Hoje em dia tem muito atravessador que se diz empresário. Se de fato for criado esse sistema on-line, basta você acessá-lo para conferir se a pessoa está dizendo a verdade ou não.”
Opinião semelhante tem Reinaldo Pitta. Ex-empresário de Ronaldo Fenômeno, atualmente ele trabalha, entre outros, com Emerson Sheik, Felipe (ex-Vasco) e Fabrício (São Paulo). “Agora surgiu a profissão pai/empresário de jogador. O garoto com 15 anos começa a se destacar e o pai já abandona o emprego porque acha que o filho vai se transformar num Neymar, mas depois não dá certo e a família passa fome. Esse tipo de coisa não pode continuar.”
Para José Fuentes, o Sistema de Transferência Global de Jogadores só beneficiaria os clubes, em detrimento dos atletas – entre os seus clientes estão Luis Fabiano e Juninho Pernambucano. “Quem tem interesse em tirar os agentes do meio são os clubes. Se o clube negocia direto com o jogador, é vantajoso para ele, mas se o atleta quiser fazer um bom negócio ele precisa ter um agente ao seu lado porque o clube só pensa no seu lado”, conta.
Ainda segundo Fuentes, são os clubes que incentivam a ação de atravessadores. “Eles continuam existindo e sobrevivem porque tem gente dentro dos clubes que trabalha com eles. Os próprios dirigentes pedem para fulano ou beltrano fazer algum tipo de serviço para eles.”
Transparência.
O ex-goleiro Gilmar Rinaldi, que atualmente agencia as carreiras do meia Danilo e do lateral Fábio Santos, vê na decisão da Fifa de criar um mercado on-line de jogadores a oportunidade de a atividade dos empresários ficar mais transparente. Ele cita o exemplo do futebol italiano, onde é estipulado no contrato do jogador o valor da comissão repassada ao empresário.
“O que falta é um modelo mais transparente. O Sindicato dos Atletas, por exemplo, poderia criar um selo de certificação para os contratos e, assim, evitar problemas como acordos sem validade ou assinatura”, sugere.
Agente de Thiago Neves, Léo Rabello discorda de Rinaldi. Para ele, o valor da comissão é “uma questão de foro íntimo”. “Esse ranço que existe contra empresário de jogador de futebol é esquisito. Hoje, todo mundo tem empresário, o artista, o cantor e ninguém está preocupado quanto o empresário do Roberto Carlos ganha ou deixa de ganhar em um show.”
(Estadão, http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,brasileiros-minimizam-decisao-mas-pedem-rigidez-,985733,0.htm, 18/01/2013)
Marin será chefe da delegação do Corinthians no Mundial de Clubes
Presidente da CBF foi convidado nesta terça-feira pelo dirigente do Corinthians, Mário Gobbi
Vítor Marques – Agência Estado
SÃO PAULO – O presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), José Maria Marin, será o chefe da delegação corintiana no Mundial de Clubes da Fifa, em dezembro, no Japão. Ele foi convidado na manhã desta terça-feira pelo presidente do Corinthians, Mário Gobbi, para assumir o posto e aceitou prontamente a tarefa.
Tasso Marcelo/Estadão
Marin representará o Corinthians em eventos oficiais
O posto de chefe de delegação tem caráter mais simbólico. Mas, ao desempenhar a função, Marin terá o papel de representar o Corinthians em eventos oficiais durante o Mundial. Ainda não está certo, mas a tendência é que o presidente da CBF viaje junto com o grupo corintiano para o Japão, no dia 4 de dezembro.
A delegação corintiana embarca para o Mundial na madrugada de 4 de dezembro. Antes de chegar ao Japão, faz uma escala de 1 dia em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. Assim, o desembarque do Corinthians em Tóquio está previsto para 6 de dezembro. Da capital japonesa, o grupo segue para Nagoya, onde ficará concentrado.
A estreia corintiana no Mundial está marcada para 12 de dezembro, na cidade Toyota, contra um adversário ainda indefinido – pode ser Auckland City (Nova Zelândia), o campeão africano ou o representante japonês. Depois, se chegar à final, o Corinthians volta a jogar quatro dias depois, em Yokohama.
www.estadao.com.br
Comentário do Blog do Citadini: Representa muito bem a diretoria.
Em 14 de fevereiro do ano passado, o então presidente do Comitê Organizador Local da Copa do Mundo de 2014 no Brasil, Ricardo Teixeira, sua filha Joana Havelange e Ricardo Trade, os dois últimos na condição de mais altos dirigentes do órgão, se reuniram para estabelecer os bônus a que fariam jus todos os 40 funcionários da entidade.
Sob a justificativa de “entrega satisfatória dos eventos” todos ganharam gratificações, num total de R$ 2.339.849.
A maior parte, por coincidência, para os três participantes da reunião.
Teixeira, que recebia R$ 110 mil por mês, amealhou a bagatela de R$ 869 mil.
Sua filha Joana, cujo salário era de R$ 74.600, recebeu a módica quantia de R$ 544.580.
E Trade, mais modesto, com salário de R$ 50 mil, ganhou R$ 170.400.
O total dos bônus dos três atinge R$ 1.583.980.
Os R$ 750.869 restantes foram divididos pelos demais 37 funcionários, numa média de R$ 20.293 para cada um.
Verdade que Fernanda Fortuna Pizzi, íntima de Joana, foi agraciada com R$ 174.191, o que deixou aos demais 36, em média, R$ 16.018.
Larissa Nuzman, por exemplo, filha de Carlos Nuzman, do COB e do CoRio-16, recebeu bônus de R$ 24.768, com salário de R$ 11.258, porque a cartolagem é como a monarquia, passa de pais para filhos, como se por direito divino.
Bem que nossas avós nos ensinavam que “quem parte e reparte e não fica com a melhor parte ou é tolo ou não tem arte”.
www.uol.com.br
João Havelange, então presidente da Fifa, e Joseph Blatter, atual mandatário, na Copa
Havelange chama Mano de ‘imbecil’ e diz que escolheria Scolari e Parreira para a Seleção
Rodrigo Durão Coelho
Do UOL, em São Paulo
Em entrevista feita em março, um dia após a má atuação da seleção brasileira na vitória contra a Bósnia por 2 a 1 (leia aqui como foi), o presidente de honra da Fifa, João Havelange, teceu duras críticas ao time, em especial ao goleiro Júlio César, e disse que gostaria de ver Luiz Felipe Scolari e Carlos Alberto Parreira no lugar de Mano Menezes, a quem chamou de “imbecil”.
As declarações integram um projeto do Museu do Futebol em parceria com a Fundação Getúlio Vargas para registrar depoimentos de jogadores que já defenderam o Brasil em Copas do Mundo. O UOL Esporteteve acesso à entrevista de Havelange, único dirigente ouvido no projeto.
Na Fifa, acabei com um princípio. Antigamente, o time que ganhava recebia a Copa no campo, o capitão; o presidente descia. No meu tempo, tinha que subir na tribuna. O senhor já imaginou, o time perdedor e eu levar uma laranja, levar um mamão em cima ou uma jaca?
Em meio a considerações sobre sua trajetória como atleta e dirigente, Havelange pergunta ao entrevistador se este havia assistido ao jogo do dia anterior e comenta: “gostou do gol da Bósnia? Foi um frangaço, está certo? Com quantos anos ele (Júlio César) está? Está com mais de 32. Então nosso goleiro já não poderia estar lá, no meu entender ”.
“Acho que o técnico fez uma análise, alguma coisa nesse sentido, mas é um imbecil, me perdoe a expressão. E tudo isso, se não modificar, nós não vamos chegar a nada. Eu, se fosse presidente, o meu técnico seria o Scolari, com o Parreira em cima. Experiência total, dois homens de personalidade, retos e corretos. Eu não tenho nada a dizer desse porque não o conheço, mas não está conseguindo nada, o senhor me perdoe, e nós estamos em cima do lado.”
- O ex-dirigente do futebol brasileiro entre 1958 e 74 prossegue nas críticas ao desempenho da equipe, afirmando que o que viu no amistoso o “entristeceu e preocupou muito. Aquilo não é um time. O senhor faz aquilo no campeonato nacional ou no campeonato paulista ou do Rio, não vai ganhar nada”.
No depoimento, Havelange ressalta o poder construtivo do futebol e lamenta o que considera aspectos negativos. “Às vezes fico triste, porque todo mundo só vê o futebol hoje para ver onde é que pode ganhar uns trocados. Quantos técnicos e dirigentes têm os contratos do jogador no bolso! Depende deles. Vendem e depois: ‘Não, é o clube’”.
“Agora, o Scolari não tem isso, é reto. O Parreira não tem isso, o Dunga não tem isso. Mas os outros todos eu tenho minhas dúvidas. O sujeito faz o time de acordo com o interesse do bolso dele”, completa.
O Lula não tinha condições para ser um presidente, mas foi um homem de personalidade, o senhor não pode deixar de reconhecer e aplaudir, não é verdade? Goste ou não goste.
A entrevista aborda inúmeros temas da trajetória de Havelange, incluindo seu relacionamento com estadistas a quem elogia como Juscelino Kubitschek e Emílio Garrastazu Médici e menção à administração de Dilma Rousseff.
“Ainda há pouco, no governo dessa senhora, por nenhuma razão, me retiraram o passaporte diplomático. Eu entreguei. ‘O senhor vai receber outro’. Estou esperando até hoje”, diz ele.
No depoimento ele se diz apolítico, característica que o permite apreciar a organização da Olimpíada de Berlim de 1936, na qual competiu como nadador, organizada pelo regime nazista de Hitler. “Não entro na questão do regime da época porque nunca fiz política na minha vida, mas me lembro da organização. Até hoje é uma das melhores que já assisti.”
Em março, dias após a entrevista que concedeu, Havelange foi internado em um hospital no Rio de Janeiro com uma infecção no tornozelo direito, que o deixou em estado grave. Depois de 64 dias, ele recebeu alta em 21 de maio, quando se prepararia para receber, em casa, uma dura notícia.
No início de julho, a Justiça suíça determinou a divulgação dos detalhes do processo que examinou os casos de corrupção da Fifa na década de 1990. Com isso, tornou oficiais as suspeitas de que João Havelange e Ricardo Teixeira receberam propina de uma agência de marketing ligada à entidade-mor do futebol mundial.
O episódio manchou a reputação mundial do cartola. Durante os Jogos Olímpicos de Londres, autoridades brasileiras foram muito questionadas sobre a relutância delas em romper com Havelange mesmo após o escândalo.
No começo deste mês, o presidente da honra da Fifa fez sua primeira aparição pública desde a internação em março. Debilitado, ele foi a sede do COB (Comitê Olímpico Brasileiro) participar da reeleição do presidente Carlos Arthur Nuzman. Procurado pelo UOL Esporte, sua assessoria disse que ele está em convalescença e não comentaria as declarações.
www.uol.com.br
Patrocínio a menos
A CBF, que nos últimos anos engordou seu time de patrocinadores em velocidade supersônica, terá uma inédita baixa no início de 2013: a TAM já comunicou à entidade que em 2013 rescindirá o contrato de 13 milhões anuais e que inclui o transporte da seleção mundo afora.
Por Lauro Jardim
www.veja.com.br
Tite prorroga o seu contrato com o Corinthians até o final de 2013
Helder Júnior
São Paulo (SP)
O Corinthians não esperou nem o Mundial de Clubes começar para renovar o contrato de Tite. Nesta quarta-feira, exatamente dois anos após a sua reestreia (com vitória por 1 a 0 sobre o rival Palmeiras) no comando do clube do Parque São Jorge, o técnico prorrogou o compromisso até dezembro de 2013.
Com 138 jogos a serviço do Corinthians desde o seu retorno, Tite contabiliza 72 vitórias, 39 empates e 27 derrotas. A primeira passagem, entre 2004 e 2005, rendeu 24 triunfos, 15 igualdades e 12 resultados negativos.
As conquistas do Campeonato Brasileiro de 2011 e da Copa Libertadores da América deste ano valorizaram bastante o comandante corintiano, que já chegou a ser contestado por torcedores. Ao contrário do que ocorreu na temporada passada, quando demorou a renovar o seu contrato com o clube, Tite resolveu a questão rapidamente desta vez e recebeu um aumento salarial.
Na terça-feira, o treinador já dizia que a prorrogação do vínculo com o Corinthians seria efetuada sem muitos problemas. Tite também havia elogiado a diretoria e as transformações por que o clube passou nos últimos anos.
www.gazetaesportiva.net
Imagens do protesto da torcida atleticana serão analisadas pela Procuradoria do STJD
Protesto de torcida contra arbitragens pode gerar punição ao Atlético-MG; Fred na mira do STJD
Bernardo Lacerda
Do UOL, em Belo Horizonte
Apesar de o árbitro Jaílson Macedo Freitas não ter feito nenhuma referência na súmula aos protestos feitos por seus torcedores contra um possível benefício das arbitragens ao Fluminense e à CBF, o fato pode levar o Atlético-MG a julgamento pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva. O procurador geral do STJD, Paulo Schimitt, informou, nesta segunda-feira, que solicitou imagens de televisão do jogo em que o Atlético-MG venceu o Fluminense, por 3 a 2, no domingo, no Independência. Ele vai avaliar também o lance envolvendo o atacante Fred e o lateral esquerdo Júnior César.
O protesto, que se iniciou antes da partida, teve faixas, cartazes e torcedores com nariz de palhaço. Além disso, quando os times entraram em campo, torcedores fizeram um mosaico, em que se podia ler a sigla CBF, nas cores do Fluminense. “Vou analisar as imagens, ainda não analisei, mas pode haver julgamento, se as mensagens apresentadas tiverem cunho ofensivo a alguém ou alguma instituição, como prevê no código brasileiro e ai o time pode ser multado pelo Tribunal”, afirmou Paulo Schimitt ao UOL Esporte.
Foto 33 de 44 – Jogadores do Atlético-MG comemoram gol marcado na virada sobre o Fluminense no Independência
Mais Bruno Cantini/Flickr Atlético MG
Torcedores compraram narizes de palhaço para utilizarem no estádio Independência e levaram cartazes protestando contra a CBF e também o Fluminense. Mesmo diante da resistência da Polícia MIlitar de Minas Gerais, muitos atleticanos conseguiram entrar no estádio.
Antes do apito inicial, a principal torcida organizada do clube, Galoucura fez um mosaico escrito CBF de cabeça para baixo, com as cores do Fluminense, o verde e vermelho. As manifestações de desagrado aumentaram quando o árbitro Jaílson Macedo Freitas anulou o gol de Ronaldinho Gaúcho, no primeiro tempo, assinalando falta do zagueiro Leonardo Silva na barreira. Gritos de “vergonha” entoaram no Independência, por muitos minutos.
O diretor jurídico do Atlético-MG, Lázaro Cândido Cunha, disse que o clube não foi informado oficialmente da medida adotada pela Procuradoria Geral do STJD. “O Atlético-MG só irá se pronunciar quando for oficial”, destacou o advogado atleticano.
O árbitro Jaílson Macedo Freitas não notificou na súmula da partida qualquer tipo de incidente com o torcedor e jogadores e não comentou sobre os protestos. Segundo o árbitro, o comportamento dos atletas foi bom, com exceção aos advertidos. Seis atletas, quatro do Fluminense e dois do Atlético-MG, levaram amarelo.
Além dos protestos de torcedores, o lance envolvendo Fred e Júnior César, no final da partida, também está na mira de Paulo Schimitt, que confirmou que examinará essas imagens, para verificar se o atacante tricolor deu empurrão em Júnior César. Jaílson Macedo Freitas deu amarelo apenas para Júnior César, não advertindo a Fred, que já havia recebido um cartão amarelo. Dessa forma, o jogador do Fluminense também corre risco de ser denunciado ao STJD. O jogador atleticano também poderá ser denunciado.
www.uol.com.br
A organização da Copa de 2014 escolheu o tatu-bola como mascote do evento.
Parabéns. Talvez esta escolha evite a extinção do pobre animal.
Mas quem gosta mesmo de tatu é a CBF (Confederação Brasileira de Futebol).
E o gosto não é pela carne (cujo consumo é proibido), mas das reações do bicho quando sente qualquer perigo. Imediatamente se fecha como uma bola, depois vai pro buraco se esconder.
É a politica adotada pela CBF quando aparece algum problema.
Vejamos agora alguns exemplos. O Ministro do Esporte, Aldo Rabello, afirmou que precisa acabar esta história de dirigentes de entidades de esportes manterem-se por décadas e décadas no cargo. O que faz a CBF diante da importante manifestação do Ministro? Corre pro buraco e se fecha sem falar uma palavra. Afinal o Sr. Aldo Rabello está falando exatamente para eles, e estes se fingem de mortos.
Como o tatu.
O mesmo ocorre com as declarações do deputado (ex- atleta) Romário, que vem espinafrando a Direção da CBF, especialmente o técnico.
Como reage a CBF: nem um piu!
Fecham-se como uma bola e vão pro buraco.
É preciso avisar a CBF que o mascote da Copa não é um animal que deva ter seu gesto imitado quando em situação adversa.
Afinal esta entidade está clandestina?
Palestra e Palmeiras
O Blog do Juca publica artigo de Jota Christianini (historiador palestrino ou palmeirense) sobre os acontecimentos que levaram à mudança do nome da agremiação (Palestra para Palmeiras) na fase pós segunda guerra.
O artigo relata a tensão nas reuniões em que os dirigentes procuravam salvar a agremiação e seu patrimônio, já que havia uma campanha generalizada para “tomarem” os bens daqueles grupos que estavam na guerra ao lado dos vencidos (Alemanha, Japão e Itália).
A campanha foi dura e atingiu todas as regiões.
O importante Hospital Alemão, que fica na Bela Vista, teve que mudar o nome para Oswaldo Cruz da noite para o dia. A colônia japonesa perdeu o Hospital – depois chamado Santa Cruz. O terreno do Canindé, que era de uma associação de imigrantes alemães, foi “comprado”.
E o Palestra ficou na linha de tiro.
Durante todo o período de ascensão do fascismo italiano, ninguém escondia o aplauso ao “Duce”. O Clube chegou a adotar posturas de puro racismo (como proibir entrada de negros), numa época em que ser adepto de Mussollini rendia prestígio e principalmente… muito dinheiro. Foi uma época fácil para os palestrinos.
O que queriam compravam e o que olhavam traziam.
Mas o dinheiro fácil e a adesão ao fascismo cobrou um preço elevado.
Tornara-se um Clube que excluía uma parcela grande da Cidade (que não tinha o mesmo “sangue” dos oriundi).
Com isso, abriu espaço para o Corinthians se tornar a maior torcida no Estado, situação que o tempo só aumentou.
Mas a fúria dos que venceram a guerra desejava mais.
Queria o patrimonio dos “imigrantes com vínculo aos partidários do eixo”. E aí valia tudo.
Inclusive “tomada” das propriedades dos vencidos.
No artigo do Blog do Juca há um ponto interessante que poucos falam nos dias atuais.
Diz o historiador palmeirense: “Prossegue a reunião. Chega um telegrama , vindo do Corinthians, hipotecando solidariedade ao Palestra. Assina Vicente, um jovem conselheiro, também imigrante.”
É a mais pura verdade.
O único Clube que não aceitou a violência que era cometida contra o alviverde foi o Corinthians. Não sei se a informação do telegrama (com assinatura de um conselheiro Vicente) é das mais precisas. Sei que o Corinthians reuniu o Conselho e decidiu se manifestar contra a “tomada” do estádio palestrino.
Uma delegação (contaram-me as testemunhas da época) foi ao Palestra levando uma “moção” de solidariedade.
É um gesto que sempre engrandeceu ao Timão e que tive oportunidade de reelembrar numa reunião em 2003, quando um dirigente do Palestra, filho de um ex-presidente do Clube, se uniu ao SPFC para retirar uma vantagem que tínhamos no regulamento do Campeonato.
O resto da história todo mundo conhece inclusive o alto preço que pagou o Palestra pela sua adesão ao fascismo.
(Carlos Alberto Parreira) (Reprodução)
Ser técnico da Seleção Brasileira é estar aberto a todo tipo de crítica.
Quase sempre – diferentemente do que ocorre nos Clubes – na Seleção não há defensores que equilibrem o jogo de torcida.
Ontem, 19/9, a torcida voltou a pegar no pé do técnico Mano Menezes, gritando o nome do técnico Felipão, o último campeão.
Isso é regra para técnico de Seleção, quase sempre leva vaias, e, no caso brasileiro, a torcida está vaiando em qualquer jogo, já que a equipe não está disputando nada.
Recordo-me do caso do técnico Carlos Alberto Parreira, um profissional de primeira qualidade.
Após uma temporada de grande sucesso no Corinthians, onde ganhou títulos e apoio dos alvinegros, Parreira foi submetido a uma campanha terrível, que pretendia sua volta à Seleção. Sinceramente, não queria. Mas ante a pressão de Zagallo (profissional que havia aberto as portas para Parreira em 1970), do presidente Ricardo Teixeira e dos barões das imprensas carioca e paulista, ele cedera mesmo com clara má vontade.
Já havia dirigido a Seleção e ganho um título especial, na Copa dos Estados Unidos, 1994.
Sua fama de retranqueiro, inventada pela mídia de São Paulo, tinha ido por água abaixo em 2002, com o time do Corinthians jogando leve, organizado e com belo futebol.
Tinha grande admiração da torcida corinthiana.
Era aplaudido em todos os restaurantes da cidade, em cenas que ficaram na história. Mas a pressão insana – aliada a seu caráter correto (não poderia abandonar quem tanto tinha ajudado em sua carreira) – o levou a voltar para a Seleção.
Alguns meses após sua saída do Corinthians, fui ao Rio de Janeiro participar de um evento onde estava a família de Parreira e vi o tamanho da revolta de seus familiares por ter ele trocado o Corinthians pela Seleção Brasileira. Todos seus familiares declaravam que o melhor período de sua vida tinha sido no ano em que dirigiu o Corinthians.
Suas filhas e esposa diziam para mim e Eliane que nunca deixavam de assistir os jogos do Timão como torcedoras fanáticas.
Mas a surpresa maior veio da mãe de Parreira, uma senhora já bem idosa (hoje falecida), que desabou a criticar o filho pelo retorno à Seleção.
Entre elogios, a torcida corinthiana dizia que aquilo (a Seleção) era um inferno e que Parreira só fez isso porque não havia contado para ela. Poucos instantes após, chegaria ao evento o ex-presidente Ricardo Teixeira e as palavras da mãe do técnico tornaram-se ainda mais duras. Ela contestou, em voz alta, aquela insensatez que havia sido o retorno à Seleção.
Por mais que eu e Eliane tentássemos fazer colocações amenas, a idosa senhora não interrompia suas críticas.
Esta é a vida de técnico de Seleção: críticas e mais críticas, sem direito a qualquer defesa.
Nos Clubes é diferente, os técnicos que caem no gosto do torcedor, como Parreira ou Tite, passam a ter um escudo da torcida, defendendo-os em todo lugar.
(Goya, “Inquisição” (1812))
Blog do Citadini: O Deputado Romário está demonstrando que é possível brilhar no gramado e na atividade parlamentar.
Para alguns está surpreendendo, para outros, apenas confirmando que é uma pessoa séria e que não se deixou envolver pela cartolagem e pela política de baixo extrato. Embora seja de um partido que apoia o governo, não tem perdido oportunidades de colocar problemas que o mundo do esporte vive por todo lado. Romário traz para a Câmara a mesma agilidade, criatividade e astúcia que tinha nos gramados. Continuando neste ritmo, será uma das belas surpresas para o Parlamento brasileiro. E o futebol ganhará muito com seu desempenho, que segue em caminho oposto a parlamentares (que nunca tiveram nada com o esporte) e que, nos dias atuais, só fazem agradar aos cartolas e pinçar algum lugar na mídia esportiva.
O Blog do Juca publicou discurso de Romário, onde o Deputado parabenizou a iniciativa do Ministro do Esporte, Aldo Rebelo, de vetar recursos públicos à Confederações esportivas que não tenham alternância de poder. Como lembra Juca, a medida atingirá, diretamente, o famoso COB ( Comitê Olímpico Brasileiro).
Veja abaixo o texto na íntegra:
“Assisti ontem (13) à entrevista do ministro do Esporte, Aldo Rebelo, ao jornalista Fernando Rodrigues e gostaria de parabenizá-lo pela iniciativa de vetar recursos públicos e outros benefícios às confederações esportivas que não tenham alternância de poder em suas direções.
Ele e a presidenta Dilma têm o meu apoio total.
Só espero que eles não se esqueçam de incluir o Comitê Olímpico Brasileiro (COB).
Há tempos eu venho dizendo que é preciso consertar uma coisa: o esporte sobrevive do dinheiro público, mas a gestão continua privada.
Talvez isso finalmente mude agora.
Os presidentes das Confederações de Atletismo e de Desporto Aquático, por exemplo, já estão há mais de 20 anos no poder.
Muita cara de pau!
E o presidente do COB, Carlos Nuzman, tá querendo se reeleger mais uma vez agora em outubro.
Se conseguir, também chegará a duas décadas à frente do COB.
E para quê?
Para vermos o fiasco que aconteceu em Londres?
Não seria melhor para o esporte se houvesse alternância no poder?
Soube que o Nuzman não recebe salário. Então por que tanto apego?
O que eu sei é que o COB precisa mudar de cara e deixar de ser amador.
Precisa começar a fazer uma gestão mais profissional e que dê resultados mais satisfatórios diante de tanto dinheiro aplicado nos últimos anos.
Desde que o Comitê Paraolímpico Brasileiro passou a alternar os presidentes, os resultados apareceram e hoje evoluímos para a sétima potência mundial nas Paraolimpíadas.
Por isso, concordo com o ministro Aldo para limitar o tempo de permanência e o número de mandatos desses caras dentro de alguns parâmetros. A renovação sempre é bem vinda nessas entidades e seria uma maneira de estimular a democracia.
E a idéia dele de baixar uma regulamentação no próprio Ministério do Esporte para condicionar essas entidades privadas ao preenchimento de alguns requisitos para terem acesso aos recursos públicos foi ótima.
Dessa forma, o governo não legislará sobre entidade privada nenhuma, mas definirá parâmetros para liberar os recursos que as mantêm. Se quiserem receber, precisam se enquadrar às regras impostas pelo governo. Certíssimo.
Pra finalizar, acho que entre essas normas elaboradas pelo governo deveria estar também a garantia do voto direto aos atletas. Nada mais justo do que o próprio competidor que rala e representa o país lá fora possa ajudar a escolher os melhores administradores de suas confederações e do COB. Fica a sugestão.
O ministro disse corretamente na entrevista que essas entidades não são “casas reais”.
Concordo. Até porque, se fossem, os dirigentes não seriam os reis, mas os bobos da corte.”