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Apr 29, 2013

Paulo Vanzolini, gênio da raça!

“Vida é tua”


“Cravo branco”


“Amor de trapo”


“Raiz”


“Samba erudito”

Apr 29, 2013

Adeus, Paulo Vanzolini, um gênio da raça!

“Falta de mim”. Carmem Costa e Paulo Marquez

“Maria que ninguém queria”. Carmem Costa e Paulo Marquez



“Cara limpa”. Carmem Costa e Paulo Marquez



“Mulher que não dá samba”. Carmem Costa e Paulo Marquez



“Sorrisos”. Carmem Costa e Paulo Marquez



 

 

Nov 21, 2012

200 anos de Verdi.

Bob Wilson cria moldura sombria para ópera ‘Macbeth’

Diretor norte-americano lança mão de tons escuros em figurinos e cenários para encenar texto lírico de Verdi; estreia é na sexta, em SP

 

Roger H. Sassaki/Divulgação
Cena da ópera "Macbeth", dirigida por Bob Wilson
Cena da ópera “Macbeth”, dirigida por Bob Wilson

 

JOÃO BATISTA NATALICOLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A cada montagem da ópera “Macbeth”, ressurge a discussão sobre o que é de Shakespeare, autor do texto de 1606, e o que é de Giuseppe Verdi (1813-1901).

No caso da produção que estreia nesta sexta-feira no Theatro Municipal, em São Paulo, o que se vê não é nem de um, nem de outro. É de Bob Wilson. O diretor americano, de 71 anos, apoderou-se da tragédia. Conta a história da ambição desmedida do general escocês e de sua mulher, Lady Macbeth, com uma excepcional economia de recursos, sem nenhuma gestualidade e com uma valorização extrema da iluminação.

O espetáculo tem outros pontos fortes. O primeiro é Abel Rocha, que conduz a Orquestra Sinfônica Municipal com energia e precisão. O segundo é o elenco italiano. A soprano Anna Pirozzi e o barítono Angelo Veccia têm vozes prodigiosas.

A história se passa na Escócia do século 11, governada pelo rei Duncan. Lady Macbeth o mata para que o marido se instale no trono.

Apostando nos presságios de feiticeiras, Macbeth se vê como um eterno monarca, mas acaba assassinado por Macduff, que encabeça a resistência à tirania.

Foi a décima ópera de Verdi, escrita quando ele tinha 34 anos. Não possui a profusão melódica de “Rigoletto” ou “La Traviata”, que viriam logo depois. Mas a junção de música e teatro já estava para ele tão bem resolvida que essa tragédia shakespeariana é algo superior a qualquer texto lírico daquele período na Itália.

É aí que entra Bob Wilson, nessa coprodução do Municipal, do Teatro Comunal de Bolonha -onde esse “Macbeth” só será exibido no ano que vem- e da Change Performing Arts, de Milão.

O diretor concebeu um espetáculo escuro. Os trajes de época dos cantores são negros. Também negros são os cenários laterais. No de fundo, única concessão, a cor clara funciona para colocar como silhuetas os personagens coletivos -cortesãos, feiticeiras ou militares.

Só os personagens principais têm o rosto iluminado. Eles andam, mas não gesticulam. Se carregam as mãos ensanguentadas pela cumplicidade ou pelo cometimento de homicídios, elas ficam esticadas, e as luvas, clareadas por uma discreta luz negra.

NEON

Bob Wilson é obcecado pelas lâmpadas de gás neon. Elas estão na ribalta do palco, no entanto, voltadas para o público -como provável recurso para reiterar que aquilo é teatro, e não realidade.

Longos filetes de neon branco chegam a dividir horizontalmente a cena. Mas eles nada iluminam. São uma espécie de estorvo planejado para quebrar novamente a ilusão de que aquilo é verdade.

MACBETH
QUANDO sexta (23), ter. (27) e qui. (29), às 20h, e dom. (25), às 17h
ONDE Theatro Municipal (pça. Ramos de Azevedo, s/nº; tel. 0/xx/11/3397-0327)
QUANTO de R$ 40 a R$ 100
CLASSIFICAÇÃO 10 anos

www.folha.com.br

Oct 29, 2012

Uma nova política cultural para São Paulo.

(Constantine Andreou (1917-2007). “Feira de Diversões”) (Reprodução)

O colunista da Carta Capital, Vladimir Safatle, publicou neste último final de semana um artigo que é um programa para a Cultura em São Paulo. Pelo que foi informado pela mídia, o articulista é um dos especialistas que organizou o programa de Cultura do prefeito eleito de São Paulo, Fernando Haddad.
É um programa de fôlego. Se for implementado será uma grande realização para a cidade na área da Cultura.

Destaco alguns pontos levantados por Safatle e que podem mudar a politica de cultura em São Paulo.

1-São Paulo precisa de um conjuntos de escolas municipais de artes, que ofereçam não apenas oficinas, mas cursos de longa duração de música, teatro, dança, audiovisual, artes plásticas e literatura.

2-Retomada da construção de centros culturais, que possam ter parte de sua gestão na mão de coletivos de artistas.

3-As Escolas de artes poderão funcionar no mesmo espaço que os centros de culturais

4-Recuperação das Bibliotecas Municipais,  abrindo aos sábados e domingos até meia-noite. Atualização de seus acervos.

5- Criar uma política robusta de bolsas para jovens artistas, que teriam, assim, mais autonomia criativa.

Estas são algumas das ideias que o coordenador da nova politica cultural de São Paulo trouxe no artigo da Carta Capital.

Todas muito boas. Agora é o novo governo colocar em prática  estas propostas. Lembro apenas  que o governo federal – do mesmo partido do atual prefeito – em 10 anos não tem uma medida de profundidade na área da cultura.

May 19, 2012

Dietrich Fischer-Dieskau

Dietrich Fischer-Dieskau, barítono alemão, considerado um dos mais importantes cantores líricos do século XX, faleceu na última sexta-feira, 18/5/12.
Nascido em Berlim, em 28/5/1925, filho de uma professora e de um diretor escolar, começou a estudar canto na infância, mais aprimorou seus estudos a partir dos 16, interrompendo-os durante a guerra.
Em 1947, começou sua tragetória como cantor profissional, interpretando em Badenweiler, “Ein Deutsches Requiem” de Brahms. Seu primeiro recital ocorreu em Leipzig, no outono de 1947, projetando-o em todo o país.
Logo chegou a atuar em papéis de destaque ao lado de sopranos como Elisabeth Schwarzkopf e Irmgard Seefried.
Debutou em 1948, no Städtische Oper Berlin, no papel de Posa na ópera “Don Carlo”, de Verdi.
Nos anos seguintes, foi convidado a se apresentar em grandes palcos operísticos, como Viena, Munique, Paris, Milão e Londres.
Além de marcantes interpretações de ópera e de lieder, destacou-se em papéis de compositores contemporâneos, como Benjamin Britten, Samuel Barber, Karl Amadeus Hartmann, Hans Werner Henze, Ernst Krenek, Witold Lutoslawski, Siegfried Matthus, Aribert Reimann, Winfried Zillig e Gottfried von Einem.
Sua obra mais popular é o registro de “Viagem de Inverno”, um conjunto de Lieder de Franz Schubert.



Apr 10, 2012

Mazzaropi, Adoniran e o desempate

 

(Reprodução)

Até nossos adversários reconhecem que a maior força do Corinthians é sua imensa torcida.
Com grande presença social entre as camadas populares, o Alvinegro avança pela classe média e  é a maior força, até entre os ricos. Este fenômeno, que permitiu a um time de operários, da periferia e  sem patrimônio financeiro, tornar-se – em um século – a potência que todos sabemos, é  um fato ainda pouco estudado. Muitos foram protagonistas,  ajudaram  nesta vitoriosa caminhada: jogadores, ídolos, dirigentes, escritores, políticos, torcedores (famosos ou não). Há um mundo de situações que explica este crescimento do time que começou no Bom Retiro.

Destaco, hoje, dois grandes corinthianos, que muito ajudaram o Corinthians a ganhar a popularidade que tem nos dias atuais: Mazzaropi e Adoniran.
Foram valentes propagandeadores do Timão no meio da população, especialmente entre os mais pobres. Muito da adesão de novos torcedores foi obra destes dois gênios. Esta dupla tem muito em comum, além de seu fanatismo pelo Corinthians: eram de São Paulo, filhos de imigrantes italianos e foram brilhantes em sua arte.
Os dois traziam a marca do Corinthians.

Mazzaropi nasceu em São Paulo (em 9 de abril de 1912) teria completado, no dia de ontem, 100 anos.
Nasceu praticamente quando o Timão começava na Várzea, com garra e mais garra.  Começou no circo,  mas trabalhou em tudo: rádio, TV, cinema, além de um mundo de apresentações que hoje seriam chamadas de stand-up.
Quer dizer: contava piadas sozinho nos palcos, mas com graça e criatividade, não como fazem muitos dos atuais artistas desta onda, infestada por piadinhas (sem graça) de verve americana. Mas seu grande campo de  sucesso foi o cinema. Em cada lançamento de seus 32 filmes, reunia sempre uma multidão no cinema Art Palácio, na  Av. São João, centro de São Paulo.
Em 1966, lançou seu famoso “O Corinthiano”, até hoje um dos maiores sucessos de bilheteria do cinema nacional. O filme, feito em período de grande dificuldade  do Timão, tem cenas de jogos reais, em que aparecem Rivelino e Dino, estrelas do Alvinegro. Seu Manoel, um barbeiro, corinthiano fanático, entra em conflito o tempo todo com seus vizinhos palmeirenses. Sobra até para a mídia da época, que atacava o Corinthians como o jornalista Geraldo Bretas (“venceu, mas não convenceu”, dizia o radialista em seu bordão). O sucesso de Mazzaropi com o povão, especialmente nos anos 1940, 50 e 60, muito ajudou na expansão de nossa torcida.
Viva, grande Mazzaropi!

Adoniran Barbosa, como Mazzaropi, era de São Paulo, onde nasceu em 6 de agosto de 1910.
Quase junto com o nascimento do Timão. Também era filho de imigrante italiano (chamava-se João Rubinato), e trabalhou em quase tudo. Atuou no rádio, televisão, cinema,  mas seu forte foi a música. Compositor fantástico, assumia seu corinthianismo por todo lado. Criou o personagem “Charutinho”, na Rádio Record, com notável sucesso. Tratava-se de um corinthiano, morador do Morro do Piolho, o primeiro maloqueiro e sofredor, que ganhou a simpatia de toda a cidade. Especialmente entre a população pobre que acompanhava todas as participações daquele genial “Charutinho”. Arrastou para o Timão uma legião de torcedores. Viva, grande Adoniran!

Lembremos que o período que vai de 1940 a 1960 é decisivo para a definição do time com a maior torcida em São Paulo. Com a chegada da industrialização e seus operários (do Nordeste, na sua maioria) a cidade sofre uma brutal mudança. E o futebol também. A briga entre Corinthians e Palestra (dois times de origem italiana numa cidade onde 70% era de italianos ou seus descendentes) foi inesquecível. A utilização do Palestra pelos adeptos do facismo trouxe dinheiro e riqueza a sua agremiação, mas cobrou um alto preço. Vincular-se a ideias racistas e retrógradas deixara um campo aberto para seu rival (o Corinthians) receber levas e levas de imigrantes que por aqui chegavam para construir a nova metrópole. Aí o jogo desempatou e o placar nunca mais mudou. E para isso Mazzaropi e Adoniran foram muito importantes. Que vivam para sempre estes dois gênios!

E o triunvirato?

Quando o ex-presidente da CBF, Ricardo Teixeira, renunciou e deixou o país, a Folha publicou que a entidade seria dirigida por um Triunvirato.
Marin (seu formal presidente), Del Nero (da Federação Paulista) e Andrés Sanchez (diretor de Seleções). Acho que a Folha tinha lá suas fontes para informar com tanta certeza e precisão. Mas hoje, pelo que leio na Folha, a história de “triunvirato” ficou só naquela matéria. Marin vai compondo por todo lado, nomeando um aqui, outro ali, até sem avisar o nomeado. Surpresa? Pode ser. Mas apenas para os que acreditavam que, com a saída do presidente Teixeira, nada mudaria.  Mas a frase do atual presidente sobre o ex indica algo: “Não dei nem boa Páscoa para ele”. Para que lado vão andar as coisas, pouco sabemos. O que definirá o futuro serão os acordos para Marin consolidar o Poder.
E muita gente vai perder o sono nos próximos meses.

Mar 23, 2012

Louco ou gênio?

É sempre difícil saber se uma ideia é genial ou uma loucura pura.
Numa fase inicial ocorre  – quase sempre – o mesmo quadro. Caminha-se para uma mudança. Forte, estrutural e rompendo com o presente. Foi o “Caso dos pardais”, na China maoísta dos anos 1950.
Com crise na agricultura e fome generalizada, um grupo de Economistas apresentou a Mao Tse Tung  um caminho “genial”: os pardais comiam mais de 30% da produção agrícola chinesa. Era preciso acabar com esta praga. Mao mandou e a China eliminou, numa campanha nacional, todos os pardais. Resultado: a produção agrícola chinesa no ano seguinte caiu quase 60%, levando a uma fome infernal. Sem os pardais, as plantações tiveram que conviver com todo tipo de praga de insetos (que os pobres pardais comiam).
Mao consertou aquela ideia “genial” e “louca” com duas medidas: mandou fuzilar todos os Economistas que fizeram a proposta de eliminação dos pardais; e decretou uma importação dos pássaros da União Soviética.

Esta tragédia maoísta  lembra – um pouco – a proposta de “adaptar o calendário de futebol do Brasil ao europeu”.
Aqui também acho que não há nada de “genial”, é “loucura pura”. O que propõem nossos “iluminados” é uma mudança no clima: o Inverno passa a ser Verão; o Outono, Primavera. Como sabemos, os povos – desde que o homem tomou a direção do mundo – organizam suas atividades de acordo com as estações do ano. No Verão, com Sol e tudo mais, é um tempo para descanso. Os trabalhadores (ou não) viajam, descansam e recomeçam o trabalho no início do Outono. Desde os anos 1930 – do século passado – quando a esquerda francesa inovou e  estabeleceu as férias remuneradas – isto vem sendo feito. E toda atividade do país segue este caminho: os governos e as empresas programam tudo obedecendo às estações do ano. As fábricas, as escolas, os restaurantes, todos seguem os períodos climáticos. E os eventos (esportivos, culturais etc) fazem a mesma trilha. Por esta razão, os campeonatos europeus e americanos começam com o início do Outono (quando tudo começa a funcionar), vivem seu auge no Inverno, e vão se encerrando na Primavera.
O que propõem nossos “gênios” (ou “loucos’) é fazer com que o Brasil mude de Hemisfério. O auge dos nossos campeonatos seria em janeiro e fevereiro (com aquele sol na cabeça, que Deus nos deu), e descansemos no Inverno (na neve, que Deus não deu).

Esta ideia está mais para loucura e é uma vingança contra Policarpo Quaresma. Desqualifica totalmente o País, submetendo-nos ao regime das estações do hemisfério diverso do nosso. Lembra a ideia de outro gênio (aquele que inventou a Correção Monetária), Roberto Campos, que nunca se conformou com o fato de o Brasil não obrigar a todos  falar inglês. Esta aí uma ideia para complementar a mudança das estações: falando inglês ganharíamos mercados  e ficaríamos iguais aos europeus, como querem os “gênios” da mudança do calendário do futebol.

E mais interesssante é que esta ideia retorna quando o Brasil (pelo crescimento ecônomico das últimas décadas) tornou-se a “joia da coroa” das empresas que por aqui atuam. E que – com maior poder econômico – tendem a tornar os clubes locais mais fortes e concorrentes diretos dos europeus. Ou será que não acreditam que seremos a quinta (ou quarta) economia do mundo nos próximos anos? E que isso terá impacto no futebol? Como, aliás, já vem ocorrendo. Vejam o caso do Neymar (que não acho que seja tudo isso que a mídia diz) que continua jogando no Brasil. Com o Brasil crescendo e a Europa em queda livre são eles (os europeus)  que deveriam pensar em mudar suas estações.

Grande Xico

Há motivos para termos fé na nossa mídia esportiva. Não muito, é claro. O  artigo de hoje, na FolhaFé no Casagrande do Xico Sá, é um deles. Chama de mística furada este papo de time “com cara de Libertadores”. Faz bem o Xico de dizer que este papo de “competição diferente”  é “mistificação pura”.
Infelizmente não é só a mídia que martela esta bobagem. Até torcedores e jogadores do Timão entram neste papo furado. Xico diz – com razão –  que por este critéro de “cara de Libertadores” o Barcelona de Messi seria um exemplo de covardia, que nunca ganharia Copita. Está certo o Xico. Este papo de que a  Copita “Libertadores” é diferente é só para cutucar o Timão. É um torneio igual. Inclusive com um monte de times de segunda ou de terceira categoria (como este “poderoso Juan” que o Santos venceu ontem). Seu endeusamento é, também,  para pagar pouco aos clubes pela transmissão da TV. O Corinthians – não fosse a bilheteria – teria prejuízo em jogar esta “Copita”.  
Vencendo o Corinthians esta competição, a mídia se encarregará de retorná-la ao lugar de quinta, onde esta Copita fica bem.

Mar 21, 2012

“Oh! Bendito o que semeia livros… Livros à mão cheia!”


“Oh! Bendito o que semeia
Livros… livros à mão cheia…
E manda o povo pensar!
O livro caindo n’alma
É germe — que faz a palma,
É chuva — que faz o mar. “
(Castro Alves, “O Livro e a América”)

 

O número de livros sobre futebol, lançado no Brasil, é incrívelmente pequeno.
Se fizermos uma boa pesquisa, pouca coisa vamos encontrar. Quase nada, se compararmos a literatura à paixão de nosso povo pelo esporte . Diferentemente do que ocorre nos Estados Unidos e na Europa.
Numa viagem a Nova York, visitei uma livraria importante no centro da cidade. A área reservada ao esporte era enorme. Livros de todo tipo:  biografias, comemorações de títulos,  partidas históricas, e tudo mais.
Um imenso número de trabalhos, escritos especialmente por jornalistas, mas também por muitos atletas, dirigentes etc. Os esportes que contam com maior apelo popular por lá tem um massacrante número de livros.
O beisebol, o futebol americano e o basquete tem tudo publicado.
Esportes de menor prestígio também tem sua vez. Na Europa ocorre o mesmo. A ala de esportes nas livrarias é sempre grande e importante. E ali prevalece o futebol. Tem de tudo e de todos.

No Brasil isso, infelizmente, não ocorre.  Ao contrário o número de publicações é baixíssimo.
Quando fui escrever a biografia do Neco, procurei tudo o que tínhamos de publicações sobre futebol. Uma lástima. Quase nada. A pobreza do Brasil é maior nas livrarias, em especial na área do futebol.
Raras são as publicações, mesmo sobre nossos grande ídolos, ainda que conhecidos no mundo todo. Por aqui,  tem pouca ou nenhuma publicação a seu respeito. Pelé é um exemplo. Com incrível prestígio mundial, tem um ou outro livro. Uma situação deplorável.

Paulo André,  jogador e escritor.

Neste mundo de incrível pobreza, deveria ser recebido com festa o livro lançado, recentemente, pelo jogador do Corinthians Paulo André. ” O jogo da minha vida”, história e reflexões de um atleta é uma bela obra.
O seu lançamento, na Livraria Saravia, do Pateo Paulista, foi uma confusão só. Faltou energia elétrica naquela noite e, com um grande público, foi preciso improvisar num outro espaço. Tudo foi tumultuado e eu mesmo, após esperar um tempão, comprei o livro, mas sai sem o autógrafo do jogador. Como tantos que estavam por lá,  fomos vítimas da Eletropaulo (o que já é rotina).

Li o livro. É uma belíssima obra. Narra, com grande competência, a vida de um jogador de futebol, sua jornada desde as categorias de base até a chegada a um grande time. Não esconde nada, e deveria ser lido por jovens que querem fazer carreira no esporte. Uma leitura agradável e um livro importante.
Não vi nenhuma crítica do pessoal de literatura. Para ser sincero, apenas alguns blogs e sítios anunciavam seu lançamento. E nada mais.
Deveríamos aplaudir esta iniciativa e apelar a todos (especialmente aos jornalistas) : escrevam sobre nosso principal esporte!

Vejam o caso do nosso Corinthians: quando é que aparecerá alguém, de boa alma, para escrever a biografia do Luizinho, do Gilmar, do Oreco?
Vamos aplaudir o Paulo André e torcer. E muito!