Programação da Rádio ópera . Domingo (30/09/12)
OTELLO (Verdi) Horário: 08:30
Rádio Ópera
Tannhauser (Wagner), “Coro dos Peregrinos”
Programação da http://www.radioopera.com.br desta sexta (28/09/12).
ACIS E GALATEA (Handel) Horário: 07:00
Londres, fevereiro/1978. Maestro: John Eliot Gardiner.Elenco: Norma Burrowes, Anthony Rolfe Johnson, Martyn Hill, Willard White.
Sem sal, sem açúcar
(Mary Cassat, “The loge”, 1882) (Reprodução)
Sem jogos do Corinthians durante a semana, o mundo desportivo fica sem rumo.
E sem assunto. A quarta fica sem cara de quarta-feira.
Vejam em que nossa mídia anda insistindo: no caso do roubo atribuído ao pessoal do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), em Londres; no contrato de amistosos da Seleção Brasileira; e, como faz tradicionalmente, em uma ou outra fofoca sobre o estádio do Corinthians.
O caso do roubo em Londres (que parece não ser só na Inglaterra) é ruim para o Brasil e deveria ser clareado o quanto antes.
Com direito a nomes e números.
A Seleção é outro assunto que volta quando não temos alguma coisa expressiva no esporte.
Qualquer destes times contra os quais o Brasil vem jogando nos últimos anos tanto faz para nosso torcedor.
Quase todos os selecionados escolhidos são fracos.
Ah! Há um assunto que poderia render muito, mas a imprensa não gosta.
Trata-se das declarações do Deputado Romário (craque no campo e no microfone). Não sei o que está esperando nossa mídia que não cobra alguma resposta dos citados para a crítica que o Deputado faz.
Sim, é certo que a estratégia da CBF é a do silêncio absoluto. Mas, convenhamos, isto não obriga a grande imprensa a ficar calada.
Há também uma ou outra notícia sobre a construção do estádio do Corinthians.
Nada que mude nada.
Rumo ao Rio-2016
Medalha de lata
O Comitê Organizador queimou a largada nos trabalhos para os Jogos de 2016.
As cópias piratas (para usar expressão mais suave) de arquivos da Olimpíada de Londres formaram episódio constrangedor, humilhante e embaraçoso para os brasileiros, anfitriões da próxima festa mundial do esporte.
A demissão de dez supostos responsáveis pela atitude ilícita e deselegante não encerra o escândalo; apenas confirma a praxe de que são necessários bodes expiatórios, para livrar cabeças coroadas de cobranças e eventuais suspeitas.
Os bombeiros de plantão inicialmente não ligaram para a fumaça, provocada dias atrás pelo jornalista Juca Kfouri. A reação imediata foi a de ignorar a denúncia de que observadores patrícios haviam se apoderado de informações dos britânicos sem a devida autorização. Era melhor deixar a notícia esvair-se.
Tão logo perceberam que havia fogo, e este poderia alastrar-se, trataram de colocar em prática ações de emergência. Uma nota lamentou o ocorrido e informou que os culpados pagariam a conduta leviana com a perda do emprego. Nota adicional reiterou que agiram por iniciativa própria, sem o conhecimento dos superiores nem de “nenhuma outra liderança da Rio-16”. Só não foram demitidos por justa porque se entendeu que não houve intenção criminosa. Ou seja, não passou de um pecadilho, na avaliação dos dirigentes do COL.
O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, classificou de “lamentável” a pilhagem cibernética, em nota publicada no site da pasta. Mas destacou que o Comitê agiu corretamente ao liberar-se dos funcionários levianos. Em determinado trecho do comunicado oficial, ressalta que foi um fato passado entre “entidades privadas”. No mais, vamos em frente que atrás vem gente. Como se, dessa maneira, esperasse limpar a mancha com uma suave ensaboada moral.
Não é assim, não. A história tem mais arestas soltas do que aparadas. A começar pela postura do governo. Ao frisar o caráter de empresa particular do Comitê Organizador, fica a impressão de que o ministro ensaiou não meter a mão na cumbuca e olimpicamente driblar a polêmica. COL e Comitê Olímpico Brasileiro são entidades privadas, mas de enorme interesse público. Muito mais agora, que recursos municipais, estaduais e federais são destinados, com generosidade, para a preparação dos Jogos Olímpicos de 2016. Portanto, o governo tem o dever de cobrar atitudes transparentes, de fiscalizar os movimentos dessas empresas. E como tem!
O comportamento de COL e COB é ainda mais estranho. O presidente das duas entidades, não por acaso a mesma pessoa, tinha de vir a público e prestar esclarecimentos no ato. Deveria ser o primeiro a falar, a dar a cara para bater, a ser cobrado. Esse o papel que se espera de uma liderança, já que assim é tratado no site oficial. No entanto, optou pelo silêncio, estratégia usada também pelo prefeito do Rio.
Ninguém explicou que arquivos eram esses, a quais equipes pertenciam os observadores trapalhões, de onde vieram, que cargos ocupavam e havia quanto tempo. Silêncio total, desmentidos oficiais e aposta na anestesia moral em que vivemos.
É sempre igual: explode um bafafá tremendo, grave e, na hora em que a lama ameaça sujar tubarões, se apela para o recurso do “eu não sabia”, “foi um bando de aloprados”, “agiram por iniciativa pessoal” e por aí vai, à espera do esquecimento.
O episódio desprestigia a cúpula da Rio-16 e mostra que começamos nossos Jogos com bela medalha de lata.
Antero Greco
(O Estado de S.Paulo, Esportes, 26/9/2012, p.E-2)
Abaixo da média
Quem viu os jogos dos times que disputam a ponta do Campeonato Brasileiro ficou preocupado.
O “principal” jogo da rodada (Atlético Mineiro x Grêmio) foi para lá de modesto, para dizer o mínimo. Luta, garra, dedicação, correria e tudo mais. Só faltou o bom futebol, com toques e criação de jogadas. Por maior que fosse o esforço do locutor da TV, as imagens desmentiam todos os elogios.
Já no sábado, o “líder” Flu ganhara a duras penas, num jogo mais que fraco.
Mesmo não disputando diretamente a ponta, o Corinthians e seu jogo foram o que salvou a rodada.
Como tem sido quase toda semana. O Timão é o único time que une dedicação, organização com criação e jogadas de brilho. Em alguns jogos mais, em outros, menos, é o Corinthians que tem garantido qualidade ao campeonato.
Uma pena que pelo calendário o Clube tivesse ficado fora de uma disputa maior pelo título.
Cadê os nomes?
O COB (Comitê Olimpico Brasileiro) do Sr. Carlos Nuzman é um exemplo que não deve ser seguido.
Um grupo do batalhão de 200 “quadros” que foram para Londres aprender a organizar uma Olimpíada foi envolvido em um “rolo” e tanto. São acusados pelos ingleses de roubo e o COB tentou abafar tudo. Sem saída, foi obrigado a “desligar” 10 dos seus homens de ouro. Mas procurou esconder o embróglio.
A nota do COB é tão clara como o comunicado da Rádio de Moscou sobre a morte de Stalin.
Procura tudo esconder.
Está mais do que na hora de o COB (Sr. Nuznam) esclarecer todinha esta história.
Dar os nomes, elucidar os fatos e até quem ordenou o roubo. Será que ele pode fazer isso? Não sei, mas deve começar a clarear a situação o quanto antes.
Falta grana
A falta de grana está mostrando sua cara no Campeonato Italiano.
O Milan e a Inter (dois expoentes do futebol da Bota) estão apanhando de todo mundo por lá.
Sem grana, os ex-gigantes têm equipes modestas que só colhem derrotas.
Sem palavras ?
O advogado paulista Alberto Murray Neto lembrou que o escândalo envolvendo funcionários brasileiros, que furtaram informações dos Jogos de Londres, “foi tratado pelo COB e CO-Rio com a maior confidencialidade, na clara tentativa de abafar a vergonhosa ação”.
O assunto só se tornou público depois que Juca Kfouri divulgou em seu blog, na quinta-feira.
O escandaloso episódio é a manchete do jornal Folha de S.Paulo.
Intercâmbio
Tratava-se de um intercâmbio conhecido por “Programa de Transferência de Conhecimentos” realizado entre instituições esportivas, mas proíbe a cópia de documentos sem a autorização dos autores.
“Os brasileiros tinham acesso às informações do Comitê Londrino (LOCOG). E se fossem pessoas de bem, honestas, certamente teriam utilizado as informações como aprendizado e pronto”, explicou Alberto. “Mas não, começaram a fuçar e a copiar o que era proibido”.
“Certamente, essa gente achou que os ingleses são bobos e não controlariam esse tipo de acesso… patético, até. Mas pagaram e pagaram caro com as demissões, mas acho que isso é apenas o começo”.
E o governo?
As demissões ocorridas não podem ser o ponto final neste grave episódio, que mancha e distorce o “espírito olímpico” vergonhosamente.
Porque, os funcionários que surrupiaram informações alheias estavam em Londres pagos pelo dinheiro público, já que o COB e Comitê Rio 2016 são instituições financiadas, também, por verbas federais.
É indispensável que o governo federal não silencie, pois as entidades envolvidas são representativas do Brasil nas nossas relações esportivas internacionais. O que diz o Ministério do Esporte sobre esse vexame olímpico?
www.http://www.josécruz.blogsfera.com.br
Ouro, prata ou bronze
Rio-2016 demite funcionários que furtaram documentos em Londres-2012
O Comitê Rio-2016 confirmou, nesta sexta-feira, a informação publicada na véspera pelo colunista da Folha Juca Kfouri no seu blog no portal UOL, empresa pertencente ao Grupo Folha, que edita a Folha. Mas a entidade disse que não divulgará os nomes dos integrantes demitidos.
Os brasileiros trabalhavam com os organizadores de Londres durante a última Olimpíada, entre 27 de julho e 12 de agosto, como parte de um “programa de transferência de conhecimentos” entre as cidades organizadoras.
“Posso confirmar que houve um incidente que envolveu membros da equipe do Rio que acessou e removeu arquivos sem permissão”, disse a porta-voz de Londres, Jackie Brock-Doyle, à agência Associated Press. “Informamos à supervisão do Rio. Eles atuaram rapidamente para resolver a questão e devolver os arquivos”.
Will Oliver/France Presse |
O presidente do Comitê Rio-2016, Carlos Arthur Nuzman |
Altos funcionários de Londres foram informados do download ilegal e reportaram o sumiço aos organizadores do Rio, liderados por Carlos Arthur Nuzman e Leo Gryner.
A revelação sobre o furto dos arquivos ocorreu dois meses antes de funcionários de Londres-2012 e do Rio-2016 se reunirem no Brasil para a sessão informativa oficial dos Jogos deste ano, um encontro em que os organizadores da última Olimpíada repassam aos seguintes toda a informação necessária.
Autoridades disseram que provavelmente os arquivos teriam sido fornecidos para a equipe do Rio se tivessem sido solicitados.
CONFIRA A ÍNTEGRA DA NOTA DO COMITÊ DA RIO-2016
“O Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016 confirma que alguns de seus funcionários que, em razão de parceria entre as duas organizações, prestavam serviços ao Comitê Organizador dos Jogos Londres 2012 (LOCOG, na sigla em inglês) baixaram arquivos do LOCOG sem autorização, atitude contrária aos princípios que regiam a confiança mútua entre as duas organizações. Os envolvidos foram identificados e as lideranças do Rio 2016 e do LOCOG agiram de forma conjunta, coordenada e rápida para reparar a situação. Todos os arquivos foram recuperados e devolvidos e os funcionários foram desligados do Rio 2016.
O Rio 2016 contou com cerca de 200 representantes em Londres por ocasião dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos deste ano e entende que esse foi um caso isolado.
Toda a atuação do Rio 2016 é pautada pelos princípios da ética, responsabilidade e transparência”.
www.folha.com
É o tatu!
A organização da Copa de 2014 escolheu o tatu-bola como mascote do evento.
Parabéns. Talvez esta escolha evite a extinção do pobre animal.
Mas quem gosta mesmo de tatu é a CBF (Confederação Brasileira de Futebol).
E o gosto não é pela carne (cujo consumo é proibido), mas das reações do bicho quando sente qualquer perigo. Imediatamente se fecha como uma bola, depois vai pro buraco se esconder.
É a politica adotada pela CBF quando aparece algum problema.
Vejamos agora alguns exemplos. O Ministro do Esporte, Aldo Rabello, afirmou que precisa acabar esta história de dirigentes de entidades de esportes manterem-se por décadas e décadas no cargo. O que faz a CBF diante da importante manifestação do Ministro? Corre pro buraco e se fecha sem falar uma palavra. Afinal o Sr. Aldo Rabello está falando exatamente para eles, e estes se fingem de mortos.
Como o tatu.
O mesmo ocorre com as declarações do deputado (ex- atleta) Romário, que vem espinafrando a Direção da CBF, especialmente o técnico.
Como reage a CBF: nem um piu!
Fecham-se como uma bola e vão pro buraco.
É preciso avisar a CBF que o mascote da Copa não é um animal que deva ter seu gesto imitado quando em situação adversa.
Afinal esta entidade está clandestina?
Palestra e Palmeiras
O Blog do Juca publica artigo de Jota Christianini (historiador palestrino ou palmeirense) sobre os acontecimentos que levaram à mudança do nome da agremiação (Palestra para Palmeiras) na fase pós segunda guerra.
O artigo relata a tensão nas reuniões em que os dirigentes procuravam salvar a agremiação e seu patrimônio, já que havia uma campanha generalizada para “tomarem” os bens daqueles grupos que estavam na guerra ao lado dos vencidos (Alemanha, Japão e Itália).
A campanha foi dura e atingiu todas as regiões.
O importante Hospital Alemão, que fica na Bela Vista, teve que mudar o nome para Oswaldo Cruz da noite para o dia. A colônia japonesa perdeu o Hospital – depois chamado Santa Cruz. O terreno do Canindé, que era de uma associação de imigrantes alemães, foi “comprado”.
E o Palestra ficou na linha de tiro.
Durante todo o período de ascensão do fascismo italiano, ninguém escondia o aplauso ao “Duce”. O Clube chegou a adotar posturas de puro racismo (como proibir entrada de negros), numa época em que ser adepto de Mussollini rendia prestígio e principalmente… muito dinheiro. Foi uma época fácil para os palestrinos.
O que queriam compravam e o que olhavam traziam.
Mas o dinheiro fácil e a adesão ao fascismo cobrou um preço elevado.
Tornara-se um Clube que excluía uma parcela grande da Cidade (que não tinha o mesmo “sangue” dos oriundi).
Com isso, abriu espaço para o Corinthians se tornar a maior torcida no Estado, situação que o tempo só aumentou.
Mas a fúria dos que venceram a guerra desejava mais.
Queria o patrimonio dos “imigrantes com vínculo aos partidários do eixo”. E aí valia tudo.
Inclusive “tomada” das propriedades dos vencidos.
No artigo do Blog do Juca há um ponto interessante que poucos falam nos dias atuais.
Diz o historiador palmeirense: “Prossegue a reunião. Chega um telegrama , vindo do Corinthians, hipotecando solidariedade ao Palestra. Assina Vicente, um jovem conselheiro, também imigrante.”
É a mais pura verdade.
O único Clube que não aceitou a violência que era cometida contra o alviverde foi o Corinthians. Não sei se a informação do telegrama (com assinatura de um conselheiro Vicente) é das mais precisas. Sei que o Corinthians reuniu o Conselho e decidiu se manifestar contra a “tomada” do estádio palestrino.
Uma delegação (contaram-me as testemunhas da época) foi ao Palestra levando uma “moção” de solidariedade.
É um gesto que sempre engrandeceu ao Timão e que tive oportunidade de reelembrar numa reunião em 2003, quando um dirigente do Palestra, filho de um ex-presidente do Clube, se uniu ao SPFC para retirar uma vantagem que tínhamos no regulamento do Campeonato.
O resto da história todo mundo conhece inclusive o alto preço que pagou o Palestra pela sua adesão ao fascismo.
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