Aniversário do Corinthians – O nosso primeiro hino
O hino que ouvimos hoje não é o primeiro do Timão. O primeiro hino de nosso clube é datado de 1930 e foi gravado por Guarani e Pirajá. É um belo hino para ser ouvido por todos corinthianos. A letra é de Eduardo Dohmen, e música de La Rosa Sobrinho.
Lutar… Lutar…
É nosso lema sempre, para a glória.
Jogar… Jogar…
E conquistar os louros da vitória.
E proclamar nosso pendão.
É alvinegro e sempre há de brilhar,
Lutar, viril
Para a grandeza e glória do Brasil.
CORINTHIANS… CORINTHIANS…
A glória será teu repouso
E nós unidos sempre…
elevaremos teu nome glorioso
Gol do Corinthians na final do Mundial da FIFA 2012 visto da arquibancada
Postado por Maurício Kumura no YouTube.
Liebestod de Tristão e Isolda
Birgit Nilsson canta “Liebestod!”, de “Tristão e Isolda” (Wagner).
Liebestod!
O ew’ge Nacht,
süsse Nacht!
Hehr erhabne
Liebesnacht!
Wen du umfangen,
wem du gelacht,
wie wär’ ohne Bangen
aus dir er je erwacht?
Nun banne das Bangen,
holder Tod,
sehnend verlangter
Liebestod!
In deinen Armen,
dir geweiht,
urheilig Erwarmen,
von Erwachens Not befreit!
Wie sie fassen,
wie sie lassen,
diese Wonne,
Fern der Sonne,
fern der Tage
Trennungsklage!
Ohne Wähnen
sanftes Sehnen;
ohne Bangen
süss Verlangen;
ohne Wehen
hehr Vergehen;
ohne Schmachten
hold Umnachten;
ohne Meiden,
ohne Scheiden,
traut allein,
ewig heim,
in ungemessnen Räumen
übersel’ges Träumen.
Tradução livre:
Morrer de Amor! (Canção da morte de Isolda)
“Ó noite eterna,
doce noite!
Gloriosamente sublime
noite de amor!
Aqueles que você abraçou
diante de seu sorriso,
como poderão despertar
sem medo?
Agora, afastado o medo,
doce é a morte.
Ansiava, ansiava apenas
morrer de amor!
Em seus braços
A você me declaro,
célere força elemental sagrada,
liberta-me do perigo de despertar!
Como abraçá-lo?
Como deixá-lo?
Bem-aventurada
a distância do Sol,
a distância do dia
da dolorosa despedida!
Livre da ilusão,
doce é meu anseio,
Livre do temor,
doce é minha saudade.
Livre do sublime
último suspiro.
Livre de sumir
na doce escuridão.
Sem fugirmos,
Sem partirmos,
Fiquemos apenas a sós,
Na morada eterna
No reino do infinito
Do êxtase e dos sonhos.”
Verdi, “Va pensiero”
“Va’, pensiero” da ópera Nabucco (Verdi).
Va’, pensiero, sull’ale dorate;
va’, ti posa sui clivi, sui colli,
ove olezzano tepide e molli
l’aure dolci del suolo natal!
Del Giordano le rive saluta,
di Sïonne le torri atterrate…
Oh mia patria sì bella e perduta!
Oh membranza sì cara e fatal!
Arpa d’ôr dei fatidici vati,
perché muta dal salice pendi?
Le memorie nel petto raccendi,
ci favella del tempo che fu!
O simìle di Sòlima ai fati
traggi un suono di crudo lamento,
o t’ispiri il Signore un concento
che ne infonda al patire virtù!
“Vá, pensamento!” (Tradução livre)
Vá, pensamento, sobre as asas douradas
Vá, e pousa sobre as encostas e as colinas
Onde os ares são tépidos e macios
Com a doce fragrância do solo natal!
Saúda às margens do Jordão
E as ruínas da torres de Sião.
Oh, minha Pátria, tão bela e perdida!
Oh lembrança tão cara e fatal!
Harpa dourada de desígnios fatídicos,
Por que chora a ausência da terra querida?
Reacende a memória no nosso peito,
Fale-nos do tempo que passou!
Lembraivos do destino de Jerusalém,
Neste triste lamento,
Que o Senhor nos inspire louvores
Que nos permitam suportar o sofrimento.
Uma alma inesquecível
A inesquecível e amada Eliane, em jantar no restaurante Giovanni Bruno, com João Feder e esposa.
Uma grande alma, querida por todos e que nos deixou tão cedo.
Trabiju lidera ranking de desenvolvimento de municípios brasileiros
Interior de São Paulo lidera ranking de desenvolvimento
Entre os 10 municípios com melhor desempenho no País segundo estudo da Fundação Getúlio Vargas, 7 são paulistas
VITOR HUGO BRANDALISE – O Estado de S.Paulo
Cidades do interior paulista lideram o novo ranking de desenvolvimento social dos municípios brasileiros da Fundação Getúlio Vargas (FGV), divulgado ontem. Dos 556 municípios que apresentam melhor desempenho do País, 55,2% ficam no interior – entre os dez primeiros, sete são paulistas.
A cidade líder do ranking foi Trabiju, de 1.544 habitantes na região de Araraquara, com nota 6,28 na escala de 0 a 10, acima da média nacional (nota 5). No total, 619 dos 645 municípios paulistas (ou 96%) receberam notas acima da média. Apesar de apresentar desempenho superior à média nacional, a capital recebeu avaliação inferior à média do Estado – 5,71 para o Estado todo e 5,64 para a capital – e ficou em oitavo no ranking nacional de capitais, atrás de cidades como Rio, Goiânia, Vitória, Curitiba e Florianópolis.
O estudo levou em conta o desempenho em habitação, renda, trabalho, educação, saúde e segurança desses municípios, utilizando dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e dos Ministérios da Saúde e da Educação. “O objetivo é indicar as cidades com menor índice de desenvolvimento, para incentivar a elaboração de políticas públicas”, disse André Portela, coordenador do estudo.
A pesquisa apontou também que o ritmo de melhorias sociais em São Paulo diminuiu na comparação entre 2000 e 2010.
Estadão, http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,interior-de-sao-paulo-lidera-ranking-de-desenvolvimento-,969402,0.htm, 5/12/2012
Destaque paulista no Índice FIRJAN de Desenvolvimento Municipal
Brasil mais que dobrou municípios com desenvolvimento moderado na década
Criado pelo Sistema FIRJAN para acompanhar a evolução socioeconômica dos 5.565 municípios brasileiros, o Índice FIRJAN de Desenvolvimento Municipal (IFDM) revelou, em sua quinta edição, que entre 2000 e 2010, mais que dobrou a quantidade de cidades brasileiras em patamar moderado de desenvolvimento.
Nesse período, a participação de municípios na faixa moderada subiu de 30,1% (1.655 municípios) para 61% (3.391 municípios). No mesmo período, também caiu a presença de cidades na categoria de baixo desenvolvimento: de 18,2% (1.005 municípios) em 2000 para 0,3% (seis municípios). Embora continue pequeno, o número de cidades com patamar de alto desenvolvimento registrou crescimento expressivo. Passou de 19 cidades em 2000 para 328 cidades em 2010.
Com periodicidade anual, recorte municipal e abrangência nacional, o IFDM considera três áreas de desenvolvimento – Emprego & Renda, Educação e Saúde – e utiliza-se de estatísticas oficiais divulgadas pelos Ministérios do Trabalho, Educação e Saúde. Em 2012, os dados oficiais mais recentes disponíveis são de 2010, o que possibilitou uma análise detalhada das transformações sociais que marcaram o Brasil na primeira década dos anos 2000.
O estudo começou em 2008, comparando os anos de 2005 e 2000, e permite determinar com precisão se a melhora ocorrida em determinado município foi decorrente de medidas políticas ou apenas reflexo da queda de outro município. O índice varia de 0 (mínimo) a 1 ponto (máximo) para classificar o nível de cada localidade em quatro categorias: baixo (de 0 a 0,4), regular (0,4001 a 0,6), moderado (de 0,6001 a 0,8) e alto (0,8001 a 1) desenvolvimento.
Recuperação frente à crise econômica mundial
A média brasileira do IFDM atingiu 0,7899 pontos em 2010, um crescimento de 3,9% em relação a 2009, mantendo-se na faixa de classificação de desenvolvimento moderado. Os dados refletem não só a recuperação da economia brasileira frente à crise mundial de 2008 e 2009, mas também avanços nas áreas de Emprego & Renda e Educação.
A principal contribuição para a média brasileira partiu da vertente Emprego & Renda. O indicador manteve-se na faixa moderada, mas aumentou 8,6% em apenas um ano, passando de 0,7286 para 0,7914 pontos, como resultado da geração recorde de mais de dois milhões de empregos em 2010.
Apesar do significativo crescimento, o IFDM Emprego & Renda avançou em pouco mais da metade (52,2%) das cidades brasileiras, onde foram gerados 75% dos empregos com carteira assinada em 2010, revelando que o mercado formal de trabalho brasileiro ainda é concentrado.
A categoria Educação manteve a tendência de evolução observada nos últimos anos e alcançou 0,7692 pontos, desenvolvimento moderado. A pontuação representou um avanço de 2,5% em comparação com o ano anterior, com crescimento em 81,5% dos municípios. Em particular, destacou-se a expansão no atendimento da educação infantil no Brasil, que em 2010 progrediu em mais de 80% das cidades. A quantidade de crianças em idade pré-escolar matriculadas no país subiu de 34,9% em 2009 para 40,1% no ano seguinte.
Na Saúde, o indicador ficou praticamente estável, mas manteve-se em patamar de alto desenvolvimento, atingindo 0,8091 pontos: crescimento de 0,9% em 2010, quando 64,8% dos municípios avançaram nessa área de desenvolvimento. Entre as variáveis de saúde básica acompanhadas pelo estudo, o destaque de 2010 ficou para o aumento do número de gestantes com sete ou mais consultas pré-natal, o que ocorreu em quase 70% do país. Ainda assim, apenas 5,3% dos municípios têm mais de 90% das gestantes fazendo pré-natal corretamente.
Nordeste foi a região que mais evoluiu na década: 97,8% das cidades apresentaram crescimento do IFDM
Os resultados do IFDM revelam a expressiva transformação socioeconômica pela qual passou o Brasil na última década. Dos 5.565 municípios brasileiros, 2.055 (36,9%) ascenderam à condição de desenvolvimento moderado a alto em dez anos.
No entanto, as análises regionais confirmam que as desigualdades regionais persistem. As regiões Sul e Sudeste predominam entre os 500 maiores IFDMs, com 91,2% de participação em 2010, enquanto Norte e Nordeste representam a maioria (96,4%) entre os 500 municípios com menores desempenhos.
Na última década a região Sul se consolidou como a mais desenvolvida do Brasil. Praticamente todos os municípios (96,6%, 1.119 cidades) evoluíram no período. Em 2010, 97,2% dos municípios (1.126) foram classificados com desenvolvimento de moderado a alto, enquanto esse percentual era de 55,1% (638 municípios) em 2000.
A região Sudeste se destacou na última década, quando 93,9% (1.464) de seus municípios registraram crescimento do IFDM. O Sudeste concentra as cidades mais desenvolvidas do país: 86 dos 100 maiores IFDMs são da região. No entanto, quando comparada ao Sul, revela-se mais desigual: 10,4% dos municípios estão abaixo de 0,6 pontos (de regular a baixo desenvolvimento), proporção três vezes superior ao Sul.
O estudo revela ainda que o Centro-Oeste se aproximou do patamar do Sudeste. Em 2010, 88,5% dos municípios da região registraram IFDM acima de 0,6 pontos, percentual muito próximo ao observado na região Sudeste (89,7%). Dos 465 municípios da região, 327 ascenderam à condição de desenvolvimento moderado a alto na última década. Em 2000, apenas 18,4% dos municípios do Centro-Oeste estavam nessa situação.
Em dez anos, o Nordeste foi a região brasileira que mais evoluiu: 97,8% (1.748 municípios) das cidades apresentaram crescimento do IFDM. Ainda assim, 67,6% (1.217) dos municípios ainda apresentam IFDM abaixo de 0,6 pontos, em nível de desenvolvimento baixo ou regular.
A região Norte destoou das demais regiões do país, não só pela baixa pontuação alcançada por seus municípios no IFDM, mas pela lenta evolução ao longo da década. A região tem a maior proporção de municípios classificados com desenvolvimento baixo ou regular (abaixo de 0,6 pontos): 77,7% (351 cidades). Além disso, 8% (38 municípios) regrediram e estão em situação pior do que a registrada em 2000. No Norte do país, apenas dois municípios possuem alto desenvolvimento: as capitais Palmas (TO) e Porto Velho (RO).
Palmas (TO) foi a capital que mais evoluiu na década: crescimento de 40%
Na década, a capital que mais evoluiu foi Palmas (TO), que subiu de 0,6155 pontos em 2000 para 0,8644 em 2010, uma variação de 40,4%, alcançando o 6° lugar no ranking mais recente.
Em 2010 as três primeiras colocações do IFDM no ranking das capitais brasileiras novamente ficaram com Curitiba (0,9024 pontos), São Paulo (0,8969) e Vitória (0,8927), que desde 2005 se revezam no topo da lista. No restante da tabela, vale destacar o desempenho de Porto Velho, em 15° lugar, capital que entrou no rol de municípios com classificação de alto desenvolvimento, atingindo 0,8072 pontos.
Também integram o grupo, além dos três primeiros colocados, Belo Horizonte (0,8756 pontos – 4° lugar); Florianópolis (0,8737 – 5° lugar); Palmas (0,8644 – 6° lugar), Goiânia (0,8610 – 7° lugar), Campo Grande (0,8578 – 8° lugar), Rio de Janeiro (0,8501 – 9° lugar), Porto Alegre (0,8329 – 10° lugar), Cuiabá (0,8292 – 11° lugar), Recife (0,8258 – 12° lugar), Teresina (0,8181 – 13° lugar) e Natal (0,8156 – 14° lugar).
O IFDM Emprego & Renda manteve-se acima de 0,8 pontos em todas as capitais brasileiras, com exceção da última colocada, Manaus, que, apesar de figurar novamente na 26ª posição, cresceu 3,6% de 2009 para 2010, passando de 0,6798 pontos para 0,7043.
Santa Catarina, Minas Gerais e Rio Grande do Sul: primeira vez no patamar de alto desenvolvimento no ranking estadual
Embora o IFDM seja um indicador que acompanhe o desempenho dos municípios, a divulgação das estatísticas oficiais dos estados também permite a criação de um ranking comparando o desempenho das 27 unidades de federação do país, incluindo o Distrito Federal. Na lista, São Paulo (0,8940 pontos) e Paraná (0,8427) mantiveram as duas primeiras colocações pelo sexto ano consecutivo.
O grande destaque ficou para Santa Catarina (0,8261), estado que alcançou grau de alto desenvolvimento e assumiu a terceira colocação, que pertencia ao Rio de Janeiro (0,8230). Em 5º e 6° lugares, aparecem Minas Gerais (0,8197 pontos) e Rio Grande do Sul (0,8190), que também integram pela primeira vez o rol dos estados com alto grau de desenvolvimento. Com essas conquistas, o número de estados com a melhor classificação passou de três em 2009 para seis em 2010.
Na parte de baixo do ranking dos estados, Alagoas seguiu com o pior desempenho: praticamente não evoluiu no IFDM 2010, mantendo-se como o único estado brasileiro com grau de desenvolvimento regular (abaixo de 0,6 pontos): 0,5943 pontos.
Em relação a 2009, as maiores variações no IFDM ficaram com o Pará (5,2%) que alcançou o patamar de desenvolvimento moderado; Pernambuco (6%) e Maranhão (4,8%). Nos três estados, a principal contribuição para o crescimento do IFDM partiu da vertente Emprego & Renda.
O único estado a apresentar variação negativa do IFDM (-1,1%) em 2010 foi Roraima, também sob influência da vertente Emprego & Renda. O estado não avançou nessa área, com redução na remuneração de seus trabalhadores e pouca oferta de novos postos de trabalho. Com isso, perdeu três colocações no ranking dos estados, caindo da 18ª posição (0,6538 pontos), em 2009, para a 21ª (0,6464), no ano seguinte.
Seis cidades do país em condição de baixo desenvolvimento: apenas 3 mil empregos para 120 mil habitantes
Em 2010, seis cidades ainda apresentaram classificação de baixo desenvolvimento (IFDM abaixo de 0,4 pontos) no país, localizadas no Norte e Nordeste: Jordão (AC); São Paulo de Olivença (AM); Tremedal (BA); Bagres (PA); Porto de Móz (PA) e Fernando Falcão (MA). Em comum, as seis cidades com pior desempenho no IFDM têm graves lacunas em todas as vertentes acompanhadas pelo IFDM, apresentando uma realidade socioeconômica precária.
Para se ter uma ideia, em 2010 as seis cidades juntas somavam pouco mais de 3,2 mil postos formais de trabalho para uma população total de mais de 120 mil habitantes. No Brasil, são 46 milhões de empregos com carteira assinada para 190 milhões de habitantes. Do grupo, a cidade que gerou mais postos de trabalho em 2010 foi Bagres (PA), com apenas três vagas.
Em cinco dos seis municípios houve redução do salário médio frente a 2009, enquanto apenas 25% das crianças de até seis anos estão em creches e pré-escola (no Brasil, a média é de 40%). Na maioria desses municípios, não há sequer 10% de seus professores com diploma de ensino superior. Na cidade de Jordão (AC), apenas 3,1% dos docentes tem essa qualificação, enquanto a média observada no país é de 74%.
No quesito saúde, a situação também é preocupante. Enquanto a Organização Mundial da Saúde recomenda que as gestantes façam, no mínimo, sete consultas durante o pré-natal, o que ocorreu com 58% das grávidas brasileiras, nas cidades de Jordão (AC), Fernando Falcão (MA) e Porto de Moz (PA), menos de 10% das gestantes foram ao médico mais de seis vezes. Em São Paulo de Olivença (AM), menos de 1%.
Dos 100 melhores resultados em Educação, 98 são cidades de São Paulo
O estado de São Paulo manteve liderança esmagadora no ranking de Educação: dos 100 melhores resultados de 2010, 98 são paulistas, sendo nove com nota máxima (1 ponto): Marapoama, Meridiano, Taguaí, Fernão, Santa Salete, Turmalina, Rubineia, Dolcinópolis, Oscar Bressane (sendo os dois últimos repetindo o desempenho de 2009).
Entre os 500 melhores, 486 são paulistas. Na sequência, aparecem os estados de Minas Gerais (26), Santa Catarina (14), Rio Grande do Sul (14) e Espírito Santo (14). Entre os 500 piores resultados nessa vertente, a Bahia segue com o maior número de municípios (191), seguida pelo Pará (68).
Entre 2000 e 2010, quase todos os municípios brasileiros (mais de 98%) avançaram em Educação, o que reforça a existência de reais e contínuos avanços na área de educação no Brasil. Em 2010, 88,2% dos municípios foram classificados com desenvolvimento moderado e alto (acima de 0,6 pontos), percentual mais de duas vezes superior aos 39,7% do IFDM de Educação de 2000.
Apesar de a principal contribuição para o crescimento da média brasileira do IFDM tenha partido da vertente Emprego & Renda, apenas 152 dos 5.565 municípios brasileiros receberam classificação de alto desenvolvimento (IFDM acima de 0,8 pontos) em 2010. Há dez anos, mais de 95% dos municípios se encontravam em patamar de desenvolvimento baixo ou regular, enquanto em 2010 esse número continuou alto: 87,8%. Em 2010, apenas dois municípios alcançaram a nota máxima (1 ponto) na vertente Emprego & Renda do IFDM: Ipojuca (PE), pelo segundo ano consecutivo, e Araucária (PR).
No IFDM Saúde 2010, apenas três municípios atingiram a nota máxima: Rancho Alegre d’Oeste (PR), Dom Pedro de Alcântara (RS) e Santo Antônio de Palma (RS). Na outra ponta do ranking de Saúde, o menor índice ficou com São Paulo de Olivença (AM), com 0,4421 pontos.
Pelo sexto ano consecutivo, os municípios do Rio Grande do Sul são os mais representativos no topo do ranking: 173 dos 500 maiores IFDMs de Saúde são gaúchos. O Top 500 também teve participação expressiva dos municípios dos estados do Paraná e de São Paulo: 113 e 84 municípios, respectivamente.
FIRJAN, http://www.firjan.org.br/data/pages/2C908CEC3B4DD6E3013B5855921A23F4.htm
Invasão de 1976
Invasão: 36 anos
Completa 36 anos a histórica “invasão” corinthiana ao Rio de Janeiro, no jogo da semifinal do Brasileirão/76, entre o Timão e Flu. Segundo Celso Unzelte é, ainda, o jogo com maior público da história do Corinthians: 146.043 pagantes. É, também, uma das mais belas páginas de nosso esporte e da vida do Corinthians. O texto que segue é comentário de Nelson Rodrigues, no jornal O GLOBO, sobre o ocorrido. E uma peça histórica, magnífica, orgulho pra todos: corinthianos, tricolores e outros mais.
NELSON E A INVASÃO CORINTIANA
Nelson Rodrigues
1-Uma coisa é certa: – não se improvisa uma vitória. Vocês entendem? Uma vitória tem que ser o lento trabalho das gerações. Até que, lá um dia, acontece a grande vitória. Ainda digo mais: – já estava escrito há seis mil anos, que em um certo domingo, de 1976, teríamos um empate. Sim, quarenta dias antes do Paraíso estava decidida a batalha entre o Fluminense e o Corinthians.
2-Ninguém sabia, ninguém desconfiava. O jogo começou na véspera, quando a Fiel explodiu na cidade. Durante toda a madrugada, os fanáticos do timão faziam uma festa no Leme, em Copacabana, Leblon, Ipanema. E as bandeiras do Corinthians ventavam em procela. Ali, chegavam os corinthianos, aos borbotões. Ônibus, aviação, carros particulares, táxis, a pé, a bicicleta.
3-A coisa era terrível. Nunca uma torcida invadiu outro estado, com tamanha euforia. Um turista que, por aqui passasse, havia de anotar no seu caderninho: –“O Rio é uma cidade ocupada”. Os corinthianos passavam a toda hora e em toda parte.
4-Dizem os idiotas da objetividade que torcida não ganha jogo. Pois ganha. Na véspera da partida, a Fiel estava fazendo força em favor do seu time. Durmo tarde e tive ocasião de testemunhar a vigília da Fiel. Um amigo me perguntou: – “E se o Corinthians perder?” O Fluminense era mais time. Portanto, estavam certos, e maravilhosamente certos os corinthianos, quando faziam um prévio carnaval. Esse carnaval não parou. De manhã, acordei num clima paulista. Nas ruas, as pessoas não entendiam e até se assustavam. Expliquei tudo a uma senhora, gorda e patusca. Expliquei-lhe que o Tricolor era no final do Brasileiro, o único carioca.
5-Não cabe aqui falar em técnico. O que influi e decidiu o jogo foi a torcida. A torcida empurrou o time para o empate.
6-A torcida não parou de incitar. Vocês percebem? Houve um momento em que me senti estrangeiro na doce terra carioca. Os corinthianos estavam tão certos de que ganhariam que apelaram para o já ganhou. Veio de São Paulo, a pé, um corinthiano. Eu imaginava que a antecipação do carnaval ia potencializar o Corinthians. O Fluminense jogou mal? Não, não jogou mal. Teve sorte? Para o gol, nem o Fluminense, nem o Corinthians. Onde o Corinthians teve sorte foi na cobrança dos pênaltis. A partir dos pênaltis, a competição passa a ser um cara e coroa. O Fluminense perdeu três, não, dois pênaltis, e o Corinthians não perdeu nenhum. Eis regulamento de rara estupidez. Tem que se descobrir uma outra solução. A mais simples, e mais certa, é fazer um novo jogo. Imaginem que beleza se os dois partissem para outro jogo.
7-Futebol é futebol e não tem nada de futebol quando a vitória se vai decidir no puro azar. Ouvi ontem uma pergunta: “O que vai fazer agora o Fluminense?” Realmente, meu time não pode parar. O nosso próximo objetivo é o tricampeonato carioca. Vejam vocês:
– empatamos uma partida e realmente um empate não derruba o Fluminense. Francisco Horta já está tratando do tricampeonato. Estivemos juntos um momento. Perguntei: – “E agora?” Disse – amanhã vou tomar as primeiras providências para o tricampeonato. Como eu, ele não estava deprimido. O bom guerreiro conhece tudo, menos a capitulação. Aprende-se com uma vitória, um empate, uma derrota. Só a ociosidade não ensina coisa nenhuma.
No seguinte jogo, vocês verão o Fluminense em seu máximo esplendor.
NELSON RODRIGUES era tricolor e publicou este texto no GLOBO em 6/12/76, no dia seguinte ao jogo Fluminense x Corinthians.
Programação da Rádio Ópera – terça (04/12/12)
Balé Bacchanale de “Sansão e Dalila” (Saint-Saens)
I QUATRO RUSTEGHI (Ferrari) Horário: 08:00
Veneza, 09/02/1967. Maestro: Bruno Bogo.
Elenco: Giorgio Tadeo, Rena Garazioti, Adriana Martino, Paolo Pedani, Ugo Benelli, Edda Vincenzi, Alfredo Mariotti, Alessandro Maddalena, Silvana Zanoli, Mario Guggia, Licia Galvano.
AIDA (Verdi) Horário: 10:05
Roma, 1952. Maestro: Alberto Erede.
Elenco: Fernando Corena, Ebe Stignani, Renata Tebaldi, Mario Del Monaco, Dario Caselli, Aldo Protti, Piero De Palma, Suzanne Danco.
SAMSON ET DALILA (Saint-Saëns) Horário: 12:40
Paris, Julho/1991. Maestro: Myung-Whun Chung.
Elenco: Placido Domingo, Waltraud Meier, Alain Fondary, Jean-Philippe Courtis, Samuel Ramey.
MOSÈ (Rossini) Horário: 15:40
Nápoles, Junho/1956. Maestro: Tullio Serafin.
Elenco: Nicola Rossi-Lemeni, Agostino Lazzari, Giuseppe Taddei, Mario Filippeschi.
CARITEA (Mercadante) Horário: 17:30
Martina Franca, julho/1995. Maestro: Giuliano Carella.
Elenco: Nana Gordaze, Jacek Laszczkowski, Sonia Lee, Nicolas Rivenq, Gregory Bonfatti, Ayhan Ustuk.
A morte do ex-deputado Marcelo Gato
ALBERTO MARCELO GATO (1941-2012)
Véio Gato, sindicalista e político
ESTÊVÃO BERTONIDE SÃO PAULO
O presidente Geisel, no uso das atribuições que lhe conferia o AI-5, decidiu, em 1976, cassar o mandato e suspender por dez anos os direitos políticos de Alberto Marcelo Gato.
A justificativa: as declarações dadas por ele à imprensa tinham sido consideradas “ofensivas às autoridades”.
Deputado federal eleito em 1974 com mais de 100 mil votos, em seu mandato fizera um discurso contra a censura à livre manifestação do pensamento e sugerira a criação de uma CPI para investigar os “erros da política salarial”. Durou um ano no cargo.
Saído de Sertãozinho (SP), Véio Gato, como era chamado, estudou química industrial em Ribeirão Preto, onde chegou a atuar em rádio.
Foi trabalhar na Cosipa em Santos, e lá começou a carreira política. Ligado ao PCB desde jovem, entrou para o sindicato dos metalúrgicos, que acabaria presidindo.
Formou-se em direito e, em 1972, foi eleito vereador. Dois anos depois, pelo MDB, tornou-se deputado federal.
Depois de cassado, perdeu o emprego na Cosipa e passou a advogar para sobreviver.
Com a abertura, filiou-se ao PPS. Foi assessor do ministro do Trabalho Almir Pazzianotto, nos anos 1980, e concorreu como vice-prefeito de Santos na chapa de Telma de Souza, que não se elegeu, em 2000.
Desde 2008, era diretor de assuntos jurídicos do Sindicato Nacional dos Aposentados, da Força Sindical.
A mulher, Andrea, conta que Gato sempre perseguiu uma sociedade mais justa.
Ia começar a tratar um câncer de esôfago. Morreu na segunda (26), aos 71, em decorrência de uma embolia. Teve quatro filhas e seis netos.
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