Quando o Paulistão chegar
Tite diz que Zizao só deve voltar a jogar no Campeonato Paulista
Técnico do Corinthians avisa que chinês terá uma sequência de jogos só na próxima temporada
SÃO PAULO – Zizao terá de esperar até o Paulistão de 2013 para mostrar que tem algum talento para jogar futebol. O técnico Tite afirmou nesta terça-feira que o atacante chinês deverá ganhar uma sequência de jogos com a camisa do Corinthians somente na próxima temporada.
“Nos jogos do Paulista o nível de enfrentamento é menor, a responsabilidade é menor, o Paulista te dá isso, não só para o Zizao, para os garotos também, dá mais tranquilidade, confiança. Seguramente (o Zizao) terá mais possibilidade ano que vem”, disse Tite.
Até agora, Zizao atuou somente cerca de 15 minutos pelo Corinthians, num único jogo pelo Campeonato Brasileiro: derrota para o Cruzeiro por 2 a 0, dia 17 de outubro, em Varginha (MG). Depois disso, quando Tite voltou a escalar os titulares, o chinês nem sequer ficou no banco.
O atacante chinês não deve ser utilizado nas rodadas finais do Campeonato Brasileiro, contra Coritiba, Internacional, Santos e São Paulo. Ele também estará fora da lista definitiva do Mundial de Clubes -só 23 jogadores serão inscritos na competição de dezembro no Japão.
Tite, contudo, ainda não confirma a exclusão de Zizao do grupo que vai ao Mundial, mas dá a entender que o chinês não tem chance de competir com os outros jogadores do elenco corintiano que atuam do meio de campo para a frente.
“O Zizao concorre com o Emerson, com o Jorge Henrique, dois campeões de Libertadores, com o Danilo, com o Martínez, da seleção argentina, com o Romarinho, Douglas. Não é nem pelo fato de ele (Zizao) não estar bem, mas há outros jogadores. No Paulistão haverá outros momentos”, explicou.
Tite revelou que Zizao terá mais chances de jogar no Paulistão porque os titulares só retornam aos treinos às vésperas do início do campeonato estadual, marcado para 19 de janeiro. O período de férias do grupo principal foi ampliado por causa da disputa do Mundial de Clubes – os jogos no Japão serão nos dias 12 e 16 de dezembro.
Um Parreira à paulista
Amedeo Modigliani, “Grande Figura Nua Deitada”, 1918.
EXPOSIÇÃO: AMEDEO MODIGLIANI NO MUSEU DE ARTE DE SÃO PAULO
QUANDO: Abre amanhã, dia 16/5, às 19h30, para convidados; de ter. a dom., das 11h às 18h; qui., das 11h às 20h; até 15/7.
ONDE: Masp (av. Paulista, 1.578, tel. 0/xx/11/3251-5644). ACESSO: Estação de Metrô Trianon-MASP.
QUANTO R$ 15.
Neste dia (15 de maio), há 10 anos, o técnico Carlos Alberto Parreira vivia um momento ímpar em sua vitoriosa carreira.
O Corinthians, time que ele dirigia, ganhava naquela noite, em Brasília, a Copa do Brasil. Três dias antes havia conquistado no Morumbi o Torneio Rio-S.Paulo, que reunia as 16 principais equipes cariocas e paulistas. Foi um momento especial em sua carreira, como ele mesmo falaria tempos depois.
Quando Parreira chegou ao Corinthians, era um técnico para lá de contestado, especialmente em São Paulo, pela mídia e pelos torcedores.
Sua fama de retranqueiro era o mínimo de que se falava. Embora já tivesse um longa carreira com grandes vitórias (como Campeão do Mundo pela Seleção Brasileira nos EUA, 1994; Campeão Nacional com o Fluminense (embora tivesse dirigido a equipe somente na parte final do campeonato), Parreira era impiedosamente criticado. Tanto que, alguns dias antes de ser contratado pelo Corinthians, em grande entrevista, disse que não desejava dirigir qualquer Clube no ano de 2002, após sua passagem pelo Inter de Porto Alegre.
A mídia paulista era especialmente azeda com Parreira.
Acusavam-no de ter um discurso muito refinado (incompatível com o futebol, segundo eles). Não era um boleiro e os jogadores não “gostavam” disso. Por outro lado, havia a dramática passagem pelo SPFC, alguns anos antes. Logo após conquistar o Campeonato do Mundo, chegou ao Tricolor, que era todo festa. Seria a reunião de um time diferenciado, com um técnico que falava sem erros de linguagem, tão ao gosto dos lordes. Foi um fracasso total. Creio que Parreira nunca esqueceu o “conto do vigário” em que caiu. Aquilo que a mídia dizia ser um “Olimpo”, na verdade se tratava de um Clube com métodos quase varzeano.
Que levaria o treinador a um curto (e inesquecível) período no Tricolor.
No dia de sua apresentação no Corinthians, a Diretoria alvinegra quase foi massacrada pelos jornalistas, que “queriam vingança” por Parreira não ter vencido no São Paulo. Poucas foram as vozes que divergiram, vendo em Parreira um profissional de alto nível, sério e competente.
O tempo se encarregou de mostrar que o ex-técnico da Seleção era – na verdade – um treinador ideal para um grande Clube. Organizado, sua Comissão Técnica tinha toda a programação do ano. De treinos técnicos, jogos, coletivos e até dias de rachão. E ele sempre gostou de fazer o que poucos técnicos apreciam: treinar. Treinar o tempo todo, sempre cobrando disciplina em campo.
Sua vitoriosa passagem pelo Corinthians marcou sua carreira. Decorridos 10 anos daquela conquista, ele se tornou um técnico que deixou imensa saudade e uma marca positiva entre os corinthianos. Após aquela temporada, desapareceram os rótulos acusando-o de retranqueiro, despreparado e anti-futebolista. E ele merece todo o respeito por ser um profissional correto, sério competente e vitorioso.
E nós do Corinthians agradecemos. Muito.
Não esquecem
O que leva uma torcida, na hora em que seu time é campeão, gritar e cantar xingamentos contra um adversário que não estava ali?
Simples. Freud explicaria bem. Não se esquecem do adversário – em qualquer situação – porque queriam, na verdade, não o título, mas o status e a grandeza que correspondem ao outro e eles não têm.
Mônica e Sônia
A coluna de hoje da Mônica Bérgamo, na Folha, e a da Sônia Racy, no Estadão, deveriam circular juntas.
Todas as fotos são iguais. Torcedores “famosos” – a maioria banqueiros – num camarote no Morumbi, no último domingo. Será que apareciam para prestigiar a equipe deles? Não creio. Talvez fosse mais um banqueiro querendo melhorar sua imagem diante do público (Vejam, eles vão ao futebol! então são gente comum…) do que para mostrar a força do time.
Bom exemplo
O Blog do Birner, no dia de hoje, publica uma interessante matéria sobre a briga do SPFC/Inter/Oscar/ Bertolucci.
Um membro de um Tribunal Superior – onde tramita o caso – vai se dar por impedido na matéria, por ser torcedor militante do São Paulo. É um exemplo que deve ser destacado. Em tese, a imparcialidade em casos como este, estaria comprometida. Mas faz bem o juiz em se afastar da questão. Há outros casos idênticos a esse. E alguns onde o comportamento foi no sentido contrário.
Devemos aplaudir o magistrado lembrado pelo Blog do Birner e não nos esquecer dos que fizeram de maneira diversa.
2 títulos em 3 dias
(Aldo Bonadei. “Abstrato” (1962) (Reprodução))
Há 10 anos o Corinthians ganhava dois títulos em uma mesma semana.
Foi uma jornada de intensa emoção, com o Timão vencedo o “Torneio Rio-São Paulo” ( dia 12 de maio de 2002) e a “Copa do Brasil” em 15 de maio.
No domingo, no Morumbi, o Corinthians conquistou o primeiro título (Rio-São Paulo), com um empate contra o São Paulo.
O Timão já havia vencido o primeiro jogo (3×2) em 5 de maio. O Torneio reunia as principais equipes cariocas e paulista. Eram 16 times na disputa, que teve partidas emocionantes. No primeiro jogo da final, os gols do Corinthians foram de David, Gil e Leandro. No segundo jogo, o Corinthians conquistou a Taça com um empate no Morumbi. O gol do Timão foi de Rogério, aos 32 do segundo tempo. Para desespero dos tricolores, que vinham de uma série famosa de derrotas para o Coringão.
Na quarta-feira (dia 15) – ainda com um sabor de festa no ar – com um empate com o Brasiliense, em Brasília, o Corinthians ganhava a Copa do Brasil.
No primeiro jogo (dia 8), vencera a equipe da capital no Morumbi, por 2×1, com dois gols de Deivid. No empate em Brasília, também o gol do Timão foi de Deivid.
Esta é uma marca inesquecível para o Corinthians: dois títulos importantes em uma mesma semana.
A equipe corinthiana era dirigida pelo técnico Carlos Alberto Parreira e uma eficiente equipe de profissionais. O time-base daquela conquista era: Dida, Rogério, Anderson, Fábio Luciano; Fabrício, Vampeta, Ricardinho; Deivid, Gil e Leandro.
Dois títulos que a torcida corinthiana nunca esquece.
O chá dos co-irmãos
(Anita Malfatti, “A Boba” (1915-16))
A mídia informa que, ontem, numa churrascaria, os quatro maiores Clubes da Cidade (Corinthians, São Paulo, Palmeiras e Santos) fizeram as pazes.
Em tom conciliador, o Presidente do São Paulo FC, Juvenal Juvêncio, e o ex-Presidente do Corinthians, Andrés Sanches, falaram, especialmente, da necessidade de união dos Clubes. Não há qualquer surpresa nisso tudo.
A relação do grandes clubes sempre foi marcada por uma política, digamos assim, de “duas faces”. Uma pública, onde o Dirigentes fazem provocações e até críticas aos adversários, e outra – reservada, onde se abraçam, combinam tudo, e justificam suas declarações públicas. Esta é a linha adotada por todos.
Inclusive pela atual Direção do Corinthians.
O único beneficiado por esta relação hipócrita é o São Paulo.
Ele junta todos e exerce uma liderança imposta por uma alegada superioridade cultural, pessoal, postural, econômica etc. É um engodo que favorece aos tricolores e o maior prejudicado sempre é o Corinthians.
E isto não é de hoje. Recordo-me, quando era Diretor de Futebol, recebia críticas por todo lado (inclusive dentro do Timão) pela minha postura diante do SPFC.
O grupo do vice Nesi Cury, do qual a Direção do Corinthians dos últimos 4 anos é ramificação, exercia uma cobrança quase diária pela relação com o São Paulo. A cada fato era dito “precisamos respeitar o São Paulo” , “o SPFC é nosso co-irmão”, “vou ligar pro fulano, presidente do SPFC e explicar …” . Esta linha era majoritária no Clube e nos colocava em um posição subalterna perante um de nossos adversários. O auge do equívoco era narrado pelo Sr. Nesi e companhia, fora um jantar oferecido, nos anos 60 no Parque São Jorge, para o Presidente do São Paulo, Laudo Natel. Entre elogios e palmas foi decidido que muitos conselheiros comprariam carnês da construção do Morumbi, bem como cadeiras cativas. Sempre fui duro crítico deste jantar e não perdia oportunidade de falar da vergonha dele ter ocorrido. Mas esta relação “amistosa” com o São Paulo sempre foi a marca do grupo. Recordo-me do Campeonato Paulista de 2003, quando a Federação queira (porque queria) ver o São Paulo campeão. Com um regulamento confuso, deu interpretações todas favoráveis ao SPFC. Nós reagimos, embora internamente muitos defendessem que deveríamos ficar calados. Tive que assumir, por um dia, a Presidência do Clube para encaminhar um recurso a um órgão da Federação que decidiria sobre a matéria. Sabíamos que perderíamos mas, a partir daí, poderíamos recorrer à CBF e lá o jogo seria outro. Foi o que ocorreu. No julgamento, em São Paulo, todos os Clubes votaram contra o Corinthians e a favor do Tricolor. Até o Palmeiras, que se dizia inimigo dele. A reunião serviu, no entanto, para que pudéssemos recorrer ao Tribunal da CBF. Serviu, também, para que se pudesse dizer, que, naquele momento eu me lembrava que o Corinthians fora o único Clube solidário com o Palestra, quando queriam (quem?) tomar o Parque Antartica. Relembrei a reunião do Conselho Corinthiano e os membros da delegação que foram até a Rua Turiassú levando nossa solidariedade. Foi um constrangimento geral.
Mas recorremos, ganhamos no Rio e principalmente vencemos no campo, para desespero do tricolor.
Nos últimos 5 anos, a política do Corinthians não foi muito diferente, embora, para efeitos públicos, houvesse brigas para cá e para lá.
Brincadeiras de “bambi”, uma ou outra crítica, eram seguidas de telefonemas para a Direção Tricolor, conforme os própios dirigentes do SPFC vazavam para a mídia. Era a mesma politica de “duas faces”, que os cartolas tanto gostam. No entanto, com aquele episódio dos ingressos, houve um certo momento onde o atrito (que deveria ser permanente) aflorou. Pressionados pela torcida, e diante de uma decisão equivocada dos tricolores, a Direção corinthiana teve um momento de radicalização. Isso não impediu, no entanto, os permanentes elogios ao marketing e à estrutura do SPFC. Mesmo na questão do estádio, o Corinthians apoiou o SPFC para a reforma do Morumbi. Aquela cerimônia no gramado do estádio com o Presidente Lula, a Direção do São Paulo e outros dirigentes teve como seu maior destaque o ex-Presidente do Corinthians, Andrés Sanchez. Somente com a posição firme – e correta- da Fifa a questão do estádio teve outro encaminhamento.
E nisso o Presidente Lula foi o motor que mudou o quadro.
Ao se reunirem, em almoço (poderia ser um chá), os Dirigentes, especialmente do Corinthians, subscrevem uma política errada, que dá a liderança ao São Paulo.
Não há qualquer motivo para não mantermos distância de nossos adversários. Até a questão da TV não necessita mais de “união de Clubes”.
É cada um por si e a Globo do outro lado.
Nem a Diretoria passada, que adotou o esquema de “duas faces” na relação com o São Paulo, nem a Diretoria atual, que – sinceramente – não mantem nenhuma postura para confrontar-se com o Tricolor, agem de forma correta com os interesses do Corinthians. Sou contra ficar fazendo qualquer provocação barata entre os grandes Clubes, mas sou especialmente contra criar-se esta geleia geral onde todos são irmãos e iguais. Nada disso!
É confronto e pronto.
Pane geral
(Michelangelo, “Capela Sistina” (detalhe)) (Reprodução)
Não gosto de ficar procurando um culpado quando o time perde.
Igualmente, não apoio a tese de ficar discutindo regulamento quando o time é eliminado. O que houve ontem no Pacaembu foi uma pane geral. Um ou outro jogador falhou em exagero, mas todos falharam. Foi a derrota de um desacerto completo. E não devemos ficar buscando um culpado aqui ou acolá.
É bola prá frente, que temos muitas competições no ano.
Este time que perdeu ontem é – basicamente – o mesmo que foi campeão brasileiro no ano passado.
E que fez a melhor campanha na primeira fase do Paulista. A principal qualidade do time atual do Corinthians é sua organização dentro do gramado. Compacto, aguerrido e difícil de ser vencido. Esta vem sendo a razão do seu sucesso que – embora muitos não gostem – devemos ao técnico. Mas, como este blog diz (e não é de hoje), faltam alguns jogadores de melhor qualidade no grupo. Uns 2 ou 3 craques dariam um salto na produção da equipe. E isso faltou ontem, como faltará sempre em jogos difíceis. Quando a situação complica no jogo (ou quando as duas equipes são iguais) é o craque (o jogador diferenciado) que aparece para colocar “ordem na casa”. E isso falta a esta equipe. Mesmo quando ganhamos o Brasileiro do ano passado não tínhamos jogadores com estas qualidade. Nem sei se existe no futebol brasileiro.
Mas é o que precisamos.
Vamos contar com a competência – que não tem faltado – da comissão técnica para fazer uma boa preparação dos próximos jogos.
E não vamos ficar querendo cabeça de jogadores que erraram.
É este elenco que está aí – e que venceu no ano passado – que o time dispõe para a batalha.
A rosca do parafuso
(Georgina de Albuquerque (1885-1962)) (Reprodução)
A declaração feita aos jornalistas, no dia de ontem, sobre a Seleção, pelo atual presidente da CBF José Maria Marin, não deixa dúvidas.
O novo grupo no poder na entidade não está para brincadeira. “Quero ver a lista (de convocados) antes da divulgação oficial”, disse Marin. E ponto final. Sinal mais claro de mudança, e que o parafuso está apertando pelos lados da Seleção Brasileira de Futebol, não precisa mais ser destacado. Completou Marin: “Não vou convocar nem escalar ninguém… mas hierarquia é fundamental e quero ver a lista antes… não abro mão”.
Mensagem mais direta não poderia ser dada. O técnico Mano Menezes sabe o que o presidente fala de seu trabalho e que sua vida não será fácil na direção da seleção. O diretor de seleção Andrés Sanchez (que antes falava em autonomia de seu trabalho) já percebeu que a área está minada. A forma Marin de administrar é essa. Vai, pouco a pouco, tomando pé das coisas e criando formas de controlar. O que fará ao receber a lista? Vai ver o horóscopo de cada jogador? Procurar algum conhecido de Santo Amaro ? No início, nada fará.
Mas, vai avançando até os incomodados pedirem pra sair.
E o Triunvirato?
A entrevista do ex-secretário da CBF, Marco Antonio Teixeira, hoje, no blogdoperrone.blogosfera.uol.com.br, responde muitas das perguntas para os que querem entender as mudanças da CBF.
Aquela fantasia (de um triunvirato na CBF) anunciada pela Folha, no dia posterior à renúncia do ex-presidente Teixeira, cai por terra. Acho que a UOL (que anda errando muito na questão do estádio do Timão) deveria colocar uma chamada – o dia todo – em seu portal. A ideia dos cartolas de deixar qualquer mudança no nosso futebol para depois da Copa está cada dia mais ameaçada. E a entrevista do tio de Teixeira mostra a complexidade dos acordos para costurar o futuro. Interessante é ver que hoje todos reconhecem o efeito devastador da entrevista do ex-presidente na Revista Piauí. O futebol vivia num mundo próprio, com uma ou outra voz em contrário.
Bastou uma jornalista – que estava fora do futebol- fazer uma matéria e o caldo entornou.
Mata-mata
Começa, neste final de semana, uma nova fase no futebol brasileiro.
Vencido o período de classificação das principais competições agora é matar ou matar. O Corinthians – que venceu bem – a etapa inicial vai – num bom momento – para as disputas mais complicadas. Vamos torcer, porque, domingo começa a aumentar a emoção. E temos boas condições de avançar. Até hoje não sei se o melhor é fazer o jogo decisivo em casa ou fora. Nem os técnicos têm opinião comum nesta história se “é melhor a primeira partida em casa” … “melhor a primeira partida fora”. Há exemplos positivos e negativos dos dois lados. Creio que o importante é estarmos num bom momento. E esquecer esta bobagem de que a Libertadores é diferente… blá-blá-blá.
Vamos jogar bola. E pronto.
Agora é pra valer.
Quem gosta e quem não do gosta do Campeonato Paulista (Paulistinha ou Paulistão) sabe que esta primeira fase é longa e pouco atraente.
Agora, com a fase final, o campeonato ganha uma outra ordem. O Corinthians venceu a primeira fase, o que chega a ser uma surpresa. Disputa a Libertadores, viaja muito e, em vários jogos, colocou a equipe “B” para atuar. Como fez ontem, quando venceu a Ponte em Campinas. Mas os outros vacilaram (ou não estão jogando grande coisa) e o Corinthians ganhou sem jogar tudo o que pode jogar. Vamos esperar esta segunda fase para vermos os melhores jogos. Será? O importante para o Timão foi testar alguns jogadores da base que poderão ser aproveitados nos próximos jogos e temporada.
E ficou claro que alguns reservas, mesmo com nome, não estão em boas condições físicas para atuar o jogo todo.
Briga feia
Nesta briga sem quartel entre o jogador Oscar, o São Paulo Futebol Clube, o Inter e o empresário Giuliano Bertolucci, as surpresas são diárias.
Agora o Clube paulista, alertado por uma entrevista dada para um certo jornalista, vai usar as palavras do atleta para fazer prova contra o Inter. Pelo que vi no Blog do Perrone a entrevista nunca teria sido colocada no ar. Ôpa! Que radialista bonzinho este que dá ao SPFC uma declaração que os ouvintes nunca ouviram.
Vale tudo. Até o ex-presidente do Corinthians Andrés Sanchez, que nunca teve o problema de escancarar as categorias de base do Clube às parcerias com empresas, agentes, empresários etc, segundo o Painel FC da Folha, mudou de ideia e entrou na cruzada do Presidente do Tricolor, Juvenal Juvêncio. Agora defende a necessidade de “mais medidas de proteção aos clubes”. Como ele anda lá pela CBF, é só pedir pro presidente Marin fazer como a Fifa: proibir qualquer contrato de jogador que não seja só com o Clube. E mandar as agremiações ignorarem estes acordos de empresas e empresários que atletas e clubes tanto vivem fazendo.
O UOL e a guerra do estádio
Nesta segunda-feira, pela manhã, o portal UOL publica mais uma manchete sobre o estádio do Corinthians em Itaquera.
E, no padrão escândalo, diz que o Clube pode perder o terreno se não…
Li as duas primeiras linhas e mudei de matéria. Vamos aguardar a próxima.
2 x 0, resultado perigoso
(Antonio Peticov. “Man dragora”) (Reprodução)
O Corinthians venceu mais um jogo no Paulistão (ou seria Paulistinha?), no Pacaembu, ontem no domingo de Páscoa.
Mas a mídia pouco falou sobre a vitória ou da co-liderança do Campeonato. Preferiram destacar o placar de um a zero com que foi batido o Paulista, de Jundiaí. Mas, 1×0 por acaso, é empate ou derrota ? Quando se trata do Timão, a mídia tem critérios que nem Deus explica. O time não perdeu, e daí? Mas também não goleou, dirão. E desde quando este deve ser o objetivo num campeonato disputado em conjunto com outro.
A vitória foi importante mas deixa, para os corinthianos sinceros, algumas preocupações.
A maior delas é a precária condição física de alguns jogadores de grande importância para a equipe. Está mais do que na hora de termos um elenco em boas condições físicas, para as duras competições que vêm pela frente. O time está organizado, joga de forma compacta e, em geral, controla o jogo. Mas necessita de alguns jogadores em melhor forma para enfrentar adversários mais fortes. O ideal, como já foi dito, era termos mais uns 3 ou 4 jogadores – de boa qualidade – e com boa preparação física.
Para a mídia – no entanto – o assunto que importa é o placar apertado. E muitos torcedores do Timão entram nesta onda. Ontem, quando saía do Pacaembu, um jovem torcedor aproximou-se com esta queixa midiática. 1×0… 1×0… 1×0…, só isso? Respondi de forma cordial e irônica: “prefiro o 1×0 porque 2xo é um resultado muito perigoso, como diz a mídia”. O torcedor entendeu a minha brincadeira e passou a falar de outras coisas, inclusive sobre alguns atletas que “estão correndo pouco”.
Aí concordamos e saímos andando e comentando o sofrimento dos nossos adversários (até em campeonatos simples, como o Paulista).
A Nova CBF
Quem achava que o novo presidente Marin seria um mero elemento dominado por todos, deve estar surpreso.
Ele está correndo por todo lado. Articula com Federações, Clubes, Estados, Municípios e com a União. Fará tudo (tudo, mesmo) para manter-se no poder. E não há composição impossível para sua pretensão e para os interesses que o futebol e a Copa movimentam. Para ele não há direita nem esquerda, velho ou novo, Flamengo ou Vasco, Corinthians ou São Paulo, Ministros, Secretários ou Governadores.
Todos serão aliados – pelo menos em potencial – desde que concordem com sua manutenção no cargo. Até a mídia diminuirá suas críticas. O problema será quando um acordo com um aliado atingir interesse de outro, também aliado. Aí mora o perigo de confusão. Mas ele lutará para que isso não ocorra.
Goleada
A vitória do Corinthians, na tarde de ontem em Presidente Prudente, não agradou muito à mídia.
Primeiro, porque não gostam quando o Timão vence. E ficam torcendo para que – caso vença – seja por vitória mínima. Com o três a zero o discurso ficou “oxo ” , como diria o caríssimo Walter Abraão. Liedson afastou a uruca e o mau-olhado que vinha sofrendo. Com o campeonato se arrastando (com jogos fracos por todo lado) o melhor que fazemos é aguardar a fase final do Paulistão (ou seria Paulistinha?). Para o Corinthians, que disputa duas competições, o melhor é acertar a equipe e – principalmente – conseguir que alguns jogadores cheguem a um bom preparo físico. É incrível que já no quarto mês do ano tenhamos jogadores fora de forma. Para os próximos jogos será importante termos, especialmente os mais famosos, no melhor momento da temporada.
“Especulação”
Dar chute de todo tipo não é exclusividade de jogadores. A mídia também é craque nesta atividade!
Jogadores “fechados”, que nunca fecham, é assunto prioritário da mídia. Mas não é só isso. Agora a moda é “especular” sobre o contrato de publicidade no uniforme do Corinthians. Já apareceu de tudo e todo tipo de valor. Há uns dez dias foi uma chuva de informação (99% de certeza) que o Timão teria um contrato com uma montadora coreana por 50 milhões ao ano. Divulgado por todo lado, a matéria foi desaparecendo como picolé no sol. Hoje a Folha vem com outra informação e totalmente diversa da semana passada. Diz o jornal: “Corinthians aceita receber menos por patrocínio”, e que o valor seria entre 27 a 30 milhões por cada ano . O valor seria quase a metade do que foi dito há uma semana e é menor do que o atual contrato que, segundo o jornal, seria de 38 milhões por ano.
Não acredito muito nem no que foi dito há 10 dias e nem no que está sendo afirmado hoje. É negociação que tem várias etapas. O problema é que a mídia gosta de especular e este pessoal de marketing (de todos os Clubes) gosta de “contar vantagens” aos jornalistas.
O que definirá o valor é o mercado. Pouco ajudará o charme do marketeiro. O Corinthians é o melhor “produto do futebol” e ganhará mais que os outros clubes. Mas será um valor que atenda às condições das empresas.
O resto é especulação. Como a mídia (e os marketeiros) gostam.
Chute no valor
(Reprodução)
O inverno chegou ontem, à noite, no Pacaembu, no jogo do Corinthians contra o XV de Piracicaba.
Frio, vento e uma partida sem grandes emoções. O Corinthians fez o básico e venceu. Bom para alguns jovens que começam a ganhar experiência de jogo. Ruim para outros jogadores que, já no terceiro mês da temporada, estão em precárias condições física. Outros, que vivem querendo ser titulares, mostraram que o técnico está certo. O melhor é continuarem na reserva. Além do frio e do jogo pouco criativo, o destaque foi o enorme policiamento. Parecia final de campeonato com policiais, cavalos e viaturas por toda parte. Parabéns. Mas acho que esta mobilização foi em jogo errado. Tudo bem.
Vamos ver nos próximos.
Dinheiro mais dinheiro
A mídia gosta de especular sobre o valor dos contratos que o futebol gera para os Clubes.
Os marketeiros também gostam de ficar vazando valores aqui e acolá. O Corinthians – pelo seu tamanho – é o preferido dos jornalistas. Agora, a respeito do novo contrato de publicidade de sua camisa, já se falou de tudo. Sobre valores e empresas. Um jornalista afirma que “está 99% fechado” com a empresa X, pelo valor “tal”. Logo depois, desaparece o noticiário, retornando em seguida, com outra suposta empresa e novas cifras. Estes dias a bola da vez é o contrato do Timão com uma montadora, por 50 milhões ao ano.
Vamos aguardar, porque nem sempre o que é falado na assinatura corresponde ao valor real. E isso ocorre em todos os Clubes. Veja-se o caso da contratação da TV.
Tudo o que se divulgou foi inflado, pelos Clubes em geral! Hoje sabemos que a TV paga quase 1/3 menos do que se propagandeou. E aí estão todos os Clubes. Os marketeiros gostam de dizer que os grandes contratos são obra de suas “jogadas”. Não é bem assim.
Quem define valores, patamares, tetos, limites é o mercado. Veja-se que todos os Clubes têm aumento de seus patrocínios quase em conjunto. Obviamente, respeitando-se o tamanho comercial de cada um.
Nos últimos anos, foi isso que ocorreu. Todos os contratos melhoraram, até de Clubes que não tinham Departamento de Marketing. É este movimento (das empresas e da economia) que aumenta ou reduz os valores.
Por esta razão é bom acompanharmos (todos os Clubes) para vermos para onde vai o mercado.
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