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Nov 8, 2012

Pacificando.

ONG lança campanha contra a violência policial na Maré

 

  Daniel Marenco/Folhapress  
Moradoras leem panfleto contra violência e abuso policial distribuído pela ONG Redes da Maré
Moradoras leem panfleto contra violência e abuso policial distribuído pela ONG Redes da Maré

 

DIANA BRITODO RIO

A ONG Redes da Maré lançou uma campanha contra violência policial no Complexo da Maré, na zona norte, maior conjunto de favelas do Rio de Janeiro com cerca de 130 mil habitantes.

Adesivos e folders com orientações para moradores se prevenirem contra possíveis abusos de policiais foram distribuídos a partir de anteontem na favela Nova Holanda. A ação tem o apoio da Anistia Internacional e do Observatório de Favelas.

Os adesivos estão nas portas e janelas das casas com autorização dos moradores. Neles, os dizeres: “Conhecemos nossos direitos! Não entre nessa casa sem respeitar a legalidade da ação. Em caso de desrespeito, ligue para a corregedoria da Polícia Militar: (21) 2725 9098 (24 h).

Até dezembro, 50 mil adesivos e panfletos serão distribuídos em 45 mil domicílios das 16 favelas da Maré.

“A gente não pode dizer que está se preparando para a implantação da UPP [Unidade de Polícia Pacificadora], essa é uma ação do Estado. Nosso papel é colocar a segurança pública em pauta”, disse Eliana Sousa Silva, diretora da Redes da Maré.

Cerca de cem voluntários da ONG percorreram ruas e becos da favela para divulgar a campanha “Somos da Maré e temos direitos”.

“Espero que eles tenham sempre consciência para cumprir seu trabalho com respeito aos moradores”, disse a dona de casa Sandra de Castro, 52, há meio século na Nova Holanda.

O coordenador do Observatório de Favelas Jailson de Souza e Silva diz que denúncias de violência policial são frequentes no país. A Redes da Maré registra duas a três reclamações por semana.

“Ouvimos de um morador que os policiais estão entrando nas casas de novo com chave mestre, na favela Parque União [Maré], aqui ao lado”, disse Silva.

A PM afirmou, em nota, que o cidadão que quiser denunciar qualquer atitude suspeita de um policial militar deve entrar em contato com a Ouvidoria das Polícias pelo tel. 0/xx/21/3399-1199.

A Secretaria de Segurança Pública não se pronunciou sobre a campanha contra a violência policial.

www.folha.com.br

Nov 8, 2012

Vá já para a UPP e será pacificado.

Bandidos armados fazem arrastão na Linha Vermelha

Eles roubaram pertences das vítimas e dois carros na altura de Duque de Caxias

RIO – Cinco homens armados, que estavam em um Honda Civic, interromperam parcialmente o trânsito na pista sentido Centro da Linha Vermelha, nas proximidades de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, na manhã desta quinta-feira. De acordo com o 15º BPM (Duque de Caxias), eles renderam motoristas e fugiram levando os pertences das vítimas e dois carros.

Policiais militares reforçaram a segurança na região e estão à procura dos criminosos. Segundo o Batalhão de Polícia em Vias Especiais (BPVE), pelo menos duas vítimas estão na 59ª DP (Duque de Caxias) prestando depoimento.

www.oglobo.com.br

Nov 7, 2012

Que interessante notícia no O GLOBO!

União cortou 21% do orçamento em segurança, diz estudo

A maioria dos estados aumentou o investimento na área. São Paulo foi o que mais investiu

GUILHERME VOITCH

  • SÃO PAULO – Entre 2010 e 2011, o governo federal reduziu o investimento em segurança pública em 21%. Os dados são do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado nesta terça-feira pelo Fórum Brasileiro de Segurança.

 

No mesmo período, 20 estados da Federação mais o Distrito Federal aumentaram o investimento na área. O estado que mais investiu foi justamente São Paulo, que, neste ano vive uma onda de violência com uma série de assassinatos em série. São Paulo aumentou o orçamento na área em 63%. Mato Grosso do Sul e Bahia também são destaques por ter ampliado seus gastos em segurança em 37% e 30,8%. O Rio aumentou em 16%. Na contramão, Piauí e Rio Grande do Sul diminuíram os gastos em 17% e 28%.

Nesta terça-feira, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, reuniu-se com o secretário de segurança de São Paulo, Antônio Ferreira Pinto, para tratar da cooperação entre os governo federal e estadual no combate ao crime em São Paulo.

O estudo também trouxe dados sobre homicídios. Alagoas continua sendo o estado com o maior número de homicídios no país, com 74,5 mortes em 100 mil habitantes. O número é 9,3% superior ao do ano anterior. São Paulo permanecia como o estado com menor taxa, com 10,1 mortes por 100 mil habitantes.

Segundo Renato Sérgio de Lima, coordenador do estudo, o estado vive uma “crise” em 2012.

– São Paulo vive uma crise recorrente, como viveu em 2006, como o Rio já viveu e como Minas vive. Minas teve um recrudescimento da violência depois de ser um exemplo no combate aos homicídios.

www.oglobo.com.br

Nov 7, 2012

E a Força Nacional de Segurança ? Cadê?

Estado de SP e governo federal vão criar agência para combater violência

Alckmin e ministro da Justiça anunciaram seis medidas para conter crime organizado em SP
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O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, ao lado ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e do secretário estadual de segurança, à direita, Antônio Ferreira Viana<br />
Foto: Michel Filho / O Globo

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, ao lado ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e do secretário estadual de segurança, à direita, Antônio Ferreira Viana MICHEL FILHO / O GLOBO

SÃO PAULO – O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, anunciaram nesta terça-feira seis medidas conjuntas para tentar conter a onda de violência que atinge o estado. Desde o começo do ano, 90 policiais militares já foram mortos.

Alckmin e a cúpula da segurança pública do estado receberam nesta terça-feira à tarde, no Palácio dos Bandeirantes, Cardozo, representantes da Polícia Federal, da Secretaria Nacional de Segurança Pública e da Polícia Rodoviária Federal.

— Quero dizer da nossa disposição permanente em São Paulo de combate a organizações criminosas, inclusive cortando fluxo de dinheiro dessas organizações. Essa é uma tarefa que não é fácil, quanto mais se age, mais reação às vezes têm. Mas não é possível retroceder um milímetro — afirmou Alckmin.

— Somando esforços: a inteligência da área federal e o serviço de inteligência da área estadual nós teremos relatórios precisos que orientarão as ações das nossas policias — afirmou Cardozo.

Também ficou acertada a transferência de presos de São Paulo para os presídios federais de Mossoró, no Rio Grande do Norte, e de Porto Velho, em Rondônia. Alckmin disse que os presos envolvidos em mortes de policiais serão os primeiros a serem transferidos. Não há data para a transferência, nem quantidade de detentos que serão incluídos no programa.

Foi definido a realizações de blitzes conjuntas das forças de seguranças federais e estaduais em estradas, portos e aeroportos. Outra aposta é a criação de uma central especial de perícias em São Paulo. Os dois governos definiram ainda a implantação conjunta de um programa de combate ao crack. Haverá uma reunião para detalhar esse ponto acontecerá na segunda-feira. Por fim, prometeram uma central conjunta de monitoramento de operações.

www.oglobo.com.br

Nov 6, 2012

Ao trabalho

 Alckmin e Cardozo anunciam criação de agência para combater crime organizado

Também esteve em pauta na reunião a disponibilização de vagas em presídios de segurança máxima do governo federal para abrigar lideranças do PCC
 
Priscila Trindade e Pedro da Rocha – O Estado de S. Paulo –

SÃO PAULO – O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, definiram nesta terça-feira, 6, ações para combater a escalada da violência no Estado. A reunião foi realizada no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo estadual.

Reunião foi realizada no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo estadual - Paulo Liebert/Estadão

Paulo Liebert/Estadão
Reunião foi realizada no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo estadual

Entre as medidas está a criação de uma agência que irá integrar as polícias. O grupo vai elaborar relatórios para orientar as polícias Federal e Estadual no combate ao crime organizado. O objetivo, segundo Cardozo, é asfixiar o financeiro das organizações criminosas.

A parceria prevê ações de contenção por mar, terra e ar. As polícias vão fiscalizar os acessos ao Estado, incluindo no porto de Santos, no litoral de São Paulo, e nos aeroportos. Nas regiões identificadas como epidêmicas de crack serão instaladas base comunitárias móveis com videomonitoramento.

A primeira reunião da agência será realizada na próxima segunda-feira. Integrarão a agência as polícias Federal, Militar e Civil Rodoviária Federal (PRF) e Estadual, Secretaria de Segurança Pública (SSP), Depem, órgão que administra as cadeias, Receita Federal, Secretaria da Administração Penitenciária (SAP), Secretaria da Fazenda, polícia técnico científica, Ministério Público Estadual (MPE). “Essa parceria, inclusive jurídica, entre estado e governo federal será fundamental para esse trabalho. Não devemos temer reações. Devemos perseverar nesse trabalho”, afirmou Alckmin. No encontro desta terça, ficou acertado que as Forças Armadas não serão utilizadas.

Transferências. Alckmin falou durante coletiva nesta terça sobre a importância de acelerar a transferência de líderes do PCC para presídios de segurança máxima do governo federal. Cardozo afirmou que não serão divulgadas as datas e os nomes dos presos por questões de segurança.

Reunião. Os secretários Sidney Beraldo (Casa Civil), Antonio Ferreira Pinto (Segurança Pública) e Lourival Gomes (Administração Penitenciária), além de membros da cúpula da Polícia Federal, Polícia Militar e Polícia Civil e representantes do Ministério Público e da Administração Penitenciária também participam do encontro, que teve início por volta das 14 horas desta terça-feira.

Só neste ano, cerca de 90 policiais foram mortos em São Paulo. Na manhã de hoje, o presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, Ivan Sartori, reuniu-se com o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Carlos Ayres Brito, e o Corregedor Nacional de Justiça, Francisco Falcão, em Aracaju, para discutir maneiras de o Judiciário ajudar a combater a onda de violência no Estado.

www.estadao.com.br

Aug 28, 2012

Briga sem trégua

Edward Hopper (1882-1967), “Nighthawks” (Reprodução)

Não faço parte do exército que acha o jogador Kaká um craque fora-de- série.
Nunca foi, mesmo quando ganhou prêmios e mais prêmios. Acho que era só um bom jogador. E ponto!
Agora, o que está fazendo o técnico José Mourinho nesta briga para tirá-lo do Real Madri é deplorável.

Tudo aponta que o Real não quer mais o meia.
Comprou por uma fábula (65 milhões de euros) e quer vender por 25 milhões de euros. Quer, também, ficar livre do salário do atleta nos próximos anos. Até aí é um problema do Clube espanhol.
Errou e agora está colérico.

O que não é justo é quererem se vingar no jogador pelos prejuízos da contratação toda.
Quem quis a compra foi o Real. Se não deu certo o problema foi criado pelo Clube. O jornal El País, da Espanha, diz que Mourinho quer que Kaká vá para o “terceiro mundo do futebol”. Isto quer dizer: EUA, Mundo Árabe ou Japão.
Quer varrer qualquer possibilidade de recuperação do atleta na Europa ou na América Latina.

O “Estadão” hoje  informa que Mourinho acusa Kaká de “atrapalhar seu projeto” no Real.
Lorota. Quer o lugar para contratar outro “seu” jogador para a vaga do brasileiro. Fez bem o pai de Kaká ao responder à altura ao empedernido técnico: “Projeto seu, não?  Seu e do Jorge Mendes” (superempresário que faz e desfaz no Real). Já tem cinco jogadores dele por lá e quer uma boquinha para colocar mais alguns.

Independente de não fazer parte da claque permanente (e eterna) do jogador Kaká, acho que o comportamento do Real (e de seu treinador) uma página vergonhosa para o futebol.

Torcidas organizadas

Quando é que as autoridades policiais vão divulgar os relatórios que elaboram sobre “conflitos” entre torcedores organizados?
Seria bom para todos conhecerem de onde vêm os maiores problemas nesta área difícil da Segurança. As torcidas do Timão deveriam cobrar que a polícia divulgasse esses números da forma mais clara possível. Como muita gente já sabe, teríamos surpresas e mais surpresas neste campo. Santinhos mostrariam seu lado de demônios.
E os que são satanizados pela mídia mostrariam que não são tão problemáticos como dizem os preconceitos.

Mar 27, 2012

Inúteis decisões

(Almeida Junior, “Recado Difícil”, óleo sobre tela, 1895)  (Reprodução)

Com mais uma morte, em meio à briga de torcidas organizadas, a Federação decidiu fazer o que sempre faz: tomou uma medida que significa rigorosamente nada.
Expulsou dos estádios as duas torcidas litigantes (Gaviões e Mancha Alviverde). Trata-se de um veto que não veta. O torcedor só não  poderá  entrar com os pertences  alusivos à torcida, sem eles, não haverá problema.
É o mais completo caso de não fazer nada, dizendo que fez tudo.

Alguns perguntam: o que poderia fazer a Federação para encontrar solução deste problema? Há medidas – que são  papel da Federação e não dependem de lei, do Ministério Público, do Governo ou da Polícia.
A primeira, e mais importante, é estabelecer a venda de ingressos de forma identificada (como é feito na Europa). Compras pela internet, com cartão ou boleto e de outras formas, que identifiquem quem está comprando. E garantir lugares marcados (ou áreas, como preferem alguns) . Sabe quando as Federações vão adotar estas medidas? Só quando os governos obrigarem.
Venda identificada é o fim de mamatas na fabricação e  distribuição de ingressos, que ocorre na CBF, nas Federações e nos Clubes.

Nem vou falar hoje no problema grave da promiscuidade dos Clubes, Federações e torcidas com as polícias (civil e militar). Se for adotado o sistema europeu de venda identificada, os elementos  punidos já não conseguiriam mais ingressos. Mas para se adotar um sistema desses, seria preciso comprar uma briga com as empresas que confeccionam as entradas. E, neste caso, a briga será de morte!
Maior do que entre torcedores de organizadas.


Mudei
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Na entrevista de ontem, no UOL, o ex-presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, agora como Diretor de Futebol da CBF, disse que “é a favor de todos os dirigentes serem remunerados até para acabar com essa onda de que todo dirigente é ladrão”. É uma mudança e tanto no que sempre disse Andrés. Foram muitas as vezes em que defendeu que os Clubes e Federações tivessem,  em sua direção, empresários bem sucedidos, sem necessidade de ganhar mais nada, inclusive salários. Chegava ao ponto de se auto indicar como exemplo. Mudou.
Não há problema em mudar de ideia. O que espanta é a forma tão radical, sem qualquer fato novo. É claro que o futebol necessita de profissionais bem remunerados:  técnicos, médicos, jogadores, preparadores físicos, técnicos de administração etc. Mas ter os dirigentes remunerados (não são profissionais de áreas específicas), isto é outra conversa.
Com os clubes sociais, sem finalidades lucrativas, controlando o futebol, sempre será necessário o dirigente sem remuneração. Afinal, quem o sócio colocará para controlar o contratado?
Remunerar dirigentes só é possivel no modelo de clube-empresa.  Não é o caso brasileiro.


Livro da discórdia
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Também no UOL, o ex-presidente ataca o zagueiro Paulo André, por este ter criticado Ricardo Teixeira.
Diz que ele deveria primeiro jogar e não dar palpite na casa dos outros.  Foi infeliz a declaração. Como aquela do Zorro e o Sargento Garcia.  O jogador está se recuperando de uma contusão e, pelas notícias, é dedicado a seu tratamento. Mas não creio que a bronca com o Paulo André tenha sido  pelas críticas ao ex-presidente Ricardo Teixeira.
Acho que foi pelo lançamento do livro. Não fica bem pro mundo da bola ter um jogador que escreve e lança livros.

Mar 26, 2012

Um estado de promiscuidade

(Pablo Picasso. “Guernica”) (Reprodução)

Já se tornou rotina o choque entre torcidas organizadas, com brigas, socos, tiros e mortes.

Sempre que isso ocorre (especialmente com anúncio de vítimas fatais), aparecem  fórmulas para se resolver o problema “da violência no futebol”. Não tenho ilusão. Quase nada será feito, porque há um erro básico que explica este grau de violência.  Esses equívocos não são de hoje.

Quando, há décadas, a Polícia Militar determinou a separação de torcidas, implantou o eixo de todas as violências.
Com a separação, os grupos tornaram-se tribos e a cada dia aumentam seus atritos. Isso não era assim. Torcedores de Corinthians, Palmeiras, São Paulo e outros íam ao campo no mesmo ônibus, sentavam-se lado a lado.
Os atritos existiam, mas eram quase sempre limitados a insultos, bate-bocas ou empurrões. Foi a divisão (determinada pela Polícia), que preparou o estado de guerra entre os fãs. A própria ideia de levar os torcedores escoltados para o estádio (outra ideia errada da Polícia), só consolidou o conflito.
A primeira medida (adotada em outros países) é o fim da separação de torcidas. Cada um fica no lugar que comprou, não importando quem esteja ao lado. Ou se faz isso, ou não se muda nada. Mas só isso não resolve.

Os ingressos, como no mundo todo, devem ser vendidos com comprador e lugar identificados. Pela internet, por cartão, por boleto e etc, o Clube saberá quem comprou aquele posto no estádio. Não sei se os cartolas aceitam uma venda controlada de ingressos (até pelos esquemas de privilégios que existem), mas, sem isso, o problema não caminha para a solução.

Por último, e talvez o mais importante ponto, é encerrar-se o estado de promiscuidade que existe entre as Polícias (Militar e Civil) e as torcidas organizadas e seus braços do samba. Não há quem não conheça delegados, investigadores, oficiais da PM e soldados que não frequentem – de forma habitual – sedes de Torcidas e de suas Escolas de Samba. Políticos e cartolas nem se diga! Estão lá para defender e apoiar seus amigos. Assim, não há política de segurança pública que resolva.

Com tal grau de relações amigas, fica difícil investigar ou  prender quem quer que seja. Ou as autoridades da Administração Pública encerram este estado de conivência absoluta, ou nada será resolvido. Neste mundo de futebol, reunindo cartolas, políticos, policias militares e civis, existe ainda um sem número de “empresas de segurança”, que funcionam como elo de ligação com as forças policiais do Estado. E quase sempre seus donos são ex-delegados e ex-oficiais, prontos para “resolver” qualquer encrenca.

Neste estado, onde não há uma linha separando a condição marginal das autoridades de segurança, não há repressão à violência que funcione. Quem conhece os Clubes, as Federações e as torcidas sabe que esta convivência entre os que praticam a violência e os que deveriam reprimir-la, é para lá de “amigável”.

Sem o fim desta situação promíscua, nenhuma medida terá efeitos plenos e duradouros. Como não tiveram no passado o credenciamento na Federação, a filmagem de torcedores blá-blá-blá… Ou as autoridades superiores de segurança determinam o rompimento entre seus quadros e as organizações de torcida, Clubes e Federações (e também das empresa de ex-policiais),  ou tudo continuará numa boa. E outros choques virão, e novas mortes também.

Empresários no futebol

É incrível como a mídia gosta de rotular todo mundo de “empresário”. Basta ocupar um cargo no futebol, e lá vai o rótulo: empresário. Ou grande empresário, empresário de sucesso. Isso já virou bordão.
E longe da realidade.