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Jan 27, 2016

A primeira meta é formar atletas

Rivellino grande craque revelado na Base do Corinthians.

 

Nota: Após a publicação do artigo “O problema não é a saída é a entrada” este blog sofreu todo tipo de ataque cibernético. O trabalho para recolocar o blog em ordem foi difícil pois foram ataques em série. O sistema que era usado para publicar os textos ficou inacessível. Resolvido o problema e tomadas as medidas para impedir que aconteça novamente, não me interessa muito saber quem foram os autores, mas, uma simples leitura do último texto dá um caminho de quem foram os incomodados no Blog. Vamos em frente.  

Muitos torcedores do Corinthians ficaram chateados com perda da Copa São Paulo. O time vinha jogando bem, com boa organização em campo e perder nas penalidades sempre dói.

Mas isso é do jogo. Ganhar ou perder um campeonato -na maioria das vezes- depende de um lance pouco ou mais criativo.

O título é importante, mas, no caso das categorias de base, o melhor mesmo é formar atletas que possam vestir a camisa titular de nosso clube.

O Corinthians sempre revelou jogadores em sua categoria de base. Algumas vezes craques “fora de série”, como Rivellino, outras vezes jogadores que tinham “pinta” de craque, mas tornaram-se médios e só completaram o elenco. São inúmeros os casos de jogadores que -à primeira vista- pareciam craques mas, não vingaram.

Isso é regra. Nem sempre o clube consegue criar grandes ídolos. Mas a meta deve ser – sempre!- a de buscar atletas para o time principal.

Infelizmente, a política adotada em nosso clube nos últimos anos vai no sentido contrário. Ao criar o sistema de “parcerias” com “empresários” o clube renuncia sua principal meta nas categorias de Base.

Os tais empresários querem “mostrar” seus jogadores. E o Corinthians virou uma vitrine de luxo. Após ser bem “mostrado” os tais donos dos jogadores querem vender, vender e vender.

A categoria de base só será importante para o clube quando voltarmos a ter como meta jogadores 100% do Corinthians e trabalhados para atender o time principal.

Perder o título Copinha não é nada perto de ter jogadores de empresários que só servirão ao clube no período de mostra.

Mesmo que no primeiro momento tenhamos times mais fracos, o caminho é uma base só do Corinthians. Ou então a categoria -mantida com grana do clube- pouco ajudará o Timão.

Jan 11, 2016

O problema da saída é a entrada

O presidente Roberto de Andrade foi claro: o clube chinês acerta com o empresário, com o jogador e o Corinthians é avisado meia hora antes que a “multa de rescisão” será paga e o atleta vai embora.

Completa o presidente que não há o que fazer. Paga a multa, o jogador vai pra onde ele quiser.

Nisso está certo.

Só o que falta explicar é como chegamos a este ponto. O problema não está na negociação de saída, mas na negociação de chegada.

Como sabemos, todos os jogadores em saída, são apenas parcialmente do Corinthians. Algumas vezes, a participação do clube é insignificante. A maior parte dos direitos do jogadores está nas mãos de “parceiros”, empresários, agentes e até do próprio jogador.

Essa política de “parceira” adotada pelo Corinthians cobra agora o seu preço. O presidente atual, como os anteriores, foram os implantadores deste mecanismo que leva a esse colapso atual.

O clube e o parceiro têm interesses conflitantes. O clube quer o jogador para jogar, marcar gols, conquistar títulos e títulos. O “parceiro empresário” não quer nada disso. Só quer valorizar seu produto e vendê-lo na primeira oportunidade.

Por esta razão, aos “parceiros” interessa uma multa pequena que não seja obstáculos para negociações futuras. Ao clube interessaria multa alta, pois quer a permanência dos atletas.

Mas isso só é possível quando o clube tem o controle do negócio. Nas “parcerias” o clube não tem.

Em clubes que não adotam essa política -que o presidente Roberto Andrade foi um dos implantadores- o quadro é diferente. Veja-se os clubes europeus principais, onde a multa é definida pelo clube.

O mesmo dinheiro chinês que chega aqui pagando salários astronômicos aos jogadores poderia procurar craque na Itália, Espanha, Inglaterra etc mas não o fazem. E quando atacam os europeus é com jogador com contratos a beira de terminar.

As pesadas multas de rescisão não permitem.

Enquanto o Corinthians não encerrar essa política de parcerias, as saídas de jogadores serão assuntos rotineiros.

Ou rompemos essas “parcerias” onde o clube pouco ganha (ou nada ganha), ou veremos jogadores chegando e saindo a toda hora.

Manter esse fatiamento de jogadores com “empresários” e multas baixas (impostas pelos parceiros) deixa o clube vulnerável.

Esse é o grande problema.

Será que vai ser enfrentado? Tenho dúvidas. Muitas dúvidas.

 

Em tempo

Bastou a Diretoria enfrentar problemas (como este tsunami de saída de jogadores) para alguns “jornalistas” e outros conhecidos na Internet desencadearem cobranças na mídia social. Todas com o objetivo de “aliviar” para a Diretoria. “A oposição tem que barrar isso”; “a oposição não pode permitir isso”; “onde está a oposição que não bloqueia esses negócios?”. O objetivo é claro: transferir para a oposição o problema da debandada de jogadores. Esqueçam essas lorotas. A responsabilidade da saída dos jogadores é da direção. Só dela. A oposição sempre teve posição contraria a essas “parcerias” com empresários, agentes, intermediários  etc que só prejudicam o Corinthians.

Falamos sobre isso em diversos momentos, como nesse vídeo abaixo.