Há 40 anos…

Há exatamente 40 anos o Brasil testemunhou um dos mais tristes e, ainda assim, decisivos momentos de sua história. Naquele outubro de 1975, o então vigente regime militar vivia péssimos momentos e parecia anunciar o fim de um sombrio ciclo e o recomeço da luta pela redemocratização do país.

Um ano antes, em novembro de 1974, o regime autoritário brasileiro sofrera a sua mais dura derrota. Numa eleição geral para senado, câmaras e assembleias (já que governadores e presidentes eram nomeados), o regime foi esmagadoramente batido nas urnas, de norte a sul do país.

Em 74 o MDB conseguira articular uma ampla frente das forças que defendiam a redemocratização. Políticos (de origem do PSD, PTB, UDN, PSB, PCB etc) juntaram-se para aquela eleição decisiva.

Já no início do ano, quando da anticandidatura de Ulysses Guimarães, o regime fora denunciado em todos os seus aspectos.  (Veja aqui o discurso)

Mesmo com todos os cerceamentos (já que vivíamos no período do AI5), o MDB articulou um programa nacional que defendia a democracia e a reforma econômica. Os comunistas, reunidos no Partido Comunista Brasileiro, defendiam esta estratégia -de uma saída pacífica e política.

Eles atuavam nos diretórios do MDB, nos sindicatos, nas universidades e em muitos setores da sociedade, todos de forma aberta e procurando ampliar a frente para derrotar a ditadura. Muitos intelectuais de esquerda aderiram à campanha de 74. Somente os mais reticentes, ainda esperançosos da luta armada contra os militares, resistiam à participação na eleição, pregando o voto nulo. Eram em número reduzido e ainda conservavam cicatrizes da fracassada estratégia armada.

A derrota eleitoral e política do regime foi arrasadora. Perdeu em todos os cantos e por grandes diferenças. Mesmo com censura à imprensa, prisões, exílios, torturas e desaparecimentos, a oposição surpreendera mostrando uma força poucas vezes imaginada.

Tudo isso levou o regime a radicalizar, embora alguns setores militares começassem a falar em uma abertura mais segura e gradual.

Apertou-se a censura. Muitos políticos foram cassados e perseguidos. Instaurou-se IPM (Inquérito Policial Militar) contra um grande número de oposicionistas (especialmente parlamentares eleitos). Mas a pior face do regime, acuado, deu-se com as levas de prisões de membros do PCB.

O DOI-CODI atuava como uma milícia do regime, envergonhando o exército e toda sua história. Prisões sem ordens judiciais, desaparecimentos, torturas e mortes de dezenas de dirigentes comunistas foram um fato tristemente observado pelo país.

Já no segundo semestre de 1975, veio o choque do horrendo assassinato de Vladimir Herzog.

E mesmo com toda força repressiva e toda violência física e moral efetuada, a resposta da população dada no culto ecumênico da Praça da Sé (em convocação liderada pelo sindicato dos jornalistas) foi um duríssimo golpe para o regime. Era quase um segundo turno de 74.

Este ato reuniu amplos setores da sociedade civil e religiosa, num “basta” que ecoou pelo país inteiro. A tortura e morte de Vlado mostrou todo desespero e maldade de um regime que estava se exaurindo. Após aquele encontro na Praça da Sé, o Brasil já era outro. E a longa caminhada pela redemocratização não seria mais contida.

Transcrevo abaixo as notícias, reportagens e memórias que a imprensa, furando o bloqueio da censura, publicou naqueles dias tão difíceis.

MDB DENUNCIA PRISÕES DE SEUS MEMBROS EM SP

Do Serviço Local
e das Sucursals

O Departamento Estadual de Juventude do MDB divulgou ontem, em nota oficial, a relação de nomes de seus integrantes presos nos últimos dias, sem o cumprimento das forma lidades legais, fatos que chegaram ao seu conhecimento por intermédio de familiares e de amigos dos presos. A lista – com 15 nomes – é complementada por 17 outros nomes
de pessoas presas nos últimos dias, e cujas detenções foram comunicada às Auditorias Militares, e mais 33 nomes de pessoas que se encontram presas há vários dias, a maior parte dos quais já foi divulgada.

Os integrantes do MDB detidos nos últimos dias, segundo a nota do Departamento de Juventude do Partido, são: Ruben Severian Loureiro, Sérgio Azevedo Fonseca, Lenita Nobuko Yassuda, jornalista Ricardo de Moraes Monteiro, Luís Guilherme de Moraes Monteiro, jornalista Paulo Sérgio Markum, jornalista Diléa Markum, todos membros da Juventude do MDB de São Paulo; David Caplstrano da Costa Filho, membro da Juventude do MDB em Campinas; Miguel Treffault Urbano Rodrigues, estudante de Biologia na USP; professor Benauro Roberto de Oliveira; arquiteta Cristina de Castro Mello; jornalista Luís Paulo da Costa, membro do Diretório do MDB em São José dos Campos; Ubiratan de Paula Santos; jornalista Anthony de Chrysto; e Genivaldo Matias da Silva.

Além dessas prisões, continuam detidas, segundo a nota, as seguintes pessoas: Waldir José Quadros, presidente do Departamento de Juventude do MDB em São Paulo; jornalista Sérgio Gomes da Silva, professor José Salvador Faro, Marisa Saenz Leme, todos membros da Juventude do MDB em São Paulo; Miguel Trujillo Filho, membro do Diretório do MDB em Sorocaba; médico Francisco José Cavalcanti de Albuquerque Lacerda, membro da Juventude do MDB em Taubaté; estatístico José Carlos de Souza Alves; Lázaro de Campos, membro do Diretório de Sorocaba; Aurélio Sabadin, de Sorocaba; Manoel José Constantino, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano do Sul e delegado nacional do partido e o vice-presidente José Ferreira; Pedro Daniel de Souza, ex-dirigente sindical, filiado ao MDB de Vila Madalena; Antonio da Costa Cadelha Neto; arquiteto Jafet Henrique de Carvalho; dentista Osmar Gomes da Silva; Ernesto Correa de Mello; médica Eleonora Machado Freire; jornalista Frederico Pessoa da Silva; Simão Lorente; advogada Sonia Maria de Oliveira Morosetti, advogada Sandra Mara Nogueira Miller, Roberto Calland Salles Costa e Álvaro Bandarra, todos de Santos; Luís Martins, presidente da Sociedade Amigos do Jardim Lavinha, em São Bernardo do Campo; engenheiro Fernando Gomes da Silva; José Milton Ferreira de Almeida; Aldo Pedro Dettrich; Gildázio Westin Consensa; Armando Eurico Gomes; Ricardo Felício Mansur; Francisco Vitor Machado; Edwaldo Alves da Silva.

Diz ainda a nota do MDB que foram comunicadas às Auditorias Militares as seguintes prisões ocorridas entre os dias 30 de Setembro e 4 de Outubro: Elzo Ramos Jr., Nivaldo José Costa Miranda, Sebastião Vitorino da Silva, Emílio Bonafante de Maria, Antônio Bernardino dos Santos; Rosa Maria Colombo Faria, Feliciano Eugênio Neto, Fernando J. Dias, Ana Maria Maduro Gonçalves Brandão Dias, Geraldo da Silva Espinosa, Sérgio Martins, Francisco Siedel, Adegildo Justiniano de Paula, José Hortenciao, Isaías Trajano da Silva, Gumercindo Árias Rodrigues e José Ferreira da Silva.

Em Porto Alegre, a Executiva Estadual do Setor Jovem do MDB no Rio Grande do Sul foi convocada ontem, em regime de urgência para examinar a comunicação sobre a prisão dos 15 integrantes do Departamento da Juventude de São Paulo e deverá manter-se em assembléia extraordinária permanente, devido à gravidade do acontecimento.

Outras prhões ocorreram em São Paulo, sem que os familiares das pessoas detidas tenham obtido informações sobre seu paradeiro. Na madrugada de domingo, foi detido em sua residência o médico Francisco Augusto Lemos César. Na tarde de sábado, foi preso também em sua residência o químico José Luís Ganani, professor do Departamento de Engenharia Química da Escola Politécnica.

Por outro lado, os alunos da Faculdade de Medicina e da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP reuniram-se em assembléia para discutir a prisão de Ubiratan de Paula Santos, aluno do terceiro ano de Medicina, que além de membro da Juventude do MDB era candidato à vice-presidência do Centro Acadêmico Oswaldo Cruz – e de alguns alunos da Faculdade de Arquitetura.

N. da R. – Luís Paulo da Costa apontado como membro do Diretório do MDB de São José dos Campos é também correspondente do “Estado” nessa cidade.
Também em comunicado distribuído ontem, à Comissão de Justiça e Paz da arquidiocese de São Paulo informou que o professor David Capistrano Filho, não foi preso em Jundiaí, como havia sido noticiado, mas sim na Unidade de Atendimento de Franco da Rocha.
(O ESTADO DE S. PAULO, 21/10/1975)

VINTE PRISÕES EM DEZ DIAS.
DENÚNCIA DO MDB.

O Departamento da Juventude do MDB paulista divulgou ontem uma nota à respeito das prisões de seis de seus membros, efetuadas a partir de 5 de Outubro, além de relacionar o nome de outras 14 pessoas presas recente mente em São Paulo – a maioria ligada ao partido. A nota pede providências ao Diretório Regional, para esclarecer as prisões e oferecer assistência jurídica aos eventuais acusados.

Os presos da Juventude são seu presidente estadual, Waldir José de Quadros, Sérgio Gomes da Silva (jornalista da Folha de S. Paulo), José Salvador Faro, Miguel Trujillo Filho (da Juventude e do diretório de Sorocaba), Marisa Saenz Leme e o médico Francisco José Cavalcanti Albuquerque Lacerda (da Juventude de Taubaté).

Os outros presos são Mario Totta, vereador do MDB de Sorocaba; João dos Santos Pereira, vereador em Sorocaba; Lázaro de Campos, do diretório de Sorocaba; Aurélio Sabadin Constantino e Francisco Siedel, de Sorocaba; Manoel José Constantino, presidente dó Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano e delegado nacional do MDB; José Ferreira, vice-presidente do sindicato; Pedro Daniel de Souza, ex-líder sindical e membro do MDB; José Carlos de Souza Alves, membro do MDB; Antonio Gadelha Neto, corretor de seguros; Henrique Buzzoni, advogado filiado ao MDB; Osmar Gomes da Silva, dentista; Ernesto Correia de Melo, feirante e Jafet Henrique de Carvalho; arquiteto.

Apesar de a maioria desses nomes já ter sido citada quinta-feira na nota do líder do partido na Assembléia; deputado Alberto Goldman, ontem o deputado emedebista Osiro Silveira tentou contestar a validade das informações. Osiro criticou a contradição do documento do líder com o comunicado do presidente-regional do MDB, deputado Natal Gale, que afirmou que os detidos não tinham relação com o partido.
Para ele, a liderança deveria ter consultado a bancada antes de divulgar a nota, pois “apenas três dos presos têm vinculação com o partido”, e mesmo isso “não os torna imunes a transgressões que possam ter cometido”.

Em Vitória, ontem, a policia civil apreendeu toda a edição do Jornal da Cidade, a pedido da Policia Federal, atendendo determinaçâo da chefia em Brasília. Na explicação do DPF ao diretor do jomal, Djalma Magalhães, a solicitação foi feita pelo governador Elcio Álvares, alegando que a edição do jornal continha “ataques à pessoa do governador e à sua família”.

Magalhães contesta a informação: o jornal trazia um editorial criticando, em revide, apenas o jornalista Esdras Leonor, comentarista político de “A Gazeta” e secretário-particular do governador.
Essa é a segunda vez que o governador age contra o jornal: com o mesmo pretexto – “ataque à pessoa do governador” – pedira o enquadramento de seu diretor na Lei de Segurança. O Ministério da Justiça não acolheu o pedido.

Em Lisboa, os ex-deputados brasileiros Márcio Moreira Alves, jomalista e professor universitário, Femando Perrone, professor universitário e David Lerer, médico, entregaram uma carta ao presidente da. Assembléia Constituinte, Henrique de Barros (PS) e aos dirigentes de todos os partidos, pedindo a intervenção dos parlamentares portugueses “pela libertação dos presos políticos no Brasil e por um anistia ampla e irrestrita”.

Os ex-deputados foram acornpanhados à Assembléia pelo historiador César de Oliveira, pelo jomalista Miguel Urbano Rodrigues e pelo escritor Piteira Santos, membros do Comitê português Pró-Anistia Ampla no Brasil.

(JORNAL DA TARDE, 15/10/1975)

OS DEPUTADOS PROTESTAM CONTRA ESSAS PRISÕES EM SÃO PAULO

O deputado Dias Menezes (MDB-SP) denunciou ontem na Câmara Federal a ocorrência de prisões de jornalistas no Brasil “exatamente no momento em que se instala em São Paulo a 31ª reunião anual da Sociedade Interamericana de Imprensa – SIP -, Instituição respeitada em todo o mundo por sua luta contra a coação ao direito de informar e por sua defesa dos profissionais da imprensa”.
Menezes referiu-se à prisão do correspondente de O Estado de S. Paulo em São José dos Campos, Jomalista Luiz Paulo Costa, detido em sua casa, na noite de domingo, por três homens que se identificaram como representantes do II Exército e que o levaram para São Paulo.
Luiz Paulo Costa foi detido na véspera da assembléla da SIP disse o deputado – , mas na antevéspera já estavam detidos os jornalistas Anthony de Chrysto, assessor da Cetesb, Ricardo de Moraes Monteiro, funcionário da Promon Engenharia, Sérgio Gomes da Silva, ainda o casal de jornalistas Paulo Sérgio e Dilea Markun. Todos permanecem em regime de incomunicabilidade.
Com que moral pode nosso govemo apresentar-se diante desta comunidade do mais alto nível de informação mundial (a SIP) quando aqui, no momento preciso em que a hospedamos, ficam as prisões coalhadas de jornalistas, intelectuais, arquitetos, advogados, professores e tantas outras expressões de nossos meios liberais?
Também se manifestou sobre esse assunto o deputado Fernando Lyra (MDB-PE), que denunciou como “ilegais e arbitrárias” prisões feitos no Estado de São Paulo, por agentes de segurança, e afirmou que “continua a onda de prisões no país inteiro, o que leva a liderança do MDB a denunciá-las todos os dias”.

LISTA DE PRESOS
O Departamento Estadual de Juventude do MDB divulgou ontem uma relação de seus membros e outras pessoas presas “sem o cumprimento das formalidades legais”. Essas prisões ocorreram nos últimoa dias e chegaram ao conhecimento do Departamento através de familiares e amigos dos presos.
A nota, assinada pelo presidente em exercício do organismo, Antonio Roque Citadini é a seguinte: 1. Ruben Severian Loureiro – Membro do Diretório da Juventude do MDB-SP; 2. Sérgio Azevedo Fonseca – membro da Juventude do MDB-SP; 3. Lenita Nobuko Yassuda – Membro da Juventude MDB-SP; 4. Ricardo de Moram Monteiro – Jomalista . Membro da Juventude MDB-SP; 5. Luís Guilherme de Moraes Monteiro – Membro da Juventude MDB-SP; 6. Paulo Sérgio Markum – Jornalista – Membro da Juventude MDB-SP; 7 – Diléa Markum – Membro da Juventude MDB-SP; 8. David Capistrano da Costa Filho – Membro da Juventude MDB de Campinas; 9. Miguel Tréffault Urbano Rodrigues – estudante de Biologia-USP; 10. Benauro Roberto de Oliveira – Professor; 11. Cristina de Castro Mello – Arquiteta; 12. Luís Paulo da Costa – Membro do Diretório do MDB – São José dos Campos; 13. Ubiratan de Paula Santos – Membro da Juventude do MDB; 14.- Anthony de Chrysto – Jornalista.

Além destas últimas prisões, continuam presas as seguintes pessoas: 1. Waldir José Quadros – Presidente do Departamento de Juventude do MDB; 2. Sérgio Gomes da Silva – Jornalista “Folhas” – Membro da Juventude MDB-SP; 3. José Salvador Faro – Professor – Membro da Juventude MDB-SP; 4. Miguel Trujillo Filho – Membro do Diretório de Sorocaba; 5. Francisco José Cavalcanti de Albuquerque Lacerda – Médico – Taubaté – Membro da Juventude MDB-Taubaté; 6. Marisa Saenz Leme – História – Membro da Juventude MDB-SP; 7. José Carlos de Souza Alves- Estatístico; 8. Lázaro de Campos – Sorocaba – Membro do Diretório; 9. Aurélio Sabadin – Sorocaba; 10. Manoel José Constantino – Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano do Sul – é filiado ao MDB local e Delegado Nacionai do partido; 11. José Ferreiro – Vice-Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano do Sul; 12. Pedro Daniel de Souza – Ex-Líder Sindical e comerciante em São Caetano do Sul – é filiado ao MDB local; 13. Henrique Buzzoni – Advogado – Filiado ao MDB de Vila Madalena; 14 – Antônio da Costa Cadelha Neto – Corretor de Seguros; 15. Jafet Henrique de Carvalho – Arquiteto; 16. Osmar Gomes da Silva -Dentista; 17. Ernesto Correa de Mello – Feirante; 18. Dra. Eleonora Machado Freire – Médica; 19. Frederico Pessoa da Silva – Jornalista; 20. Simão Lorente – Aposentado – Santo André; 21. Sônia Maria de Oliveira Morosetti – Advogada – Santos; 22. Sandra Mara Nogueira Miller – Advogada – Santos; 23. Roberto Calland Salles da Costa – Santos; 24. Luís Martins – Presidente da Sociedade Amigos do Jardim Lavinha – São Bernardo do Campo; 25. Álvaro Bandarr – Comerciante – Santos; 26. Fernando Gomes da Silva – Engenheiro; 27. José Milton Ferreira de Almeida; 28. Aldo Pedro Dettrich; 29. Gildázido Westin Consensa ; 30. Armando Zurico Gomes; 31. Ricardo Felício Mansur; 32. Francisco Vitor Machado; 33. Edwaldo Alves da Silva.

Foram comunicadas às Auditorias Militares as seguintes prisões ocorridas nos últimos dias: 1. Elzo Ramos Jr. – 30/09; 2. NivaldoJosé Costa Miranda – 30/09; 3. Sebastião Vitorino da Silva – 30/09; 4. Emílio Bonfante Desmaria – 01/10; 5. Antônio Bernardino dos Santos – 01/10; 6. Rosa Maria Colombo Faria – 01/10; 7. Feliciano Eugênio Neto – 02/10; 8. Fernando J. Dias – 02/10; 9. Ana Maria Maduro Gonçalves Brandão Dias – 02/10; 10.Geraldo da Silva Espinosa – 02/10; 11. Sérgio Martins – 02/10; 12. Francisco Siedel – 02/10; 13. Adegildo Justiniano de Paula – 03/10; 14. José Hortêncio – 03/10; 15. Isaías Trajano – 03/10; 16. Gumercindo Árias Rodrigues; 17. José Ferreira da Silva – 04/10.
(JORNAL DA TARDE, 21/10/1975)

JUVENTUDE DO MDB RELACIONA PRISÕES

O Departamento Estadual de Juventude do MDB de São Paulo divulgou ontem uma relação de pessoas presas nos últimos dias, entre as quais vários membros do partido, “sem cumprimento das formalidades legais” e que chegaram a seu conhecimento através de informações de parentes e amigos dos presos.
A nota, assinada pelo presidente do Departamento, Antonio Roque Citadini, contém a seguinte relação de nomes: Severian Loureiro, membro do Diretório da Juventude; Sérgio Azevedo Fonseca, membro da Juventude; Lenita Nobuko Yassuda, membro da Juventude; Ricardo de Moraes Monteiro, jornalista e membro da Juventude; Luís Guilherme de Moraes Monteiro, membro da Juventude; Paulo Sérgio Markum, jornalista e membro da Juventude; Diléa Markum, jornalista e membro da Juventude; David Capistranoda Costa Filho, membro da Juventude; Miguel Treffault Urbano Rodrigues, estudante de Biologia-USP; Benauro Roberto de Oliveira, professor; Cristina de Castro Mello, arquiteta; Luís Paulo da Costa, jornalista e membro do Diretório do MDB de São José dos Campos; Ubiratan de Paula Santos. membro da Juventude; Anthony de Chrysto, jomallsta.

Além dessas pessoas, presas recentemente, segundo a relação da Juventude do MDB continuam presas mais as seguintes pessoas: Waldir José Quadros, presidente do Departamento de Juventude do MDB; Sérglo Gomes da Silva, jornalista e membro da Juventude; José Salvador Faro, professor e membro da Juventude; Miguel Trujillo Filho, membro da Juventude e do Diretório de Sorocaba; Francisco José Cavalcanti de Albuquerque Lacerda, médico em Taubaté e membro da Juventude; Marisa Saenz Leme, membro da Juventude; José Carlos de Souza Alves, estatístico; Lázaro de Campos, membro do Diretório o MDB de Sorocaba; Aurélio Sabadin, Sorocaba; Manoel José Constantino, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano do Sul, filiado ao MDB local; José Ferreira, vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano do Sul; Pedro Daniel de Souza, ex-líder sindical e comerciante em São Caetano do Sul, filiado ao MDB local; Henrique Buzzoni, advogado, filiado ao MDB de Vila Madalena; Antonio da Costa Gadelha Neto, corretor de seguros; Jafet Henrique de Carvalho, arquiteto; Osmar Gomes da Silva, dentista; Ernesto Correa de Mello, feirante; Eleonora Machado Freire, médica; Frederico Pessoas da Silva, Jornalista; Simão Lorente, aposentado; Sônia Maria de Oliveira Morosetti, advogada, de Santos; Sandra Mara Nogueira Miller, advogada, de Santos; Roberto Caland Salles da Costa, de Santos; Luís Martins, presidente da Sociedade Amigos do Jardim Lavinha – São Bernardo do Campo; Álvaro Bandarra, comerciante, de Santos; Fernando Gomes da Silva, engenheiro; José Milton Ferreira de Almeida; Aldo Pedro Dettrich; Gildázio Westin Consensa; Armando Eurico Gomes; Ricardo Felício Mansur; Francisco Vítor Machado; Edwaldo Alves da Silva.

Foram comunicadas às auditorias militares mais as seguintes prisões ocorridas nos últimos dias: Elzo Ramos Júnior, 30/9; Nivaldo José Costa Miranda, 30/9; Sebastião Vitorino da Silva, 30/9; Emílio Bonafante de Maria, 1/10; Antonio Bernardino dos Santos, 1/10; Rosa Maria Colombo Faria, 1/10: Feliciano Eugênio Neto, 2/10; Fernando J. Dias, 2/10; Ana Marta Maduro Gonçalves Brandão Dias, 2/10; Geraldo da Silva Espinosa, 2/101 Sérgio Martins. 2/10; Francisco Stedel, 2/10; Adegildo Justiniano de Paula. 3/10; José Hortêncio. 3/10: Isaías Trajano da Silva. 3/10; Gumercindo Arias Rodrigues, 4/10; José Ferreira da Silva, 4/10.

DEPUTADO DENUNCIA
O deputado Dias Menezes, oposicionista por São Paulo, denunciou ontem na Câmara a prisão de jomalistas em diversos estados, “na mesma ocasião em que se instala na capital paulista a assembléia da Sociedade Interamericana de Imprensa”. Lembrou ele a contradição entre as prisões e a luta que aquela entidade mantém em defesa da liberdade de informar.
Citou o parlamentar a prisão dos jornalistas Luiz Paulo Costa, em São José dos Campos, e Paulo Sérgio Markum e sua mulher Diléa Markum, na capital.

(FOLHA DE S. PAULO, 21/10/1975)

HÁ 90 PRESOS, SEGUNDO O MDB.

Na noite de ontem, o Departamento de Juventude do MDB de São Paulo divulgou uma lista de 91 presos políticos (um dos quais foi solto ontem mesmo). Quatorze deles seus filiados. A lista é a seguinte: 1. Valdir José de Quadros (presidente do Departamento); 2. Ruben Severian Loureiro; 3. Sérgio Azevedo Fonseca; 4. Sérgio Gomes da Silva, jornalista das FOLHAS; 5. José Salvador Faro, professor; 6. Lenita Nobuko Yassuda, estudante; 7. Ricardo Moraes Monteiro, jornalista; 8. Luiz Guilherme de Moraes Monteiro, jornalista; 9. Paulo Sérgio Markum, jornalista do Canal 2 e Movimento; 10. Ubiratan de Paula Santos, estudante; 11. Genivaldo Matias da Silva, operário; 12. Mariza Saenz Leme, estudante; 13. Davi Rumel, estudante e 14. Henrique Buzzoni, advogado.

A lista continua com: 15. David Capisirano da Costa Filho, Juventude do MDB-Campinas; 16. Miguel Trujillo Filho, Juventude do MDB-Sorocaba; 17. Francisco José Cavalcanti de Albuquerque, médico Juventude do MDB-Taubaté; 18. Luiz Paulo da Costa, jornalista de O Estado de S. Paulo (solto ontem); 19. Lázaro do Campos, do Diretório do MDB-Sorocaba; 20. Manoel José Constantino, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano do Sul e delegado nacional do MDB; 21. Pedro Danirl da Souza, ex-líder sindical e filiado ao MDB do São Caetano do Sul; 22. Miguel Treffault Urbano Rodrigues, estudante de Biologia da USP; 23. Benauro Roberto do Oliveira, professor; 24. Anthony do Christo, jornalista da Cetesb; 25. José Carlos de Souza Alves, estatístico; 26. Aurélio Sabadin – Sorocaba; 27. José Ferreira, vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano do Sul; 28. Afonso Celso Nogueira Monteiro,. advogado; 29. Antonio da Costa Gadelha Monteiro, corretor de seguros; 30. Jafet Henrique de Carvalho, arquiteto; 31. Osmar Gomes da Silva, dentista; Ernesto Correa de Mello – feirante; 32. Eleonora Machado Freire, médica; 33. Frederico Pessoa da Silva, jornalista; 34. Simão Lorente, aposentado, Santo André; 35. Sônia Maria do Oliveira Morosseti, advogada, Santos; 36. Sandra Mara Nogueira Miller, advogada, Santos; 37. Roberto Calland Salles da Costa, Santos; 38. Luiz Martins, presidente da Sociedade Amigos do Jardim Lavínia, São Bernardo do Campo; 39. Álvaro Bandarra, comerciante, Santos; 40. Fernando Gomes da Silva, engenheiro; 41. Francisco Augusto Lemos César, médico, SP; Maximiliano HerIinger, pesquisador; 42. José Luiz Ganani, professor da Poli-USP; 43. José Machado de Araújo, ferroviário; 44. José Luiz Gonzales, pesquisador de mercado; 45. Rui César de Matos Messias, professor de História do curso Indac; 46. Brasil Mirim, ferroviário, Sorocaba; 47. Adamantino Pereira, ferroviário, Sorocaba; 48. Guilherme Bersinger, operário, Sorocaba; 49. Silda Maria Gricoli – estudante de História-USP; 50. Moacir de OIiveira, diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de Santos; 51. Luiz Cezar de Matos, professor; 52. Rodolfo Konder, jornalista da revista Visão; 53. George Duque Estrada, jornalista de O Estado de S. Paulo; 54. Valdir Luiz Ribeiro Gallo, estudante do ITA, S.P.C., presidente do Centro Acadêmico Santos Dumont; 55. Osvair Trevisan, estudante do ITA; 56. Sérgio Salazar, estudante do ITA; 57. Marcelo Moreira Gazzalli, estudante do ITA; 58. José Vidal Galé, jornalista das FOLHAS; 59. Valdir Pasinatto, escriturário, 17 anos; 60. Erdel Pena Oliveira, encanador; 61. Marinilda Marchi, jornalista da revista Veja; 62. Clóvis Goldemberg, estudante do ITA; 63. Florivaldo de Oilvelra Cajé, membro do Diretórlo do MDB de Cubatão; 64. Egger Moelward, esposa do jornalista Duque Estrada; 65. José Roberto Fanganielo Melhen, advogado; 66. Francisco Ferreira da Silva, membro do MDB-Osasco; 67. Oswaldo Leal, membro do MDB-Osasco; 68. José Milton Ferrira de Almeida.; 69. Aldo Pedro Detrich; 70. Gildásio Westin Consensa; 71. Armando Eurico Gomes, engenheiro; 72. Ricardo Felício Mansur; 73. Francisco Vítor Machado; 74. Edwaldo Alves da Silva; 75. Elzo Ramos Junior; 76.Nivaldo José Costa Miranda; 77. Sebastião Vitorino da Silva; 78.Emílio Bonafante de Maria; 79. Antonio Bernardino dos Santos; 80. Rosa Maria Colombo Faria; 81. Feliciano Eugênio Neto; 82. Fernando J. Dias; 83. Ana Maria Maduro Gonçalves Brandão Dias; 84. Geraldo da Silva Espinosa.; 85. Sérgio Martins; 86.Francisco Siedel; 87. Adegildo Justiniano de Paula; 88. José Hortêncio; 89. lsaías Trajano da Silva; 90. Gumercindo Árias Rodrigues; e 91. José Ferreira da Silva.

(JORNAL DA TARDE, 28/10/1975)

“O Departamento de Juventude e o Departamento Trabalhista do Movimento Democrático Brasileiro de São Paulo, com a aproximação do Natal, inspirados pelo Programa Partidário e pelos Direitos inalienáveis da Pessoa Humana, formuIam apelo às autoridades no sentido de que o espírito natalino alcance também àqueles que, sem mandado judicial e sem prisão preventiva, se acham detidos há quase 80 dias”, entre os quais, vários integrantes daqueles Departamentos – diz nota distribuída pelos presidentes daqueles órgãos partidários, respectivamente Antonio Roque Citadini e João Jerônimo.

(DIÁRIO POPULAR, 18/12/1975)

UM APELO EM FAVOR DOS JOVENS PRESOS

Os departamentos da Juventude e Trabalhista do MDB paulista distribuíram ontem comunicado formulando apelo às autoridades no sentido de que o espírito nataIino alcance também aqueles que sem mandado judicial e sem prisão preventiva, se acham detidos há quase oitenta dias, dentro dos quais se destacam: Waldir José de Quadros, presidente do Departamento de Juventude do MDB de São Paulo; Davi Rumel, Genivaldo Matias da Silva, Ricardo Moraes Monteiro, Sérgio Azevedo Fonseca e Ubiratan de Paula Santos, membros do Departamento da Juventude de São Paulo; Davi Capistrano Filho e Osvaldo Luiz de Oliveira, de Campinas, e Miguel Trujillo Filho, de Sorocaba.

Assinado pelos dirigentes partidários Antonio Roque Citadini e João Gerônimo, respectivamente presidente em exercício do departamento de Juventude e presidente do Departamento Trabalhista do MDB, o documento assinala que, é de publico conhecimento que todos os indicados possuem endereço certo e conhecido, têm empregos definidos, são contribuintes do Imposto de Renda, sendo alguns mutuários do BNH, chefes de família regularmente constituída. Não se tratam, portanto, de indivíduos clandestinos, de vida nômade e irregular e paradeiro incerto. Quando de suas prisões, não houve maiores dificuldades para encontrá-los. Estavam em suas residencias ou em seus locais de trabalho.
– Solicitamos, por isso, seja acolhida a mensagem papal de Liberdade, para que todos possam vivê-la em família, neste Natal de 1975. Não se pede a anistia (uma vez que ainda não foram julgados) mas o direito de responderem em Liberdade as eventuais acusações que lhes sejam feitas.

(DIÁRIO DE SÃO PAULO, 18/12/1975)

ALA JOVEM DO MDB PEDE PELOS PRESOS

Através de comunicado distribuído ontem à imprensa, os departamentos da Juventude e Trabalhista do MDB paulista formulam um apelo às autoridades “no sentido de que o espírito nataIino alcance também aqueles que, sem mandado judicial, e prisão preventiva, se acham detidos há quase 80 dias”.

Dentre os presos nessa situação, o comunicado destaca os nomes de: Waldir José de Quadros, presidente de Juventude do MDB de São Paulo; Davi Rumel, Genivaldo Matias da Silva, Ricardo Moraes Monteiro, Sérgio Azevedo Fonseca, Sérgio Gomes da Silva e Ubiratan de Paula Santos, todos membros do JMDB-DP; Davi Capistrano Filho; Hélio Rodrigues e Osvaldo Luís de Oliveira, membros da JMDB de Campinas; e Miguel Trujillo Filho, membro da JMDB de Sorocaba.

“É de púbilco conhecimento – diz o comunicado emedeblsta – que todos possuem endereço certo e conhecido, têm empregos definidos, sendo alguns mutuários do BNH, chefes de família regularmente constituída etc. Não se trata, portanto, de indivíduos clandestinos, de vida nômade e irregular e de paradeiro incerto. Quando de suas prisões, não houve maiores dificuldades para encontrá-los. Estavam em suas residências ou em seus locais de trabalho. Solicitamos, por isso, seja acolhida a mensagem papal de Liberdade, para que todos possam vivê-la em família, neste Natal de 1975. Não se pede a anistia (uma vez que ainda não foram julgados), mas o direito de responderem em liberdade as eventuais acusações que lhe sejam feitas”.

(FOLHA DE S. PAULO, 18/12/1975)

APELO DO MDB

Os departamentos da Juventude e Trabalhista do MDB paulista, distribuíram ontem comunicado formulando apelo às autoridades no sentido de que o espírito natalino alcance também aqueles que, sem mandado judicial e sem prisão preventiva, se acham detidos há quase oitenta dias dentro dos quais se destacam: Waldir José de Quadros, presidente do Departamento de Juventude do MDB de São Paulo; Davi Rumel, Genivaldo Matias da Silva, Ricardo Moraes Monteiro, Sérgio Azevedo Fonseca e Ubiratan de Paula Santos, membros do Departamento da Juventude de São Paulo; Davi Capistrano Filho, Hélio Rodrigues e Osvaldo Luiz de Oliveira, de Campinas e Miguel Trujillo Filho de Sorocaba.

Assinado pelos dirigentes partidários Antônio Roque Citadini e João Gerônimo, respectivamente presidente em exercício do Departamento da Juventude e presidente do departamento Trabalhista do MDB, o documento assinala que, é de público conhecimento que todos os indiciados possuem endereço certo e conhecido, têm empregos definidos, são contribuintes do Imposto de Renda, sendo alguns mutuários do BNH, chefes de família regularmente constituída.

Não se tratam, portanto, de indivíduos clandestinos, de vida nômade e irregular e paradeiro incerto.
Quando de suas prisões, não houve maiores dificuldades para encontrá-los. Estavam em suas residências ou em seus locais de trabalho.

Solicitamos, por isso, seja acolhida a mensagem papal de liberdade, para que todos possam vivê-la em família, neste Natal de 1975. Não se pede a anistia (uma vez que ainda não foram julgados), mas o direito de responderem em liberdade as eventuais acusações que lhes sejam feitas.
Finalizando, os referidos departamentos reafirmam sua fé de que só com o restabelecimento do Estado de Direito – que possibilite os processos regulares, com prisões efetuadas sob mandado judicial, preservando aos acusados ampla defesa – ver-se-ão satisfeitos os anseios populares.

(DIÁRIO DA NOITE, 18/12/1975)

Ainda ontem, o Departamento de Juventude e o DepartamentoTrabalhista do MDB de São Paulo divulgaram uma nota encaminhada às autoridades, pedindo que “o espírito natal ino alcance também aqueles que, sem mandado judicial e sem prisão preventiva, se acham detidos há quase oitenta dias, dentre os quais podemos destacar Waldir José de Quadros, Davi Capistrano Filho, Davi Rumel, Genivaldo Matias da Silva, Hélio Rodrigues, Miguel Truiillo Filho,Osvaldo Luís de Oliveira, Ricardo Moraes Monteiro, Sérgio Azevedo Fonseca, Sérgio Gomes da Silva, Ubiratan de Paula Santos” – todos pertencentes aos dois departamentos do MDB.
Em Porto Alegre,o universitário Nelson Rolim de Moura prestou depoimento ontem, na sede da Polícia Federal. Ele e Elizabeth Karan Magalhães ficaram presos incomunicáveis numa cidade uruguaia, acusados de transportarem livros proibidos naquele país. Mas, como Elizabeth, que depôs terça-feira, Nelson não quis falar muito sobre a prisão: disse apenas que eles receberam “tratamento de presos comuns”, mas “não chegamos a ser maltratados”.

(JORNAL DA TARDE, 18/12/1975)

Ainda ontem, o Departamento de Juventude e o DepartamentoTrabalhista do MDB de São Paulo divulgaram uma nota encaminhada às autoridades, pedindo que “o espírito natal ino alcance também aqueles que, sem mandado judicial e sem prisão preventiva, se acham detidos há quase oitenta dias, dentre os quais podemos destacar Waldir José de Quadros, Davi Capistrano Filho, Davi Rumel, Genivaldo Matias da Silva, Hélio Rodrigues, Miguel Truiillo Filho,Osvaldo Luís de Oliveira, Ricardo Moraes Monteiro, Sérgio Azevedo Fonseca, Sérgio Gomes da Silva, Ubiratan de Paula Santos” – todos pertencentes aos dois departamentos do MDB.
Em Porto Alegre,o universitário Nelson Rolim de Moura prestou depoimento ontem, na sede da Polícia Federal. Ele e Elizabeth Karan Magalhães ficaram presos incomunicáveis numa cidade uruguaia, acusados de transportarem livros proibidos naquele país. Mas, como Elizabeth, que depôs terça-feira, Nelson não quis falar muito sobre a prisão: disse apenas que eles receberam “tratamento de presos comuns”, mas “não chegamos a ser maltratados”.

(JORNAL DA TARDE, 18/12/1975)

Avançando para o título

BRASILEIRÃO

A vitória por 1 a 0 sobre o Flamengo na tarde de domingofez o Corinthians alcançar um aproveitamento histórico a seis rodadas do fim do Campeonato Brasileiro. O índice de 73% dos pontos conquistados está acima do alcançado pelas 12 equipes que venceram a competição desde 2003.

O campeão brasileiro com melhor aproveitamento da história com a fórmula de pontos corridos é o Cruzeiro de Alex e Vanderlei Luxemburgo, que alcançou aproveitamento de 72% ao fim da competição em 2003. Ao vencer o Flamengo, o Corinthians ultrapassou esse índice a seis rodadas do encerramento do torneio.

Para o Corinthians, mais importante que isso é ter se fortalecido ainda mais antes do jogo mais esperado do Brasileirão. O principal aspecto é a classificação do torneio que ainda aponta oito pontos de vantagem em relação ao Atlético-MG, que será visitado no próximo domingo. Os atleticanos esperavam diminuir essa distância, mas a equipe de Tite segue sem tropeçar.

Matemática à parte, o treinador corintiano ganhou boas notícias dentro de campo. Vagner Love e Malcom, os únicos titulares que escutam alguma contestação, foram responsáveis pelo gol que assegurou a vitória sobre o Flamengo. Em especial, Love: apesar de oportunidades desperdiçadas no último domingo, ele tem se mostrado mais confiante. São oito gols anotados no returno, sendo três nas duas partidas recentes.

 

Ernesto Rodrigues/Folhapress

Love celebra com Malcom: Corinthians momentaneamente superou Cruzeiro/2003, o melhor da era dos pontos corridos com 72%

 

Por outro lado, o Corinthians fica sem um de seus jogadores mais importantes para a partida decisiva. De seis pendurados, Elias é que recebeu cartão amarelo contra o Flamengo e não viaja a Belo Horizonte. A suspensão abre espaço para uma prova de fogo a Rodriguinho: reserva em ascensão, ele fez gols contra Ponte Preta e Goiás. Há tempos, ele foi preparado justamente para executar a função de Elias e tem empolgado a comissão técnica pelo desempenho.

Além disso, o volante Bruno Henrique tem boas possibilidades de ser relacionado após dois meses de ausência e se apresenta como uma opção para Tite no decorrer do jogo. A comissão técnica ainda considera as chances, mesmo que pequenas, dos também lesionados Fagner e Uendel voltarem em Belo Horizonte. A carga de trabalho para ambos irá aumentar nos primeiros dias da semana e a resposta deles é que dirá se poderão jogar, ou não, diante do vice-líder. Mas, no Corinthians, nem isso tem gerado grande preocupação.

Com atuações defensivamente ruins em outros momentos da competição, Edílson e Guilherme Arana se estabilizaram na equipe e fizeram três jogos consecutivos convincentes, o que também reduziu a pressa para os retornos de Fagner e Uendel. Sinais de uma equipe fortalecida, com aproveitamento histórico e, segundo matemáticos, 98% de chances de título. Mas com desafio gigante no próximo fim de semana.

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Goleada e liderança

COM GOLS DE LOVE E RENATO AUGUSTO,

CORINTHIANS GOLEIA O ATLÉTICO-PR EM

CURITIBA

 POR MEU TIMÃO

Depois de ‘jejum’, Love marca dois e sobe posições na artilharia do Brasileirão | Foto: Reprodução / TV

 

O Corinthians foi à Curitiba por jogo da 31ª rodada do Brasileirão. Líder com 64 pontos, o Timão enfrentou o Atlético-PR e precisava da vitória para manter os rivais distantes na tabela.

O time da casa, na 12ª posição, veio quase completo para o confronto. Cristóvão Borges só não pode contar com Octavio, suspenso na última partida. Do lado corinthiano, Tite ainda não tinha Bruno Henrique e os laterais titulares, Uendel e Fagner.

A última dúvida no Timão era Ralf, o volante sentiu durante os treinamentos mas acabou confirmado. Assim, o Corinthians foi à campo com Cássio, Edilson, Gil, Felipe, Arana, Ralf, Elias, Jadson, Renato Augusto, Malcom e Vagner Love.

Com time quase titular, o desafio para a partida era outro: superar o gramado lastimável da Arena da Baixada. Com muitas falhas e areias, o gramado não foi liberado para o tradicional reconhecimento feito pelos adversários antes do jogo.

Primeiro tempo

O Corinthians não tomou conhecimento do mandante na primeira etapa da partida. Com muita superioridade, a equipe dominou os 45 minutos de jogo. Nas poucas vezes em que chegou, o Atlético-PR ficou na defesa firme de Cássio, que vive ótima fase.

No momento inicial da partida, o único revés para o Corinthians na etapa: um cartão amarelo para Felipe. Cumprindo suspensão na última rodada, o zagueiro era um dos poucos sem cartões anotados de outras partidas (além dele, somente Edilson e Gil não tinham advertências). Dentre os demais, o Timão contabilizava cinco pendurados entre os titulares.

Porém, isso não tirou o ímpeto do Timão, que marcou 3 gols antes do primeiro tempo acabar. O primeiro gol saiu aos 16 minutos, com Renato Augusto, que pegou a sobra em jogada de escanteio e não perdoou.

Aos 29 minutos, Vagner Love foi quem comemorou. O atacante estava há cinco jogos sem marcar gols e pode soltar o grito com um golaço. Recebendo o passe em profundidade, Love avançou com rapidez e bateu com perfeição no ângulo do goleiro Weverton.

Com o Corinthians sobrando em campo, Cristóvão fez a primeira mudança em seu time aos 36 minutos, adicionando um jogador no meio campo. A estratégia não adiantou muito, já que aos 45 minutos o Timão achou o terceiro gol, de novo com Renato Augusto. O meia tabelou com Elias e invadiu a área, para ampliar o placar.

Segundo tempo

Com três gols no primeiro tempo e show de bola do Corinthians, a segunda etapa da partida não foi tão empolgante. Porém, o Timão não recuou e continuou querendo mexer no placar. Apesar disso, o gol veio do lado oposto.

Aos nove minutos, a defesa corinthiana aceitou um lançamento na área que terminou com o tento de Bruno Motta. Apesar do susto, o Timão manteve a calma e continuou trabalhando a forte marcação e o toque de bola em três tempos, recomendado pelo treinador para contornar os problemas com o gramado.

Assim, aos 16 minutos, Love devolveu e marcou de cabeça o quarto gol do Corinthians, após cobrança de falta de Jadson. Com o placar resolvido, Tite começou a fazer mudanças para preservar os jogadores. Na primeira mudança, aos 30, o treinador tirou Renato Augusto para a entrada de Rodriguinho

Aos 32, Elias deixou o campo para a entrada de Cristian e Love saiu para a chegada de Lincom. O atacante substituto fez sua estreia pelo Corinthians nesse jogo – chegado do Bragantino, o jogador ainda não tinha sido aproveitado por Tite. Apesar das mudanças, o placar não se alterou mais.

Com o resultado, o Timão dispara na frente da tabela e chega aos 67 pontos, faltando apenas sete jogos para o fim do Brasileirão. O próximo jogo do Corinthians acontece na Arena, no domingo, contra o Flamengo.

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Reta final

TIMÃO REENCONTRA A TORCIDA COM VITÓRIA E

MANTÉM DISTÂNCIA NA LIDERANÇA

 POR MEU TIMÃO

Corinthians venceu mais uma em Itaquera e manteve à distância na liderança | Foto: Daniel Augusto Jr. / Agência Corinthians

O Corinthians reencontrou a Fiel em Itaquera na noite desta quinta-feira. Mesmo com toda a carga de ingressos vendidos para a Arena, o Timão entrou pressionado. A vitória do Atlético-MG, na quarta-feira, fez com que a equipe precisasse mais do que nunca dos 3 pontos para manter a distância na liderança.

O treinador Tite, ainda teve que lidar com problemas com o elenco. Apesar da parada de 10 dias, a expectativa de recuperação dos lesionados não se concretizou, exceto para Guilherme Arana. Além disso, o técnico não pode contar com Elias, que jogou na terça-feira pela Seleção Brasileira, e Felipe, suspenso após o terceiro cartão amarelo.

Por essa razão, o time entrou em campo com Cássio, Edílson, Dracena, Gil, Ralf, Rodriguinho, Jadson, Renato Augusto, Malcom e Vagner Love. A surpresa ficou por conta de Rodriguinho, que atuou na posição de Elias e demostrou o ímpeto ofensivo de Tite para a partida.

Primeiro tempo

O primeiro tempo começou morno na Arena, e a equipe levou algum tempo para acertar o entrosamento com as mudanças. Porém, a partir dos dez minutos de jogo, a equipe começou a mostrar a força de jogar em Itaquera.

Empurrado pela torcida, o Timão começou a trabalhar melhor a bola no ataque e criou chances no campo do Goiás. Com a nova atitude, o torcedor não foi surpreendido pelo primeiro gol na partida, que veio aos 15 minutos. Supresa foi o autor: do banco para as redes, o zagueiro Edu Dracena abriu o placar pro Corinthians, fazendo seu primeiro gol pelo clube.

O gol deu ainda mais liberdade ao time, que aliviado avançou com futebol ainda mais solto. A equipe mostrou bom futebol, tocava e criava boas chances contra o gol de Renan. E aos 25 minutos – ainda contou com ajuda de Felipe Macedo. O adversário escorregou na defesa e entregou a bola paraVagner Love, que deu assistência para Malcom, sozinho, marcar.

Nos minutos finais, a equipe ainda fez algumas tentativas mas não calibrou o chute. Para o desespero de Tite, que apesar da vantagem no placar, encerrou a etapa com pedidos para que os laterais – Arana e Edílson – subissem para apoiar o ataque.

Segundo tempo

A segunda etapa trouxe o Corinthians ainda mais superior que o Goiás. A equipe dominou o campo e a posse de bola, e criou chances perigosas contra a equipe esmeraldina. Assim, à exceção de lance que exigiu belíssima defesa de Cássio aos 3 minutos da partida, o Timão não sofreu riscos.

A formação defensiva, inédita na equipe corinthiana, não decepcionou. Dracena, além de fazer o gol, foi destaque da defesa com atuação – quase – impecável. O único revés do jogador foi um amarelo recebido perto dos 30 minutos por falta em atacante do Goiás.

Ofensivamente, a equipe também atuou bem. O Timão chegou, inclusive, a marcar o terceiro gol. Porém, o bandeira viu posição irregular de Vágner Love, que lamentou muito a marcação. O centroavante corinthiano fez excelente partida, com boas chegadas e assistências, mas não conseguiu marcar.

Mesmo assim, o treinador fez duas mudanças no ataque aos 33 minutos: tirou Malcom para a entrada de Lucca e Love para a entrada de Danilo. Os dois substituídos foram aplaudidos pela torcida em Itaquera, que bateu o recorde de 1 milhão de torcedores na Arena em 2015.

Antes da partida acabar, aos 42 minutos, Tite substituiu Renato Augusto que também saiu ovacionado pela torcida. Rodriguinho, porém, mostrou que o jogo ainda não estava acabado: o jogador provou que a confiança do treinador era justa e marcou o terceiro, com golaço de fora da área.

A partida terminou com gritos de “olé” e o resultado fez o Corinthians alcançar os 64 pontos, mantendo a distância de cinco pontos para o segundo colocado. O próximo jogo do Timão, acontece no domingo, em Curitiba. A equipe enfrentará o Atlético-PR às 16h na Arena da Baixada.

 

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Um Rio-São Paulo seria melhor

A discussão sobre as Ligas de Futebol profissional começa a ganhar corpo depois da Sul-Minas-Rio. Essa estranha reunião de clubes é para fugir dos campeonatos estaduais,tão fracos e sem ânimo.

O bom é que foi criado uma Liga, afastando-se as Federações estaduais e Confederação Brasileira de Futebol. O ruim é que é uma Liga meio “monstro”, quase sem nexo.

É uma atitude de desespero dos clubes para fugirem de Estaduais desgastados e anti-econômicos. Os Estaduais terão apenas equipes B e caminharão para o seu triste final.

O melhor, para o futebol brasileiro, seria que a criação dessas novas competições partisse da Liga Rio-São Paulo. Tem história, agrada o público e dá grana para o futebol.

Os Rios-SPs são inesquecíveis e, antes do campeonato nacional, era o ponto maior de nosso futebol.

Quando em 2002 foi organizado o Torneio, tão vencido pelo Corinthians, o sucesso foi total. Reunir as grandes equipes dos dois principais estados do futebol sempre é sempre sucesso.

Lamentavelmente, a volta das Ligas não se dá pelo Rio-SP. Não por falha dos grandes do Rio, já que Flamengo e Fluminense estão no projeto, mas por timidez dos clubes paulista. Temendo uma Federação Estadual -que nem a Fifa reconhece- e que vive de mordidas nas rendas dos grande clubes, os paulistas são os responsáveis pelo silêncio da Rio-SP.

É claro que o clube que deveria liderar este movimento era o Corinthians. Pelo seu tamanho, pela sua torcida ou por sua história, uma opção por uma Liga Rio-São Paulo mudaria tudo. Um grave erro do nosso clube.

A história de que o Paulista é rentável é uma falácia. Um Rio-SP seria muito mais rentável.

E sem o Corinthians o que esperar dos outros clubes?

O tricolor se vê afundado numa crise que demorará uns 30 anos para ser solucionada (por mais que a mídia alivie); o Palmeiras tem visão menor, de que o presidente da CBF é palmeirense (como se isso trouxesse títulos ou grana) e não podem desagradar ninguém. O Santos. Bem esses é o de sempre. Chorando e sem peso na TV.

A ausência do Corinthians nessa discussão é um erro. Erro grave e que trará consequência nos próximos anos.

Liga ou Teta?

A criação de Ligas para gerir as competições são sempre saudadas com grande entusiamo por gente que quer mudar o futebol brasileiro.

É um fato positivo o nascimento da Liga Sul-Minas-Rio, reunindo os grandes clubes de cada estado.

Se os clubes de São Paulo e Rio de Janeiro tivessem mais juízo, poderiam propor uma nova edição do tradicional Torneio Rio- São Paulo, que agrada ao torcedor e aos negócios do futebol. O último, realizado em 2002, foi um sucesso de público e grana.

Mas os clubes paulistas têm medo da Federação que organiza, no início do ano, o Campeonato Estadual.

As Federações Estaduais são as maiores inimigas das Ligas e, especialmente, de um Torneio Rio-São Paulo.

A Liga tira a boquinha destas entidades que vivem de mamar nos clubes. O Corinthians toma uma dentada de 5% nas rendas, em todos os jogos realizado na Arena Corinthians, em Itaquera. Sem ter colocado menhum tijolo ou dado um saco de cimento, a Federação Paulista é só alegria nos jogos do Timão, com a mão direta na grana limpa que não ajudou a ganhar.

Por essas e outras razões, a Federação quer continuar com o Campeonato estadual que parece ser a única coisa que justifica sua existência.

Como sabemos, as Federações estaduais são criação do Futebol Brasileiro com o objetivo de manter o sistema político da CBF. As Federações estaduais não são sequer reconhecidas pela Fifa, e deveriam tornar-se meros escritórios de registro de jogadores da CBF. Sem voto ou qualquer outro poder.

Porém, uma entrevista de Alexandre Kalil, dirigente da Liga Sul-Minas-Rio, mostra um lado negativo na criação dessa entidade. Seu objetivo claro não é fazer uma competição entre os grandes clubes no início do ano, mas sim rediscutir a distribuição da renda da TV.

O que significa meter a mão na grana do Corinthians e do Flamengo e passar aos clubes médios pose de grandes.

Aí não dá. Se a Liga tiver como objetivo essa tramóia, nunca será importante.

O Corinthians deveria juntar-se ao Flamengo e trabalhar pelo Rio-SP, obedecendo os critérios de distribuição pelo valor comercial real de cada equipe.

O que quer a Liga é o mesmo que faz a Federação Paulista de Futebol. Ao contrário ao que ocorre no Brasileiro, no Paulista, o Corinthians tem que dividir com São Paulo, Palmeiras e Santos (como se todos fossem iguais e valessem o mesmo comercialmente) sua grana arrancada dos mercados de publicidade.

O que faz a Federação paulista é inaceitável, e o que propõe fazer a Liga do senhor Kalil, também.

A Liga não é para tornar todos os clubes iguais (de forma articial), mas para realizar competições melhores, mais rentáveis e atraentes para o público.

O que quer a Liga Sul-Minas-Rio é um milagre que torne todos os times iguais. Os que dão audiência e os que não dão. Os que vendem produtos e os que não vendem.

Isso não dá certo em lugar nenhum.

Na liderança

CORINTHIANS SOFRE APAGÃO, MAS SE RECUPERA

E EMPATA EM CAMPINAS

 POR MEU TIMÃO

Corinthians sofreu a virada mas empatou antes do fim da partida | Foto: Daniel Augusto Jr. / Agência Corinthians

 

 

O Corinthians entrou em campo na tarde deste domingo, no Moisés Lucarelli em Campinas. A equipe, na liderança do Campeonato Brasileiro, enfrentou a Ponte Preta pela 29ª rodada da competição.

Pressionado pela vitória do Atlético-MG que venceu o Coritiba no sábado e diminuiu a distância entre as equipes para quatro pontos. Além disso, Tite não pode contar com o time completo: sem Uendel, Arana e Fagner, o treinador teve problemas para escalar as laterais.

Sem contar com os titulares e com um dos reservas imediatos, o Corinthians foi a campo com: Cássio, Yago, Gil, Felipe, Edilson, Ralf, Elias, Jadson, Renato Augusto, Malcom e Vagner Love. No banco, a surpresa ficou por conta da presença de Samuel e Pedro Henrique – ambos jogadores defensivos da base do Timão.

Primeiro tempo

A partida começou bastante aberta, com a Ponte jogando de igual para a igual contra o Corinthians. Na primeira metade da etapa, o time da casa conseguiu inclusive pressionar mais o Timão, que contou com Cássio inspirado.

Apesar disso, a Ponte não chegou a exatamente pressionar o Corinthians, que foi acertando seu futebol. Dos 30 minutos em diante, o time pressionou bastante, até que, aos 41 minutos, conseguiu abrir o placar com Jadson.

Com a vantagem, a equipe saiu de campo satisfeita, mas ainda preocupada. A etapa disputada deixou no Timão a sensação de que ainda seria necessário continuar atento para o segundo tempo para não perder a vantagem.

Segundo tempo

O Corinthians voltou muito mal para a segunda etapa da partida. Sofrendo muita pressão da Ponte Preta, Cássio foi acionado muitas vezes e fez bonitas defesas. Porém, aos 15 minutos, o time campineiro conseguiu o empate.

Ainda atordoado, dois minutos depois, o time corinthiano sofreu o segundo gol e a virada no Moisés Lucarelli. O revés exigiu mudança imediata no time, e Tite chamou Rodriguinho e Lucca que entraram no lugar de Elias e Malcom, respectivamente.

Após os 32 minutos, Tite fez a última substituição, colocando Danilo no lugar de Jadson e pôs a equipe para o ataque em busca do resultado. O time se expõs mais na defesa, e Felipe acaba levando o amarelo – ficando suspenso para o próximo jogo.

Apesar disso, a estratégia funcionou e aos 39 minutos, Rodriguinho recebeu o passe e chutou de esquerda para empatar a partida. Dois minutos depois, em outro ataque do Timão, Rodinei fez a falta, foi expulso pelo segundo amarelo mas o placar não se alterou mais.

Com o resultado, o Corinthians perdeu a chance de manter a distância de sete pontos para o segundo colocado, o Atlético-MG, que segue na cola com 56 pontos. O empate, fez a equipe avançar apenas um ponto na tabela, chegando aos 61 pontos.

 

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