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Oct 31, 2014
admin

Entrevista no UOL

Para Citadini, Corinthians com salários atuais pode chegar ao colapso

Dassler Marques
Do UOL, em São Paulo

Numa antessala do quarto andar do Tribunal de Contas, no centro de São Paulo, cinco funcionários trabalham quase espremidos entre pilhas de papéis. Por trás da porta, em espaço amplo e preenchido por sofás, Antônio Roque Citadini comanda a equipe sem conseguir se desligar do Corinthians.

Diretor no primeiro título do Mundial de Clubes e ativo na política do clube, Roque cuida de um blog pessoal sobre o Corinthians, recebe amigos conselheiros e concede entrevista exclusiva ao UOL Esporte. Citadini, que trabalha ao som de música clássica, toma três cafés com leite em menos de uma hora. Ele se diz preocupado com a saúde financeira corintiana.

Com quatro temporadas de vivência no departamento de futebol, doutor Roque, como costuma ser chamado, quer ver o elenco mais barato no próximo ano. Para ele, não há treinador que mereça um salário de R$ 633 mil por mês, como o Corinthians paga a Mano Menezes.

“Não tem nenhum top. Não tem nenhum como esse que era do Barcelona. O Guardiola. E o Mourinho tem muito marketing”, opina Citadini. “Temos que ver. Quanto é que podemos pagar? Com esse salário não devemos convidar nem o Papa. Isso não é compatível ao futebol e ao Corinthians”, acrescenta.

O exemplo, para ele, está no passado do próprio Corinthians. “Entre 98, 99 e 2000, tínhamos uma folha altíssima. Fizemos uma redução drástica, montamos um time modesto que em 2002 disputou todos os títulos. Só não pode é ser o ruim e barato como o Palmeiras”, provoca o ex-diretor, ainda sem lado para as eleições do clube.

Atualmente, Citadini tenta ajustar ponteiros entre os membros da oposição com quem tem relacionamento mais próximo. “Hoje a maioria dos sócios não frequenta o clube. Precisamos de um programa claro de mudança para que eles votem. (…) Se for um projeto real, não tenho problema em estar na linha de frente”, diz.

As críticas dele vão do repasse de direitos de jovens da base a investidores até a retirada de cadeiras no Itaquerão. Citadini quer que a oposição apresente projetos claros para todas essas áreas. Nega que o impasse sobre sua posição nas eleições do clube esteja condicionada a cargos na chapa de Paulo Garcia, favorito entre seu grupo.

A família Garcia, por sinal, é poupada por Citadini. Fernando, irmão de Paulo, é conselheiro do Corinthians, realiza empréstimos ao clube e tem empresa com direitos de vários atletas. “Quem tem que explicar isso é a situação”, repassa. Importante, para ele, é fazer cortes.

“A redução de custos pode ser feita de duas maneiras”, prega. “Ou a gente administra ou será espremido por necessidades graves. O clube tem adiantado dinheiro, renovou contrato (com a Nike) até 2025 para receber um valorzinho a mais. Ou reduzimos ou chegamos a um colapso financeiro”, prevê.

Oct 30, 2014

O Pequeno Polegar

Para uma geração inteira de corinthianos, há um craque que ninguém esquece: Luiz Trochillo, Luizinho, ou o “Pequeno Polegar”.

Foi, no dizer do historiador Celso Unzelte, o jogador mais amado de todos os tempos pela torcida do Timão. E é verdade: a torcida tinha grande admiração por este ídolo singular.

Tinha apenas 1,64 mts de altura, mas jogava como um gigante num futebol sempre criativo e belo. Quando o vi jogar pela primeira vez, já estava na fase final de carreira, porém ele ainda executava jogadas inesquecíveis.

Ninguém esquece seu atrevimento com dribles e fintas desconsertantes. Ele é sempre lembrado pelo episódio em que sentou na bola na frente do argentino Luiz Villa, que jogava pelo Palmeiras na época.

Luizinho começou nas categorias de base do Timão vindo do tradicional Maria Zélia, da várzea paulistana.

A grande esquadra corinthiana dos anos 50 tinha em Luizinho uma referência sempre presente. Inesquecível o título de campeão do Quarto Centenário, onde o pequeno gênio marcou um gol de cabeça que deu o título para o Corinthians.

Vestiu a camisa alvinegra do Timão por quase toda sua carreira. Jogou na seleção mas, ali sofreu uma feroz retaliação dos dirigentes da CBD -então dominada por são-paulinos- por entrevero com jogador do tricolor.

Luizinho é um dos grandes ídolos do Corinthians  e pelo clube jogou 603 jogos sendo só superado por Wladimir. Ganhou os Paulistas de 1951,1952 e 1954 e os Rio-São Paulo (então verdadeiro campeonato brasileiro) de 1950,1953 e 1954.

Luizinho, o pequeno polegar, estará sempre presente nos corações dos corinthianos. Ele fez história.

Oct 28, 2014

O clube precisa chegar a um orçamento equilibrado.

 

O Corinthians vive uma grave crise financeira e ninguém mais nega este fato. Os contínuos balanços falando maravilhas dos números do Timão são hoje peças pouco críveis.

O clube perdeu uma grande oportunidade de ter suas finanças equilibradas no período pré-Copa, quando aumentaram todas as receitas do futebol. A TV deu um salto nunca imaginado, as empresas anunciantes na camisa passaram por outro crescimento sem precedente . O mesmo ocorreu com as empresas de materiais esportivos (camisas etc)  e, de forma fora do comum, as rendas tiveram um grande aumento. Com isso, o clube passou a ter receitas como nunca teve. O período pré-Copa foi de fartura para o Corinthians e também, para todas as outras equipes, em menor ou maior grau.

Neste salto de receitas, deveria o clube ter aproveitado para encontrar um perfeito equilíbrio orçamentário. Com suas finanças mais estáveis, o clube poderia navegar tranquilamente nas próximas décadas.

Nada disso ocorreu. Após aquela ação da justiça federal que acusava o clube por não pagar imposto (e reter outros de terceiros), ficou claro que as finanças iam por um caminho ruim. Com gastos cada vez mais lunáticos, o clube consumiu o aumento de receitas e entrou  em desequilíbrio completo.

Contratação de jogadores a torto e a direito, salários pra lá de elevados, comissões pagas para compra, venda, empréstimos e tudo mais foram sangrando as finanças. Daí , sem outra saída, essa situação foi um passo para antecipar receitas futuras, gastando o que viria nos próximos anos.

Hoje o quadro é claramente de dificuldades. Esses acordos com “investidores” para a compra de jogadores é mais um indicativo do desequilíbrio total das finanças.

Ao Corinthians não resta outra saída senão buscar chegar a um orçamento equilibrado. Gastar o que pode  e nada mais.

Se esta espiral de dívidas continuar, em breve o clube entrará em situação gravíssima com as piores consequências.

É preciso gastar menos no futebol (temos a Comissão Técnica mais cara do país), com menores salários para todos e diminuir essas antecipações de receitas que tanto desajustam as contas do clube.

Tudo isso é difícil e duro, mas necessário. Absolutamente necessário.

 

Oct 26, 2014

Saudosa Maloca

Crônica do dia
por A. Marino.
O Pacaembu foi inaugurado pelo Corinthians, nos anos 40, que hoje fez provavelmente sua última partida nesse estádio, lindo e aconchegante e que foi palco de grandes vitórias e históricas conquistas.

As maiores e mais representativas foram as conquistas do campeonato do IV Centenário em cima do nosso maior rival, o Palmeiras e a Libertadores contra o Boca.

 Não menos importante foi também a conquista do Campeonato brasileiro de 2011 também em cima do Palmeiras no mesmo dia em que o grande Sócrates faleceu em 4 de dezembro de 2011 ! Foi um título dedicado a ele que um dia disse :
“QUERO MORRER NUM DOMINGO E COM O CORINTHIANS CAMPEÃO ”  Assim foi !
Hoje no empate com sabor de vitória, com gol de Danilo no fim do jogo, o Coringão completou 19 anos de invencibilidade em cima deles novamente . Que sina ! CHORA PORCO !
E assim nos despedimos do Pacaembu, A nossa MALOCA,  SAUDOSA MALOCA, MALOCA QUERIDA !
VAI CORINTHIANS !
MARINO
Oct 25, 2014

Emoção e Empate

 

Corinthians arranca empate no fim do jogo e mantém tabus contra o Palmeiras

 

 

Danilo Lavieri
Do UOL, em São Paulo

Pela segunda vez consecutiva, o Palmeiras deixou escapar uma vitória no fim do jogo. Vencendo o Corinthians  por 1 a 0 com gol de Henrique até os 45 minutos do 2º tempo, a equipe cedeu o empate com gol de Danilo. O resultado mantém o tabu de 19 anos sem vencer no Estádio do Pacaembu e também os três anos que a equipe alviverde não consegue vencer o arquirrival.

O deslize custa à equipe de Dorival Júnior, mais uma vez, uma distância da zona de rebaixamento. Com um ponto, a equipe vai aos 36 e ainda precisa de mais seis para chegar nas contas de sua comissão técnica para se livrar da queda. Já os corintianos vão aos 53 pontos e também não conseguem se aproximar do Cruzeiro, que só empatou mais uma vez.

No próximo domingo, às 20h, o Palmeiras vai à Arena Fonte Nova para enfrentar o Bahia na 32ª rodada. Um dia antes, no Itaquerão, às 21h, o Corinthians recebe o Coritiba.

Fases do jogo: O Palmeiras teve cinco minutos de domínio, quase sempre nos pés de Valdivia. Até que o chileno sentiu um encontrão nas costas, parou de jogar e de tocar na bola e fez o Corinthians praticamente dominar a partida. Foram três boas chances que pararam nas mãos de Prass ou foram para fora. Sumido, o camisa 10 palmeirense só colocava as mãos nas costas e preocupava a torcida. Até que recebeu uma bola na entrada da área, abriu para Wesley, que chutou cruzado para o desvio de Henrique, que abriu o placar no seu melhor estilo. O Palmeiras ainda teve uma ótima chance de ampliar com cabeçada de Tobio, que colocou a bola raspando a trave.

Na segunda etapa, o Corinthians iniciou pressionando e quase empatou com um ótimo chute de Bruno Henrique de fora da área. A bola bateu na trave esquerda de Prass e assustou o Pacaembu. O Palmeiras então, passou a jogar com a bola no pé e dava poucas chances ao seu rival. Valdivia segurava a bola quando conseguia e o placar quase foi aumentado com chute de Wesley de fora da área. O Corinthians sofria para armar jogadas e só alçava bola na área. Em um lance isolado perto da bandeirinha de escanteio, o chileno brincou com seus adversários, chamou para o mano a mano e levou a torcida ao delírio.

O problema é que, aos 45 minutos, Danilo empatou o jogo com chute que ainda desviou no zagueiro palmeirense para enganar Fernando Prass.

O melhorA dupla com Tobio e Nathan. Dorival ousou e colocou Lúcio no banco. E acertou em cheio. O argentino jogou muito ao lado da jovem revelação das categorias de base e já mostrou que o pentacampeão precisará se esforçar para voltar a ser titular.

O pior: As mexidas de Dorival Júnior. O treinador mexeu mal. Tirou Wesley e Valdivia em uma substituição e ainda colocou o inoperante Diogo e não Mouche, que já mostrou que está em boa fase. O Palmeiras sentiu muito a falta de uma opção para escapar da pressão corintiana.

Toque dos técnicos: Dorival Júnior apostou em deixar o experiente Lúcio no banco de reservas. Nathan entrou na equipe e formou a zaga com Tobio. Marcelo Oliveira foi o primeiro volante, com Mazinho auxiliando Valdivia na armação e Henrique isolado à frente. Do outro lado, Mano apostou em Anderson Martins para formar a zaga com Gil e colocou Luciano à frente para substituir o suspenso Guerrero.

Para lembrar:

Adeus? Este pode ter sido o último dérbi do Pacaembu por muito tempo. Agora, Corinthians já tem seu estádio próprio, e o Palmeiras receberá sua arena em breve. Neste sábado, inclusive, a bola rolou pela primeira vez no gramado com a despedida de Ademir da Guia.

Polícia e médicos trabalhando. No início do 1º tempo, a Polícia precisou separar uma briga de torcedores no Tobogã. Logo depois, na arquibancada verde, após um princípio de confusão, deteve três. Até a ambulância tirou um torcedor palmeirense que passou mal na hora do gol.

Empolgou a torcida! Mazinho liderou um lance que lembrou Denílson contra os turcos na Copa de 2002. O meia-atacante palmeirense dominou a bola no fim do primeiro tempo e empolgou a torcida com dribles da vaca, rolinhos e lances de efeito em sequência.

Azar? Paulo Nobre encerra sua primeira gestão sem conseguir vencer o Corinthians. O Palmeiras segue sem vencer clássico no Campeonato Brasileiro.

FICHA TÉCNICA
PALMEIRAS 1 X 1 CORINTHIANS

Data: 25 de outubro de 2014, sábado
Horário: 16h20 (de Brasília)
Local: Estádio do Pacaembu, em São Paulo (SP)
Público pagante:  24.245 pessoas (25.550 total)
Renda bruta: R$ 548.062,50
Árbitro: Flavio Rodrigues Guerra – SP (CBF-1)
Assistentes: Marcelo Carvalho Van Gasse – SP (FIFA) e Vicente Romano Neto – SP (ESP-2)
Cartões amarelos: Nathan, Marcelo Oliveira, Henrique e Juninho (PAL); Fábio Santos, Luciano e Petros (COR)
Gols: Henrique, aos 25 minutos do 1º T; Danilo, aos 45 minutos do 2º tempo

PALMEIRAS: Fernando Prass; João Pedro, Nathan, Tobio e Juninho; Marcelo Oliveira, Victor Luis, Wesley (Washington), Mazinho (Diogo) e Valdivia (Felipe Menezes); Henrique
Técnico: Dorival Júnior

CORINTHIANS: Cássio; Fagner, Gil, Anderson Martins e Fábio Santos (Danilo); Bruno Henrique e Elias; Jadson (Malcom), Renato Augusto e Petros (Romero); Luciano
Técnico: Mano Menezes

www.uol.com.br

Oct 24, 2014

A base é fundamental.

O jogador William (hoje na Europa e na Seleção brasileira) é, de fato, a última importante revelação das categorias de Base do Corinthians. Começou no clube ainda criança -no inicio do século- passou por várias etapas, disputou campeonatos, torneios e, por último, subiu para a equipe principal. Mesmo tendo jogado pouco tempo no primeiro time, foi para a Europa na maior, e mais lucrativa,  “venda ” que o Corinthians realizou até os dias atuais.

Este ocorrido mostra dois pontos que precisam ser destacados: o jogador fez todo seu “aprendizado” no clube e, sendo só do Corinthians, permitiu um grande retorno financeiro ao Timão. Após sua transferência, ainda em 2007, quando o clube vivia um momento de grande crise, praticamente nada de grande aconteceu na categoria de base.

A mudança -total e completa- na organização da Base no clube dá até hoje um resultado desastroso. Pouco revela e, quando aparece alguém, os “diretos” não são do clube, mas sim de algum empresário.

No novo padrão adotado o atleta, ainda menino, já chega com (ou por) um empresário. Se não tem quem o agencie terá dificuldade para entrar na base. E, depois, se tiver sucesso, faz um contrato onde quase sempre constam as participações de “investidores” que no futuro lucram se o craque aparecer.

Pior ainda vem ocorrendo nos últimos anos. Com problemas de falta de recursos para pagar os altos (altíssimos!) gastos do futebol principal, o Timão começa pegar emprestado o dinheiro destes “investidores” e -em troca- entregam os melhores jogadores para os empresários ávidos em ganhar.

Isto tudo leva o quadro para o retrato final que está ai. Revela pouco e quando aparece o Corinthians pouco ganha.

Este quadro precisa sofrer uma mudança radical. Qualquer grande clube no mundo (Barça, Inter, Juve etc) tem equipe de base, mas em todas os jogadores em formação são do clube. Qualquer participação de “investidores” nesta fase será sempre repudiada. Exemplo negativo são do Benfica e do Porto, que viraram clube de “aluguel” de alguns empresários.

Mudar isso é urgente e necessário. Na Base só jogadores 100% do Corinthians . É isso ou nada.

Oct 23, 2014

Vitória para embalar.

Corinthians vence, está no G-4 e Mano ironiza ‘crise’

 

 

BRASILEIRO
Apenas 7.480 torcedores viram a partida na Arena Pantanal

RODRIGO VARGASCOLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM CUIABÁEm um estádio praticamente vazio, o Corinthians retornou ao G-4 do Campeonato Brasileiro ao derrotar o Vitória por 2 a 1 na Arena Pantanal, em Cuiabá.

“Hoje (quarta) a equipe conseguiu, faltando oito rodadas, superar a campanha do Brasileiro do ano passado em dois pontos. E isso porque estamos em crise”, ironizou o técnico Mano Menezes após a vitória.

Sem Cássio, Fagner e Guerrero, suspensos, o Corinthians começou o jogo em ritmo acelerado. Aos 18 min, Renato Augusto chutou de fora da área, a bola bateu na zaga baiana e sobrou para Fábio Santos, que bateu forte, no ângulo de Wilson.

Como virou rotina para os corintianos no Brasileiro, o jogo esfriou logo após o gol.

No segundo tempo, o time voltou a pressionar o Vitória.

Romero, mais uma vez apagado, foi substituído aos 14 min pelo atacante Luciano, artilheiro do time em 2014 (14 gols). Vaiado, o meia Jadson deu lugar a Malcom, aos 24 minutos. As mudanças demorariam a surtir efeito.

Aos 35, Malcom desmontou a defesa baiana com um toque de calcanhar e a bola chegou para Luciano, que fez o segundo gol do jogo.

O Vitória diminuiu aos 38 min, em falta cobrada pelo ex-corintiano Edno.

Apesar do público (7.480), o menor do Corinthians como mandante no campeonato, os organizadores não conseguiram impedir que o campo fosse invadido.

Os técnicos das duas equipes reclamaram da falta de água no estádio, que foi escolhido pelo Corinthians após o clube perder o mando de campo por briga de torcedores no clássico contra o São Paulo.

“Não tem água para os jogadores tomarem banho, não tem água na pia do banheiro. Isso em um estádio que acabou de receber a Copa”, disse Ney Franco.

“É triste falar, mas era algo esperado”, disse Mano.

www.folha.com.br

Oct 21, 2014

A separação de torcidas é um grande erro.

Neste final de semana, tivemos mais um lamentável “choque ” de torcidas organizadas . Um morto, um gravemente ferido e outros tantas vítimas com escoriações generalizadas. A “guerra” foi entre torcidas do Palestra e do Santos e seguem o padrão dos problemas do futebol que vive com as torcidas organizadas.

É um quadro dramático este que mostra contínuas mortes em brigas de torcidas. Pior ainda é saber que pouca coisa (ou nada) mudará mesmo tendo um número de mortes cada vez maior.

Este grave problema -verdadeira guerra de torcidas organizadas, com emboscadas e mais emboscadas- tem sido tratado pelas autoridade de forma totalmente equivocada.

A Polícia Militar, o Ministério Público, a Polícia Civil e as autoridades governamentais e esportivas erram continuamente quando tratam deste problema. O mais grave é que nos últimos anos essas autoridade tem agravado cada vez mais este mundo de conflitos e mortes.

Ao contrário do que fizeram outros países, nossas autoridades não enfrentam a questão central do problemas.

Sempre haverá um ou outro torcedor disposto a partir para a violência quando estiver com a cabeça quente. Mas não é esse o caso. Nossas autoridades “organizam” a violência e procuram com medidas paliativas reprimir quando as mortes aumentam.

O problema básico é a divisão de torcidas. Com a separação delas nos estádios criou-se as “tribos” que cada vez mais vão ao jogo para o confronto.

Nossas autoridades não só fizeram a separação (e formação dos grupos) como vivem “apoiando” as tribos. Agora mesmo, sabemos que vivem forçando a “reserva ” de ingressas para determinadas torcidas numa clara inversão de valores que cria um grupo de “protegidos” na “compra” de ingresso.

A separação (e proteção) das torcidas organizadas  é um erro grave.

É lógico que um torcedor procure comprar ingresso perto de seu amigos. Isso sempre existiu. Diferente é reservar uma área (e seus ingresso) para certo tipo de torcedor.

Se acabarmos com esta separação forçada daremos (como outro países) um grande passo para a superação do problema. Se mantivermos as “tribos” separadas (e protegidas), a violência sempre aumentará.

Este passo fundamental para superarmos o problema não será dado pela Polícia, Ministério Público ou autoridades governamentais. Só será possível se vier dos clubes e dos dirigentes.

Nos outros países -quando a situação ficou grave- as autoridades adotaram medidas na linha do aqui previsto. E o público voltou aos estádio e passou a conviver com adversários. Isso não é possível com as torcidas organizadas. A hora que não tiverem área e ingressos reservados este quadro mudará.

Quem vai há muito tempo aos estádios sabe que isso era uma realidade comum. No passado, corinthianos, palestrinos, santistas e tricolores iam no mesmo ônibus e sentavam lado a lado, cada um vibrando com seu time. Foram essas tribos protegidas pela Polícia que fizeram a separação e trouxeram a guerra que leva a tantas mortes.

Com o ocorrido neste domingo, a Polícia, o Ministério Público e as autoridades dirão que tomaram medidas duras contra os violentos. Não farão nada. Uma ou outra prisão e uma condenação aqui ou acolá. Nada que altere o quadro de violência e selvageria que os estádios vivem.

Sem uma mudança que comece com o final da “separação” e “proteção” dos grupos organizados (e violentos) nada mudará. E o futebol e o país só perde mais e mais.

 

Oct 19, 2014

Luta e vitória

 

Corinthians aproveita falhas da zaga, vence o Inter e espanta crise 

 

 

Marinho Saldanha
Do UOL, em Porto Alegre

O Inter pressionou, o Corinthians venceu. Espantando a crise que se abateu sobre o clube após a queda na Copa do Brasil, o alvinegro paulista aproveitou-se das falhas da zaga do Inter e fez 2 a 1, neste domingo, no Beira-Rio, pela 29ª rodada do Brasileirão. Bem postados defensivamente, os comandados de Mano Menezes chegaram poucas vezes ao gol vermelho, mas quando o fizeram tiveram sucesso.

O resultado fez o Corinthians colar no G-4. Com 49 pontos, a equipe está apenas um atrás do último que estaria garantindo vaga na próxima Libertadores. Já o Inter parou com 50 e não recuperou a segunda posição, tomada pelo São Paulo no sábado.
Os gols do Corinthians foram marcados por Guerrero e Gil, ambos após cruzamentos, contando com falhas técnicas e de posicionamento da defesa do Internacional. Nilmar jogou os 90 minutos,marcou o gol de honra vermelho, mas não conseguiu mudar o quadro com superioridade do adversário. Assim, os corintianos espantam a crise e acalmam a torcida que pedia a saída do técnico Mano Menezes.
Na próxima rodada, o Corinthians recebe o Vitória, quarta-feira, às 19h30. Já o Inter visita o Flamengo no mesmo dia e horário.

Fases do jogo:

A partida mal havia começado e o Corinthians já pulou na frente. No primeiro ataque que montou, o time visitante contou com cruzamento de Fábio Santos e falha de Fabrício. Guerrero prensou de cabeça, a bola sobrou e o peruano chutou forte vencendo Alisson, aos 3 minutos de jogo.
O Inter foi para cima. Já aos 10 minutos, Aránguiz acertou a trave em cobrança de falta. E foi parado por uma lesão de Cássio. O goleiro corintiano, em uma dividida, levou a pior e precisou de atendimento. Depois de cerca de 7 minutos parado, o jogo foi retomado. Cássio caiu de novo, e a partida parou por mais um tempo. O Inter ficou nervoso, Abel Braga reclamou muito. Mas nada aconteceu. A melhor chance foi aos 38, quando Paulão escorou para Nilmar que bateu e Cássio pegou.
O Corinthians se postou defensivamente. Segurou as ações do Inter, que tenso pela necessidade de vitória se atirou ao ataque. Pelas paradas para o atendimento do goleiro do Corinthians, o árbitro Dewson Fernando Freitas da Silva assinalou 13 minutos e o primeiro tempo foi até 58, e antes do apito final, mais um gol do Corinthians. Jadson bateu falta e Gil, de cabeça, fez o segundo, aos 54.
O Inter voltou para o segundo tempo sem outra alternativa que não marcar logo. E aos 2 minutos, D’Alessandro cruzou para Fabrício, que livre cabeceou para fora. Aos 17, D’Alessandro driblou dois marcadores, entrou na área e chutou para fora. O time gaúcho manteve expediente de pressão, sem efetividade.
Tanto pressionou o Inter que chegou ao gol. Após confusão na área, Nilmar empurrou para rede aos 28 minutos do segundo tempo. Aos 32, Fábio Santos acertou a trave em rebote de escanteio pelo Corinthians. Até o último minuto, o Inter mostrou empenho, esforço, vontade, mas não o suficiente para igualar o placar.
O melhor: Guerrero – O peruano marcou o primeiro gol e sempre foi perigoso para a zaga gaúcha.
O Pior: Fabrício – Falhou feio no primeiro gol do Corinthians e abriu caminho para a derrota do Inter. E ainda no segundo tempo perdeu uma oportunidade clara de gol.
Chave do jogo: Eficiência – O Corinthians chegou ao gol do Inter duas vezes no primeiro tempo. Fez dois gols. O Inter empilhou oportunidades, nada fez. Eficiente, o time visitante conquistou a vitória.
Toque dos técnicos:
O Internacional foi montado taticamente igual, mas com uma ideia de jogo diferente. A entrada de Nilmar tirou a figura do centroavante de área e deu mobilidade ao ataque. Mas postado em campo, o time manteve formação com dois volantes uma linha de três meias e um atacante.
Já o Corinthians usou Renato Augusto como segundo atacante, ao lado de Guerrero. Jádson foi o responsável pela armação em um 4-4-2.
Para Lembrar:
Nilmar é titular pela primeira vez. O atacante já disputou dois jogos pelo Inter em seu retorno para terceira passagem no clube. Mas neste domingo começou como titular pela primeira vez.
Jadson volta a ter chance. Há mais de um mês escanteado no Corinthians, o meia Jadson também foi titular. O armador, segundo Mano Menezes, poderia compor o meio com mais velocidade que Malcom.
FICHA TÉCNICA
INTERNACIONAL 1 X 2 CORINTHIANS
INTERNACIONAL
Alisson; Wellington Silva (Jorge Henrique), Paulão, Ernando e Fabrício; Willians (Wellington Paulista), Aránguiz, Alex, D’Alessandro, Alan Patrick (Valdívia); Nilmar.
Técnico: Abel Braga
CORINTHIANS
Cássio; Fágner, Gil, Anderson Martins e Fábio Santos; Bruno Henrique (Guilherme Andrade), Elias, Petros, Jadson (Lodeiro) e Renato Augusto (Danilo); Guerrero.
Técnico: Mano Menezes
Data: 19/10/2014
Local: estádio Beira-Rio, em Porto Alegre (RS)
Árbitro: Dewson Fernando Freitas da Silva (PA)
Assistentes: Cleber Lúcio Gil e Carlos Berkenbrock (ambos catarinenses)
Cartões amarelos: Elias (COR), Guerrero (COR), Fágner (COR), Petros (COR), Cássio (COR); Willians (INT), Ernando (INT), Paulão (INT), Fabrício (INT), Alex (INT);
Gols: Guerrero, do Corinthians, aos 3 minutos do primeiro tempo; Gil, do Corinthians, aos 54 minutos do primeiro tempo; Nilmar, do Inter, aos 28 minutos do segundo tempo;
www.uol.com.br
Oct 17, 2014

O manifestante de Hong Kong

 

Ativista chinês com a camisa corinthiana no momento da prisão em Hong Kong.

A imprensa brasileira divulgou fartamente que um dos manifestantes dos protestos de Hong Kong estava com uma camisa do Corinthians.

Ken Tsang teria sido preso pelos policiais e levado socos e chutes pelas forças de segurança. Os policias foram afastados -após o incidente- pelos superiores.

Independente de qualquer análise sobre os protestos dos chineses de Hong Kong (dizem que defendem “mais democracia”), o curioso acontecimento “bombou” na  Web e na mídia brasileira.

Alguns -como de costume- começaram a chamar o corinthiano chines de “arruaceiro”, falam coisas como “só podia ser do Corinthians ” etc e tal.

Tudo dor de cotovelo.

É algo importante (há um mundo de distância) ver um adepto com uma camisa tão particular. Especialmente na China, onde o futebol goza de baixo prestígio entre as modalidades esportivas. Por outro lado, Hong Kong é antiga colônia inglesa e o natural seria termos torcedores de clubes como Manchester e Chelsea, mas eis que aparece no mundo todo o corinthiano com uma camisa e uma frase em português.

Para todos nós que vivemos o Corinthians é um fato importante esta, cada vez maior, presença de corinthianos no mundo. O chines de Hong Kong lembrou um clube que pode crescer muito por todo lado.

Na “revolta dos guarda-chuva”, como são chamadas as manifestações de Hong Kong, já temos um ganhador: o Corinthians e seu torcedor mundial.

Na antiga tradição chinesa era dito “dez mil anos a nosso imperador” e nos podemos dizer “dez mil anos ao nosso Corinthians “.

Corinthiano agredido é atendido em hospital de Hong Kong.

Ken Tsang, corinthiano de Hong Kong, na Copa do Mundo  de 2014, aberta em jogo na Arena Corinthians.

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