A Família do Senador José Ermírio de Moraes sempre esteve ligada ao Corinthians. E apoiou em todas as horas.
José Ermírio de Moraes: Um senador de luta
O senador José Ermírio de Moraes foi o grande construtor do Império Votorantim, o maior grupo empresarial brasileiro. Era um ferrenho defensor do “nacionalismo”, bandeira de luta trazida ainda com o governo Getúlio Vargas. Construiu suas empresas no calor de uma dura luta contra grupos internacionais que queriam explorar- a sua modo e interesse- as riquezas minerais do pais. Formado engenheiro nos Estados Unidos foi de uma vanguarda que enfrentou os cartéis e grupos estrangeiros que por aqui chegaram.
Além de grande empresário foi participante da luta politica. No início dos anos 60 elegeu-se senador no seu estado natal de Pernambuco, em histórica campanha onde o candidato a governador de seu grupo era o jovem Miguel Arraes. Venceram os dois em campanha que os grupos conservadores tudo fizeram para impedir que os dois “nacionalista” conquistasse o mandato.
Foi senador pelo PTB e durante seu mandado atraiu o ódio das elites conservadoras de todo o pais. O menor grito contra ele era que era “comunista”, embora fosse o maior empresário do pais e tivesse sua formação na democracia americana. Sua luta em defesa da Nação era atacada por todo lado, inclusive na grande imprensa.
O empresário Fernando Gasparian, outro grande nacionalista, falava com grande euforia do Senador.
Com o Movimento de 1964 vitorioso o grande empresário filiou-se ao MDB e continuou sua dura luta no Senado, num momento em que os grupos estrangeiros ganhavam todas as vantagens do Poder então dominante. Sua voz forte, corajosa era duramente combatida pelas forças reacionárias.
Suas empresas sofreram todo tipo de retaliação por parte dos governos militares com corte de créditos, pressão fiscal e tudo mais. Só não quebrou poque era um homem de luta, embora nunca tenha esquecido uma advertência de um ministro do governo de então, que dizia ser objetivo das forças conservadoras e da Administração “quebrar o grupo”.
Perseguido por todo lado, sempre manteve suas posições políticas. Em 1970, já no MDB, concorreu reeleição em campanha duríssima. Estava doente. Muito doente. E as forças conservadoras tinham uma missão: tirar-lhe o mandato de senador. Gastaram um mar de dinheiro e derrotaram o senador que quase não podia fazer campanha.
Era homem de lutas e idéias ( diferente dos filhos que já não queriam confrontos), deixou o exemplo de uma grande brasileiro.
Para que melhor se conheça o valente senador José Ermírio de Moraes trago trechos de seu pronunciamanto em 28 de outubro de 1969 onde resume suas proposta para o Brasil:
…baseados em nossa longa experiência de empresas, tomamos a liberdade de sugerir.. alguns pontos da nossa economia… que darão ao nosso país uma posição de realce no cenário mundial :
1- Organizar um programa para, dentro de 2 décadas, exportar pelo menos 80% dos seus produtos minerais já industrializados internamente.
2-Industrializar os seus produtos agropecuários, a fim de conseguir maior rendimento e mão-de-obra imensa a uma população que cresce à razão de quase 3% ao ano, elevando o PNB per capita.
3- Observar atentamente os preços mais favoráveis dos mercados internacionais para venda e compra dos produtos minerais e agrícolas, fazendo acordos para garantir preços compensadores.
4- Criar leis nacionalistas, beneficiando sòmente empresas com maioria de capital brasileiro.
5- Criar um sistema de modo a dedicar no orçamento 20% para a Educação e 10% para a saúde, aumentando e melhorando a educação universitária que em vários Estados tem decaído na qualidade do Ensino.
6- Duplicar o rendimento por hectare em todas as àreas agrícolas do pais por meio de preparo do solo, calagem, fertilização, seleção de sementes, rotação de cultura, extinção de pragas e irrigação adequada para garantir safras plantadas, organizando a mecanização da lavoura e o transporte a granel da produção….
7- Selecionar àreas de plantação de café, soja, algodão, milho, cacau, trigo, cana-de-açucar, arroz e outros produtos agrícolas, a fim de evitar desperdício de tempo e despesas nos respectivos plantios.
8- Determinar às Caixas Econômicas Federais para financiar equipamentos agrícolas destinados à produção.
9- Reduzir os juros e fazer financiamentos a longo prazo à agricultura e à industria, propiciando a criação de novas empresas , e evitar a properidade exagerada da indústria do dinheiro, acompanhando de perto as companhias de investimento para não abusarem dos juros cobrados num ramo de negócio tão necessário ao desenvolvimento nacional.
10- Controlar a importação dos produtos dispensáveis.
11- Valorizar as empresas brasileiras nas obras governamentais, não permitindo a concorrência desleal de firmas estrangeiras.
12- Administrar de forma que as rendas básicas da nação sejam realizadas com a produção de artigos que não tenham grande consumo desnecessários, prejudicando a poupança nacional.
13- Controlar os preços de venda dos fertilizantes e também a propaganda excessiva dos mesmo em todo país.
14- Proibir que firmas estrangeiras ou brasileiras tenham postos privativos.
15- Examinar cuidadosamente a situação das patentes, royalties e assitência técnica em vigor a fim de evitar a saída desnecessárias de divisas.
16- Combinar com os governos estaduais e municipais determinando rever favores dados a grupos industriais que muito prejudicam o Estado e o Muncipio, especialmente o do ICM.
17- Evitar com firmeza a desnacionalização do país.
18- Não permitir que o governo federal nem os Estaduais façam emprestimos no exterior a prazo curto e para fins não rentáveis.
19- Não permitir ao facilitar a implantação de indústrias ociosas no pais.
20- Desenvolver o transporte marítimo , ferroviário e lacustre por serem os mais baratos e que tem capacidade para transportar maiores volumes.
21- Desenvolver o transporte a granel e também aparelhar para embarque e desembarque de cofres de carga , evitando o grande prejuízo com a perda de sacaria.
22- Orientar de forma que os salários sejam aumentados sempre um pouco acima dos índices do custo de vida, para que o trabalhador possa fazer uma pequena poupança, sendo absolutamente necessário que, concomitantemente, dêem-se condições para que haja eficiência e aumento da rentabilidade no trabalho , para evitar a inflação.
23- Intensificar a pesquisa mineral e cintefica, orientando convenientemente os órgãos especializados.
24- Evitar a criação de monopólios, pois qualquer ramo industrial ou comercial que esteja em mãos de um só ou de grupos interligados- notadamente estrangeiros- não poderá correponder as urgentes necessidades nacionais.
25- Procurar desenvolver a Amazônia, integrando o nordestino nas regiões onde haja trabalho, dando-lhe condições adewquadas de vida.
26- Fiscalizar severamente as autarquias e órgãos governamentais a fim de evitar o excesso de pessoal e ociosidade.
27-Dialogar com todos aqueles que trabalham para o bem do país.
28- Evitar que politicos façam suas campanhas a custa de favores dados por organizações ou grupo comerciais e industriais.
29- Evitar candidatura a qualquer cargo de politicos inescrupulosos que tenham se enriquecido ilicitamente e a nenhum cidadão que receba favores do Governo.
30-Controlar e punir as especulações de títulos nas bolsas de valores e regular o mercado paralelo, evitando a instituição de meios ílicitos, como cheques pré-datados e muitas outras formas de abuso.
31- Dar todo apoio e recursos à PETROBRÁS , mesmo se for estabelecendo algumas leis concedendo empréstimos das companhias particulares para desenvolvimento dessa magnífica e necessária empresa estatal.
32- Desenvolver , de acordo com o novo program do MME, a pesquisa do carvão nacional nas principais regiões carboníferas , pois, recentemente, há um grande melhoramento na técnica do uso de carvão, inclusive da redução do consumo de coque na siderurgia e também no seu uso na fabricação de muitos produtos químicos.
33- Proibir aos governos federal, estadual e municipais , a propaganda exagerada das obras realizadas por ser desnecessária e dar margem a justas críticas.
34- Melhorar as condições de vida do trabalhador rural …. apoio do Banco Nacional de Habitação, que deve contar com os recursos necessários para financimento de moradias na zona rural e não sómente nas cidade.
35- Trazer a paz à família brasileira.
Há 60 anos a morte de Getúlio Vargas.
A carta-testamento do Presidente Getúlio Vargas
Documento histórico.
Getúlio Vargas é, até os dias atuais, um presidente “bem avaliado”, como afirmam os institutos de pesquisa. Comandou uma revolução, em 1930, que derrubou a velha República e realizou grandes mudanças no país. Por dois períodos (um como ditador, outro como presidente eleito) enfrentou grande inimigos, produziu reformas que mudaram o Brasil. Criou a CLT – até hoje o código que regula o trabalho; implantou a Justiça Eleitoral ( embora governasse ditatorialmente) ; criou as base para o progresso industrial do país com a fundação da Petrobrás, Companhia Siderúrgica Nacional; Vale o Rio Doce; Cia de Energias Elétricas etc. É um marco no Brasil como Roosevelt é nos Estados Unidos. De forma correta colocou ( na Segunda guerra) o Brasil ao lado dos Estados Unidos, embora tivesse grande pressão interna de apoiadores do Eixo. Seu suicídio parou o país. E marcou tudo o que veio em seguida até os dia atuais. A carta que ele deixou é um documento da maior importância da história do Brasil.
VERSÃO MANUSCRITA:
“Deixo à sanha dos meus inimigos, o legado da minha morte. Levo o pesar de não ter podido fazer, por este bom e generoso povo brasileiro e principalmente pelos mais necessitados, todo o bem que pretendia. A mentira, a calúnia, as mais torpes invencionices foram geradas pela malignidade de rancorosos e gratuitos inimigos numa publicidade dirigida, sistemática e escandalosa.
Acrescente-se a fraqueza de amigos que não defenderam nas posições que ocupavam à felonia de hipócritas e traidores a quem beneficiei com honras e mercês, à insensibilidade moral de sicários que entreguei à Justiça, contribuindo todos para criar um falso ambiente na opinião pública do país contra a minha pessoa.
Se a simples renúncia ao posto a que fui levado pelo sufrágio do povo me permitisse viver esquecido e tranqüilo no chão da pátria, de bom grado renunciaria.
Mas tal renúncia daria apenas ensejo para, com mais fúria, perseguirem-me e humilharem-me.
Querem destruir-me a qualquer preço. Tornei-me perigoso aos poderosos do dia e às castas privilegiadas.
Velho e cansado, preferi ir prestar contas ao Senhor, não dos crimes que não cometi, mas de poderosos interesses que contrariei, ora porque se opunham aos próprios interesses nacionais, ora porque exploravam, impiedosamente, aos pobres e aos humildes.
Só Deus sabe das minhas amarguras e sofrimentos.
Que o sangue dum inocente sirva para aplacar a ira dos fariseus.
Agradeço aos que de perto ou de longe me trouxeram o conforto de sua amizade.
A resposta do povo virá mais tarde…”
CARTA DATILOGRAFADA:
“Mais uma vez as forças e os interesses contra o povo coordenaram-se e se desencadeiam sobre mim. Não me acusam, insultam; não me combatem, caluniam; e não me dão o direito de defesa. Precisam sufocar a minha voz e impedir a minha ação, para que eu não continue a defender, como sempre defendi, o povo e principalmente os humildes.
Sigo o destino que me é imposto. Depois de decênios de domínio e espoliação dos grupos econômicos e financeiros internacionais, fi z-me chefe de uma revolução e venci.
Iniciei o trabalho de libertação e instaurei o regime de liberdade social. Tive de renunciar. Voltei ao governo nos braços do povo.
A campanha subterrânea dos grupos internacionais aliou-se à dos grupos nacionais revoltados contra o regime de garantia do trabalho. A lei de lucros extraordinários foi detida no Congresso. Contra a Justiça da revisão do salário mínimo se desencadearam os ódios.
Quis criar a liberdade nacional na potencialização das nossas riquezas através da Petrobras, mal começa esta a funcionar a onda de agitação se avoluma. A Eletrobrás foi obstaculada até o desespero. Não querem que o povo seja independente.
Assumi o governo dentro da espiral inflacionária que destruía os valores do trabalho. Os lucros das empresas estrangeiras alcançavam até 500% ao ano. Nas declarações de valores do que importávamos existiam fraudes constatadas de mais de 100 milhões de dólares por ano. Veio a crise do café, valorizou-se nosso principal produto. Tentamos defender seu preço e a resposta foi uma violenta pressão sobre a nossa economia a ponto de sermos obrigados a ceder.
Tenho lutado mês a mês, dia a dia, hora a hora, resistindo a uma pressão constante, incessante, tudo suportando em silêncio, tudo esquecendo e renunciando a mim mesmo, para defender o povo que agora se queda desamparado. Nada mais vos posso dar a não ser o meu sangue. Se as aves de rapina querem o sangue de alguém, querem continuar sugando o povo brasileiro, eu ofereço em holocausto a minha vida.
Escolho este meio de estar sempre convosco. Quando vos humilharem, sentireis minha alma sofrendo ao vosso lado. Quando a fome bater à vossa porta, sentireis em vosso peito a energia para a luta por vós e vossos filhos.
Quando vos vilipendiarem, sentireis no meu pensamento a força para a reação.
Meu sacrifício vos manterá unidos e meu nome será a vossa bandeira de luta. Cada gota de meu sangue será uma chama imortal na vossa consciência e manterá a vibração sagrada para a resistência. Ao ódio respondo com perdão. E aos que pensam que me derrotam respondo com a minha vitória. Era escravo do povo e hoje me liberto para a vida eterna. Mas esse povo, de quem fui escravo, não mais será escravo de ninguém.
Meu sacrifício ficará para sempre em sua alma e meu sangue terá o preço do seu resgate.
Lutei contra a espoliação do Brasil. Lutei contra a espoliação do povo. Tenho lutado de peito aberto. O ódio, as infâmias, a calúnia não abateram meu ânimo. Eu vos dei a minha vida. Agora ofereço a minha morte. Nada receio. Serenamente dou o primeiro passo no caminho da eternidade e saio da vida para entrar na história
Faleceu o conselheiro Antônio Ermírio de Moraes
Faleceu, em São Paulo, na última noite, o conselheiro do Corinthians Dr. Antônio Ermirio de Moraes. Era dos mais antigos conselheiros vitalício do clube e prestou grande colaboração a nossa agremiação.
Seguindo os passos de seu pai, Senador José Ermírio de Morais e de sua mãe, D. Helena, sempre apoiou o Corinthians. Com seu irmão, José Ermírio de Morais, ajudou nas mais importantes obras do Timão. O parque aquático do clube foi construido com doação de cimento de suas fábricas. Igualmente outros prédios edificados nas últimas décadas sempre receberam apoio da familia .
Seus pais ( Senador José Ermírio e sua mãe D. Helena) foram homenageados pelo clube com bustos e agradecimento público dos corinthianos. Também seu irmão -José- foi eternizado com busto colocado na entrada do Corinthians.
Agradecido, apresentamos à família nosso votos de pesar pelo falecimento.
Tropeço no Sul
Barcos marca dois e Grêmio derrota o Corinthians em casa
VÍTOR MARQUES – O ESTADO DE S. PAULO
Depois de um primeiro tempo fraco, gols de argentino dão vitória aos gaúchos; Guerrero, que foi expulso, marcou tento dos paulistas
Duas lições podem ser tiradas dessa derrota. Uma positiva. O Corinthians não jogou mal, apesar de erros de marcação nos gols de Barcos. Mano já havia voltado para casa com um ponto ou até com vitória com sua equipe jogando mal. A outra constatação. A defesa repetiu problemas de posicionamento, como havia acontecido contra o Goiás. Os dois gols de Barcos nasceram em jogada em cima do lado direito da defesa. Erros como esse não têm relação com a saída de Cleber.
No domingo, o Corinthians iniciou o jogo com duas mudanças em relação ao último jogo, a goleada sobre o Goiás por 5 a 2. Uma delas já esperada: a troca de Romero por Luciano, em alta pelos três gols marcados na quinta-feira.
Na prática, do ponto de vista ofensivo, a alteração não surtiu efeito. Luciano poderia ter mais presença de área. Quem deveria estar enfiado no meio dos zagueiros, Guerrero, jogou deslocado na ponta esquerda. O time perdeu um centroavante. A entrada de Luciano é boa para Jadson, que joga na faixa central. O que aconteceu de melhor foi a escolha de Lodeiro como titular. Canhoto, foi bem pelo lado esquerdo e tornou o time mais ofensivo e rápido.
O primeiro tempo foi disputado. O Corinthians teve o controle do jogo e das ações. Atacou mais, ainda que com pouca objetividade. O Grêmio, bem ao estilo Felipão, marcou muito bem o setor de meio de campo, obrigando Lodeiro, Jadson e Elias a trocarem passos curtos. O Corinthians só chegou ao ataque em condição de marcar o primeiro gol uma única vez, aos 44 minutos, quando Elias apareceu como elemento surpresa. Ele só não teve força suficiente para bater bem na bola.
Após a pane no início do segundo tempo, Mano refez o Corinthians. Sacou Lodeiro e colocou Romero. O time ficou com três atacantes e melhorou. Mais que isso: os jogadores não desmoronaram após os dois gols relâmpagos de Barcos e souberam voltar para o jogo.
Tão logo Guerrero diminuiu, aos 16, o Corinthians manteve o time no ataque viu o empate como algo palpável. O Grêmio, contudo, não recuou. E atacou com perigo com Dudu, passou a investir no contra-ataque e poderia até ter feito os 3 a 1. Pelo Brasileiro, o Corinthians recebe o Fluminense, domingo, no Itaquerão. Antes, na quarta-feira, o time viaja a Cuiabá para jogar contra o Bragantino pela Copa do Brasil.
FICHA TÉCNICA:
GRÊMIO 2 X 1 CORINTHIANS
GRÊMIO – Marcelo Grohe; Matías Rodríguez, Werley, Rhodolfo e Zé Roberto; Ramiro, Felipe Bastos, Luan (Matheus Biteco) e Giuliano (Alan Ruiz); Dudu e Barcos (Walace). Técnico: Luiz Felipe Scolari.
CORINTHIANS – Cássio; Fagner, Gil, Anderson Martins e Fábio Santos (Uendel); Ralf, Elias, Lodeiro (Romero) e Jadson; Luciano (Romarinho) e Guerrero. Técnico: Mano Menezes.
GOL – Barcos, aos 20 segundos e aos quatro minutos, e Guerrero, aos 16 minutos do segundo tempo.
ÁRBITRO – Héber Roberto Lopes (SC).
CARTÕES AMARELOS – Anderson Martins, Lodeiro, Elias (Corinthians); Rhodolfo, Matheus Biteco (Grêmio).
CARTÃO VERMELHO – Guerrero (Corinthians).
RENDA – R$ 1.413.807,00.
PÚBLICO – 32.294 pagantes (34.335 presentes).
LOCAL – Arena do Grêmio, em Porto Alegre (RS).
Atuações, por Vitor Marques
Cássio: “vendido” nos dois gols;
Fagner: Defesivamente , um fiasco;
Gil: Falhou no primeiro bote no lance do segundo gol de Barcos;
Anderson Martins: Perdeu o confronto com Barcos;
Fábio Santos: Perdido na marcação;
Uendel: Presente no apoio;
Ralf: Tambem esteve desatento;
Lodeiro: Bom trabalho pelo lado esquerdo;
Romero: Matou um contra-ataque com um erro bobo de passe;
Jadson: Vem caindo de produção;
Luiciano: Fez três gols contra o Goiás, mas decepcionou como titular;
Romarinho: Pouco melhorou o time;
Guerrero: É centroavante ou um ponta?
Mano Menezes: Repete um problema: quando o time ataca mais, sofre na defesa.
www.estadao.com.br
Opinião de Paulo André
Juca Kfouri
Em “O Globo” de hoje:
POR PAULO ANDRÉ*
Os clubes precisam controlar seus déficits, limitar seus custos, pagar em dia seus contratos de trabalho, parar de antecipar receitas e padronizar seus balanços
‘Os problemas costumam surgir depois, e não antes, da lei”, foram as palavras usadas pela presidente Dilma Rousseff em reunião com o Bom Senso, quando ela se referia justamente à inexistência de amarras necessárias para que a Lei de Responsabilidade Fiscal do Esporte (LRFE) funcione devidamente. Pelo mesmo motivo, os atletas defendem mudanças na LRFE e têm se colocado veementemente contra sua aprovação “às pressas”, como querem alguns dirigentes de clubes de futebol.
Aqueles que a defendem costumam dizer que a lei está redonda, que “tudo está lá”, que muitas das sugestões propostas pelo Bom Senso já foram incorporadas à LRFE. Mas, no fundo, a proposta atual exige, em contrapartida ao parcelamento da dívida dos clubes, apenas a apresentação de Certidão Negativa de Débito (CND), uma vez por ano, como garantia “inquestionável” de uma gestão transparente no futebol. Ademais, cita o pagamento dos contratos, o equilíbrio econômico-financeiro e outros termos que costumam qualificar os mais “bem-intencionados” projetos de lei. Porém, o fato de inserir estes itens (não detectados pela CND) e não definir quem os fiscalizará e quais serão as punições em caso de infração é o que torna sua redação insuficiente.
Quantos são os clubes, por exemplo, que recebem patrocínio da Caixa — empresa pública que exige a CND — e nem por isso estão em dia com as suas dívidas fiscais e trabalhistas?
Não temos dúvida de que a lei, se aprovada, será mais uma incapaz de solucionar o problema para o qual ela foi criada, a não ser que a intenção seja apenas beneficiar os dirigentes, livrando-os de possíveis ações civis e criminais — apropriação indébita — e liberando verba (retida pela Receita) para que a gastança e a impunidade continuem sem controle.
Reitero, a proposta atual age sobre os sintomas (as dívidas fiscais) e se esquece da causa (a má gestão), ou seja, em breve a doença retornará, pois o que levou os clubes ao estado em que se encontram é a inexistência de critérios rigorosos de fiscalização e punição.
Diferentemente do que têm declarado na mídia alguns dirigentes, as mudanças que queremos na LRFE não tratam, sob hipótese alguma, de abrandar as punições aos clubes. O Bom Senso defende, sim, o rebaixamento em caso de não apresentação da CND. Porém, acreditamos e defendemos mais tipos (além da CND) e maior frequência de fiscalização e de punição (aviso, proibição do registro de jogadores, rebaixamento).
Para que esse controle seja eficiente, é necessária a criação de um órgão de fiscalização independente que faça um acompanhamento contínuo dessas gestões. Em outros termos, os clubes precisam controlar seus déficits, limitar seus custos, pagar em dia seus contratos de trabalho, parar de antecipar receitas e padronizar seus balanços, sob a supervisão atenta desse órgão que aplicará medidas disciplinares aos infratores.
A LRFE é a oportunidade que temos de exigir contrapartidas importantes e proporcionar aos clubes um padrão de gestão financeira capaz de resgatar o futebol brasileiro, não apenas sanar suas dívidas.
*Paulo André é jogador de futebol e integrante do Bom Senso F. C.
www.blogdojuca.uol.com.br
Entrevista
Série Mudanças no Futebol: “A CBF fecha os olhos”
Jornal GGN – Das heranças da Copa do Mundo no Brasil, a que se espera manter sob os holofotes, mesmo após um mês do fim do Mundial, é a necessidade de mudança. Essa foi a conclusão de uma série de entrevistas que o GGN realizou, após o desastre no placar, que se tornou o alerta para buracos ainda maiores. Entretanto, para cada especialista, uma resposta.
A fim de questionar os principais pontos – onde está o problema do futebol brasileiro? Por que perdeu a sua competitividade? Qual é o cenário da base, dos clubes, da Confederação, dos empresários, e como isso tudo reflete na competição e na lucratividade? Como melhorar? – conversamos com Roque Citadini, ex-dirigente do Corinthians e conselheiro vitalício do clube. Hoje, é presidente do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo.
Acompanhe a entrevista:
GGN: A lei Pelé está atualizada?
Roque Citadini: Não, eu acho que a Lei Pelé foi um avanço, mas precisa ter mudança, até pelo tempo dela. Mas a principal crítica que se faz à Lei Pelé é totalmente improcedente. É de que ela acabou com as categorias de base dos clubes. Não é verdade. E que acabou com a Lei do Passe, o passe do jogador.
Na verdade, quem acabou com o passe foi a comunidade econômica europeia, que forçou a Fifa a aceitar, para os contratos de futebol que, terminado o contrato, o jogador é livre. Então, não foi a Lei Pelé que, segundo dizem os grupos mais conservadores, retrógrados, prejudicou o futebol brasileiro. Não é verdade.
A Lei Pelé apenas aceitou que não dá para existir mais o passe. Qual é o vínculo entre um jogador e o clube: o contrato. Que tem cláusulas, obrigações, salário, tudo e tem, a hora que o contrato acaba, acaba o contrato.
GGN: E os avanços que a Lei Pelé trouxe?
Roque Citadini: Ela teve alguns avanços, mas, hoje em dia, estamos precisando mudar o futebol.
O primeiro detalhe para mudar é o seguinte: é preciso ter uma lei de responsabilidade de gestão dos clubes. O que significa isso? Os clubes no Brasil não são empresas, eles são ligados a clubes sociais. E, historicamente, eles tiveram este vínculo com os clubes sociais que dá uma certa irresponsabilidade no gestor.
Quer dizer, você contrata jogador sem ter dinheiro, promete pagar salário sem ter dinheiro, e isso implica em duas coisas: primeiro, não pagar, aumentar a dívida; segundo, começar a não pagar imposto de renda e não pagar fundo de garantia. Então, é preciso estabelecer uma lei de responsabilidade na gestão, de forma que os clubes, como ocorre na Alemanha, tenham um orçamento equilibrado.
A segunda necessidade é criar uma agência do futebol que passe a fiscalizar os clubes, de forma que tenha que publicar balanço, auditar as contas, ter conta equilibrada. E quem não tiver isso, não participa das disputas.
Conquanto eu seja muito crítico a muitas agências, por exemplo, hoje as agências, boa parte, estão dominadas por quem elas deveriam fiscalizar. Então, eu não estou dizendo que as agências sejam a melhor coisa, mas é preciso ter um órgão público. Tem que ser público, porque se for dos clubes não funciona, que se faça como faz na Alemanha.
Na Alemanha isso funciona bem. O clube que não tiver equilíbrio orçamentário não disputa o campeonato. Por exemplo, na Espanha, tem a mesma legislação, mas na Espanha não funciona, os clubes chegam no final do ano, gastam mais do que podem, não têm dinheiro e a agência acaba não fazendo nada. Então precisa, isso é muito importante.
Outro detalhe, o governo já ajuda os clubes. Não é verdade que o governo não ajuda. Todos os clubes estão construindo centro de treinamento com dinheiro de gestão fiscal, parecido com a Lei Rouanet. Só que o governo comete um erro: ao abrir mão de um imposto, ele não cobra nada, e ele deveria cobrar. Quer dizer, cobrar uma contrapartida, não é o dinheiro, é cobrar uma responsabilidade e cobrar, por exemplo, o clube que recebe dinheiro para construir um centro de treinamento tem que ter categorias de base e de jogadores que joguem no Brasil. Porque as categorias de base no Brasil acabaram sendo tomadas por empresários que querem pegar o menino de 12, 13, 14 anos e levar para a Europa. Aí acontece o que está acontecendo, nós temos nenhuma identidade nacional.
Agora, como o governo já está dando dinheiro para construir centro de treinamento e para parcelar dívida – tudo isso é dinheiro do governo –, tem que se cobrar uma política de formação de jogadores.
Quarta coisa, há uma ideia falsa de que a Fifa não aceita que o Estado regulamente o futebol e não é verdade. Todos os países têm lei que regulamenta. Em uma mudança da lei Pelé, duas coisas são essenciais: acabar com a reeleição e mudar os eleitores, tanto da Federação quanto da CBF, quem deve eleger o presidente da CBF são os clubes da primeira e segunda divisão, como é no mundo inteiro. Então, quem vai votar é o Corinthians, o Flamengo, o São Paulo, etc. Os clubes que disputam as divisões superiores. As Federações, também a mesma coisa.
Agora, não há nenhum problema se o governo fizer uma lei acabando com a reeleição e se tiver uma lei estabelecendo que quem vota são os clubes e não as Federações.
A história de que a Fifa não aceita é tudo bobagem. O que a Fifa não aceita é quando você muda o resultado do jogo. Por exemplo, o time perdeu de 2×1, o juiz decide que o time ganhou porque ele anula um gol, ele não pode anular um gol. A Fifa não quer interferência naquele espaço, não é na gestão do futebol. E, aliás, pelo contrário, todos os países têm uma entidade eleita na forma como o governo estabelece.
GGN: O Romário tem feito algumas tentativas de circulação de mandatos nas Federações e CBF, por meio de uma regulamentação, sob pena de impedir a drenagem desses recursos para a Federação, o senhor concorda com uma medida como essa?
Roque Citadini: Eu concordo. Só alterando a Lei Pelé, estabelecendo que quem vota nas eleições para entidade superior do futebol são os clubes. Pronto, não tem problema nenhum. Estou de acordo. E também concordo com o que ele propõe que, para aqueles clubes que não tiverem uma execução orçamentária adequada, eles fiquem sem dinheiro público.
GGN: Hoje, quais seriam as medidas para evitar o êxodo dos talentos, de craques brasileiros para o exterior?
Roque Citadini: Aí é o seguinte, a Fifa determina uma norma que os jogadores têm que ser dos clubes, o que quer dizer o seguinte, o menino que joga na categoria de base do Corinthians é do Corinthians. Não é de uma empresa ou do empresário. Infelizmente, a CBF aqui não aplica essa norma, que a Fifa aplica. A Fifa não respeita jogador quando ele não é do clube e aqui a CBF fecha os olhos.
GGN: Não conflitaria com a questão antiga do passe?
Roque Citadini: Não, porque acontece o seguinte: você é do clube, você só pode é ter contrato com o clube. A hora que vencer o contrato, você está livre. Mas ele pode ir para outro clube. Ele não pode ficar livre para um empresário, para uma empresa, como essas, Sonda, Pão de Açúcar.
GGN: Como equilibrar liberdade de contratação com responsabilidade do estado de zelar pelo futebol?
Roque Citadini: A liberdade do jogador eu acho que tem que ser mantida, ele pode procurar o clube que ele quer. Agora, ele deve respeitar os contratos que ele assina. Esse é um problema no Brasil, porque aqui você entra na Justiça do trabalho e quebra o contrato com a maior facilidade. Na Europa, você não quebra. Na Europa, você não vai na Justiça e quebra um contrato que você fez com um clube, por uma pendenga qualquerzinha. Então, a primeira coisa é tornar que os contratos não se quebrem. Aqui, a Justiça dá uma medida cautelar e libera o jogador na hora. E aí o jogador vai para o outro time que vai pagar mais, e isso precisa acabar. O contrato precisa ter liberdade para fazer e responsabilidade para cumprir.
GGN: Até que ponto o controle do futebol deve ficar nas mãos de clubes e empresários ou na mão do Estado? Qual é o limite de um e outro?
Roque Citadini: O limite é o seguinte: eu acho que há espaço muito claro. Se você deixar o Estado fora, totalmente fora, o negócio não vai. Se o Estado quiser administrar o futebol também não vale. Há um espaço de normatividade que o Estado tem que ter na organização e há um espaço onde os clubes têm na sua gestão e no seu trabalho.
Veja só, das grandes mudanças que o futebol brasileiro teve, apenas duas, só duas saíram da CBF. É o campeonato por ponto corrido e é o de 1958, a CBF entregou, praticamente terceirizou, para um grupo aqui em São Paulo organizar a Copa de 58. Não tem mais nenhum momento em que a CBF tenha feito alguma medida no sentido do avanço das normas do futebol. Deixar para a CBF é não mudar nada.
GGN: O problema das categorias de base, dos calendários de jogos, como avalia?
Roque Citadini: Eu acho que o Estado está dando dinheiro e deve cobrar que os clubes tenham categoria de base, que sejam dos clubes, e que revele os jogadores.
Os calendários dos jogos é o seguinte, a história de que devemos adotar o calendário europeu é falsa. Porque acontece o seguinte, o calendário de um país é determinado pelas estações do tempo, no verão você tem férias, no outono, inverno e primavera, você trabalha. A ideia de que nós vamos trabalhar no verão e ter férias no inverno é uma coisa maluca. Nós somos Hemisfério Sul, não somos Hemisfério Norte. O país perde até identidade. Falar que vamos jogar na véspera do Natal e no dia 2 de janeiro? Não tem nem pé nem cabeça adotar calendário europeu.
GGN: E de coincidir campeonatos, de alguns clubes jogarem mais que os outros?
Roque Citadini: Aí é o seguinte, você tem duas séries do campeonato, que é a série A e a série B, que não têm problema. Os problemas são os clubes menores. Como é que esses países resolvem esses clubes menores? Aí entra o Estado.
Na maior parte dos países, as categorias menores, a terceira série, quarta série, são televisionadas por TV estatal, porque começa a possibilitar os clubes de ter receita. Por exemplo, a série C no Brasil poderia ser televisionada pelas redes de televisão estatal. A televisão é fundamental hoje. Se você colocar a televisão para transmitir, a terceira série passa a ser interessante para o mercado, para todo mundo.
Por exemplo, tem uma série aqui do Campeonato Paulista que era transmitida pela Rede Vida, que é uma televisão católica. A hora que a Rede Vida começou a televisionar, começou a aparecer todo o tipo de interesse. Econômico, de anunciante, de anunciar na camisa. Então, as categorias menores têm que receber auxílio. Elas têm que receber dois tipos: o primeiro, auxílio das entidades maiores, da CBF, dos clubes maiores; e o segundo, do governo que ajuda a viabilizar a televisão nessas áreas.
GGN: As iniciativas de mudança devem partir de quem?
Roque Citadini: Do governo. Se não partir do governo, não anda. Agora eu vou falar uma coisa para você, que pode colocar que eu não vou esconder: as esperanças de mudanças são poucas. Porque os dois grupos hegemônicos na política brasileira, o PT e o PSDB, têm entre seus quadros pessoas que não querem mudar nada na área do futebol. Esta é uma realidade.
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Viva ! A Fifa também acerta.
Fifa nega recurso e Barcelona é impedido de contratar até 2016
JAMIL CHADE – O ESTADO DE S. PAULO
Espanhóis foram punidos por comprar jogadores estrangeiros menores de idade para atuar pelo clube
Fifa rejeita um recurso apresentado pelo Barcelona e o clube fica proibido de fazer novas contratações até 2016, além de ser multado em R$ 1 milhão pela contratação ilegal de jogadores estrangeiros menores de idade para atuar pelo clube.
A decisão da Fifa, porém, veio em um momento conveniente e só ao final do período de contratações da janela europeia. Isso permitiu que o clube se reforçasse com dez integrantes: Alen Halilovic (Dinamo de Zagreb), Thomas Vermaelen (Arsenal), Rafinha (Celta), Gerard Deulofeu (Everton), Ter Stegen (Borussia Mönchengladbach), Ivan Rakitic (Sevilla), Claudio Bravo (Real Sociedad), Luis Suárez (Liverpool) e Jeremy Mathieu (Valencia). Nos casos de Rafinha e de Deulofeu, trata-se de um retorno de jogadores que haviam apenas sido emprestados a outros clubes. Além dos atletas, o clube também contratou o novo treinador, Luis Enrique.
A medida reabre a polêmica em relação à compra de menores pelos grandes clubes e pode ter um impacto direto em dezenas de brasileiros. Segundo o Estadoapurou, mais de cem garotos brasileiros estão hoje na Europa trazidos pelos poderosos times do continente.
A Fifa não aponta quais foram os menores contratados e que violaram as regras no Barcelona. Mas alerta que as transferências ocorreram desde 2009 e parte das multas também foi aplicada sobre a Federação Espanhola de Futebol justamente por ter autorizado o registro desses jovens jogadores.
O Barcelona insiste em declarar seu orgulho diante da escolinha que criou e que fez surgir craques como Lionel Messi, Iniesta e Xavi. Mas, agora, é o próprio princípio que é questionado e a reputação da La Masia colocada em xeque.
A pena imposta pela Fifa contra o Barcelona é de 450 mil francos suíços, enquanto a Federação foi sancionada em 500 mil francos. No total, dez menores entre 2009 e 2013 foram contratados de forma ilegal.
O Barcelona tentou reverter a decisão original nesta semana, apresentando um recurso. Mas, nesta quarta-feira, a Fifa anunciou que rejeitava o apelo.
Em 2013, a Fifa ja havia bloqueado a contratação de seis menores estrangeiros pelo Barça. A decisão foi tomada depois que denúncias anônimas chegaram até a entidade. Naquele momento, o Barça justificou que foram as federações estrangeiras que pediram para seus craques-mirins serem treinados na La Masia.
Para que autorize a venda de um menor de 18 anos de um país para outro, a Fifa exige que pelo menos uma das seguintes condições seja atendida: que a família tenha se mudado do país, que a transferência ocorra entre países da UE com atletas de mais de 16 anos, que o novo clube fique a no máximo 50 quilômetros da fronteira ou que o menor esteja vivendo no novo país por mais de cinco anos antes de ser contratado. Nessas condições, a Fifa registrou 13 mil transferências de jovens no mundo apenas em 2011.
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350 mil !!!
Corinthians vai propor salário limitado e quer fechar com Nilmar até sexta
Portas abertas
O Corinthians tentará fechar a contratação de Nilmar nesta semana. O clube aguarda um contato de Orlando da Hora, agente do atacante, até sexta-feira (22) para formalizar uma proposta de repatriação. A diretoria alvinegra, no entanto, já sinalizou ao representante de Nilmar que não vai bancar salários fora do padrões brasileiros para concretizar o acordo. A ideia corintiana é pagar até R$ 350 mil mensais ao jogador.
Tá na mão. Caso seja confirmada, a contratação de Nilmar vai atender a mais um pedido de Mano Menezes. O técnico quer um bom atacante para que o time não sofra com as convocações de Guerrero e Romero para suas seleções nacionais –do Peru e do Paraguai, respectivamente.
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Ajoelhados e de pires na mão
Chega a ser constrangedora, para dizer o mínimo, a corrida dos clubes procurando diálogo com o Bom Senso Futebol Clube, para resolver os problemas fiscais dos clubes brasileiros.
Como sabemos, está no Congresso um projeto de lei que permite a solução da grave crise financeiras dos nossos clube. Parcelamento, redução de dívida e perdão de multa etc é o caminho encontrado pelos dirigentes para tirar os clubes do caos.
A “corrida” ao BSFC deve-se a um fato só: a eleição próxima. O governo não quer aprovar um projeto contra os jogadores organizados desde o ano passado. Quer o Executivo federal um acordo entre todos. Inclusive entre os jogadores.
O desespero para encontrar a saída da grave crise leva a estas cenas grotescas: dirigentes de clubes reunindo-se com jogadores e fazendo apelos de todo tipo. Chegaram a aceitar uma auditoria externa aos clubes, o que garantiria a boa gestão dos recursos após o parcelamento.
A situação é péssima para os dirigentes e tranquila para o BSFC. O tempo ajuda as propostas dos jogadores e leva ao desespero os cartolas. Ajoelhados e pedindo ajuda.
Uma coisa é certa nesta situação: os clubes não aproveitaram o aumento de suas receitas, nos últimos anos, para colocar em dia suas finanças. Aumentaram os ganhos, mas aumentaram – mais ainda- suas despesas. E aí pararam de pagar Imposto de Renda, Contribuição Previdenciaria, depósitos do FGTS, IPTU e todo tipo de tributo. Contavam que o governo faria uma lei para salvá-los, novamente. Só esqueceram das eleições e tiveram o azar do surgimento do movimento de jogadores.
Para nós, do Corinthians, a situação é de perplexidade total. O clube anunciava, permanentemente, uma tranquila e equilibrada situação financeira. “Relatórios” e mais relatórios foram divulgados provando a invulgar situação sólida das finanças do clube. De um dia pra outro, o cube é dos que mais correm atrás dos jogadores para encontrar uma lei salvadora. Isso tudo quando a Justiça Federal processa quase todos os dirigentes por crimes fiscais e o Corinthians confessa uma débito de quase 200 milhões em impostos atrasados e retidos, bem como, um passivo trabalhista ainda não quantificado. E nada disso tem qualquer conexão com a construção do estádio que deverá ser pago nos próximos anos.
É uma situação vexatória dos clubes e principalmente dos dirigentes, humilhados em reuniões com jogadores.
Chuva, futebol ruim e empate pior ainda na bela Arena Corinthians.
Corinthians sofre gol e fica só no empate
BRASILEIRO
Time, que não havia sido vazada nas últimas quatro rodadas, empata por 1 a 1 com o Bahia em casa
DE SÃO PAULODepois de quatro rodadas seguidas sem sofrer gols no Brasileiro, o Corinthians teve sua defesa furada pelo Bahia e só empatou por 1 a 1, neste sábado (16), no Itaquerão.
O tropeço em casa pode custar ao time a terceira colocação no Brasileiro. Com 28 pontos, corre risco de ser ultrapassado neste domingo pelo Fluminense, que encara clássico contra o Botafogo.
O empate foi comemorado pelo Bahia, que teve a estreia do treinador Gilson Kleina, ex-comandante do Palmeiras, e conseguiu abandonar a zona de rebaixamento.
Esse foi o terceiro encontro entre os dois times em pouco mais de 20 dias. O Corinthians eliminou o Bahia da terceira fase da Copa do Brasil com uma vitória (3 a 0) e uma derrota (1 a 0).
O gol que derrubou a invencibilidade da defesa corintiana aconteceu aos 36 min do primeiro tempo.
O argentino Emanuel Biancucchi cobrou falta para o meio da área, e Kieza surgiu por trás de Cleber para cabecear sozinho para dentro.
A última vez que Cássio havia sido batido em um jogo do Brasileiro havia sido na primeira rodada disputada depois da pausa para a Copa do Mundo –vitória por 2 a 1 sobre o Inter, em 17 de julho.
Ponto forte da equipe desde os tempos em que era dirigida por Tite, a retaguarda do Corinthians havia passado ilesa por seus dois últimos clássicos (contra Palmeiras e Santos) e pelos confrontos com Vitória e Coritiba.
Curiosamente foi preciso um zagueiro ir ao ataque para o empate sair. Guerrero deixou a área, caiu na ponta direita e cruzou na segunda trave. Gil surgiu na velocidade, ganhou na força de um rival e cabeceou aos 43.
O gol foi o segundo consecutivo do Corinthians marcado pelo zagueiro, que já havia definido a vitória sobre o Santos, no domingo passado.
Jogadas como a do gol, com Guerrero se movimentando, aconteceram aos montes. Apesar de não ter balançado as redes, o centroavante teve boa atuação, criando e concluindo jogadas.
Duas cabeçadas do peruano quase viraram gols. Uma passou raspando a trave. Na outra, Marcelo Lomba teve de buscar a bola no ângulo.
Apesar de não estar vencendo, Mano Menezes aproveitou os 30 minutos finais para experimentar Renato Augusto na função de Petros.
O treinador considera que o volante deve receber uma suspensão nesta segunda (18), quando será julgado por empurrão no árbitro Raphael Claus, contra o Santos.
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