Índios ‘alugam’ terras para exploração ilegal de madeira

Índios da Amazônia têm loteado e “alugado” terras para madeireiros desmatarem e retirarem madeira de forma ilegal -e a preços módicos.

A Folha identificou casos em ao menos 15 áreas indígenas (no Amazonas, Pará, Maranhão, Mato Grosso e Rondônia), com base em investigações da Polícia Federal, Ministério Público e relatos de servidores da Funai (Fundação Nacional do Índio).

Nas transações, madeireiros pagam R$ 15 pelo m³ da madeira, depois revendida por preços na casa dos R$ 1.000, de acordo com a PF.

Além de pagamento em dinheiro, os índios também aceitam aparelhos eletrônicos, bebidas ou até mesmo prostitutas, conforme relatos de funcionários da Funai.

A madeira ganha aspecto de legalidade pelo uso de planos de manejo aprovados legalmente para outras áreas. Chega assim ao mercado.

Fora da Amazônia, a prática é menos comum, por haver menos madeira disponível com interesse comercial.

As terras indígenas representam 21,2% da Amazônia Legal. Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais apontam que o desmatamento ainda não chegou a grandes proporções nessas áreas -atingiu até agora 1,29%.

Além da madeira, também existem investigações sobre o envolvimento de índios na extração de minério.

SEM CONTROLE

Na terra indígena Anambé, em Moju, no Pará (a 266 km de Belém), relatório da Funai diz que os índios, após alugarem parte do território a madeireiros, acabaram perdendo o controle sobre a área.

O posto da fundação que ficava no local foi abandonado após um funcionário ter sido ameaçado por madeireiros. O local será reativado.

Uma das índias afirmou à Folha que a maioria dos índios era contra o loteamento. “A gente tenta mostrar que o desmatamento não é bom para nós. Mas mesmo assim tem muitos que vendem [a madeira]. Dinheiro vicia a pessoa”, disse Maria Anambé, 36.

Relatórios de fiscalização apontam que a madeira do local é levada para Tailândia, polo madeireiro do sudeste do Pará e que foi alvo, em 2008, da Operação Arco de Fogo, do Ibama e da PF.

Em Mato Grosso, a PF detectou o problema em 2007 no Parque Nacional do Xingu, uma das maiores áreas indígenas do mundo.

A Justiça Federal chegou a bloquear bens de madeireiros. A decisão dizia que os índios “não só foram aliciados para facilitar a ação […] como se tornaram agentes ativos e destacados na extração e comercialização de madeiras”.

Em Rondônia, o líder indígena Almir Suruí, da terra Sete de Setembro, diz que já informou a Funai sobre a conivência de moradores de algumas das 25 aldeias da área.

“Eles falam que não podem mandar fiscalização porque tem índio envolvido. Se tem, para mim é bandido como quaisquer outros. Além de roubar o próprio povo, rouba um bem da União.”

O Hotel Glória,  no Rio de Janeiro, de propriedade da REX, do empresário Eike Batista, não estará com seus 231 quartos em operação durante a Copa do Mundo 2014. A REX tomou  empréstimo de R$ 200 milhões do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Social) em agosto de 2010 para reformar o hotel. Os recursos são da linha ProCopa Turismo do banco estatal, que deveria financiar exclusivamente obras de interesse para a Copa do Mundo.

Uma fonte do governo federal ouvida pelo UOL Esporte, porém, afirmou que o hotel, que se encontra fechado, não terá sido reinaugurado até o início do Mundial, em 12 de junho de 2014. Procurada pela reportagem, a REX não confirmou nem desmentiu a informação. Por meio de sua assessoria de imprensa, a empresa afirmou tratar-se de “assunto estratégico”.

Quando tomou o financiamento estatal, em 2010, a empresa de Eike estimava ser capaz de concluir a reforma até o final de 2011. O hotel fora adquirido pelo empresário em 2008. Durante o ano de 2011, porém, a obra ficou parada por mais de dois meses. A REX, então, passou a anunciar que a obra seria concluída no primeiro semestre de 2013, ainda a tempo de o hotel estar funcionando durante a Copa das Confederações, em junho de 2013.

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Zizao: novamente perto da Fiel nesta quarta, contra
a Ponte Preta, no Pacaembu (Foto: Diego Ribeiro)

Corinthians e Ponte Preta possuem história repleta de bons duelos em campeonatos estaduais, mas o duelo desta quarta-feira, às 17h (horário de Brasília), no Pacaembu, não terá caráter tão decisivo. Além de valer pela segunda rodada do Campeonato Paulista, o jogo vai contar um Timão repleto de jogadores reservas – destaque para o chinês Zizao. É o primeiro jogo do Corinthians em casa desde a conquista do Mundial de Clubes, em dezembro.

O duelo também coloca o Timão diante da equipe que o eliminou do Paulistão do ano passado, após uma vitória da Ponte dentro do próprio Pacaembu. Agora, o momento é bem diferente, com o Corinthians acumulando os títulos mundial e da Taça Libertadores.

O reencontro do time com a torcida alvinegra não deve ter um Pacaembu tão cheio. Até a noite de terça-feira, quase 13 mil entradas foram vendidas, e a expectativa é de que as bilheterias fiquem movimentadas apenas horas antes da partida contra a Ponte. A Federação Paulista de Futebol (FPF) alterou o horário do jogo para evitar confrontos entre corintianos e são-paulinos, uma vez que o Tricolor enfrenta o Bolívar, pela Libertadores da América, às 22h, no Morumbi.

A partida contra o Corinthians dá início a uma semana importante para a Ponte Preta. Além da busca pela primeira vitória, depois de empatar sem gols com o Mogi Mirim, a Macaca terá na sequência o dérbi contra o Guarani. O clássico campineiro está marcado para sábado, quando a equipe já espera ter força máxima. Duas das principais contratações para 2013, o meia Ramírez e o atacante Alemão ainda não têm condição de jogo.

O árbitro de Timão e Ponte será Luiz Vanderlei Martinucho, auxiliado por Emerson Augusto de Carvalho e João Edilson de Andrade. O PFC transmite a partida para todo o Brasil, pelo sistema pay-per-view, enquanto o GLOBOESPORTE.COM relata todos os lances em Tempo Real a partir das 17h, com vídeos exclusivos.

Corinthians: seguindo o plano de revezamento de goleiros traçado pelo técnico Tite para o início da temporada, Julio Cesar foi substituído por Danilo Fernandes na meta alvinegra. Nenê Bonilha também deixou a equipe, dando lugar a Willian Arão. O zagueiro Gil, recém-contratado, teve a documentação regularizada e faz sua estreia. Os titulares do Timão, mais os reforços Alexandre Pato e Renato Augusto, entram em campo somente a partir da quarta rodada. A provável escalação desta quarta-feira é a seguinte: Danilo Fernandes, Edenílson, Felipe, Gil e Welder; Willian Arão e Guilherme Andrade; Giovanni, Guilherme e Zizao; Romarinho.

Ponte Preta: o BID foi determinante para a formação do time titular da Ponte para esta quarta. O técnico Guto Ferreira esperou até o último instante pela regularização do atacante Chiquinho e comemorou a oportunidade de utilizá-lo contra o Corinthians, justamente o ex-clube do jogador. Ele será o substituto de Rildo, vetado pelo departamento médico. É a única novidade em relação ao empate com o Mogi. A Ponte vai a campo com Edson Bastos; Artur, Cleber, Ferron e Uendel; Baraka, Bruno Silva, Cicinho e Wellington Bruno; Chiquinho e William.

Corinthians: os jogadores mais utilizados na temporada passada (considerados titulares) seguem aprimorando a parte física antes do retorno aos gramados. São eles: Cássio, Alessandro, Paulo André, Fábio Santos, Ralf, Paulinho, Danilo, Douglas, Emerson Sheik, Guerrero e Jorge Henrique. Alexandre Pato e Renato Augusto, reforços para 2013, engrossam o grupo. Exceção entre os titulares feita ao zagueiro Chicão, que será submetido a uma artroscopia no joelho esquerdo e terá de ficar um mês afastado.

Ponte Preta: Ramírez e Alemão estão fora por questões burocráticas. O primeiro não pode atuar por pertencer ao Corinthians (uma cláusula no contrato de empréstimo impede sua escalação contra o Timão). Alemão, por sua vez, ainda espera a regularização da documentação. O imbróglio está entre o Vicenza, da Itália, dono dos seus direitos federativos, e o Guaratinguetá, seu último clube. Além de Rildo, Diego Rosa, Rossi e Renan também estão vetados pelo departamento médico.

Corinthians: o zagueiro Gil será o primeiro entre os três contratados pelo clube para esta temporada a estrear. Ele estava no Valenciennes, da França, para onde foi após passagem pelo Cruzeiro. Com Chicão afastado por um mês, em recuperação, o jogador deve ganhar espaço no elenco e disputa, desde já, espaço para a estreia na Taça Libertadores da América, marcada para o dia 20 de fevereiro.

Ponte Preta: o zagueiro Cleber inicia a temporada com moral. Um dos remanescentes de 2012, ele chegou a despertar o interesse do Palmeiras, mas permaneceu no Majestoso e começou o ano com a braçadeira de capitão. Contra o Mogi Mirim, ele foi um dos destaques da Macaca, ganhando todas as divididas com o atacante Henrique.

Tite, técnico do Corinthians: “Cada jogo tem uma importância muito grande na preparação da equipe. Agora é somar pontos no Paulista e buscar uma classificação na melhor condição possível. Esse é o foco”.

Guto Ferreira, técnico da Ponte Preta: “Minha equipe não marcou individualmente nem o Neymar, que dirá o Zizao. É claro que vamos ter atenção com ele, mas dentro de uma estrutura. Se houver erros, a tendência é ele aparecer. Caso contrário, estaremos tranquilos”.

* Quem leva vantagem?

* O Corinthians permaneceu 16 jogos sem perder para a Ponte Preta no Campeonato Paulista: foi entre 1953 e 1971. A maior goleada aconteceu em 1957, quando o Timão aplicou 5 a 1 sobre a Macaca. O tabu terminaria com um triunfo campineiro no estádio do Pacaembu.

* O confronto alvinegro é garantia de gols. Há 25 anos não acontece um empate sem redes balançadas entre Corinthians e Ponte Preta: o último foi em 1988, quando as equipes se enfrentaram no estádio do Canindé. De lá para cá, foram 22 duelos, sempre com gols.

* Dois dos 26 títulos paulistas do Corinthians vieram com vitórias sobre a Ponte Preta na final: 1977, quando o Timão quebrou o jejum de 23 anos sem títulos, e 1979. No ano passado, a Macaca eliminou a equipe da capital nas quartas de final do estadual, vencendo por 3 a 2 no Pacaembu.

* A última vez que o Corinthians venceu a Ponte Preta no estádio do Pacaembu, palco da partida desta quarta-feira, foi em 2008. De lá para cá, dois empates e duas vitórias da Macaca, pelo Paulistão e pelo Brasileirão.

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