Apoio (em excesso) prejudica
Di Cavalcanti, “Samba” (1925) (reprodução)
Tanto o técnico Mano Menezes quanto o Presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Sr. Carlos Nuzman, vêm recebendo declarações de apoio por todo lado.
Da mídia em geral, de dirigentes, de políticos, de atletas, de analistas etc. Todas muito interessantes, mas, ao mesmo tempo, muito preocupantes.
Com a derrota para o México, na final do futebol nas Olimpíadas de Londres, o técnico Mano Menezes passou a ser contestado por muita gente.
Mas, defendido por um número ainda maior de pessoas. O Presidente da CBF, José Maria Marin, e o Diretor da Seleção, Andrés Sanches, saíram logo com declarações de apoio ao treinador. A CBF divulgou que até o ex-presidente Lula teria telefonado e elogiado o desempenho brasileiro pela medalha de prata conquistada.
Mano Menezes é um experiente profissional do futebol e sabe que todos estes discursos vão abaixo se a Seleção não começar a apresentar uma boa atuação nos próximos jogos.
Palavras (ainda que belas) não seguram ninguém no cargo, especialmente na Seleção. Ou vence – e bem – os próximos jogos, ou deve ficar preparado para o pior. E com este elenco de “estrelas” que tem nosso futebol qualquer técnico “suará frio” para dirigir a Seleção.
O Presidente do COB, Sr. Carlos Nuzman, é outro que vem sendo defendido pelo desempenho em Londres da equipe olímpica do Brasil.
Tabelas, gráficos e elogios brotam como nunca. Da mídia, de políticos e do governo.
Tudo ajuda pouco. Deve o Sr. Nuzman lembrar-se que o governo gastou muito para resultados tão pequenos em Londres.
Isto é um problema. Mas o problema mesmo é que a Presidente Dilma Roussef , que já derrubou o presidente da entidade que dirige o futebol (CBF) , tomou uma simples medida: recusou-se a receber em audiência o Sr. Ricardo Teixeira. Mesmo com apelos de muitos segmentos (desde cartolas até de políticos – e até mesmo do ex-presidente Lula), a Presidente bateu o pé e disse: Não recebo! E o Presidente da CBF viu que não daria para comandar o futebol – em uma Copa do Mundo – com um veto deste tamanho.
O Presidente Marin nunca foi recebido pela Presidente da República, mas ele finge que “não é com ele”.
Isto é, não pede audiência. O Sr. Nuzman deve ficar atento. O apoio do governador Cabral e do prefeito do Rio, Paes, são importantes, mas, como no caso da CBF, se a Presidente bater o pé, a coisa toda muda. E aí não adianta apoio na mídia, na política, etc.
Ninguém teve tanto apoio quanto Ricardo Teixeira na hora em que deixou o Rio de Janeiro e foi para Miami.
Muito apoio pode atrapalhar.
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Eu discordo daqueles que não gostam do trabalho do Mano. É ótimo treinador. O problema é que existem muitos empresários que o cercam (isso é péssimo). No corinthians, por exemplo, fez bom trabalho, mas permitiu que seu empresário enchesse o time com jogadores de pouca expressão, que foram lá só para ganhar dinheiro. Absurdo. Tomara que ele mude seus conceitos, e cuide somente de futebol, que é o que sabe fazer, e muito bem.
A bem da verdade, critica-se a nossa seleção pelo fracasso, mas se omite os fracassos de Uruguai e Espanha!
O Brasil foi penta campeão, sem nunca ter ganho uma medalha olimpica. A Alemanha ocidental só ganhou um bronze em 1988, a Oriental então ganhou ouro em 1976.
Hungria ganhou 3 ouros, e o que isso significa?
Nada! Acontece Citadini que o Brasil, ainda mais com Mano e Sanchez, ambos que passaram pelo Corinthians, devem (porque devem?) receber as maiores pancadas possiveis.
Você citou bem, apoio de alguns, no entanto a midia cor de rosa, está deitando e rolando.
Como sempre, claro!!!