Só espinhos
(Carlos Alberto Parreira) (Reprodução)
Ser técnico da Seleção Brasileira é estar aberto a todo tipo de crítica.
Quase sempre – diferentemente do que ocorre nos Clubes – na Seleção não há defensores que equilibrem o jogo de torcida.
Ontem, 19/9, a torcida voltou a pegar no pé do técnico Mano Menezes, gritando o nome do técnico Felipão, o último campeão.
Isso é regra para técnico de Seleção, quase sempre leva vaias, e, no caso brasileiro, a torcida está vaiando em qualquer jogo, já que a equipe não está disputando nada.
Recordo-me do caso do técnico Carlos Alberto Parreira, um profissional de primeira qualidade.
Após uma temporada de grande sucesso no Corinthians, onde ganhou títulos e apoio dos alvinegros, Parreira foi submetido a uma campanha terrível, que pretendia sua volta à Seleção. Sinceramente, não queria. Mas ante a pressão de Zagallo (profissional que havia aberto as portas para Parreira em 1970), do presidente Ricardo Teixeira e dos barões das imprensas carioca e paulista, ele cedera mesmo com clara má vontade.
Já havia dirigido a Seleção e ganho um título especial, na Copa dos Estados Unidos, 1994.
Sua fama de retranqueiro, inventada pela mídia de São Paulo, tinha ido por água abaixo em 2002, com o time do Corinthians jogando leve, organizado e com belo futebol.
Tinha grande admiração da torcida corinthiana.
Era aplaudido em todos os restaurantes da cidade, em cenas que ficaram na história. Mas a pressão insana – aliada a seu caráter correto (não poderia abandonar quem tanto tinha ajudado em sua carreira) – o levou a voltar para a Seleção.
Alguns meses após sua saída do Corinthians, fui ao Rio de Janeiro participar de um evento onde estava a família de Parreira e vi o tamanho da revolta de seus familiares por ter ele trocado o Corinthians pela Seleção Brasileira. Todos seus familiares declaravam que o melhor período de sua vida tinha sido no ano em que dirigiu o Corinthians.
Suas filhas e esposa diziam para mim e Eliane que nunca deixavam de assistir os jogos do Timão como torcedoras fanáticas.
Mas a surpresa maior veio da mãe de Parreira, uma senhora já bem idosa (hoje falecida), que desabou a criticar o filho pelo retorno à Seleção.
Entre elogios, a torcida corinthiana dizia que aquilo (a Seleção) era um inferno e que Parreira só fez isso porque não havia contado para ela. Poucos instantes após, chegaria ao evento o ex-presidente Ricardo Teixeira e as palavras da mãe do técnico tornaram-se ainda mais duras. Ela contestou, em voz alta, aquela insensatez que havia sido o retorno à Seleção.
Por mais que eu e Eliane tentássemos fazer colocações amenas, a idosa senhora não interrompia suas críticas.
Esta é a vida de técnico de Seleção: críticas e mais críticas, sem direito a qualquer defesa.
Nos Clubes é diferente, os técnicos que caem no gosto do torcedor, como Parreira ou Tite, passam a ter um escudo da torcida, defendendo-os em todo lugar.
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Placar do jogo que vimos ontem: CORINTHIANS 2 ( Martinez e Paulinho ) X 1 s4n7os (neymala)
E Vai CORINTHIANS!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Se eu fosse o Mano pediria demissão dessa Seleção! Mas é claro que ele deve ter, por outro lado, boas razões para manter-se no cargo! Agora é triste assistir tanta fúria dirigida contra ele apenas por um único e imperdoável pecado cometido: ter feito sucesso no Timão! A insanidade é total! Aqui em Sampa pediram, exigiram, xingaram até o limite imaginável por conta do centroavante do SP. Ele escalou ontem e o que se viu foi o mesmo butinudo de sempre! Sabe fazer gols? Sabe. Quando tem espaço, quando a zaga facilita, por que, se bem marcado, não tem nenhuma habilidade de criação, de nada. O renegado Kautsky -quero dizer, Marcelinho-, até que estava se esforçando sem o estrelismo do outro queridinho da torcida. Mas não criou também nenhuma jogada de perigo, nada que fizesse o goleiro argentino posar para alguma foto. Paulinho comia a bola e elogios do comentarista da Globo eram para outros! Ralf, como sempre, um leão em campo não permitia nada para o meio-campo argentino. E agora lemos que o garotinho da ponta-esquerda teria salvo o emprego do Mano ao marcar de pênalti… É muita mediocridade nesse mundinho! Pede para sair, Mano! Treinando o time B do Timão você seria mais feliz e teria mais reconhecimento!
Mano não é treinador para a seleção e muito menos o felipão.
Pouca vezes vi o Corinthians jogar com tanta confiança, como nos tempos de Parreira…
Eu queria ver a seguinte cena: depois de tantos pedidos, o Mano cai, e entra o técnico que a torcida pediu: Felipão. Daí o Brasil joga mal. O que os torcedores iriam fazer? Em outros lugares do mundo, treinador tem condições de trabalhar, menos no Brasil.
A CBF está bobeando. É só colocar um treinador sabidamente saopaulino que as criticas automaticamente serão completamente inibidas.
É só pesquisar se a CBF era criticada quando o Morumbi era o eleito.
Podem olhar nos “portais” que todo mundo sabe quais são, para constatar.
Estamos na era “pós Morumbi”, e a mágoa é grande. São capazes de bater até na mãe por raiva, e incrementada com a nova divisão mais “justa” das cotas de TV.
Para saber onde estão, é só ver quem usa o termo “Itaquerão”, uma jogada a lá “Jefferson”,
quem critica a implosão das divisões de cotas da TV, etc.
Mano teve o azar de passar com sucesso pelo Corinthians. Isso lhe fez muito “mal” profissionalmente. Desagradou a “elite”.
Por mais que o Mano tenha tido seus méritos para chegar à seleção, não o vejo com a mesma idoneidade que alguns outros treinadores, como Tite e Parreira. Embora isto não esteja na moda, acredito que o fato de um treinador ser honesto e ter bom caráter no meu entender é condição primária para este cargo. É lógico que o técnico deve entender de futebol, caso contrário eu colocaria a Madre Teresa pra treinar a seleção. Acredito, também, que o Corinthians não teria vencido a Libertadores com o Mano, por vários motivos os quais já sabemos.
Tal como no jogo contra a China não assisti aquele lixo de time da cbf jogar… preferi minhas bem dormidas horas de sono ao dar audiência a um time de jovens mimados, mascarados e milhonários jogadores e seus empresários…
Pior é quem ainda por cima paga para ser usado como massa de manobra para marinho e sua quadrilha… é um nojo só…
Pelo que escutei falar, a unica coisa que salvou mesmo foram os Corinthianos, tanto os brasileiros quanto o argentino!
a dona cbf nos tomou luxemburgo, parreira e mano nos últimos anos. parreira faria excelente campanha na libertadores (ficamos com geninho pega-pega) e mano estava com o título do brasileirão 2010 bem encaminhado (nos restou pardilson batista).
Me perdoe a falta de respeito, mas o povo brasileiro entende de que? Tive que sair do Brasil desde jovem porque eu não queria que meus filhos fossem filhos desta pátria. Não pelo Brasil, mas pelo modelo cultural desta nação. O que tem isso a ver com a seleção brasileira? Muito. O povo tem uma cultura de nação pequena. De povo sem tradição nas artes, no esporte e etc. Um povo cuja simplicidade e ignorância leva este pais a ter um sistema judiciário como o que temos. O que pode esperar o Mano Menezes na direção da seleção ou qualquer outro técnico? O que pode esperar deste pais onde os dirigentes de clubes incluindo a CBF, esta nas mãos de fazer a vontade de uma mídia podre e mentirosa? De um povo com uma cultura imediatista e levado pelas raízes da escravidão que vive e viveu baixo o domínio português? Hoje, depois de muitos anos, assisto distante os rumos do futebol brasileiro com muito pesar, porque afinal de contas, no fundo eu gostaria que tudo mudasse para melhor em todos os aspectos. O Mano deveria largar de vez esse barco furado antes que ele afunde com o pouco prestigio que ainda lhe resta conquistado no Grêmio e principalmente no Corinthians.