Mar 28, 2012

Sem anjos.

(Aldemir Martins) (Reprodução)

A briga do jogador Oscar, com a participação do SPFC, de seu empresário e do Inter, está interessante de se acompanhar.
Nesta confusão toda só há uma verdade: não há anjos neste caso. Os tricolores não são exemplos nobres nesta questão, pois já agiram de todas as formas para atrair jovens jogadores. E algumas delas nada santificadas. O jogador, normalmente, quer passar por pobrezinho, enganado, enrolado, usado etc, mas ele foi desmascarado por declarações dos próprios colegas.

Ficou claro – o que é comum neste casos – que o jovem não era vítima, mas participava de uma trama. Como no caso Nilmar/Lion/Corinthians, o rosto triste do atleta é só uma forma de dissimulação para  obter apoio de torcedores. Seu empresário é conhecido no mercado, agindo desta forma contra e a favor de todos os clubes. O vento (clube) vira de acordo com seu interesse. Muito bem relacionado com a cartolagem, apronta poucas e boas para os clubes e, em seguida, é perdoado, partindo para novas transações.

O Inter é o Inter. Reclama, grita, chora  e faz cara de vítima. Nem tricolor, nem colorado têm do que reclamar.

Interessante, também, nesta confusão, é ver a mídia dividida. Normalmente (quando é o Corinthians) ela fica do lado do jogador. O “pobrezinho”  é apoiado por todos os brados de liberdade contra a “escravatura” dos contratos. Mas, nesse caso, está envolvido o “Mais Querido”… da mídia, e os jornalistas estão divididos. Poucos empunharam a bandeira da liberdade (do jogador), muitos passaram a exigir o cumprimento do contrato. Coisa que nunca fizeram e só o fazem agora por que o prejudicado é o Tricolor.

Relações perigosas

Se a Polícia continuar a investigar as torcidas organizadas, vamos ter surpresas. Quase todos os clubes, cartolas e políticos têm laços fortes com estas organizações. E as polícias Civil e Militar, também. Desde  o fornecimento de ingressos à ajuda jurídica nas “encrencas” ; de ônibus ao apoio no carnaval, em quase tudo  (quase tudo, mesmo), podem aparecer vereadores, deputados, secretários de governo, cartolas, oficiais da PM e policiais civis.

Por aí podemos entender porque tantas investigações anteriores andaram devagar (quase parando) e não chegaram a grande coisa.

Portugal é uma mãe

Não sei quais são os motivos que levaram o Diretor da CBF, Andrés Sanchez, a falar (de forma agressiva) do futebol português.
Hoje, na Folha ele diz “ se nós (cartolas brasileiros) fizéssemos o que se faz no Porto, estaríamos na cadeia”. Sem conhecer este caso (mas conhecendo outros), acredito que o futebol da “terrinha”  não seja bom  exemplo para ninguém. Seus grande clubes são dominados por dois ou três “empresários”, que são operadores de “investidores” do Leste Europeu. E fazem qualquer coisa .
Portugal é um paraíso fiscal, sem prestígio, mas com muitos “espertos”.  Qualquer transação de jogador que passe por clubes lusitanos, é uma encrenca. Mas, para ser justo, alguns ex-dirigentes de lá estão condenados e foragidos da Justiça (na Inglaterra, é claro).

3 Comments

  • vc falar mal do sp..q novidade..nesse caso a vitima foi o sp..ele nao botou arma na cabeça dos pais do oscar para ele ser emancipado.. ele só tem q cumprir o contrato com o sp..nada mais..nao é declarações suas q vao mudar o contexto

  • Eu discordo de quem diz que o SP é vítima. Não porque o jogador é santo, não por isso. Mas porque é notório o histórico do SP em relação a tentar tirar jogadores de outras equipes. O Atlético Paranaense que o diga…

  • No futebol não tem anjo!!! Ai, esperam que as torcidas se comportem como “Frades Franciscanos”!!!rsrsrsrs. Com esses exemplos????

Leave a comment