Um bom debate
Os modelos de clubes de futebol
por Luis Nassif,
Produto de maior alcance no país, o futebol ainda não logrou se transformar em uma força econômica.
No Seminário sobre Esportes, do projeto Brasilianas, Ary José Rocco Jr., da cadeira de Gestão do Esporte da Escola de Educação Física da USP (Universidade de São Paulo) analisou o modelo brasileiro de clubes, à luz dos modelos existentes na Espanha, Inglaterra, Itália e Estados Unidos.
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No Brasil, a maioria dos clubes está endividado e é pessimamente gerido. A governança é pobre.
São clubes administrados na forma de condomínios (quadro de associados), com regras de eleição que praticamente impedem a renovação.
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No modelo desportivo norte-americano, a peça central são as ligas. Cabe a elas organizar sistemas de franquias, estabelecer um rígido controle de gastos com salários de jogadores, negociar os direitos de arena e garantir a competitividade e o equilíbrio entre seus membros.
No caso dos direitos de TV, por exemplo, todos os clubes recebem o mesmo valor.
Quando termina a temporada o último colocado tem a preferência para escolher os melhores jogadores universitários para integrar seu elenco. Justamente para preservar o equilíbrio entre os times, valorizando a disputa. Se algum clube paga por um jogador acima do teto, incorre em multa que reverte para a liga.
O modelo é bem sucedido: os EUA têm três das quatro ligas mais ricas do mundo: a de futebol americano, de baseball e de basquete.
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No caso europeu, existem três sistemas distintos de modelo de clubes.
Um dos modelos é o privado, no qual os clubes são adquiridos por investidores. Às vezes, a intenção do investidor é meramente ter um bom retorno financeiro. É o caso do inglês Chelsea, que há 14 anos não ganha um torneio nem troca o técnico. Mas fornece o que o acionista quer: retorno financeiro.
Em 2011 a Premier League (a liga inglesa de futebol) teve um faturamento de US$ 5,5 bi e a Inglaterra tem 10 equipes entre as 30 que mais faturaram no planeta.
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Em outros casos, a intenção do dono é meramente política. É o caso de Internacional de Milão, de Silvio Berlusconi.
Existe também um sistema misto, no qual o conselho de administração é composto por representantes do clube e de uma empresa investidora.
É o modelo alemão e francês,
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O modelo mais bem sucedido é o modelo associativo espanhol – nos mesmos moldes do modelo brasileiro – no qual a diretoria é eleita pelos sócios.
A Espanha tem os dois clubes mais ricos da Europa – Barcelona e Real Madri.
Todos os clubes procuram explorar exemplarmente sua identidade própria. Quando o Barcelona joga, por exemplo, a Catalunha inteira se une em torno do clube. Em Madri, o Real explora sua imagem de clube da elite e o Atlético a imagem de clube do povo.
A conscientização dos atletas é tão importante que, em uma das últimas rodadas do campeonato espanhol, o Barcelona goleou o Valladolid por 5 a 0. No último gol, dois atacantes resolveram requebrarem comemoração. O capitão foi até lá, chamou sua atenção.
Por lá, 26% do faturamento dos clubes vem de venda de ingressos, 32% de transmissão, 43% de produtos comerciais e licenciamento.
www.luisnassif.com.br
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Citadini, a ideia é essa, mas as informações estão erradas. O Chelsea não ganha nada e não troca de técnico há 14 anos? E o Berlusconi é dono da INTERNAZIONALE?
É um erro comparar o modelo americano ao brasileiro… o futebol faz parte da nossa cultura e não é apenas um negócio milhonário como acontece nos eua… aqui mais do que em qualquer lugar os clubes representam uma região, uma parte distinta da população e da cultura local… o Coringão por exemplo é o clube dos operários que depois de muita luta se sagrou o clume mais importante do país… cabe na cabeça de alguem que o clube abriria mão de colher os frutos de tanta luta desigual e contra adversários desonestos e corruptos, em prol de uma liga justa, com rendimentos divididos igualmente entre os clubes. Cabe na cabeça de alguem, o clube que sustenta o futebol brasileiro sozinho, contra tudo e contra todos, doar seus frutos para qualquer clubinho… claro que não…
Outra coisa, se o sistema atual, já beneficia empresários, o sistema americano seria praticamente entregar nas mãos de gananciosos empresários o destino da paixão popular, ou alguem tem dúvidas que grandes multi-nacionais iriam criar times apenas com o intuito de participar das ligas e obter lucro financeiro.
Ainda sobre sistema eua, lá os atletas são formados pelas universidades, aqui são os proprios clubes que investem na formação de jogadores. Deveriamos abrir mão disso… acho que não… cada clube que supere seus obstáculos e busque seu espaço, se conosco foi assim, pq temos que beneficiar outros agora!
O Nassif,pode entender de economia,mas de clubes de futebol,parece,nada entender.
Esse nassif bebeu alguma coisa estragada, o chelsea tem um dono e não acionistas, ganhou 3 ligas, 3 fa cups, e uma champions, e trocou de tecnico pelo menos 6 vezes que eu me lembre… Ranieri, Mourinho, Grant, scolari, hiddink, Ancelotti, vilas boas, di Matteo….