Nov 23, 2012

Não é crítica ao Corinthians x Caixa. É ao marketing do futebol

Especialista diz que patrocínio da Caixa ao Corinthians vai contra cautela do mercado

Investidores têm mostrado desconfiança com falta de transparência no futebol brasileiro

Mauricio Duarte, do R7

Desde que a Caixa Econômica Federal anunciou que seria o patrocinador master do Corinthians, a entidade sofreu diversas críticas pelo fato de ser um órgão público patrocinando um clube de futebol. Independentemente da polêmica entre a união do público com o privado, o próprio investimento em si é contrário ao atual momento do marketing esportivo, de acordo Eduardo Muniz, professor de branding e marketing esportivo da ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing).

A caixa irá desembolsar R$ 30 milhões por ano ao Corinthians para expor sua marca na parte mais nobre da camisa alvinegra. O banco estatal firmou acordo com o clube até o final de 2013, com a opção de renovar por mais um ano. Para Muniz, atualmente os investidores estão evitando, ou pelo menos tendo muito mais cautela, na hora de se aproximar do futebol brasileiro. O motivo: a falta de transparência. Depois da euforia causada pelos anúncios dos grandes eventos que seriam realizados no Brasil (Copa, Olimpíadas etc), as empresas se deram conta da dificuldade de calcular o retorno desses investimentos. Com esses contratos vencendo, o horizonte não é propício para renovações.

As empresas frearam os investimentos do patrocínio esportivo exatamente pela falta de condição que os clubes têm de ter um trabalho estratégico em torno dos patrocínios. Os clubes não sabem justificar para o investidor quais resultados gerou, a empresa não sabe avaliar que resultados foram obtidos, as renovações não acontecem e os novos possíveis patrocinadores começam a estabelecer um olhar mais crítico. Isso não aconteceu só com o Corinthians, aconteceu com o Sâo Paulo, o Flamengo está sem patrocínio até hoje. Todo o mercado de futebol hoje sofre para conseguir as cifras pedidas. Porque as empresas estão olhando para o futebol e não estão enxergando o profissionalismo. 

Para o especialista, antes da discussão sobre se é questionável que uma instituição financeira pública se aproxime de um clube, é preciso entender os motivos que a levam a fazê-lo. Justamente essas razões é que são tão nebulosas quanto a indústria do futebol brasileiro, que tem dívidas bilionárias com o INSS e também trabalhistas. Apenas a exposição da marca não seria suficiente para justificar os valores praticados no patrocínio. Antes, é preciso entender se o universo do futebol – e, dentro dele, o Corinthians – possui uma sinergia com os objetivos da Caixa.
www.r7.com.br

2 Comments

  • Aí eu pego, leio o UOL de hoje, e vejo Juvenal Juvêncio falando que houve algum “equívoco” no caso do patrocínio… put’s, primeiro, pessoas ligadas à ele falam em uso de grana pública no corinthians… depois, o blog do Perrone noticia que o SPFC negociou o mesmo patrocínio com a CEF. Agora o cara vem falar que houve “equivoco”…Aí pára tudo, né…

  • R7 Citadini? 2,5 mês não pagam o patrocínio só do Neymar. E ainda falam que a Caixa “despeja” dinheiro no Corinthians.
    Fim de mundo.!
    Vamos estabelecer as seguintes condições para o Corinthians:
    1) Presidente da Republica, Governador, e Prefeito, não podem ser corinthianos (é imoral)
    2) Patrocinio para o Timão, não é necessário. (todos os patrocinadores são coagidos)
    3) Estádio não precisa. (usem o Pacembu e calem a boca)
    4) Técnico da seleção que presta, não pode nunca ter passado na porta do PSJ, pois se passou perto, é sacana.
    5) Diretores da CBF, só São Paulinos, como sempre foram.
    6) Jogador aspirante, convocado e vendido ao exterior em seguida, só se for de outro time. Se for do Corinthians tem mutreta, então não pode.

    Mais alguma condição, ou estas satisfazem, a anti-corinthianada da midia?

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