O cenário era perfeito para a primeira partida de Alexandre Pato pelo Corinthians. Contra o frágil time do Oeste, que ainda não venceu no Campeonato Paulista, os campeões mundiais já ganhavam de goleada quando o estreante pisou no gramado do Pacaembu, aos 26 minutos do segundo tempo. Ele mesmo se encarregou de fechar o placar em 5 a 0 neste domingo, após os gols de Guerrero (dois, ambos de cabeça), Paulinho e Danilo – Emerson ainda desperdiçou um pênalti.
Com a vitória convincente, o time de Alexandre Pato subiu para os 10 pontos ganhos na competição, enquanto o Oeste totaliza apenas um. Na próxima rodada, na quarta-feira, o adversário será o Botafogo-SP, em Ribeirão Preto. A equipe de Itápolis buscará a sua reabilitação no mesmo dia, contra o Paulista, em Jundiaí.
O jogo – O atacante Alexandre Pato foi o mais festejado entre os jogadores do Corinthians antes de a partida contra o Oeste começar. Quando o locutor do Pacaembu anunciou a presença do astro como reserva, o público pulou e gritou com intensidade. O jogador se dirigiu até o banco calmamente, sorrindo – e cercado por repórteres, cinegrafistas e fotógrafos.
Bastaram alguns minutos de jogo, no entanto, para o centro das atenções se tornar outro atacante. Aos nove minutos, Guerrero subiu com estilo após cruzamento de Alessandro e cabeceou para a rede. Aos 12, a cena se repetiu: o lateral direito levantou a bola na área, e um dos heróis da conquista do Mundial de Clubes no ano passado voltou a escorar para o gol. Foi o bastante para a torcida se esquecer momentaneamente de Pato e berrar o nome do peruano.
Emerson, o herói da Libertadores, não queria ficar atrás de seus colegas de posição. Correndo de um lado a outro do campo, o Sheik passou a também envolver a defesa adversária. O que não era tarefa das mais difíceis. O Oeste mostrava o porquê de não ter vencido nenhuma partida no campeonato até então e havia ficado ainda mais desnorteado em campo após as cabeçadas de Guerrero.
Percebendo óbvio, que o Oeste não tinha capacidade de reação, o técnico Roberto Cavalo não demorou muito para substituir Eduardo por Vitinho. Pouco antes, a equipe de Itápolis até havia alcançado um lampejo de ofensividade em meio a muitas faltas cometidas no campo de defesa. Aos 31 minutos, Everton tocou a bola na entrada da área para Hudscon chutar com força e acertar o travessão da meta defendida por Danilo Fernandes.
Era o Corinthians, contudo, que mandava na partida. Aos 40, Emerson puxou contra-ataque rápido e tentou tabelar com Guerrero. Paulinho aproveitou a sobra de bola para completar para a rede. Eufórico, o volante que recusou recentemente uma proposta da italiana Internazionale para permanecer no Corinthians correu para o alambrado e vibrou com os torcedores organizados. Do banco de reservas, Pato aplaudiu.
O Corinthians quase marcou o quarto gol ainda no primeiro tempo. Em nova falha da defesa do Oeste, Guerrero carregou a bola com liberdade até a área, mas chutou em cima do goleiro Fernando Leal. Àquela altura, parte da torcida já se entretinha com a presença de personalidades na área VIP. “Vai, Corinthians! Vai, Mauricio de Sousa!”, berrou um corintiano, quando percebeu o criador da Turma da Mônica ali. A comoção foi ainda maior quando o humorista Marquito, do Programa do Ratinho, começou a acenar para o público.
No segundo tempo, o Corinthians tinha a missão de continuar a ofuscar quem estava fora de campo. Jorge Henrique e Guerrero faziam o possível com muitos carrinhos, ganhando elogios. Os intensos gritos para o peruano faziam até lembrar quando os torcedores idolatravam o argentino Tevez por jogar com o mesmo empenho. Aos cinco minutos, porém, um novo candidato a ídolo passou a fazer aquecimento para se preparar para ir a campo: Alexandre Pato.
A iminente entrada de Pato não abalou Guerrero. Ao contrário. Nada parecia capaz de segurar o peruano. Ligger até agarrou o centroavante do Corinthians – mas dentro da área. Pênalti. Emerson se apresentou para a cobrança e bateu no pé da trave. Levou as mãos à cabeça, como costuma fazer para comemorar alguns gols, desta vez decepcionado. Como consolo, ganhou aplausos dos torcedores e afagos de seus companheiros de time.
O gol perdido por Emerson da marca da cal, de fato, não fez falta para o Corinthians. Aos 24 minutos, quando Pato já havia assinado a súmula e estava posicionado à beira do campo para estrear, Danilo arriscou um chute forte da ponta esquerda e acertou a rede para transformar a vitória em goleada. O clima era o melhor possível para o reforço corintiano mais caro na história entrar no lugar do já ídolo Guerrero.
Assim que pisou no gramado, Pato tentou partir em velocidade na ponta direita. Foi parado pela bandeirinha erguida do assistente, que não hesitou para assinalar o impedimento. Pouco depois, aos 28, nada conteve o atacante. Ele recebeu boa enfiada de bola e concluiu, mas Fernando Leal espalmou. No rebote, o gol, para delírio do público presente no Pacaembu. O estreante bateu no peito e comemorou com a torcida ao fechar a goleada sobre o Oeste, que ainda teve Lelé expulso.
www.gazetaesportiva.net
Lá vem o Pato…
Gostaria de comentar um assunto que saiu na Folha no sábado. Ela faz uma reportagem sobre os 40 anos do assassinato de Almir Pernanbuquinho. Ali contém duas informações graves, que se fosse com o Corinthians, o mundo ia desabar. Ele deixou gravado entrevista no MIS onde confessa que jogou DOPADO a final do intercontinental de 63 contra o Milan. Mas o pior de tudo vem a seguir quando ele afirma que o então diretor do Santos, Nicolau Moran, disse a ele para fazer o que quisesse em campo pois o arbitro argentino não ia marcar nada. De fato, ele quebrou dois jogadores do Milan (Amarildo e o goleiro) e o arbitro ainda arrumou um penalti para o Santos. Os torcedores do bragantino da baixada, que adoram diminuir os títulos do Corinthians, alegando ser tudo roubado ou campeonato de pouca importância (mundial 2000) fazem cara de paisagem, juntamente com a mídia, pois veja bem, é um jogador do próprio time confessando que o juiz estava COMPRADO !!