Empate em Ribeirão
O Estádio Santa Cruz ficou cheio. Botafogo e Corinthians buscavam a aproximação dos líderes do Campeonato Paulista, e Alexandre Pato estava em campo desde o início. Mas nada disso foi capaz de evitar o decepcionante 0 a 0 entre os times na noite desta quarta-feira, em Ribeirão Preto, pela sexta rodada do estadual. Em um campo castigado pelas chuvas, Pato foi o melhor jogador, criou chances, mas não conseguiu tirar o zero do placar.
O primeiro tempo foi melhor, com boas chances criadas pelo camisa 7 e algumas polêmicas com a arbitragem de Vinícius Furlan. Na etapa final, o principal jogador da partida foi substituído (ficou 73 minutos em campo) e viu o Timão apenas tocar a bola e sustentar o empate fora de casa. Do outro lado, o Bota teve um gol de Nunes corretamente anulado por impedimento.
Com a igualdade, Botafogo e Corinthians continuam iguais na tabela do Paulistão: 12 pontos somados. O Timão, em quinto, leva vantagem no saldo de gols (6 a 3). O Botinha está em sexto. O resultado não foi tão ruim para os times quanto para a torcida, que lotou o Santa Cruz esperando um jogo bem melhor.
Na próxima rodada, o Corinthians recebe o São Caetano no Pacaembu, sábado, às 16h20m (de Brasília). O Botafogo visita o União Barbarense no mesmo dia, às 19h30m, na Toca do Leão.
Pato vai bem. O árbitro nem tanto…
O cenário ficou bonito para o primeiro jogo de Pato como titular. Com o Estádio Santa Cruz praticamente lotado, o atacante deu seu “aviso” logo no primeiro minuto: em disputa com Daniel Borges, deu um tranco com o ombro e tirou o adversário da marcação. O arremate saiu travado. Mais do que a chance criada, o lance serviu para mostrar que o reforço alvinegro está confiante, sem medo de divididas com os zagueiros.
Para brilhar pelo Corinthians, só pegando ritmo de jogo. Qualidade, Pato tem. Isso ele mostrou nos lances mais simples. Suas três chances de gol foram de cabeça, sempre se antecipando aos marcadores e fazendo o movimento correto, de cima para baixo. Aos poucos, o reforço se coloca no melhor posicionamento para receber assistência dos companheiros.
O Botafogo tentou apertar a marcação e sair no contra-ataque, mesmo jogando em casa e com bom apoio do torcedor de Ribeirão Preto. Tamanha aplicação no setor defensivo deu origem a lances mais ríspidos e consequente pressão sobre o árbitro Vinícius Furlan. Foram só três cartões amarelos: Daniel Borges, Guilherme e Fábio Santos. As reclamações, porém, foram inúmeras. Perdido, Furlan deixou corintianos e botafoguenses “apitarem” a partida.
Enquanto Pato ia bem, Emerson Sheik destoava. Mais aberto pelo lado esquerdo do que de costume, o atacante errou passes e parou na marcação de Daniel Borges. Douglas, titular pela primeira vez no ano, sentiu falta de ritmo e também ficou abaixo da média. Quem mais ajudou o setor ofensivo foi Edenílson, sempre ativo pela direita.
A zaga corintiana controlou bem os avanços do Botinha, até porque a maioria deles foi na bola aérea. Apenas Raí, no fim do primeiro tempo, optou por ir pelo chão. Acertou belo chute de esquerda, e a bola passou raspando a trave esquerda de Danilo Fernandes.
Mais 28 minutos de Pato
Pato parecia estar em momento diferente dos colegas, buscando jogo e tentando criar as poucas chances que o Corinthians teve no segundo tempo. A falta de ritmo o fez ficar em impedimento quando recebeu belo lançamento de Guilherme, e também o prejudicou quando pegou uma sobra e não conseguiu acertar a bola em cheio, facilitando a defesa de Rafael Santos. Mesmo assim, Pato foi um dos melhores em campo.
O Botafogo não se arriscou, tanto que Danilo Fernandes era um espectador privilegiado da partida quando levou o maior susto do jogo. Aos 19, Daniel Borges acertou belo chute no travessão, e Nunes completou o rebote para as redes – em posição de impedimento, o atacante viu seu gol ser anulado. O zero no placar era uma tendência no Santa Cruz.
A certeza de que o placar se manteria inalterado veio quando Pato foi substituído por Romarinho, aos 28 do segundo tempo. Não que o substituto não tenha qualidade para decidir um jogo. Mas, na longa primeira fase do Campeonato Paulista, só mesmo um reforço que precisa de ritmo pode se interessar um pouco mais pela competição.
Não à toa, Renato Augusto foi outro que entrou cheio de vontade. Em jogada iniciada por ele, Emerson Sheik quase marcou no rebote, chutando à direita de Rafael Santos. No fim, Guilherme exigiu outra grande defesa do goleiro do Bota, em infiltração após tabela com Edenílson. Melhor para o time da casa. Pior para a torcida, que lotou o estádio, mas não viu um golzinho sequer.
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O time deles parecia que queria mais guerra do que jogo…
Mais feio que o jogo só esta camisa que sendo o terceiro uniforme não poderia ser usado em todos os jogos, lamentável nossa diretoria neste sentido kd nossa camisa riscada em preto e branco?