Ritmo lento
Inspeção ocular da morte de Kevin deve ser adiada novamente
Advogado boliviano indicado pela embaixada brasileira aponta lentidão da justiça local, que pode prorrogar reconstituição não-oficial mais uma vez
Por Leandro CanônicoSão Paulo
Há exatamente uma semana, os 12 corintianos detidos na Penitenciária de San Pedro, em Oruro, ficaram frustrados com o adiamento da inspeção ocular da morte do garoto Kevin Douglas Beltrán Espada, prorrogada para a próxima quarta-feira, dia 17. Mas o drama dos torcedores pode ficar ainda maior: a tendência é que o processo seja novamente adiado, por determinação da justiça boliviana.
A inspeção ocular é uma espécie de reconstituição não-oficial, um direito da defesa no processo. Foi solicitada por Miguel Blancourt, advogado boliviano indicado pela embaixada brasileira aos 12 detentos, presos como suspeitos desde o dia 20 de fevereiro, quando o menino Kevin foi atingido por um sinalizador e morreu durante o empate por 1 a 1 do Corinthians com o San José, pela estreia da Taça Libertadores da América.
– Ainda está marcado, mas a chance de irmos até lá e a inspeção ser adiada novamente é grande. Na justiça boliviana é assim: sempre arrumam algum detalhe para deixar para depois – resumiu Blancourt, em contato com a reportagem do GLOBOESPORTE.COM.
Na última segunda-feira, dia 8, os corintianos foram levados até o estádio Jesús Bermúdez para a inspeção ocular. Eles seriam fotógrafos nos lugares em que estavam no momento do disparo do sinalizador marítimo que matou Kevin Espada. Após uma hora de espera, todos foram levados até o Ministério Público, onde não fizeram nada. Os cinco que alegam que no momento do disparo estavam fora do estádio não entrarão para a inspeção.
Curiosamente, Marques foi contra a vontade dos próprios clientes. Precisando da ajuda de Blancourt, já que não pode advogar em solo boliviano, o brasileiro disse que o adiamento fazia parte da estratégia traçada por ele, uma vez que, na sua opinião, não seria interessante para os corintianos que a inspeção acontecesse naquele dia. A versão de Blancourt, porém, é a mesma do advogado do San José: faltaram peritos e algum familiar de Kevin.
Uma comitiva de deputados brasileiros já está envolvida no caso. A intenção é pressionar com a justiça boliviana para conseguir, ao menos, a liberdade provisória dos 12 torcedores, para que eles respondam ao processo fora da cadeia, mas na Bolívia. A Gaviões da Fiel, principal torcida organizada alvinegra, alugou uma casa para eles na cidade de Cochabamba.
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Pensem comigo uma coisa. No Brasil, o Inquérito têm prazo para ser concluído. Do contrário, cabe até um Habeas Corpus para evitar que haja prisão ilegal. Questiono. Na Bolívia isso existe?