Vamos conversar, doutores
Defesa de corintianos diverge sobre tese para libertar presos de Oruro
Contratada pela Gaviões, Maristela Basso diz que sinalizador não partiu dos alvinegros. Miguel Blancourt crê que mudança de linha pode prejudicar
Por Diego RibeiroSão Paulo
(Foto: Diego Ribeiro / globoesporte.com)
A defesa dos 12 torcedores corintianos presos em Oruro bate cabeça ao falar da melhor estratégia para tentar a liberdade dos brasileiros encarcerados desde o dia 20 de fevereiro. Advogado indicado pela Embaixada do Brasil na Bolívia, Miguel Blancourt mantém a tese de que o menor H.A.M, de 17 anos, foi o responsável por disparar o sinalizador que matou o garoto Kevin Beltrán Espada. Por outro lado, a advogada Maristela Basso defende que o artefato não partiu dos corintianos.
Ao jornal Folha de S. Paulo, Maristela informou que a tese de defesa será de que nenhum corintiano teve participação na morte de Kevin, e que o sinalizador partiu de outro setor do estádio Jesús Bermudez. O escritório de Maristela foi contratado há menos de um mês, e pelo fato de ela ser especialista em Direito Internacional. Um advogado de sua equipe está morando em Oruro.
– Vamos demonstrar que o projétil que atingiu Kevin não partiu da torcida do Corinthians – afirmou Basso.
– O laudo da necropsia, os autos, documentos, tudo revela que o projétil veio de outra direção. Não partiu do garoto que se apresentou (em Guarulhos). Ele viu a imagem na TV e se identificou como o autor daquele disparo. Mas isso não significa que aquele sinalizador matou Kevin – completou.
Apesar de também participar da defesa, Miguel Blancourt discordou com firmeza dessa tese. Em conversa com a reportagem, o advogado boliviano disse conhecer bem o sistema judiciário boliviano, e que uma mudança de rumos na defesa poderia ser prejudicial aos presos.
– Respeito o trabalho de todos os colegas, e ela foi contratada para ajudar. Mas é uma tese absurda, nós trabalhamos o tempo todo com a confissão do menor. Mudar o curso de tudo a essa altura não vai trazer benefícios. Mantenho a versão que este garoto foi o responsável pela morte e os 12 são inocentes. Mas não há como inventar de onde partiu o sinalizador – alertou Miguel Blancourt.
Representantes da embaixada também criticaram a atuação de Maristela Basso no caso, e temem que uma “disputa de egos” possa deixar o caso em segundo plano. Além de Maristela e Miguel, o advogado Sergio Marques é outro que representa os 12 presos de Oruro.
Nesta quarta-feira, haverá uma inspeção ocular no Estádio Jesús Bermudez, onde os torcedores vão tentar reproduzir o momento em que o sinalizador foi disparado. A inspeção está marcada para as 16h (horário de Brasília).
www.g1.com.br
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pelo jeito isso vai demorar heim… daí eu volto a escrever o que já fiz no post anterior. No Brasil, o Inquérito Policial têm prazo para ser concluído. Se não for concluído no prazo legal, cabe ao preso até uma tentativa de Habeas Corpus para evitar que a prisão se torne ilegal. Questiono. Na Bolívia esse prazo existe?
Não sou perito e nem advogado. No entanto, dizer que o sinalizador que matou o garoto não partiu da Gaviões depois da imagem que a TV mostrou parece-me um tiro no pé. Vai ver que fui eu, que soltei um rojão de casa na hora do gol.
Respeito os advogados, mas antes de tudo alguns deles deveriam prezar pela justiça das coisas. Uma pessoa que tem uma linha de defesa dessas é capaz de dizer que a morte do Kennedy foi uma farsa, que o PC Farias está vivo e fez uma plástica e assim por diante…
Drª Maristela é excelente advogada, deve saber o que esta fazendo.