Apr 26, 2013

Sem problemas

 

MPF apresenta parecer favorável ao acordo entre Timão e Caixa

 

São Paulo (SP)

O Ministério Público Federal apresentou um parecer favorável ao contrato de patrocínio da Caixa Econômica Federal com o Corinthians. O documento não resolve os problemas do Timão, mas é um passo importante na luta pela liberação dos pagamentos do banco, suspensos desde fevereiro.

No texto do MPF, assinado pelo procurador regional Waldir Alves, são questionados os argumentos que levaram o juiz Altair Antonio Gregório, da 6ª Vara Federal do Rio Grande do Sul, a bloquear os R$ 2,5 milhões mensais a ser pagos pela Caixa. A ação pública partiu do advogado Antonio Beiriz.

No parecer favorável ao contrato, Alves aponta os rápidos benefícios da Caixa com o patrocínio. Baseado em uma pesquisa realizada pela empresa Informídia, indica um retorno de mídia de R$ 23 milhões nos primeiros dias de parceria, entre o meio de novembro e o fim de dezembro – no período, o Timão foi campeão mundial com a marca do banco no peito.

A suposta falta de retorno é um dos pontos usados na argumentação de Beiriz, que questiona também o destino de recursos de um banco público a um clube privado. Para o procurador regional do MPF, a Caixa pode investir no Corinthians porque concorre com instituições financeiras privadas.

Divulgação/Agência Corinthians

Pagamentos estão suspensos, mas marca da Caixa continua sendo exibida no uniforme (foto: Daniel Augusto Jr.)

O parecer positivo será anexado ao processo e é visto pelo departamento jurídico do Timão como decisivo na solução da questão. A agremiação do Parque São Jorge espera um julgamento rápido para que o dinheiro seja liberado. Por enquanto, os pagamentos vêm sendo feitos em juízo. 

O Corinthians tentou duas vezes a liberação provisória dos recursos até que o caso seja julgado, mas as tentativas foram frustradas pelo desembargador Cândido Alfredo Silva Leal Júnior, que chegou a apontar a morte do garoto Kevin Beltrán – atingido por um sinalizador em um jogo do Alvinegro na Bolívia – como publicidade negativa para a Caixa. Segundo o texto do MPF, a questão penal nada tem ver com o processo.

 

www.gazetaesportiva.net

3 Comments

  • Muito sensato o parecer da procuradoria. A Caixa é controlada por um ente público, mas sua atividade concorre diretamente com a iniciativa privada (bancos particulares). Portanto, o que a Caixa pretende, nada mais é, que crescer em relação aos seus concorrentes.

  • Citadini, mais uma coisa. Manda um post sobre o caso do SPFC e o boicote dos clubes.

  • Isso está parecendo uma perseguição econômico financeira ao Corinthians, sem precedentes.
    Não bastasse essa questão, questionam também a Caixa como repassados dos recursos do Bndes.

    Isso tudo, porque aquelas “forças” mencionadas pelo Juvenal, quando do lançamento da arena Corinthians, diária e sistematicamente batem na questão dos Cids, como dinheiro publico, onde qualquer recém fornado, sabe que esse incentivo não existiria sem a obra naquele local especifico.

    Está ficando muito feio essa discriminação ao Corinthians, sim porque, nenhuma contestação ocorreria, com certeza, caso a Caixa patrocinasse outro clube qualquer.

    Fica patente que ações e questionamentos estão sendo impulsionadas por matérias tendenciosas midiáticas, comprometidas com clubes,ou clube rival, como retaliação pelo crescimento do Corinthians, que deve estar incomodando os mesmos.

    Feio isso. E diminui a seriedade das instituições.

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