Oh México!
(Alfredo Volpi. “Ogiva Azul”)
Empate
O Timão poderia ter vencido o jogo de ontem à noite contra o Cruz Azul do México. Foi muito superior e teve um número enorme de chances para marcar. Não o fez. Paciência. O resultado foi bom, mas poderia ter sido melhor. O time alvinegro é organizado, determinado, quase mecânico e é difícil de ser vencido. Deplorável foi a conduta daquela torcida de mexicanos. Digo a verdade: não tenho nenhuma simpatia pelo México: odeio a comida (rrrrr), não gosto da música deles, não faço turismo por lá, nunca fui atraído por sua literatura, e tenho horror de suas novelas. Enfim, nada que aponte um pingo de simpatia, exceto pelo apoio que o povo mexicano deu aos republicanos espanhóis contra o facismo de Franco. Mas aquela conduta da torcida, jogando tudo contra os jogadores, parecia coisa dos anos 1950.
Que triste, México!
Uma cervejinha
Essa discussão sobre bebidas alcoolicas nos jogos da Copa está num estágio maluco. Quem deve decidir se isto é aceitável ou não é o Ministério da Saúde. Ele é o órgão que comanda a política desta área no país. Deputados evangélicos, deputados “do Copo” e “da Copa”, deveriam deixar este tema em nível secundário. Se o Ministério entender que a bebida alcoolica deva ficar fora destes eventos, que diga isto clarament. E ao Brasil caberia sustentar para a Fifa que aqui é assim. Como em muitos países do mundo, o alcool é vendido com restrições de idade e de local. E a Fifa vai aceitar. Quem luta contra são os fabricantes de bebidas do Brasil e do Mundo.
Como faz a indústria do cigarro, que é muito ativa na defesa do vício e de seus consumidores.
Porta fechada
Os jornais e as rádios vêm dizendo que a nova Direção do Corinthians tomou uma medida exemplar: os Empresários de jogadores não terão mais acesso livre à sala do Presidente, como vinha ocorrendo nos últimos anos. Resultado: muitos aplausos e elogios midiáticos.
Mas, peraí! Isso é elogiativo ou “criticativo”, como diria um membro da arquibancada?
Que dizer de empresários que entravam a qualquer hora na sala da Presidência? Bela mudança, parabéns!
O problema é que isso não deveria ter ocorrido. Nem na sala do Presidente, nem em outro lugar. A relação com os empresários precisa ser formal, pública e sem esse tom de “meu parceiro”, “meu irmão”. É sobretudo uma relação de negócios. E cada um de seu lado. Sem muita proximidade. Nada de viagens “com amigos empresários”. Parabéns pela mudança.
É melhor mesmo manter distância nesta relação.
Parabéns à USP
Os jornais publicam no dia de hoje, 15/3, que a Universidade de São Paulo está entre as 70 mais prestigiadas universidades do mundo. Segundo o hanking britânico THE, um dos mais importantes na avaliação de instituições universitárias, a USP é a única bem classificada na América Latina.
Parabéns à USP e aos uspianos, mas parabéns mesmo ao Prof. Luiz Gonzaga Beluzo, palestrino de quatro costados, que há vinte e tantos anos, convenceu o Governador Quércia, outro palestrino, a fazer uma lei estabelecendo um percentual do ICMS para cada uma das universidades públicas do Estado de São Paulo (Unesp, 2,45%; Unicamp, 2,29%; e USP, 5,25% da arrecadação do ICMS – Decreto 29.598, de 2/2/1989).
Diferente do que ocorre em todas as outras universidades públicas, que não dispõem de vinculação de receitas para seus orçamentos, as universidades paulistas não precisam correr por todo lado para garantir sua gestão e projetos.
Enquanto as outras faculdades públicas sofrem cortes de orçamento, redução de dotações, contingenciamento etc., as instituições paulistas recebem todo mês seu quinhão do ICMS.
Aí está a razão de a USP ocupar a citada posição de destaque. Unicamp e Unesp, que também são beneficiadas, devem melhorar suas gestões, pois o que não lhes falta é financiamento público.
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Com relação aos empresários. O mais importante é eles não pisarem nas categorias de base. Lá é onde ocorre a sacanagem. Aliás, muita gente tinha que ser mandada embora de lá.
Em primeiro lugar parabens por sair daquele UOL que só destrata a comunidade corinthiana, com humilhações e ofensas, pelo simples prazer de fazê-las. (ou são pautados por interesses clubistiscos, ninguém sabe). Ficou mais clean a leitiura e o layout.
Sobre esse assunto de cerveja na copa, um torneio exclusivo da Fifa, e tambem a questão da meia entrada para estudantes, vem sendo tratado por uma meia duzia de pessoas de baixa estatura intelectual bizarramente como questão de “soberania nacional”, que beira a imbecilidade.
Ficam criando obstáculos de forma tão ridicula, que salta aos olhos o populismo barato.
Dá vontade de chorar, de ver o nosso pais sendo conduzido dessa maneira, por certas pessoas no fundo, nem um pouco preocupadas com a imagem do país, e muito menos com a importância que é uma copa para o Brasil.
E, pior, pautados por alguns formadores de opinião, do mesmo quilate.
Triste ler manifestações comparando o Brasil com a Grécia, sem o menor conhecimento das diferenças monstruosas.
Não sei não Citadini. Minha leitura, é que todo esse bombardeiro se acentuou após a desqualificação de um certo estádio, anteriormente especulado para a copa.
Só pode. Não dá para acreditar que pessoas inteligentes façam criticas tão infantis e baratas à Copa no Brasil, a não ser por razões clubisticas.
Empate: Pô Citadini, tá certo que você não morre de amores pelo México, mas diga a verdade: Você gosta do Chaves? Vai dizer que você não se divertia com ele? hehehe
Cervejinha: Sou contra a liberação. Não é por causa da Copa que deve-se afrouxar as regras, apesar que isso não impedirá, como já não impede, que pessoas entrem nos estádios brasileiros já bem alterados. Raramente tomo cerveja (umas duas ou três latinhas por ano e olhe lá, tem ano que não tomo nenhuma), acho que o álcool mais prejudica do que ajuda. Todos nós do blog conhecemos, temos ou já tivemos alguém na família ou amigos que sofrem com alcoolismo.