Apr 27, 2013

Viva Rio, Sou da Paz ou alguma UPP poderia explicar?

Traficantes do RJ torturaram jogador do Vasco, diz polícia

Bernardo foi agredido por ir a festa com namorada de bandido, segundo investigação

Mulher pivô do episódio levou 7 tiros em pernas e pé; meia não confirma agressão, mas afirma que precisa de apoio

DO RIOO jogador do Vasco Bernardo, 22, foi sequestrado e torturado no último domingo após ter ido a um churrasco em uma favela no Complexo da Maré (zona norte do Rio) acompanhado da namorada de um traficante, segundo investigadores da 21ª DP.

Dayana Rodrigues, 22, pivô do episódio, levou cinco tiros nas pernas, dois no pé esquerdo e passou por duas cirurgias. Anteontem, saiu do Hospital Souza Aguiar.

O jogador, que é meia no Vasco, deixou a cidade. Inicialmente, ele negou ter sofrido agressão em entrevista ao globoesporte.com. À TV Globo, Bernardo disse que seu advogado acompanha o caso.

“Neste momento preciso de apoio, carinho e de muita força, porque é uma situação complicada. Mas Deus está vendo tudo e tudo vai ser resolvido”, afirmou o jogador.

Baleada, Dayana prestou depoimento, ainda no hospital, a um grupo de policiais da 37ª DP (Ilha do Governador). O registro foi encaminhado à 21ª DP (Bonsucesso), área do Complexo da Maré.

Na quarta, a 21ª DP recebeu denúncia do relato da tortura. O delegado José Pedro Costa confirmou a informação.

Segundo os investigadores, Bernardo teria recebido choques elétricos a mando de Marcelo Santos das Dores, 32, o “Menor P”. Ele é o chefe do tráfico de drogas em favelas dominadas pelo TCP (Terceiro Comando Puro) na Maré — facção que domina 12 das 16 favelas do complexo.

Segundo informações da 21ª DP, o churrasco ocorreu no conjunto Salsa e Merengue. Outros dois jogadores estariam na festa: o volante Charles, do Palmeiras, e o lateral Wellington Silva, do Fluminense. Os clubes não quiseram se manifestar.

O relato dos inspetores é de que o traficante foi ao local e, com ajuda de comparsas, levou Bernardo e Dayana para sua casa, na vizinha favela do Timbau. Lá, os dois teriam sido vítimas de violência.

Testemunhas disseram à polícia que o jogador só não foi morto porque Wellington Silva, que cresceu na Maré, teria ido até a casa do traficante pedir sua liberação. Eles serão chamados a depor na próxima semana.

Marcelo Santos das Dores está foragido. Ele também é conhecido pelos apelidos Poeta e PQD –uma alusão ao fato de ter sido paraquedista no Exército. Foi preso em 2003, mas recebeu o benefício de sair periodicamente da cadeia em 2007. Não retornou mais ao instituto do Complexo de Gericinó, em Bangu.

O criminoso é investigado desde 2011 por pedir R$ 2 milhões à Queiroz Galvão para permitir a construção da primeira ponte estaiada do Rio.

Ele é presença constante em bailes funks e festas na favela, com a presença de artistas e jogadores de futebol.

www.uol.com.br

1 Comment

  • Lembrando que a copa e as olimpíadas serão no Brasil… e com a grana que estão jogando no buraco (especialmente o “legado do Pan), poderia se investir em saúde e segurança….

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