Aug 3, 2013

Fim de jogo.

 

Justiça decide pela libertação dos cinco corintianos na Bolívia

 

São Paulo (SP)

A Justiça boliviana decidiu nesta sexta-feira liberar os cinco corintianos que estavam presos em Oruro. De acordo com comunicado emitido pelo ministério da Justiça do Brasil, os torcedores já foram soltos e chegarão ao Brasil na tarde de sábado, acompanhados pelo defensor público João Chaves.

Cleuter Barreto Barros, José Carlos da Silva Júnior, Leandro Silva de Oliveira, Marco Aurélio Nefreire e Reginaldo Coelho ficaram presos por mais de cinco meses. Eles foram levados à penitenciária San Pedro em 20 de fevereiro, acusados de participação na morte do garoto Kevin Beltrán — atingido por um sinalizador na partida entre San José e Corinthians, pela Copa Libertadores.

Era formado por 12 pessoas o grupo inicial de detidos. Sete foram libertados em junho, quando a Justiça boliviana apontou falta de provas que os incriminassem. Os demais seguiram o mesmo caminho agora, apesar dos recursos do San José e da família do menino de 14 anos que morreu no Estádio Jesús Bermúdez.

Na semana passada, em primeira instância, a Promotoria de Oruro havia emitido um parecer favorável à libertação dos brasileiros. A família de Kevin apelou, levantando supostas irregularidades no processo, mas não foi atendida pelas autoridades bolivianas.

Como “ajuda humanitária”, o Corinthians doou US$ 50 mil aos pais do garoto, que disseram não ter feito nenhum acordo de troca. Mesmo assim, a Justiça boliviana chegou à conclusão de que não havia motivo para dar continuidade à prisão preventiva, cujo prazo terminaria no próximo dia 20.

Evidentemente, nenhum dos 12 torcedores presos assumiu a autoria do disparo que matou Kevin. A confissão de um menor de idade, feita em depoimento prestado em Guarulhos, foi anexada ao processo, mas, justamente pela idade, a legislação impede seu envio às autoridades bolivianas.

Em quase seis meses, as tratativas pela libertação tiveram a participação do presidente do Corinthians, Mário Gobbi, que foi a Brasília para reuniões no Ministério da Justiça e no Ministério das Relações Exteriores. Até a presidente Dilma Rousseff conversou com Evo Morales, presidente boliviano, na tentativa de resolver a questão.

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