Anjos e Demônios em Tempo de mudanças

O movimento dos atletas por mudanças no futebol é muito bom e vai dar o que falar.

As idéias dos jogadores já estão por ai. Novo calendário( com menos jogos), período garantido e comum de férias etc e, acertadamente , pagamento em dia dos contratos.

É preciso agora que os dirigentes coloquem suas idéias ( os que tiverem, é claro).

E há muitos problemas que os clubes devem debater.

O mundo do futebol é profundamente desigual. A esmagadora maioria dos atletas tem salários reduzidos. Muitos não chegam ao salário mínimo.

O número de jogadores que ganha “fortuna” é limitado aos grandes times da primeira divisão. Mas são os que aparecem na mídia.

É esta relação laborial  que deve ser discutida e mudada. Com os jogadores que ganham baixos salários não há problema. A confusão chega com o pessoal de 100, 200, 300 e tantos mil .

É justo que os jogadores de até 10 salarios mínimos gozem de proteção da CLT e da Justiça do Trabalho. Agora, aqueles que ganham salários maiores que qualquer executivo de multinacional, não tem sentido terem a proteção igual a um “salário-minimo”.

Clubes e jogadores deveriam ter mais liberdade quando da assinatura do contrato de trabalho. E, principalmente, dever-se-ia   ficar fora da CLT e da Justiça do Trabalho.

Se chegarmos a discutir isso o avanço poderá ser enorme.

Do contrário ficaremos com o discurso furado de que os jogadores são “anjos” e os dirigentes são “demônios”. Um e outro estão nos dois pontos da questão.

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