Oct 28, 2013

Jogadores, torcidas e diretores.

As críticas e vaias que os torcedores estão atirando em Alexandre Pato não podem esconder uma questão: ele não é o único culpado deste ano ruim do Timão.

A torcida, que anda braba, deveria reservar alguns momentos para fazer uma autocrítica. Em várias oportunidades neste ano ela fez gol contra. E o clube pagou pesadamente. Desde o episódio na Bolívia, até problemas em vários estádios, que valeram punições duras ao Corinthians.

Além de perda de mando o clube perdeu dinheiro. E muito. Quando o Timão sai do Pacaembu o prejuízo é certo.

As torcidas organizadas deram sua contribuição para a campanha ruim deste ano. Em todos os campos: no futebol e na tesouraria.

Por outro lado a diretoria também não pode querer jogar a carga toda na costa do Pato. No episódio da Bolívia reagiu de forma grotesca. Um dia falava uma coisa, outro dia dizia outra e num terceiro voltada com mais explicações. Tudo com uma pressão pesada (da mídia e dos adversários) em cima do elenco todo.

A regra é clara e os diretores devem saber: quando a torcida apronta o time leva punição.

Por este motivo a relação com qualquer torcedor deve ser igual. Sem privilégios, nem discriminação. Cordial e distante é o melhor caminho. Mas isso não se viu por aí.

Outros jogadores, além de Pato, tiveram desempenho abaixo do esperado. No caso do ex-milanista a questão fica complicada pelos valores envolvidos e pela Nike que está muito folgada.

Torcedores (especialmente os organizados), diretores e jogadores devem uma sincera avaliação de suas atuações.

Não incluo o técnico Tite pois acho que ele segurou uma barra o tempo todo e só merece elogios.

6 Comments

  • Eu incluo o Tite também!!! Abraços!

  • Com relação às organizadas, é simples: corta a carga de ingressos quando o corinthians for visitante. Sim, vai causar um estardalhaço, mas e daí? Se não aceitarem, o clube deve argumentar que vai à justiça contra a organizada pelos prejuízos causados esse ano. Simples.

  • Citadini, você tá fazendo o jogo desses “urubus” da imprensa: tentando jogar toda a culpa no PATO. Para com isso. O culpado por essa fase medíocre (22 gols em 32 jogos) é o retranqueiro do TITE. Hoje, no jogo contra o SANTOS ele teve a “ousadia” de colocar o RODRIGUINHO aos 44 do 2º tempo.
    FORA TITE !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

  • Começo pelo fim, não gosto do jeito como joga o time do Tite, mas fato é que os resultados são maiores que os argumentos, assim acho que ele deveria continuar. Torcida e diretoria são assuntos que se fundem, pois o comportamento da torcida se firma, se apoia na letargia, na omissão, talvez até no medo da diretoria. Vejo uma clara involução do Corinthians seja em seu posicionamento político na Comenbol, CBF e Federação como no tom do noticiário esportivo. Este banana do Mario Gobbi está para o Andres, assim como Roberto Pasqua está para Vicente Mateus, uma administração omissa, medrosa, limitada. O comportamento das organizadas, absolutamente deplorável, requer um posicionamento firme da diretoria, tem que ter um fim. Finalmente, o elenco, que tido como o melhor elenco, mostrou-se limitado, jogadores fazendo o que lhes melhor aprouver, com a conivência da diretoria de futebol, encobrindo atrasos, não punido esses atrasos, o Tite com o sentimento de dívida com os atletas, aliás injustificado, pois ganharam muito dinheiro nas conquistas, se perdeu em suas convicções e nem sempre o melhor entrou em campo e o resultado é esse.

  • Concordo em quase tudo, mas faria uma ressalva com relação ao episódio de Oruro. Alí não sei até hoje qual o caminho que deveria ter sido adotado por todos (diretoria incluído). E já que é esse o tema, nós que temos que defender tudo o que se refere ao Timão em nossos círculos de relacionamento, estamos ficando sem argumentos para essas atitudes da torcida. Vou concordar com o João Ricardo: cortar os ingressos quando o Timão for visitante. as e quando for o mandante?

  • E, diante desse quadro, agora (e só agora evidentemente, depois que que as meninas do Jardim Leonor receberam a sua cota), o excelentíssimo senhor Paulo Schmidt sai com essa pérola que ao que parece, só ele não sabia:

    “- Não tem um fim. É entregar-se à própria sorte ir a um estádio atualmente e não se expor à violência. Totalmente fora de controle. Cenário jurídico desportivo, seja normativo, seja pelo apego que está positivado em detrimento da realidade que requer outras posturas, CBF e STJD não conseguem dar respostas à altura dos acontecimentos.”

    Quer dizer, vai continuar aplicando penas inócuas como perda de mando de campo?

    No final de suas pérolas, acrescenta que as punições aos clubes devem ser maiores, ou seja, portões fechados.

    Só espero que ele não tenha a cara de pau de inaugurar as “novas penas” como exemplo aos “marginais”, enquadrando o Corinthians.

    É simplesmente surreal, um Presidente de um Tribunal, não enxergar que punir o clube não disciplina, nem enquadra “bandidos”.

    Nem que o Schmidt resolva prender a mãe e o pai, dos vândalos, ou mandar decapitar diretores de clubes vai resolver.

    A tendência de empurrar com a barriga essa questão, aplicando punições inócuas, parece que é um jogo para justificar a incompetência do estado de prender e enquadrar os baderneiros e agressores, seja prendendo, ou obrigando a presença dos mesmos em delegacias nos horários dos jogos.

    Ou seja, eles não querem acabar com a violência, efetivamente.

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