Mudança franciscana
(Jogadores de Corinthians e Fla no protesto do BSFC)
Uma coisa ninguém pode negar ao jogador Paulo André, em sua entrevista, na página amarela da Veja desta semana: é um sujeito correto. É, claramente, bem intencionado.
No bom mocismo característico do pessoal do BSFC há quase um toque de frades franciscano. Querem um mundo melhor, um futebol melhor e uma vida melhor para todos. Uma permanente reafirmação de desejos com incrível coragem e desprendimento.
Boas idéias, boas palavras e bons propósitos são importantes em toda área da atividade humana.
Agora, dos bons programas à realidade de sua implantação, vai um planeta de dificuldades.
Como está claro, o pessoal do BSFC não sabe bem o que quer, pois, já mudaram várias vezes suas premissas. Querem o melhor para todos, como dizem. Porém,isso é algo tão vago quanto querer o fim das doenças.
Talvez este certo ar de ingenuidade seja um dos fatores do sucesso midiático do Movimento até os dias atuais.
Assim como não sabem bem o que querem são equivocados na sua análise sobre o futebol brasileiro.
Diz Paulo André que os jogadores que jogaram na Europa quando retornaram perguntaram: “Como é possível eu ter saído daqui há tanto tempo e nada ter melhorado?”
Errado. Muito errado. O futebol brasileiro evoluiu muitos na últimas décadas.
Tem calendário para todos os meses do ano; os jogos começam no horário em todos os estádios; dentro do gramado há controle de pessoal; as arbitragens melhoraram; há um bom número de estádio em boas condições. E tem o Estatuto do Torcedor, que foi um grande salto no nosso esporte.
Há falhas? Muitas. Gramado ruim em vários estádios; penetras nos gramados; e até a imperfeita venda de ingressos (com favorecimento de grupos de torcedores).
Mas -que o jogador confirme- nossa situação é bem melhor que a Europa como um todo. Bastaria dizer que em boa parte dos países, os campeonato vivem comprometidos com a venda de resultado (ex.Itália) com a presença constante de jogadores nas maracutaias.
A melhora do futebol brasileiro nas últimas décadas pode ser medida pelo número de jogadores (alguns craques fora de série) que retomaram para equipes brasileiras, com grandes salários.
A entrevista de Paulo André é boa. Muito boa e bem intencionada. Mas sem qualquer novidade que mude o futebol brasileiro.
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A entrevista foi boa. Já o jogo de hoje… não dá para acreditar como o time pôde ter sido tão apático…