Laços sem ternura
Organizada diz ter prioridade para ingresso
MORRIS KACHANIDE SÃO PAULO
As torcidas organizadas do Corinthians têm direito a uma cota de 5.000 cartões do programa Fiel Torcedor, que proporciona descontos e prioridade na compra de ingressos.
Pela anuidade do cartão, pagam cerca de R$ 30, ou seja, R$ 150 a menos que o torcedor comum.
A informação é de Wagner da Costa, 30, presidente da Gaviões da Fiel, e contraria Mario Gobbi, presidente do Corinthians, que afirmou ontem que o clube não tem vínculo com as organizadas.
“Não somos doadores, nem colaboradores. Eles são órgãos independentes”, enfatizou Gobbi. Procurado, ele não atendeu a reportagem.
O preço comum da arquibancada é R$ 40. As organizadas contam com prioridade na compra das amarelas, mais numerosas e bem posicionadas, mas pagam R$ 21 por ingresso, cerca de R$ 3 a mais que o torcedor comum que adere ao programa.
Costa, 30, que dirige também a escola de samba, recebeu a Folha na quadra da torcida. “Repudiamos a violência e os atos de vandalismo. Mas que estava na hora de fazer protesto, estava. Parece uma piada, os jogadores falando em fazer greve. Eles precisam é voltar da greve, pois não estão jogando nada desde o ano passado.”
Os principais alvos, de acordo com ele, são Pato, Emerson e Romarinho. “O papel deles é jogar. O nosso é fiscalizar e cobrar. O torcedor paga o ingresso e não está gostando do futebol do time. É como se os jogadores estivessem lá roubando o salário do Corinthians. Do mesmo jeito que a população foi para as ruas nas manifestações de junho, estamos lutando por nossos direitos.”
Segundo ele, o protesto ocorreu de forma espontânea sem a participação de qualquer organizada. “É como os rolezinhos. Um chamando o outro pela rede social”, diz.
“Lógico que tinha torcedor organizado, se não estaria mentindo”, afirma. “Mas não sabemos quem participou.”
Costa, acusado por suposto envolvimento em briga com torcedores do Palmeiras, que resultou na morte de André Alves Leso e Guilherme Vinicius Jovanelli, em 2005, considera preconceituosa a ideia da violência associada às organizadas.
“A violência está espalhada em toda sociedade. Quem já não deu um murro na cara do outro?”, questiona o presidente da Gaviões, também conhecido como “B.O.”, abreviação de “Boneco de Olinda” por conta do porte físico que lembra o jogador italiano Mario Balotelli, e não de “boletim de ocorrência” como poderia se supor.
www.folha.com.br
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“… A informação é de Wagner da Costa, 30, presidente da Gaviões da Fiel, e CONTRARIA Mario Gobbi, presidente do Corinthians, que afirmou ontem que o clube não tem vínculo com as organizadas… ”
Caso Mario Gobbi tenha sido pego mentira, só lhe restaria uma atitude digna: pedir demissão em caráter irrevogável.
Qualquer presidente de uma empresa honesta seria obrigado sem subterfúgios (pelo resp. Conselho da mesma) a agir desse modo.
Porisso defendo que o Corinthians tenha 1 presidente e 1 diretor executivos REMUNERADOS com notórias e comprovadas capacidades administrativas e que prestem contas anuais de resultados. Estes 2 altos executivos seriam designados por um “Conselho” (ou alguma instituição jurídica equivalente).
Tal Conselho seria composto de pessoas eleitas da forma mais democrática possível. Não seriam remunerados. Condições ‘sine qua non’ para pertencer ao Conselho: possuir na sua profissão notável saber e reputação ilibada, ser reconhecidamente corinthiano, ter situação financeira e social estáveis, não paire qualquer dúvida de que tenha utilizado-se do Corinthians para fins financeiros pessoais.
Não sou advogado. Entretanto, tenho certeza que algo do tipo acima seja possível.
Sinceramente tenho VERGONHA desse tipo de torcedor que confunde protesto com violência. O Gobbi esta perdendo uma oportunidade unica de se posicionar contra tudo o que aconteceu DE MANEIRA CLARA, com atitudes.
Ontem o jornalista Mauro Cesar Pereira, que eu não gosto, falou na ESPN algo interessante. Quem anda rompendo com as organizadas (medida correta, a meu ver), está sofrendo ameaças (e os familiares também). Aconteceu com o presidente do Independiente da Argentina e com o presidente do Cruzeiro. Talvez daí eu entenda o lado do Gobbi, porque também como disse o Mauro, em época de eleição os candidatos trocam apoio (votos) dos organizados em troca de favores (ingressos). É complicado, mas infelizmente essa foi uma oportunidade de ouro para ter rompido com os organizados e saído por cima. Infelizmente o rompimento não aconteceu.
Citadini, sei que você não vai gostar do meu comentário, mas publica aí, por favor. O problema do Gobbi para não ter rachado com os organizados está no fato de que os membros da diretoria vieram de lá. Pois bem, vai aí minha sugestão. É hora do grupo de oposição ir conversar com o presidente e se oferecer para compor com a diretoria caso ele fique abandonado. Está aí a chance dele romper com os organizados. Vocês da oposição precisam formalizar essa ajuda à ele.
João Ricardo, concordo com você. Acho que está passando da hora de situação e oposição se unirem em pról do Corinthians. O Andrés, veio de torcida uniformizada, fez um bom trabalho, colocou o Corinthians no lugar que sempre mereceu, porém, acho que esta fazendo m…., dando apoio a esses marginais que invadiram e destruiram tudo no CT.
A oposição liderada pelo Citadini, Fran, Os Garcias, Stabile e outros, que não rezam na cartilha do Andres, deveriam se unir ao Gobbi e afastar de vez esses vandalos do Timão.