Feb 7, 2014

Um profissional de primeira

 

Ex-fisiologista de Corinthians e seleção luta contra doença degenerativa

 

 

Vanderlei Lima
Do UOL, em São Paulo

  • Renato Lotufo, ex-fisiologista do Corinthians e da seleção brasileiraRenato Lotufo, ex-fisiologista do Corinthians e da seleção brasileira

Um dos maiores nomes da fisiologia esportiva do país, Renato Lotufo está há algum tempo afastado do futebol em função de uma doença degenerativa rara chamada APP (Afasia Progressiva Primária), que tem sintomas similares ao Alzheimer e causa uma perda gradativa na capacidade de se comunicar oralmente.

O último trabalho de Lotufo, 57 anos, foi no Corinthians, em 2007. Depois, ele decidiu se afastar para tratar da doença. Hoje, faz tratamento em uma clínica com o acompanhamento de sua mulher, Rosana, e de seus três filhos.

Os principais sintomas da doença, que tem origem genética, estão relacionados à dificuldade de comunicação, fala com defeito, falta de memória na pronúncia de palavras e pode ir até a mudez, em casos mais extremos.

“Fiquei cuidando dele até dezembro do ano passado. Mas aí chegou num estágio que não tinha mais recursos, agora ele está em uma clínica que tem poucas pessoas lá. Mas ele está muito bem cuidado e estamos tranquilos. Ele tem enfermeiros, fisioterapia e médicos à disposição”, falou a mulher, Rosana.

“Mas o Renato é privilegiado porque a família tem muito carinho por ele, porque o amor que a gente tem por ele”, continuou.

Renato Lotufo teve passagem na seleção brasileira, entre 1998 e 2000. Trabalhou em comissões com técnicos como Vanderlei Luxemburgo e Nelsinho Baptista.

Foi com Luxemburgo que foi levado para a seleção depois de trabalharem juntos no clube do Parque São Jorge.

“Ele foi o pioneiro no processo da fisiologia dentro do futebol brasileiro. O crescimento da preparação física se deve muito ao trabalho que o Dr. Renato Lotufo desenvolveu. Além disso, ele é uma  excelente pessoa”, falou Luxemburgo ao UOL Esporte. “Ele acrescentou dentro da fisiologia muita coisa no futebol”, completou.

www.uol.com.br

2 Comments

  • Puxa, que notícia ruim. Eu lembro das minhas falecidas avós com problemas de Alzheimer, era triste vê-las. Torcida para que ele e todos os que sofrem com isso possam melhorar.

  • Estou estupefato. Cuidou de minha perna em Atibaia no acidente que tive. Levei a ele um fisiologista russo com uma tecnologia nada ortodoxa e trocaram figurinhas interessantes. Foi sempre um cara de ótimo espírito e agora uma notícia dessa. Que a medicina evolua e de-lhe cura total porque este cara merece. Jóia rara do esporte e da vida.

Leave a comment