Apr 12, 2014

Que belo negócio ! Para o jogador.

NÃO FOI O COMPORTAMENTO QUE DERRUBOU SHEIK NO CORINTHIANS

Emerson Sheik já foi liberado pelo CorinthiansEmerson Sheik já foi liberado pelo Corinthians

Em pouco menos de três anos de Corinthians, Emerson Sheik se caracterizou por duas coisas: as polêmicas e o bom futebol. Prestes a ser emprestado ao Botafogo, o atacante vê seu mau comportamento e o histórico de confusões ser apontado como explicação para o fim de sua passagem no Parque São Jorge. Não foi. Em má fase há meses, o camisa 11 deixará o elenco comandado por Mano Menezesporque seu desempenho parou de compensar os problemas.

A análise é feita desde o início do ano pela diretoria e pela comissão técnica. Emerson, inclusive, não tem dado tanto trabalho em 2014. Mais pontual, tem seguido à risca as orientações que recebe e não foi notícia por nenhuma polêmica. O problema é que, em campo, ele não tem rendido.

Emerson não marca desde agosto da temporada anterior, fez só nove jogos neste ano e foi titular em apenas três. A despeito de ser um dos poucos atacantes do elenco corintiano, é o sétimo melhor do time em finalizações e a quarta opção do técnico, que prefere RomarinhoLuciano e Guerrero. Se continuasse em queda, poderia perder a briga até para Malcom, jovem recém-promovido da base.

Só que Sheik nem sempre foi assim no Corinthians. O atacante chegou do Fluminense em 2011 e, depois de um começo claudicante, foi protagonista na conquista do Brasileiro daquela temporada, jogando ao lado de Liedson.

No ano seguinte, o ápice veio na conquista da Libertadores. Emerson marcou contra o Santos na semifinal, deu o passe para Romarinho no primeiro jogo contra o Boca e fez dois na grande decisão no Pacaembu. Em uma noite, entrou para a história do Corinthians, mas sempre sem se enquadrar no padrão politicamente correto.

Emerson chegou demitido do Fluminense por cantar uma música do Flamengo na concentração, respondia a um processo sobre compra de carro ilegal e havia adulterado sua identidade (ele se chama, na verdade, Márcio Passos de Albuquerque) no começo da carreira. O Corinthians, portanto, sempre soube das polêmicas que acompanham o Sheik.

No clube, ele somou outras à lista. Chegou seguidas vezes atrasado, já foi multado por isso e mais de uma vez usou um helicóptero para chegar ou sair do treino. Emerson provocou rivais em redes sociais, deu um ‘selinho’ em um amigo e nunca escondeu seu gosto por baladas. Só que tudo isso, na verdade, tornou-se uma espécie de folclore do jogador.

‘[A gente] vai fazer uma despedida aqui [no CT]. Uma pena que não vai poder ser na casa dele, porque minha mulher não vai liberar’, disse Fábio Santos na última sexta, brincando justamente com o lado ‘festeiro’ do colega.

Emerson era o exemplo de uma política que deu certo no Corinthians. Em sua versão vencedora, o clube conviveu com outros jogadores com histórico de indisciplina, como Jorge Henrique e Chicão. O autocontrole do grupo, porém, sempre evitou medidas mais drásticas.

A conduta suave do elenco tinha o dedo de Tite, que chegou a se incomodar com Sheik, mas nunca rompeu a relação com o jogador, que é querido pelo elenco e pelos funcionários pelo bom trato diário.

Só que Emerson parou de corresponder. Em 2013, deixou de ser titular absoluto e passou a brigar por posição com Alexandre Pato e Romarinho. Sua última grande atuação foi na Recopa do ano passado, quando liderou o Corinthians no título contra o São Paulo, um dia depois de renovar seu contrato até o meio de 2015.

O novo compromisso já foi feito a contragosto. Àquela altura, o clube já entendia que Emerson era um investimento arriscado, mas tinha poucas opções de elenco, tinha acabado de liberar Jorge Henrique e não podia prescindir de um atacante desse porte sem reposição à altura.

Em 2014, nem esse papel Emerson conseguiu cumprir. Sua lesão na reta final do Paulista, justamente quando o Corinthians precisava vencer para se manter vivo, foi a gota d’água. Em seus momentos finais, o Sheik ainda deu trabalho para ser negociado por sentir-se confortável com um bom salário no ambiente familiar do Corinthians.

Para que o atacante topasse a mudança para o Botafogo, foi necessário que o presidente Mário Gobbi negociasse o empréstimo pessoalmente, deixando claro a Emerson que ele não estava mais nos planos. Com a garantia de que não perderia dinheiro e poderia voltar a atuar, o Sheik finalmente topou, e o negócio deve ser selado nos próximos dias.

Na nova casa, Emerson terá uma nova chance de mostrar que tem futebol para, se necessário, compensar as polêmicas que arrasta consigo.

Fonte: UOL

www.meutimao.com.br

13 Comments

  • “Que belo negócio ! Para o jogador.” (sic)

    Só para o jogador?? Hhhhuummmm

    Porisso que eu defendo a profissionalização dos dirigentes no Corinthians. É o único modo de diminuir a corrupção. Presidente (de futebol) REMUNERADO e diretor (de futebol) REMUNERADO. E que prestem contas em todas as transações e de resultados para um Conselho formado por verdadeiros corinthianos que não precisam do dinheiro do Corinthians e que sejam honestos.

    Como em qualquer grande empresa: se o presidente e/ou diretor não mostrarem rendimento o caminho é a rua e se forem corruptos “ganham” um processo por perdas e danos.

    • quanta asneira, não tem noção do que é um clube e do que é uma empresa acha que está abafando, e no final se soubesse, está passando vexame.

  • E agora o Corinthians fica a mercê do Botafogo, que terá que depositar na conta do clube metade dos salários. Daí eu pergunto. Se eles não estão pagando nem os jogadores deles, será que vão pagar o Corinthians? Tomara, mas não duvido que no futuro isso vire litígio na justiça.

    • Concordo, João Ricardo, que é ruim ficar nas mãos do Botafogo. Mas, o que é muito pior é o Corinthians estar nas mãos por anos e anos de dirigentes “amadores” (com muitas, muitas aspas) e muitíssimo espertos. Os tais espertos jamais perdem: os espertos devem pensar, se der deu senão, o Corinthians que se lasque.

      Tendo em vista estes “corinthianos” que estão no Corinthians atualmente, estou contigo João Ricardo: que venha o sãopaulino José Roberto Guimarães como presidente (de futebol) REMUNERADO, já!!!

      • continua falando asneiras, jose roberto guimarães é corinthiano, e sabe como ele saiu do corinthians? eu respondo.
        luizão voltou da europa e existia a nova lei pelé , então o corinthians tinha combinado com luizão um contrato de 3 anos e na época só poderia se fazer contratos de no máximo dois anos.
        zé roberto chegou para o luizão e explicou , luizão então disse vamos fazer o contrato de dois anos e depois a gente refaz um outro.nos moldes do corinthians.
        passado um ano e meio o corinthians chamou o luizão para fechar o “novo” contrato ao que ele respondeu.
        que não lembrava de ter conversado isso com o zé roberto, e conseguiu fazer um novo contrato mais vantajoso para ele.
        ou seja naquela época o dirigente renumerado foi enganado por um jogador. e que hoje leva o seu nome na parte da churrasqueira do ct do corinthians.
        acho que a função nossa, é torcer para o corinthians e não ficar dando palpites que a gente não sabe o que acontece no dia a dia. ou as funções de um dirigente.
        não está contente, muda de time. torce para outro.

    • um bom comerciante, as vezes acha que uma mercadoria vai sair bem , e ela fica encalhada, a melhor solução é abaixar o preço para ela sair mais rapidamente e evitar a perda total.
      no caso de jogadores do corinthians que nunca se sabe se darão certo ou não , é fazer um contrato longo, por ex. ( o luciano, pode vir a se tornar um grande jogador e também pode não ser) se o corinthians não fizer logo uma prorrogação do contrato dele. empresarios vendo ele fazer gols, vão triplicar o salário dele , e dizer para ele não assinar com o corinthians.
      então fica-se entre a cruz e a espada.
      depois da coisa feita, só existe duas coisas, ou vende, ou encosta , ou empresta.
      quem vai querer pagar 500 ou 600 mil que o emerson conseguiu?
      então emprestar pagando meio salário em um ano e meio são 5,4 milhões de economia.
      o corinthians só não fez o negocio ainda pois está esperando as garantias, não do botafogo , mas de algum patrocinador que garanta pagar esse dinheiro ao sheik.

  • dirigente remunerado só vai gerar mais custos, afinal, como atribuir a ele a “culpa” por um jogador não “dar certo”? isto é imponderável.

    e em relação a renovação do sheik quando já não estava jogando nada o sr. tite também tem sua parcela de culpa.

    • “como atribuir a ele a “culpa” por um jogador não “dar certo”? isto é imponderável.”

      @pynoj : em qualquer negócio existe o risco. Maior ou menor, mas sempre existe. No caso da contratação de um jogador, existe o fator humano que é, como você disse, imponderável.

      O que eu estou me referindo é às partes do negócio que NÃO são imponderáveis. Isto é, à certeza. Por exemplo, gostaria de saber detalhadamente:

      (1) como foi a negociação do Pato. Se houveram dirigentes ” ” “amadores ” ” ” que ganharam comissões.

      (2) como foi a renovação do Sheik. O total dos 520 mil foram só para ele e seu empresário? Ou teve dirigentes ” ” ” amadores ” ” ” que receberam comissões no início, por ocasião fechamento do contrato?

      (3) etc. etc. etc.

      Se o nosso clube está contaminado por diretores ” ” ” amadores ” ” ” deste tipo, tenho certeza que é muito mais econômico pagar um presidente (de futebol) com salário de presidente de multinacional.

      Se isso dá certo ou não, precisamos perguntar aos americanos, que fazem isso no basquete, no football deles, no volei, etc. Corrupção sempre vai existir. Mas diminuir acho que, até no Brasil, iria.

      • toninho entra com uma ordem judicial e pede para o corinthians prestar contas a você.

    • É verdade que dirigente remunerado acarreta mais custos, mas isso pode gerar mais economia, pois as péssimas negociações de tempos recentes vêm nos causando muito prejuízo.

  • Ah, outra coisa, esqueçam a final paulista. Hoje o negócio é aqui em Maringá. Campeonato Paranaense. Eu estou sem ingresso. Como não não compro de cambista, fico em casa vendo pela TV. Vai Maringá.

    • João: infelizmente, soube que não deu para o Maringa neste ano. Vida que segue…

  • remunerado ou não, o dirigente não pode é ser corrupto, não pode é tirar dinheiro do time e depois se dizer corinthiano.. pra mim que quem rouba o Corinthians não pode se declarar torcedor.

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