Jun 26, 2014

O sucesso da Copa não deve esconder o desastre dos esportes olímpicos

Nuzman E Seus Milhões!

junho 25, 2014

por Alberto Murray

 

 

O trêmulo presidente do Comitê Olímpico Brasileiro, para tentar melhorar sua imagem junto ao governo, ao Congresso Nacional e à opinião pública, insiste em escrever que na sua longa gestão que já dura vinte anos conquistou sessenta e nove medalhas olímpicas, fazendo uma comparação safada com períodos anteriores ao seu. É evidente que isso é mais uma jogada de marketing de desses muitos assessores que ele contrata sem licitação pública e paga com dinheiro público, oriundo da Lei Piva.

A assessoria de imprensa do Nuzman é perfeita em contar mentiras dizendo verdades. Esse artifício ardil essa patota usou, entre outras vezes, quando Nuzman compulsoriamente deve que deixar o COI por completar setenta anos, em 2.012. Os serviçais e borra botas de imprensa do COB disseram que “Nuzman fora apontado pelo presidente Jacques Rogge como membro vitalício e honorário do COI” e ponto final. Essa é uma previsão estatutária que se aplica indistintamente a todo e qualquer membro do COI que tenha atingido setenta anos e servido à entidade por pelo menos dez anos, após o ano 2.000. Os pseudo jornalistas de Nuzman quiseram fazer parecer que se tratava de uma honraria especial conferida ao Nuzman treme-treme. Mentira!

A mesma coisa essa gente faz com a contagem de medalhas. Nuzman e sua gente conta a história da forma como lhes convém. Não são transparentes. O Comitê Olímpico Brasileiro nunca teve tanto dinheiro público jorrando em seus cofres como nos últimos vinte anos. É muito dinheiro mesmo, que sai do bolso do consumidor e que vai para a conta bancária olímpica, isso sem contar o dinheiro das estatais que patrocinam as Confederações. O que Carlos Arthur Nuzman esconde do governo, do Congresso Nacional, da mídia e do povo é que em Atlanta 96, cada uma de suas medalhas custou R$ 4,4 milhões de Reais aos cofres públicos. Já em Londres 2.012, em que o Brasil teve desempenho pior que em Atlanta 96, cada medalha do Brasil custou a bagatela de R$ 123 milhões de dinheiro do povo. Ou seja, Nuzman a cada ciclo olímpico vai consumindo dinheiro público em progressão geométrica para entregar, comparativamente, menos medalhas. Isso significa que Nuzman é incompetente no trato e na gestão do dinheiro público, pois quanto mais recebe, não consegue evoluir esportivamente na mesma medida.

Nuzman tem uma personalidade insegura. Tem a necessidade de aparecer ser mais do que é. É muito preocupado com aquilo que os outros vão pensar dele. E ao mesmo tempo que é muito inseguro, tem uma vaidade enorme. Tudo isso faz dele uma pessoa complexa, muitas vezes indelicado com seus funcionários, o que se agrava em face do momento particular que está passando.

Nuzman se lixa para o esporte de base, estudantil, popular e essa política de canalizar todos os esforços e recursos para o altíssimo rendimento estão matando o futuro do esporte brasileiro. A base está completamente desasistida.

Nuzman não é a pessoa certa para o COB e a esperança é que ele não chegue a 2.016 nas funções que ocupa.

Atente, leitor, que Nuzman gera muito mal o seu dinheiro público. Não se esqueça: em Londres 2.012 cada medalha olímpica custou R$ 123 milhões do seu bolso. Pelo dinheiro que o COB recebeu, era obrigação ter feito não apenas melhor, mas mil vezes melhor.

www.abertomurray.wordpress.com

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