Sep 24, 2014

Entrevista

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Conselheiro vitalício do Corinthians, vice-presidente do clube entre 2001 e 2004, conhecido pela irreverência e por seu forte posicionamento, o Super Four Paulista conversa com Antonio Roque Citadini.

O ex-homem forte do futebol do Timão opina sobre Andrés Sanches, Mário Gobbi e, entre outros, confidencia que se for escolhido, pode disputar a presidência do Timão em 2015.

Confere aí!

S4: O senhor se mantém como conselheiro vitalício do Corinthians, mas sem aparecer tanto na mídia como no passado, por quê?
Citadini: Sou apenas membro do Conselho Deliberativo. Sou conselheiro vitalício e não ocupo nenhum posto executivo.

S4: Hoje, como está sua atuação dentro do clube?
Citadini: Conselheiro. Sem qualquer cargo na administração.

S4: Mudou muita coisa desde 2004, ano em que deixou a vice-presidência do clube?
Citadini: Muita coisa mudou, algumas para melhor e outras tantas para pior.

S4: De 2001 até 2004, sua atuação como vice-presidente mesclou polêmicas e sucessos. Se recorda de alguma situação que mudou sua forma de agir e pensar?
Citadini: Não. Sempre tive uma forma direta de me expressar.

S4: Qual a sua opinião sobre gestões semelhantes a que a Parmalat fez no Palmeiras?
Citadini: Ruim. Muito ruim. Basta olhar a atual situação em que está o Palestra. Muito pelo reflexo desse passado.

S4: Diariamente vemos a mídia publicando informações sobre as contas do Corinthians em relação ao estádio. Você conhece essas contas? Está claro?
Citadini: Conheço apenas o que foi informado pela Diretoria.

S4: Corinthians x Palmeiras, Corinthians x SP ou Corinthians x Santos. Qual destes grandes clássicos é o seu favorito? Por quê?
Citadini: Corinthians e Palestra. Acredito que este é o verdadeiro clássico da história da cidade. Ele representa bem os povos que aqui vivem.

S4: Em 2005, o Corinthians teve como treinador o argentino Daniel Passarela. Este ano, o Palmeiras contratou Ricardo Gareca. Ambos tiveram passagens rápidas e sem muito sucesso por seus clubes. Por que isso acontece? Acredita que treinadores estrangeiros não conseguem entender nossa cultura futebolística ou nós que ainda não estamos preparados para eles?
Citadini: O futebol brasileiro já teve muitos técnicos estrangeiros. Alguns deles tiveram certo sucesso. Outros, como estes citados, nem tanto.

S4: Nos últimos anos, o futebol brasileiro tem se tornado destino certo para jogadores em final de carreira ou em má fase técnica, que na maioria dos casos chegam recebendo altos salários. Acredita que este seja um processo positivo ou negativo para nossos clubes? O clube tem mais a perder ou a ganhar?
Citadini: Quando o jogador é bom e ainda rende, não vejo problema. Mas muitos fracassam na Europa, e nesses casos eu não acho uma boa para nós. É preciso ter bom senso nesses casos.

S4: Por que deixamos de formar grandes jogadores?
Citadini: Porque as categorias de base foram tomadas por outros interesses. Inclusive foram ocupadas por “parceiros/empresários”, como são chamados nos clubes.

S4: Qual o segredo para conseguir administrar no dia a dia de um clube de futebol os egos de jogadores, problemas internos, pressão da torcida e imprensa?
Citadini: No Corinthians não é problema. Uma boa direção resolve tudo.

S4: Pensa em algum dia se tornar presidente do Corinthians? Por quê?
Citadini: Nós teremos um candidato na próxima eleição. Se for escolhido, não terei problema em aceitar.

S4: Quem foi melhor, Gil ou Kaká?
Citadini: O que eu afirmei é que o Gil ganhou todos os títulos que disputou quando o Kaká jogava por aqui. Isso é um fato.

S4: Qual o fato mais marcante de sua história na diretoria do Corinthians? Por quê?
Citadini: Acho que o ano de 2002 foi muito bom. O título do Paulista de 2003 (que o SPFC queria de todo jeito) também foi um momento muito marcante para mim, e para muitos Corinthianos.

S4: Com qual jogador ou treinador jamais trabalharia novamente? Por quê?
Citadini: Alguns


Jogo Rápido | Defina em poucas palavras

Alberto Dualib
Cometeu um erro quando fez a parceria com a MSI.

Andrés Sanchez
Cometeu um erro grave quando aceitou ir para a CBF. Isso não é cargo para gente do Corinthians.

Mário Gobbi
Um presidente que deixará o clube com grandes problemas.

CORI (Conselho de Orientação)
Precisa mudar. Quando só defende a diretoria erra muito.

Categorias de Base
Não podem ser dominadas por empresários. Não precisa ganhar título, mas precisa revelar jogador.

Torcidas Organizadas
Devem ter os mesmos direitos e deveres dos torcedores comuns.

Arena Corinthians
Um belo estádio que fará história em São Paulo.

Imprensa Esportiva
Gosto de polemizar com ela.

Obrigado Roque!

Saiba mais em Blog do Citadini e no Twitter Oficial do Roque.

Colaboração: Leandro Silva Tati Vieira

supeforpaulista.com.br

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