Oct 7, 2014

Escolinha de dirigentes.

Bom Senso quer clubes gastando até 70% do orçamento com salários e reforços

POR BERNARDO ITRI

CBF e Bom Senso estão próximos de um acordo sobre a formatação da lei que refinancia as dívidas fiscais dos clubes, mas um ponto ainda causa divergência. Os atletas querem que os clubes se comprometam a gastar, no máximo, 70% de seu orçamento anual com o futebol profissional –leia-se salários e contratações– e invista o restante em áreas como as categorias de base. Os clubes, porém, ainda relutam em aceitar a limitação.

Questão de tempo. O Bom Senso sustenta que a aplicação de um teto de gastos com o futebol é uma medida que vai contribuir para a gestão dos clubes a longo prazo. O movimento acredita que, apesar das diferenças com os cartolas, o acordo sobre este tema deve sair nos próximos dias.

Gasto contido. Outra limitação proposta pelo Bom Senso, mas que desta vez foi aceita pelos clubes é referente à antecipação de receitas, prática comum dos dirigentes e que vem desidratando as finanças dos times. O acordo prevê que o presidente de uma agremiação só pode antecipar até 30% das receitas do primeiro ano de gestão de seu sucessor. Hoje, contratos longos são antecipados.

Relógio. A CBF e o Bom Senso pretendem enviar à Casa Civil e ao Ministério do Esporte até a próxima semana todos os pontos acordados para a redação final do projeto de lei que refinancia as dívidas fiscais dos clubes. Ainda não há previsão para que o texto seja votado.

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