Vídeo: a questão da base
Todas as terças e quintas, você poderá acompanhar em nosso blog e em nossas redes sociais um vídeo, que vai sempre discutir questões relevantes a respeito do Corinthians.
Em nosso primeiro vídeo, que você assiste abaixo, falamos de uma das questões-chave na vida do clube: as categorias de base.
Você pode participar dos vídeos deixando seus comentários, que serão lidos e respondidos na medida em que os vídeos forem sendo publicados.
Corinthianos e corinthianas,
O Corinthians nos próximos meses terá a sua eleição e deve aproveitar o período que a antecede, esses três meses, e discutir os maiores problemas que o clube tem, afinal é para isso que nós vamos ter um processo eleitoral: para se discutir os problemas e as soluções.
Um dos maiores problemas que o clube vive nos tempos atuais é a questão das categorias de base.
A categoria de base é aquela que revela jogador. O Corinthians tinha uma grande história na revelação de jogadores. Cito, por exemplo, Rivellino, que foi o maior jogador que eu vi jogar, um grande jogador, e que foi revelado pelo Corinthians assim como tantos outros, que não caberia citar aqui para não esquecer de nenhum deles, mas nós podemos ver ad importância do clube revelar jogadores quando nós olhamos aquelas fotografias de times que foram campeões.
Em qualquer período você encontrará sempre três, quatro, cinco, até muitas vezes mais jogadores revelados no Corinthians e que se sagraram campeões.
Infelizmente, isso mudou. O clube adotou uma nova política de categoria de base que tem se demonstrado desastrosa para o Corinthians. Nós não estamos revelando jogadores e estamos deixando de cumprir aquele papel importante das categorias de base que é formar atletas para o time principal e depois os atletas podem ser vendidos.
O último grande jogador que nós tivemos, revelado pelas categorias de base, foi o Willian, que começou no clube ainda no século passado. Foi um jogador que acabou sendo negociado, uma belíssima negociação, que rendeu muito ao Corinthians. Depois do Willian tudo foi pouco significativo, inclusive em matéria de dinheiro.
Mas porque o clube parou de revelar jogador? Porque houve uma mudança na política do clube que tem dois pontos:
-Primeiro: a maior parte dos jogadores que chegam ao clube já chegam com um parceiro – o parceiro é um empresário que diz que é dono, que deu dinheiro, que deu casa para o pai, para a mãe, e que acaba ficando com 50%, 40%, 60%, 80% dos valores daquele jogador – quando ele for negociado, o clube recebe uma parte e os empresários recebem a outra parte.
É o clube que neste período investe, paga salário, treina o jogador, tudo, mas no final, quem acaba ganhando? Os empresários, e o Corinthians acaba não ganhando. Isto foi num primeiro momento, quando começaram a admitir esses nas categorias de base, esses empresários donos de jogadores.
-Depois, num segundo momento, o clube passou a oferecer que empresários emprestassem dinheiro para o clube, para o time principal, oferecer jogador. Então o empresário emprestava R$ 1 milhão, R$ 2 milhões, essa coisa toda, e ai como contraprestação ele ia lá na categoria de base e via os jogadores, os meninos que não tinham ainda parceria determinada.
Esta política se mostrou um desastre. O clube não revela, quando revela e vai negociar ganha pouco dinheiro e acabou destruindo praticamente a categoria de base do clube.
É preciso recomeçar quase do zero! E recomeçar com um ponto central: todos os jogadores da categoria de base que o Corinthians formar, 100% é do Corinthians.
Eu seu que dirão: “Ah! Mas se exigir isso daí o jogador vai para outro time”. Que vá! Quem quiser ir para outro time vai lá. Tem o Guarani, tem a Pirassununguense, tem o São Bento… vai para outro time se não quiser, se quiser ficar no Corinthians, o menino que chegar lá para jogar, é 100% do Corinthians, vai receber todo o apoio, e se for revelado o clube ganhará com ele no time, pelo futebol dele, e também pelos negócios.
Sei que dizem: “Ah! Isso não é possível porque os empresários dominam”. Os empresários dominam porque os clubes não enfrentam, porque a hora que enfrentar não tem domínio de empresário.
Então as categorias de base são um problema crucial, onde o clube tem que decidir em fevereiro se vai continuar dessa forma, com os empresários donos de quase tudo, o clube não revelando, e quando revelando não ganhando dinheiro ou se mudará para encontrar um outro caminho.
É difícil ? É, mas o caminho é 100% para o Corinthians.
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Ótima proposta! Quer, quer. Não quer, vai jogar em outro clube. Mas Citadini, você sabe que mexer nesse departamento é mexer num vespeiro…há muitos interesses e interessados para que as coisas permaneçam como estão. Vai dar trabalho. Mas vale a pena!
Vou insistir. Se o tal Roberto não é mais diretor, como ele pode afirmar que em janeiro o clube terá um treinador? Ele está falando em nome de quem, se ele não tem cargo, e em janeiro não será eleito ainda? Será que não existe um repórter capaz de questioná-lo sobre isso?
João, pensei o mesmo…e aí caiu a ficha. O Gobbi vai contratar o Tite e fim de papo. Se o Roberto ganhar ótimo…ele quer o Tite. Se perder, o contrato estará assinado e não tem como mudar sem pagar multa. Eu acho que é por aí….
Os empresários ganham grana nas categorias de base do Corinthians. Já o clube…
Concordo plenamente com Citadini. Jogador da base tem que ser 100% do Corinthians. Quem nao quiser pode sair.
Tb concordo com o senhor! Jogador da base so do clube…
Ótima idéia desses vídeos às terças e quintas!! Tenho certeza, que os leitores do blog que são corinthianos estão vibrando com isso. É o primeiro movimento!! Parabéns!
> “Ah! Isso não é possível porque os empresários dominam”.
> Os empresários dominam porque os clubes não enfrentam
Será que o clube não enfrenta porque não tem ninguém no clube para enfrentar? Explico-me:
Na minha opinião, no Corinthians atual colocaram a raposa pra tomar contas da ovelhas.
Ou seja, os dirigentes são na verdade empresários. Dirigentes “amadores” (com muitas aspas) mas no fundo no fundo são empresários bem profissionais, talvez sem carteira de trabalho rsrs. Mas com as famosas comissões por fora.
É claro que os dirigentes “amadores” juntam-se com os empresários oficiais para a oficialização das negociatas. Isso faz sentido ou não?
Assim, essa turma que aí está não vai “largar o osso” de jeito nenhum. É uma questão de sobrevivência financeira (deles). Só largariam o osso quando o negócio desarecer, ou seja, no caso de falência.
É tudo isso que os antis querem e sonham. Vamos deixar acontecer? Vamos deixar o maior de todos virar um time pequeno?