Entrevista na Rádio Bandeirantes
Você pode ouvir aqui a entrevista completa que demos ao programa Esporte em Debate. Abaixo temos a transcrição de alguns momentos.
Tite
O Tite é daqueles técnicos que o dia em que não estiver no Corinthians vai ter dificuldade, porque ele entrou tanto no sangue e na alma do Corinthians que é daquelas coisas que ficam difíceis depois de se livrar, como um pouco (aconteceu) com o Brandão… e alguns técnicos que acabam ganhando um pouco isso. É a força do clube, que é grande.
Oposição
Há um processo no Corinthians que é importante destacar. A eleição deste ano não repete a eleição anterior, que o Mario Gobbi se elegeu. Ela não repete. Naquela eleição nós tínhamos o Andres que era um presidente que deixava o posto, que tinha vivido um momento intenso no Corinthians (estádio, a questão do Ronaldo…) e o Andres apresentava o Mario Gobbi, que é uma pessoa que tinha pouca referência no Corinthians, especialmente de cargo, não havia ocupado cargo nenhum.
Então o presidente Gobbi era mais ou menos a continuidade tranquila do Andres.
Houve a eleição, nós tivemos 40%, o candidato da situação teve 60%, o clube tinha sido campeão 30 dias antes, campeão brasileiro, foi uma votação muito significativa da oposição, mesmo naquele quadro adverso para a oposição, digamos assim.
Este ano a eleição se dá de uma maneira totalmente diferente. Primeiro porque ninguém diz que vai continuar a obra do Mario Gobbi, que é uma coisa estranha. Mesmo o candidato que é mais situacionista, que eu diria que é o Roberto, porque também tem alguns que são pouco oposicionistas… mas digamos o seguinte, mesmo ele não faz a mesma campanha que fez o Andres com o Mario. Ele a indicação dizendo assim: “esse aqui vai continuar a tranquilidade da gestão Mario Gobbi…”, ele não é esse daí. Pelo contrário! Nos últimos doze meses, eu até diria nos últimos dois anos, houve uma acirrada briga na situação, que ninguém pode negar. Tanto uma ala como outra se atacaram mutuamente, embora algumas vezes de maneira silenciosa, outras vezes nem tão silenciosa, mas se atacaram, a tal ponto que se distanciaram.
Então, aquele quadro eleitoral da eleição passada não se repete.
Não é uma situação unida para dar continuidade, por mais que eles falem: “esse aqui é o candidato da Renovação e Transparência”, por mais que falem isso, o quadro não é (esse), pelo que houve nesses últimos tempos e pelo que há agora. Em tudo há divergência. Anunciam que vão contratar jogador e falam: “não, eu não quero!”. Há poucos dias houve um caso do goleiro (Danilo, da Chapecoense) que o presidente dizia não, ou pelo menos se diz que havia sido contratado.
Então, com essa mudança na situação, a oposição também foi atingida, não há outra explicação.
Apoio de Luis Paulo Rosenberg
Eu digo, por exemplo: a minha campanha hoje tem uma participação expressiva de pessoas que votaram no Mario Gobbi e que estiveram em algum momento na gestão. Eu cito um exemplo – posso citar vários – que é claro, o Luis Paulo Rosenberg. O Luis Paulo foi não só vice-presidente do Mario Gobbi nesta eleição, como foi, seguramente depois do Andres, a pessoa mais significativa daquele grupo que administrou o Corinthians nas duas últimas gestões. Ele esteve envolvido em todos os grandes projetos do Corinthians, você vai ver que ele esteve envolvido.
E ele está não só me apoiando, como apoiando com mais dedicação do que se imaginava.
Estou citando o Luis Paulo Rosenberg, mas poderia citar uma série de casos.
O Luis Paulo, ele fez aquela carta (de apoio), ele me comunicou que estava fazendo aquela carta, eu não participei da elaboração, foi ele que fez.
Aliás, aquela carta, eu quero dizer que fora os elogios pessoais que ele me faz, que eu agradeço muito, ela é muito positiva porque ele conta a história um pouco dele, um pouco minha, não omite que nós, em vários momentos estivemos em posições divergentes – não tem mal nenhum nisso daí – não omite o papel que eu tive quando fui oposição, inclusive naquela famosa discussão nossa do estádio, e que eu achava muito importante fazer o estádio para a Copa do Mundo, diferente de alguns da situação e da oposição.
Então a carta eu recebi com grande satisfação, porque a carta não é todo dia que um candidato recebe dum vice-presidente importante como ele.
Outros apoios importantes
O Raul (Corrêa da Silva) tem conversado, ele não tem decidido ainda, temos conversado, tenho boa relação com ele, mas eu posso citar alguns nomes, não vou citar todos porque o clube está num processo de discussão.
O Valdemar Pires, ex-presidente, a Marlene Matheus, ex-presidente do clube, o Eduardo Rocha Azevedo e tantos outros tem me apoiado.
Crise financeira
Este quadro é um quadro político diferente. Como você define as candidaturas para as eleições? Então nós procuramos definir um conjunto de propostas que acabou atraindo um grupo de pessoas. E o que é esse conjunto de propostas? São algumas questões que nós entendemos que o clube precisa corrigir.
Nós vivemos hoje uma difícil situação financeira. Eu diria complicação financeira, que advém dum ponto: o departamento de futebol gastou demais. Gastou acima das possibilidades. Então nós vamos ter que encontrar um equilíbrio. Este é um problema que terá que ser enfrentado. O Corinthians precisa gastar menos e ser competitivo, que é uma equação difícil de fazer no futebol, mas nós precisamos.
Os nossos problemas não são só porque o departamento de futebol perdeu a mão, eles existem também porque houve uma mudança de expectativa no período pós-Copa. Se nós pegarmos o futebol brasileiro até a Copa do Mundo, estava numa linha ascendente de receitas. Todas as vezes eram contratos melhores, de tudo quanto é área era melhor. Infelizmente, por várias razões, uma que passou a Copa, e não fomos muito felizes na Copa, também o fato da economia do país não estar lá muito boa… a verdade é que muitas empresas puxaram o freio de mão. O resultado disso é simples de constatar: boa parte dos clubes brasileiros terminaram o campeonato sem publicidade na camisa, o que indica uma queda de receita, então nós vamos ter que enfrentar esse ponto.
Categorias de base
O Corinthians tem um problema particular: a categoria de base do Corinthians foi destruída!
Essa política de parcerias com empresários – com todos, eu não gosto de citar o nome de um ou outro – acabou se mostrando um desastre. Porque o clube nem revela jogador, e quando revela não ganha dinheiro.
Esse Sub-20 (que ganhou o Brasileiro) foi formado aos poucos, nos últimos seis meses, e boa parte dos jogadores não são do Corinthians.
O clube gasta bem na categoria de base. É um custo grande a categoria de base. Ela tem dois objetivos: o primeiro é revelar jogador, o segundo é ganhar dinheiro, vamos esclarecer bem isso daí. Muito bem, se nós não estamos revelando, nem ganhando dinheiro, alguma coisa precisamos parar e pensar.
Eu acho que se for para ter categoria de base – eu acho que é importante ter, podendo até ser menor do que a atual, que tem muitos jogadores, uma lista enorme de jogadores – o menino que entrar lá precisamos dizer: “você vai ser 100% do Corinthians”. Se o sujeito chegar lá e dizer: “não, não dá. Porque tem um empresário aqui que deu uma casa pra mãe”, começa sempre com casa pra mãe a conversa, “ele quer 40%…”. Então tudo bem, vai procurar outro clube. Porque é melhor ficar livre já e os que ficarem lá serão jogadores 100% do Corinthians.
Não tem problema, não sou contra os agentes que vão lá negociar o contrato e discutir o valor do salário, o tempo, as condições do contrato, tudo bem… o que nós não posemos fazer é dividir o nosso negócio. Nós estamos dividindo o nosso negócio, que pelas normas da FIFA isso aí tem que acabar o ano que vem, é o que eles prometem, embora os empresários brasileiros já estejam criando um sistema aí que fura o que a FIFA está querendo. Mas a verdade é que para o Corinthians vale o seguinte: o jogador que chegar é 100% nosso. Se não for 100% não adianta. Vamos revelar um jogador aí, a torcida fica se iludindo…
Os investidores deveriam ser como na Europa, na Inglaterra, na Itália, que eles comprassem um clube e pegasse esses jogadores e colocasse no clube deles, aí eles iriam ver a dificuldade que é. Olha só, o Corinthians fica quatro cinco anos, você citou um jogador (Malcom), pagando salário de jogador, contratando técnico, com fisioterapia, médico, gente ensinando a cruzar, a matar a bola, a chutar com pé esquerdo e direito, bater escanteio, olheiros… você fica gastando com tudo isso. Quem banca tudo isso é o clube. Nenhum desses empresários vão lá e falam o seguinte: “Eu tenho 60% desse jogador, então o que vocês gastaram nesses quatro anos que 60% eu pago”. Não tem isso. Se tivesse uma equação dessa daí, até poderia ser razoável, descontando o que nós gastamos com ele (jogador), mas eles querem que o Corinthians pague, o treinador, o massagista, o roupeiro… porque essas categorias de base tem a mesma coisa do profissional, o uniforme, e no caso do Corinthians o preparador físico, médico, quando ficam com problema, o tratamento, então o clube banca tudo isso, porque é o clube que banca, e chega no fim, quando vai pra grande vitrine, que é o time principal, o clube pouco ganha, não ganha nada, e aquilo que foi gasto… porque, veja, formar jogador na categoria de base é difícil e caro, vamos esclarecer. Porque todo mundo fala: “o futebol brasileiro tem que investir nas categorias de base”, e de cada cem que você pega, se revelar dois ou três (garotos) que se tornem bons jogadores… porque a categoria de base não precisa revelar todo dia um Rivellino, não dá para sair todo dia um Rivellino, mas a verdade é que você revela um Rivellino e dez jogadores médios e até alguns fracos, mas, veja, mesmo os jogadores médios cumprem um papel para o time.
O time não precisa comprar um terceiro goleiro, ele pega o melhor goleiro da categoria de base e bota lá.
Se vocês pegarem aquelas fotografias de títulos que nós temos lá… veja, 2005 que foi o time campeão brasileiro, que estava o Tevez, tinha um grupo enorme de jogadores revelados pelo Corinthians. Nenhum virou um Rivellino, mas…
Se você pegar aqueles times verá sempre a presença da base.
Então a nossa chapa defende o seguinte: devemos ter uma categoria de base, sim. Ela tem que mudar, tem. E ela tem que ser 100% do Corinthians.
Parceria com a MSI
O negócio com a MSI… na verdade não gosto muito de tocar nesses assuntos, porque, primeiro, a questão da parceria, eu fui contra! Eu até deixei a diretoria por causa da parceria.
Eu não concordava, não pelas razões que ficavam falando por aí… eu não concordava porque o contrato era ruim para nós. Era bom para os outros, mas ruim para o Corinthians.
A base da questão era o seguinte: nós fazíamos um contrato que era melhor para o outro lado do que para nós. Agora as questões da parceria, dos parceiros, dos investidores, isso não é assunto nosso, é assunto de Justiça, de brigas, etc.
Se bem que a maior parte dos investidores já morreu, também nem gosto de falar isso, porque dá um pouco até… tem que bater na madeira…
Berezovsky, o Badri, o outro que era o assessor lá… e todos com morte hoje…. não sei se envenenados.
Outro dia saiu uma matéria no Corriere Della Sera sobre este caso, não sobre o caso do Corinthians, mas sobre este grupo que acabou, praticamente em três ou quatro anos morrendo todos de morte estranha. Um se matou com a cinta no banheiro, o outro teve um enfarto na sala e começou a babar, começou a sair saliva pela boca e faleceu, um outro teve uma morte mais estranha ainda, que ele estava andando e caiu um negócio na cabeça dele, uma coisa assim, algo dum prédio… eu li, mas li por alto, porque não quero ficar me envolvendo.
Departamento de futebol e falta de comunicação com as finanças
O vice de finanças ficou sabendo de todos os negócios feitos pelo futebol mais ou menos dessa maneira (depois de concretizado).
Contrataram um tal de Rodriguinho, que ele não queria que contratasse, aí disseram o seguinte: “tem que pagar tanto”, “mas como tem que pagar tanto?”, “nós já assinamos”.
Contrataram um outro, renovaram um contrato de um jogador, que também não vou ficar citando, ele falou: “não pode renovar nesses termos porque nós não temos dinheiro”. Foram lá e renovaram. Isso tudo quem fala é o diretor de finanças. Ele diz o seguinte: “eu recebia as informações”.
Essa é uma outra coisa que precisa mudar no Corinthians.
Não tem nenhum sentido o departamento financeiro ser notificado dum gasto que você fez sem saber da receita. Você não precisa ter o dinheiro em caixa, mas precisa saber se amanhã vai ter o dinheiro para pagar, porque qualquer empresa tem que ser assim. E a informação é essa que você trouxe, quer dizer, ele mal sabia (dos negócios).
A consequência desse negócio de não consultar o financeiro é que o clube acaba tendo que pagar muito salário de jogador que já não está mais no clube. A negociação é feita muita apressada e você acaba tendo que ficar com o ônus de pagar os jogadores.
Gestão da Arena
A gestão do estádio não tem problema. Eu não tenho problema porque o Luis Paulo foi uma das pessoas mais envolvidas na questão do estádio, então certamente a contribuição que ele dará é a mesma quando ele deu da feitura inicial do projeto… até os primeiros dois anos do projeto.
Gestão do futebol profissional
Eu tenho uma vantagem que eu fui quatro anos vice-presidente de futebol. Quatro anos de vice-presidente de futebol é difícil no Corinthians, quase ninguém aguenta mais do que um ano. Eu aguentei quatro.
Time bom, time ruim, ganhando, perdendo, etc. e tal.
É óbvio que o futebol terá mudanças… esta parte do futebol (gestão) terá mudanças.
Até porque eu acho que os profissionais da diretoria de futebol, diretor e gerente de futebol, comigo vão sofrer muito. Comigo e com qualquer pessoa que passou pelo departamento. Você ainda que se segure acaba tendo um tipo de intervenção que muitas vezes um presidente ficaria melhor ter uma coisa muito mais distante.
Mas seguramente haverá mudanças.
Se todo mundo estiver satisfeito com as categorias de base, com o time do jeito que foi montado, então ganha a situação. Se bem que não sei bem o que é situação…
Sobre declaração de Roberto Andrade (que disse não existir outro candidato, a não ser ele)
Não é uma coisa elegante você querer negar que existam candidatos. Você tem quatro candidatos.
Não tem ninguém inscrito (o prazo é até metade de janeiro), mas tem todo mundo trabalhando.
A declaração dele (Roberto) é simplória… dizer: “eu fiz tudo pelo clube e os outros não fizeram nada…”. É uma pretensão grande.
Eu por exemplo fui quatro anos diretor de futebol do clube, em épocas boas, ruins… Esse é um equívoco do sujeito achar que… se ele acha que o Corinthians não vive sem ele, e é por isso que ele está lá, é um equívoco… Ele se candidate, defenda os pontos de vista dele, agora, deixa os outros defenderem os seus…
E essa coisa de “eu sou mais corinthiano que os outros, porque eu vou mais ao clube”, não é o meu caso porque eu vou sempre, eu tenho o hábito de frequentar o clube, mas é uma visão pequena de achar que… desculpe, mas eu nem sabia dessa declaração dele – acho que não foi feliz…
Eu não falaria isso sobre nenhuma outra pessoa. E também considero o seguinte, que não tem ninguém que seja mais do que os outros, aí… mais ou menos… que decide é o eleitor.
Eu conheço gente que dedicou-se muito ao Corinthians, deu muita contribuição ao Corinthians, então é uma pretensão achar que há um monopólio das virtudes do Corinthians, que uma pessoa tem o monopólio… um erro.
Corinthians: três clubes num só
O Corinthians tem uma característica interessante, ele é três clubes num só. É um clube social, que tem lá a peteca, bailes, jantares, piscinas, etc., é um clube de futebol, em que atinge milhões e milhões, envolvidos na grande massa de corinthianos e é um clube de esportes olímpicos, em que hoje estamos numa situação bastante precária. Mas nós fomos já o grande clube do basquete, vocês não lembram, mas o Corinthians foi a Seleção de Basquete, eram não só os titulares como os reservas. A Natação nossa… o futsal está forte agora.
Então esses três clubes são diferentes. A direção tem que trabalhar o futebol, os esportes olímpicos e o clube social. E esses três clubes dão um outro mapa de diferenças. Você tem três tipos de sócios eleitores no Corinthians. São mais ou menos 12 mil, mas devem votar por volta de 4 mil, que é pouquíssimo. Alguns vão assiduamente ao clube, que estrão lá todos os sábados, todos os domingos. Eu por exemplo vou todo fim de semana. Esse grupo é um grupo que está lá, discute problemas do clube… eu vou todo sábado no Senadinho… mas a verdade é que essas pessoas, hoje, formam um grupo minoritário, dos que frequentam o clube. Há um outro grupo de pessoas que vão eventualmente ao Corinthians. E há um número de pessoas, que hoje eu acho, acho não, tenho certeza, é majoritário, que não frequentam o clube. Eles são sócios, vão ao futebol, acompanham o clube – tem alguns até que viajam – mas não vivem no Parque São Jorge.
É curioso que esse sócio é um sócio que inclusive cobra, embora ele não vá lá (ao clube) … eu por exemplo vou às partidas na belíssima Arena do Corinthians, toda vez que vou lá, eu chego e a primeira coisa eu bato com sócios que só encontro lá, que só vão lá, que compram pelo Fiel Torcedor, que vão lá.
Então, é uma eleição, embora com pequeno número de votantes, de enorme complexidade, porque você tem que atrair o maior número de pessoas, que saiam das suas casas, em Alphaville, em Osasco, em São Caetano, longe… para ir votar, sabendo que eles não têm o costume de ir ao Parque São Jorge. Tem gente que não vai lá desde a última eleição, se é que foi na última eleição. Então este é um problema duro… primeiro o de localizar este eleitor, porque ele mudou… família que morava no Tatuapé depois foi lá para outro lugar, pra outra cidade… Campinas… Santos, nós temos um grande número de eleitores.
Outro dia eu fui a uma reunião em Carapicuíba com doze sócios do Corinthians. É quase um comício!
Mas este eleitor, que não frequenta o dia a dia do clube, e que em geral é remido, o que implica dizer que esse sujeito não precisa nem pagar porque já pagou, ele comprou um título remido. Esse é o grande trabalho que a gente tem que fazer de atrair esse eleitor para ir votar. E esse eleitor só vai votar pelo discurso do candidato, ele não vai votar lá porque alguém vai dizer: “Eu vou aumentar a sauna…”.
Sobre pessoas ligadas a Dualib na próxima diretoria
Não. É melhor ficar preocupado com o Roberto (Andrade). O ex-diretor de futebol (de Dualib), o Nei Nujud, é uma das principais pessoas da campanha do Roberto. Então esse negócio de ressuscitar… O Carlos (Nei) Nujud… foi nomeado inclusive para a comissão eleitoral do Corinthians. Está apoiando o Roberto, eles mesmo dizem. Eu não tenho problema nenhum, converso com o Nei, mas se o negócio é falar em nome antigo, esse daí está pronto.
Chances de vitória
Eu acho que tenho chance de ganhar a eleição. Eu acho que tenho, reais. É real. E essa chance vem do eleitor que eu consegui mobilizar para ir votar no dia da eleição, que não frequenta diretamente o clube. Eu acho que tenho chance eleitoral.
Aliás, não só acho como as pesquisas dizem que tenho.
Por que desejo presidir o Corinthians?
Eu acho que conheço suficientemente o Corinthians, tenho uma história no Corinthians, sou sócio desde 1971, não é uma coisa que começou hoje, já participei de muitos processos no Corinthians…
Certa vez me disseram: “Roque, isso aí nós ficamos só com problema, porque a imprensa liga, a torcida reclama… não é melhor a gente se afastar disso duma vez?”.
Ocorre o seguinte, o Corinthians é um problema de doença… ele entra dentro (da alma) e não sai. Então se eu falar aqui: “Não sou candidato, quero viajar, ver ópera em Viena”, eu não consigo.
Não é que não consigo…o primeiro que me encontra na rua me pergunta coisa: “e o Guerrero?”, entendeu?
Eu sei que os cartolas, em geral, não têm boa imagem. Alguns acham que eles vão no clube para ganhar dinheiro, outros acham que eles vão para ganhar prestígio ou por uma série de coisas. Eu digo, com toda a sinceridade:
“Eu vou porque eu gosto, porque eu acho que o Corinthians é uma coisa importante na minha vida”.
E também não aceito nenhum outro cargo. Já me ofereceram uma vez na CBF… eu falei: “Eu não tenho nada com CBF, nem com Seleção Brasileira, nem com Federação Paulista. Pra mim existe, no futebol, resumido ao Corinthians”, e aos adversários, que a gente ganha deles.
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Mais uma consequênia da diretoria corrupta do Corinthians que envergoha a maioria esmagadora de Corinthianos honestos:
http://globoesporte.globo.com/blogs/especial-blog/bastidores-fc/post/corinthians-pega-dinheiro-emprestado-com-carlos-leite-para-pagar-13.html
Até quando teremos que suportar este tipo de situação, Citadini? Paciência tem limite.
Muito bom! Meus parabéns pela linha simples e objetiva. Conto com a sua vitória! Feliz 2015!
Olha, parabéns. Essa, na minha opinião, foi a melhor de todas as entrevistas. Tomara que o eleitor consciente não se engane se o naming rights for anunciado próximo da eleição, com o objetivo específico de angariar votos ao tal Roberto. Será lamentável se isso ocorrer, com o clube passando por tantas dificuldades. É para ficar esperto. No mais, feliz ano novo à todos. Grande abraço.
Voltando de viagem, reli a sua entrevista.
Que show de bola Citadini !!! O Corinthians mais do que nunca está precisando muito de uma pessoa como você. É uma chance única termos um presidente com o seu perfil: corinthiano de verdade, honesto e, além do mais, um intelectual verdadeiro.
É uma pena que sejamos quase sempre os mesmos os que comentamos aqui no blog.
Mas espero que muitos outros corinthianos que tenham familiaridade com esta mídia – principalmente os que vão votar – leiam o blog. Tenho feita muita progaganda entre os amigos e parentes corinthianos.
Enfim, mesmo que tardiamente, desejo a você e todos os amigos do blog um Feliz 2015!!! Com Citadini como presidente!
Eu estarei em viagem nos próximos dias, mas tentarei ficar atento às notícias do blog. Abraço a todos e bom 2015